Modelos de Atenção à Saúde Atenção Básica

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1 Modelos de Atenção à Saúde Atenção Básica Saúde Coletiva Profa. Me. Luciana Nogueira

2 Atenção à Saúde É O CONJUNTO DE TÉCNICAS E SABERES QU DETERMINAM AS AÇÕES DESTINADAS AO ENFRENTAMENTO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE, INCLUÍDAS EM SERVIÇOS SISTEMATICAMENTE OFERTADOS OU DE CARÁTER EVENTUAL. O MODO COMO ESTE CONJUNTO ESTÁ ORGANIZADO É CHAMADO DE MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE.

3 História natural da doença DE ACORDO COM LEAVELL & CLARK, A HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA É O RESULTADO DA INTER-RELAÇÃO DO AGENTE (AG), DO SUSCETÍVEL (HOSPEDEIRO - H) E DO MEIO AMBIENTE (MA), QUE AFETAM O PROCESSO GLOBAL E O DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA, DESDE O ESTÍMULO PATOLÓGICO, A RESPOSTA DO HOMEM AO ESTÍMULO ATÉ AS ALTERAÇÕES QUE VÃO LEVAR À RECUPERAÇÃO, DEFEITO, INVALIDEZ OU MORTE. (Leavell & Clark, 1976)

4 Tríade Causal AGENTE ETIOLÓGICO + HOMEM + MEIO AMBIENTE. ATUAM JUNTAS PARA QUE UMA DOENÇA APAREÇA É UM MODELO QUE VALORIZA DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS. (MODELO MAIS ANTIGO. NOS MODELOS ATUAIS É POSSÍVEL ACEITAR A DOENÇA SEM O AGENTE ETIOLÓGICO)

5 História Natural da Doença Modelo Processual Avanço: um processo de múltiplas e complexas determinações Determinantes AG Horizonte Clínico Morte Cronificação Cura com sequela Cura H MA Pré-Patogênese Nível Sub-clínico Nível Clínico Patogênese: SER HUMANO

6 FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA Endógenos: Inerentes ao receptividade do indivíduo. organismo e estabelecem a Herança genética. Anatomia e fisiologia do organismo humano. Estilo de vida. Exógenos: Dizem respeito ao ambiente. Ambiente biológico: determinantes biológicos. Ambiente físico: determinantes físico-químicos. Ambiente social: determinantes socioculturais.

7 Modelo Biomédico Saúde é: Ausência de doença Ausência defeitos em um sistema físico Aplica-se indiferentemente a todas as espécies Patologia Clínica médica

8 Modelo Biomédico Mecanismo etiopatogênico Infecciosas Não-infecciosas Risco Fatores etiológicos Fatores de risco Multicausalidade Tempo de duração Agudas Crônicas

9 Modelos Alternativos Saúde é: Visão holística Propostas para racionalizar as tecnologias e gerenciamento A proposta mais aceita é a da Atenção Primária à saúde

10 Saúde para todos Nível de atenção à saúde que permita a todos os indivíduos conduzir uma vida social e economicamente produtiva.

11 Níveis de atenção à saúde Nível de Atenção Primário (Atenção Básica) Nível de Atenção Secundário Nível de Atenção Terciário O propósito da divisão é determinar que o acesso dos indivíduos ao sistema de saúde ocorra considerando a gravidade e a urgência

12 Nível de atenção primário É o primeiro nível de contato entre o indivíduo e o Sistema de saúde. Atendimento básico é fornecido (consultas e exames básicos, curativos, vacinação, ações educacionais). A maior parte dos problemas de saúde podem ser satisfatóriamente gerenciados nesse nível. É o mais próximo do povo. Fornecido pelas Unidades Básicas de Saúde, além de centros comunitários, escolas e visitas à famílias.

13 Nível de atenção secundário Problemas mais complexos são tratados. Atendimento de intervenção, doenças crônicas e alguns casos agudos Possui equipamentos mais sofisticados que na atenção primária. Atende geralmente encaminhamentos vindo da atenção primária. Fornecido pelas Unidades Pronto Atendimento, Unidades especializadas e Hospitais.

14 Nível de atenção terciário Oferece tratamento superespecializado. Atendimento de manobras invasivas, intervenção em risco de vida. Possui equipamentos com tecnologia avançada. Atende geralmente encaminhamentos vindo da atenção primária. Fornecido pelos Hospitais de grande porte e especializados.

15 Atenção Básica à Saúde (ABS) É O CONJUNTO DE AÇÕES DE SAÚDE (INDIVIDUAL OU COLETIVO) QUE ABRANGEM A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO DA SAÚDE, A PREVENÇÃO DE AGRAVOS O DIAGNÓSTICO, O TRATAMENTO, A REABILITAÇÃO E A MANUTENÇÃO DA SAÚDE. Portaria GM/MS Nº648, de 28 de março de 2006

16 Atenção Básica à Saúde CONSIDERA O SUJEITO EM SUA SINGULARIDADE, NA COMPLEXIDADE, NA INTEGRALIDADE E NA INSERÇÃO SÓCIO- CULTURAL E BUSCA A PROMOÇÃO DE SUA SAÚDE, A PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS E A REDUÇÃO DE DANOS OU DE SOFRIMENTOS QUE POSSAM COMPROMETER SUAS POSSIBILIDADES DE VIVER DE MODO SAUDÁVEL. Portaria GM/MS Nº648, de 28 de março de 2006

17 Atenção Básica à Saúde Em 1975 a expressão ABS foi utilizada pela primeira vez. The Promotion of National Health Services incorporou o termo aos aos documentos da OMS. A atenção primária foi defendida como caminho para serviços de saúde mais efetivos. Podem tornou-se uma política de saúde com Declaração de Alma Ata, em 1978.

18 Atenção Básica à Saúde Declaração de Alma Ata (1978) a saúde foi reconhecida como direito fundamental das pessoas e comunidades enfatizado o acesso universal aos serviços de saúde intersetorialidade das ações evidenciada a APS como estratégia básica para a consecução desses objetivos O tema Saúde para Todos no ano 2000 foi o foco das discussões, o qual seria alcançado pelo desenvolvimento da APS e seus princípios em todos os países do mundo.

19 Atenção Básica à Saúde

20 Atenção Básica à Saúde O compromisso com a melhoria global da saúde, especialmente para as populações mais desfavorecidas, foi renovado em 1998 pela Assembleia Mundial da Saúde. Isso levou ao programa "Saúde para Todos para o Século XXI", no qual se reafirma o compromisso com o desenvolvimento dos ABS.

21 Atenção Básica à Saúde Por que a implantação da Atenção Básica Prevalência atual de condições crônicas e doenças associadas à grandes centros urbanos. Doenças psicossomáticas, neoplasias, violência, doenças crônico degenerativas Novas tecnologias (caras), que necessitam de mão de obra especializada. Adequação à reorganização do sistema de saúde Alternativa para reformar a crise financeira e de resultados do sistema de saúde biomédico. Foco na prevenção e tratamento de doenças agudas.

22 Atenção Básica à Saúde Fundamentos: I ACESSO UNIVERSAL E CONTÍNUO Serviços de qualidade e resolutivos Deve permitir planejamento e programação descentralizada Deve estar em consonância com o princípio da equidade. II INTEGRALIDADE Integração de ações programáticas e de demanda. Promoção à saúde, Prevenção de agravos, Vigilância à saúde, Tratamento e reabilitação Interdisciplinaridade III LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO Garantir a continuidade das ações através do envolvimento das equipes e comunidade. IV VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL Acompanhamento da formação e capacitação V AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DOS RESULTADOS Parte do processo de planejamento e programação. VI ESTÍMULO À PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

23 Atenção Básica à Saúde ÁREAS ESTRATÉGICAS ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE SAÚDE DA MULHER CONTROLE DA TUBERCULOSE SAÚDE BUCAL CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SAÚDE DA CRIANÇA PROMOÇÃO DA SAÚDE CONTROLE DO DIABETES MELLITUS SAÚDE DO IDOSO ELIMINAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO INFANTIL OUTRAS ÁREAS SÃO DEFINIDAS REGIONALMENTE DE ACORDO COM AS NECESSIDADES.

24 Atenção Básica à Saúde RESPONSABILIDADES Os municípios (secretarias de saúde) e o Distrito Federal são responsáveis pelo cumprimento dos princípios da Atenção Básica sendo de suas competências: I Organizar, executar e gerenciar os serviços. II Incluir a organização e a utilização dos recursos nos planos de saúde. III Inserir a estratégia da saúde da família em sua rede de serviços. IV Organizar o fluxo de usuários. V Garantir infra-estrutura necessária (recursos, equipamentos e insumos). VI Selecionar, contratar e remunerar os profissionais das equipes multiprofissionais. VII Programar as ações de atenção básica. VIII Alimentar os sistemas de bases de dados nacionais.

25 Atenção Básica à Saúde IX Monitorar e avaliar a atenção básica. X - Qualificação os recursos humanos para gestão, planejamento, monitoramento e avaliação da Atenção Básica. XI - Definir estratégias de articulação com os serviços de saúde para institucionalizar a avaliação. XII - Firmar, monitorar e avaliar os indicadores XIII - Verificar a qualidade e a consistência dos dados inseridos nos sistemas. XIV - Consolidar e analisar os dados disponíveis nos sistemas e divulgar os resultados. XV - Acompanhar e avaliar o trabalho da Atenção Básica e divulgar os resultados. XVI - Estimular e viabilizar a capacitação e a educação permanente. XVII - Buscar a viabilização de parcerias para fortalecimento da atenção básica.

26 Principais Atividades da Atenção Básica 1. Educação sobre os problemas de saúde prevalentes e os métodos de prevenção e controle. 2. Promoção da alimentação adequada. 3. Adequado fornecimento de água e saneamento básico. 4. Cuidados para mãe e para criança, inclusive planejamento familiar. 5. Vacinação contra a maioria dos agentes infecciosos. 6. Prevenção e controle local de doenças endêmicas. 7. Tratamento adequado de doenças e lesões comuns 8. Serviços básicos de laboratório e fornecimento de medicamentos essenciais. 9. Formação de guias de saúde, agentes de saúde e assistentes de saúde. 10. Serviços de referência. De acordo com a Declaração de Alma-Ata de 1978

27 Estratégias da OMS para a Atenção Básica em Saúde 1. Reduzir o excesso de mortalidade das populações pobres marginalizadas: A ABS deve garantir o acesso aos serviços de saúde para as populações mais desfavorecidas e centrar-se nas intervenções que terão um impacto directo nas principais causas de mortalidade, morbilidade e incapacidade para essas populações

28 Estratégias 2. Reduzir os principais factores de risco para a saúde humana: A ABS, por meio de seus papéis preventivos e de promoção da saúde, deve abordar os fatores de risco conhecidos, que são os principais determinantes dos resultados de saúde para as populações locais.

29 Estratégias 3. Desenvolvimento de Sistemas de Saúde Sustentáveis: A ABS, como componente dos sistemas de saúde, deve desenvolver-se de forma financeiramente sustentável, apoiada por líderes políticos e apoiada pelas populações servidas.

30 Estratégias 4. Desenvolver uma política e um ambiente institucional favoráveis: A política da ABS deve ser integrada com outros domínios políticos e desempenhar o seu papel na contínuidade das políticas sociais, econômicas, ambientais e de desenvolvimento.

31 Estratégias 4. Desenvolver uma política e um ambiente institucional favoráveis: A política da ABS deve ser integrada com outros domínios políticos e desempenhar o seu papel na contínuidade das políticas sociais, econômicas, ambientais e de desenvolvimento.

32 Razões para o progresso lento das metas de atenção em saúde Compromisso político insuficiente Falha na igualdade de acesso aos componentes da ABS A baixa valorização das mulheres (em algumas regiões) Desenvolvimento socioeconômico lento Dificuldade em alcançar a ação intersetorial para a Saúde Distribuição desequilibrada de recursos

33 Razões para o progresso lento das metas de atenção em saúde Iniquidade dos esforços de promoção da saúde Fracos sistemas de informação de saúde e falta de base de dados Poluição, má segurança alimentar e falta de abastecimento de água e saneamento Mudanças demográficas e epidemiológicas rápidas Uso e alocação inadequados de recursos para a tecnologia de alto custo Desastres naturais e causados pelo homem

34 Desafios Crescimento desigual resultados desiguais Adaptação a novos desafios de saúde Tendências que minam a resposta dos sistemas de saúde Mudança de valores e expectativas crescentes Reformas das UBSs: impulsionadas pela procura

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37 Renovação da Atenção Básica Em 2003, a OMS decidiu reavaliar os valores e princípios que inspiraram as ações propostas em Alma Ata. Em 2008, a OPAS editou uma versão (Renovação da Atenção Primária em Saúde nas Américas) onde revê esse posicionamento para aplicação nas Américas. Mas, por que Renovar??

38 Há diversos motivos para se adotar uma abordagem renovada da APS: Surgimento de novos desafios epidemiológicos. Necessidade de corrigir os pontos fracos e as inconsistências presentes na primeira versão. Desenvolvimento de novas ferramentas. Conhecimento de melhores práticas para tornar a ABS mais eficaz; Reconhecimento de que a ABS é uma ferramenta para reduzir as iniquidades na saúde. Cumprir os compromissos de metas de desenvolvimento acordadas internacionalmente.

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41 Definições em Epidemiologia

42 ETMOLOGICAMENTE EPI=SOBRE DEMOS= POPULAÇÃO LOGOS = TRATADO Epidemiologia é portanto, o estudo de alguma coisa que aflige (afeta) a população. - epidemiologia clássica: fatores de risco prevenir e retardar a mortalidade - epidemiologia clínica: melhoria do diagnóstico e tratamento, bem como o prognóstico de pacientes doentes

43 Maneiras como os estudos científicos de doenças podem ser abordados: 1) nível sub molecular ou molecular (biologia celular, bioquímica e imunologia) 2) nível dos tecidos e órgãos (anatomia patológica) 3) nível individual dos pacientes (clínica) 4) nível de populações (epidemiologia)

44 DEFINIÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA: Campo da ciência médica preocupada com o inter-relacionamento dos fatores e condições que determinam a frequência e a distribuição de um processo infeccioso, uma doença ou um estado fisiológico em uma comunidade humana (1951) Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde (1978) Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e ações de saúde (Rouquayrol, 1999)

45 APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA Descrever as condições de saúde da população Investigar os fatores determinantes da situação de saúde Avaliar o impacto das ações para alterar a situação de saúde A epidemiologia se estrutura no conceito de RISCO. RISCO: é o grau de probabilidade dos membros de uma população desenvolverem uma determinada doença ou evento relacionado à saúde, em um período de tempo.

46 COMO MEDIR EM EPIDEMIOLOGIA MEDIDAS DE INCIDÊNCIA Indicadores que medem o risco de adoecer: incidência e prevalência Indicadores que medem o risco de morrer: coeficientes e taxas de mortalidade. População de risco: pessoas que correm o risco de desenvolver uma doença ou agravo à saúde.

47 Incidência (ou risco absoluto) Mostra quantos casos novos da doença aparecem no grupo, em um dado período. Ex: - 15 óbitos anuais por coronariopatias por mil adultos com colesterol sérico elevado - 5 casos de coronariopatias por mil adultos com colesterol sérico baixo em É DINÂMICA, REPRESENTA AS MUDANÇAS DO ESTADO DE SAÚDE. SERVE TAMBÉM PARA DOENÇAS RECORRENTES AVALIANDO PRIMEIROS EPISÓDIOS E NOVOS.

48 Prevalência Medida estática. Demonstra a quantidade de casos em um determinado ponto do tempo. - É uma foto do momento da população estudada. - Depende de fatores como número de pessoas doentes, movimentos (migração), pessoas curadas, óbitos.

49 Mortalidade Análoga à incidência quando o evento de interesse é o óbito ao invés da ocorrência de novos casos. Letalidade É a relação entre o número de óbitos pela doença e o número de casos.

50 Risco relativo Informa quantas vezes o risco é maior em um grupo, quando comparado a outro. É a razão entre duas taxas de incidências. Exemplo: RR=15/5 = 3 Ou seja, o risco é 3 vezes maior de mortalidade por coronariopatia entre os que têm colesterol sérico elevado, quando comparado aos que tem colesterol sérico baixo.

51 Risco atribuível (à exposição): Indica a diferença de incidência entre dois grupos (ou seja, entre duas taxas de incidência) Exemplo: 10 óbitos anuais por coronariopatia por 1000 adultos com colesterol sérico elevado. Ou seja, são os óbitos em excesso, atribuídos a presença de colesterol sérico elevado, nas pessoas integrantes no grupo considerado

52 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA EPIDEMIOLOGIA 1. Todos os achados devem se referir à população. 2. As doenças ou problemas de saúde não ocorrem ao acaso: a distribuição destes problemas é produto dos fatores causais, ou determinantes que se distribuem desigualmente na população. a comparação de subgrupos populacionais é essencial para a identificação de determinantes das doenças

53 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA EPIDEMIOLOGIA 3. Fatores causais estão associados, ao nível populacionais, com a ocorrência de doenças: Fator de risco: é qualquer fator associado à ocorrência de uma doença ou problema, isto é, mais freqüente entre os doentes do que não doentes. 4. O conhecimento epidemiológico é essencial para a prevenção de doenças

54 PRINCIPAIS USOS DA EPIDEMIOLOGIA 1. Diagnóstico de saúde comunitária 2. Monitoramento das condições de saúde 3. Identificação dos determinantes de doenças ou agravos 4. Validação de métodos diagnósticos 5. Estudo da história natural das doenças 6. Avaliação epidemiológica de serviços de saúde Os princípios metodológicos da epidemiologia têm aplicação direta no manejo clínico dos doentes e no planejamento, gerenciamento e avaliação dos serviços de saúde

55 EPIDEMIOLOGIA E OS SERVIÇOS DE SAÚDE Estuda a distribuição dos problemas de Saúde em populações Avalia vacinas Testes diagnósticos Tratamentos Serviços de saúde Mudanças de comportamento epidemiologia Aponta quem é mais propenso a adquirir e morrer destes problemas Investiga as Causas destes problemas

56 Conceitos básicos Três dimensões da epidemiologia Epidemiologia descritiva Põe em evidência as características da ocorrência das doenças nas populações utilizando dados relativos à distribuição espacial, temporal e segundo características dos indivíduos afetados.

57 Epidemiologia analítica Formula uma hipótese de trabalho e, valendo-se de métodos estatísticos, busca a comprovação científica da hipótese formulada, através do estabelecimento de associações entre doenças e fatores de risco ou exposição.

58 Vigilância epidemiológica É o conjunto de atividades sistemáticas de avaliação das doenças com objetivo de detectar ou prever alterações de seu comportamento epidemiológico.

59 Objetivos da Vigilância Epidemiológica Coletar, analisar e interpretar os dados de rotina Notificação compulsória de casos Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN Prontuários médicos Atestados de óbito Laboratórios Bancos de sangue Farmácias dispensadoras

60 Objetivos da Vigilância Epidemiológica Realizar Investigação epidemiológica Confirmar o diagnóstico Seguir a cadeia epidemiológica Identificar os contatos Proteger os suscetíveis Bloquear a transmissão (Isso para Doença prioritária, Número de casos excedendo a frequência habitual, Suspeita de fonte comum de infecção, Evolução da doença mais severa do que habitualmente, Dano à saúde desconhecido) A investigação permite determinar: A fonte da infecção As vias de transmissão Os contatos Os demais casos As medidas de controle apropriadas Os fatores de risco Ensinamentos para situações futuras

61 Objetivos da Vigilância Epidemiológica Recomendar ou aplicar medidas de bloqueio vacinação tratamento isolamento Divulgar as informações boletim epidemiológico

62 TERMINOLOGIA Surto Dá-se a conotação de surto a um aumento localizado de casos de pequenas proporções. Surto de catapora em uma escola Surto de conjuntivite em um bairro Surto de diarreia em uma creche

63 TERMINOLOGIA Epidemia Usa-se o termo epidemia quando número de casos de uma doença excede o previsto para determinada região. Sempre lembrar que epidemia é delimitada por região. (Região Sul, Cidade de Guarulhos, etc) A epidemia pode ser sazonal, varia com a época do ano. (epidemias de gripe no inverno, epidemias de dengue no verão)

64 TERMINOLOGIA Endemia Uma doença é endêmica quando sofre pequenas oscilações durante o ano e tem relações com regiões específicas. Malária na Amazônia. Parasitoses em áreas rurais.

65 TERMINOLOGIA Pandemia Uma doença é global, ultrapassa fronteiras. Aids. Gripe A.

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