Ciência Política I Absolutismo e centralização do Poder em Thomas Hobbes.

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1 Ciência Política I Absolutismo e centralização do Poder em Thomas Hobbes. Professora Edna Ferraresi

2 Thomas Hobbes Mamesbury 05/04/1588 foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês. Fundador da teoria contratualista; É no contrato que se encontra o f u n d a m e n t o d o P o d e r Político; Totalmente contra a anarquia; O homem possui dois estados: a) o de natureza e b) o civil. O homem é mau por natureza o homem é lobo do homem Essa maldade dita por Hobbes não deve ser compreendida com maldade moral e sim como instinto de sobrevivência; Para Hobbes o homem possui

3 Absolutismo Um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XV ao XVIII ). No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois interessa a ela um governo forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto, a burguesia forneceu apoio político e financeiro aos reis, que em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a segurança

4 Absolutismo O rei concentrava praticamente todos os poderes. Criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões. Luxo mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela população mais pobre sem poder político. Força e a Violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar qualquer pessoa que fosse

5 REIS DESTE PERÍODO Henrique VIII - Dinastia Tudor : governou a Inglaterra no século XVII Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e Fernando e Isabel - governaram a Espanha no século XVI.

6 TEÓRICOS DO ABSOLUTISM JACQUES BOSSUET Para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes. NICOLAU MAQUIAVEL Escreveu um livro, " O Príncipe", onde defendia o poder dos reis. De acordo com as ideias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. " Os fins justificam os meios. THOMAS HOBBES Este pensador inglês, autor do livro " O Leviatã ", defendia a idéia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes.

7 O Estado da natureza para Thomas Hobbes: Estado da natureza se caracteriza pelo estado de guerra de todos contra todos. Ele afirma, o homem é o lobo do homem. Movidos pelo instinto de auto preservação, por medo da morte e pela insegurança que a guerra proporciona, os homens decidem fazer um pacto social e abrem mão de alguns direitos e cedendo o poder absoluto a um homem ou a um grupo deles.

8 O Estado da natureza para Thomas Hobbes: Qual objetivo do Estado Civil para Hobbes? Quais são as atribuições do soberano para Hobbes? O objetivo da criação do Estado civil é para que este imponha a ordem por meio da leis da espada para dar fim guerra entre os homens. Ao soberano é atribuído o poder absoluto, por isso ele tem em suas mãos a justiça e a força para impor a ordem, podendo interferir em matéria de opiniões, julgar, aprovar ou proibir determinadas ideias.

9 O Pacto de Submissão e o Estado Civil Por natureza, todos os homens são absolutamente iguais, nada há que os diferencie e, portanto, um jamais poderá ter poderes sobre os outros : dessa igualdade total advém a desconfiança e, dela, a guerra. A guerra decorre do fato de que um indivíduo precisa atacar o outro, seja para vencê-lo seja para evitar, de antemão, que seja por ele atacado. Numa tal situação, a guerra que, em princípio é racional, torna-se absurda, pois não há vencedor(es) possível(eis).

10 Numa tal guerra não existem também injustiças, posto que onde não impera a lei não é possível a definição do que é justo; ainda por outro lado, neste estado de natureza a propriedade tampouco é possível, pois não há como conseguir e defender coisas em meio a uma guerra de todos contra todos. Determinadas paixões humanas fazem com que a razão institua o Estado.

11 O Leviatã Capítulo XVII define a constituição do Estado através de um pacto entre os indivíduos no qual eles consentem em abdicar de suas vontades e liberdade individuais em nome da vontade de um único, que garantirá a paz através da lei e a segurança de todos os súditos.

12 Estado para Thomas Hobbes O homem não é um animal naturalmente social; A sociedade entre nós é instituída artificialmente e precisa ser artificial e racionalmente mantida: o pacto precisa ser renovado e garantido a cada momento, para que haja sociedade. Daí decorre que o poder político só pode ser mantido através da força. A esse monopólio da força que faz com que a multidão se una num único indivíduo, que garantirá a segurança de todos, Hobbes chama Estado

13 A única maneira de instituir um tal poder comum, capaz de defendê-los das invasões dos estrangeiros e das injúrias uns dos outros, garantindo-lhes assim uma segurança suficiente para que, mediante seu próprio labor e graças aos frutos da terra, possam alimentar-se e viver satisfeitos, é conferir toda sua força e poder a um homem, ou a uma assembleia de homens, que possa reduzir suas diversas vontades, por pluralidade de votos, a uma só vontade (...) Feito isso, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado, em

14 Liberdade e Igualdade Francisco Welfort Todos seriam livres e iguais para buscarem o lucro, a segurança e a reputação. A igualdade - gera ambição, descontentamento e guerra. Fator que contribui para a guerra de todos contra todos. Individual em detrimento do interesse comum.

15 Igualdade e da liberdade em Hobbes é vista de forma diferente daquela leitura mais convencional destes termos, com significados positivos, como se viu nas revoluções contra o poder absolutista dos reis, principalmente no caso da Revolução Francesa. Logo, a liberdade segundo Hobbes seria prejudicial à relação entre os indivíduos, pois na falta de freios, todos podem tudo, contra todos. Liberdade e Igualdade Francisco Welfort

16 Estado hobbesiano Marcado pelo medo; Leviatã um monstro cuja armadura é feita de escamas que são seus súditos, brandindo ameaçadora espada, governando de forma soberana por meio deste temor que inflige aos súditos. Leviatã é o Estado soberano que concentra uma série de direitos que não podem ser divididos para poder deter o controle da sociedade, em nome da paz, da segurança e da ordem social, bem como para defender a todos de inimigos externos.

17 Palavras de Hobbes Isso é mais do que consentimento ou concórdia, pois resume-se numa verdadeira unidade de todos eles, numa só e mesma pessoa, realizada por um pacto de cada homem com todos os homens [...] Esta é a geração daquele enorme Leviatã, ou antes com toda reverência daquele deus mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa [...] É nele que consiste a essência do Estado, que pode ser assim

18 Palavras de Hobbes Uma grande multidão institui a uma pessoa, mediante pactos recíprocos uns aos outros, para em nome de cada um como autora, poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum. O soberano é aquele que representa essa pessoa.

19 Dessa forma, estes seriam alguns dos princípios que justificariam os discursos do poder absolutista ao longo da Idade Moderna. Fica evidente que neste modelo de Estado que desconsiderava as liberdades individuais não haveria espaço para a democracia e suas instituições.

20 O Estado, o medo e a propriedade O que é ser um contratualista? Filósofos que, entre o século XVI e o XVIII, afirmaram que a origem do Estado e/ou da sociedade está num contrato: os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização e que somente surgiriam depois de um pacto firmado por eles, estabelecendo as regras de convívio social e de subordinação política.

21 destruída. O Estado, o medo e a propriedade Este esquema mostra que, no Estado absoluto de Hobbes, o indivíduo conserva um direito à vida talvez sem paralelo em nenhuma outra teoria política moderna. Só para compararmos com Locke (caps. 2 e 4 do Segundo tratado do governo): o indivíduo que comete crime grave perde o direito de viver e reduz-se a fera, que por todos deve ser

22 O Estado, o medo e a propriedade O governo do temor; O medo faz a pessoa abrir mão de toda a liberdade se não tem; Medo da morte violenta; O homem renunciaria a direitos; O direitos que possui, por natureza, a todos os bens e corpos? Leviatã (1651),

23 O Estado, o medo e a propriedade Propriedade: o grande conforto Burguesia estabelece a autonomia do proprietário para fazer com seu bem o que bem entenda. Na Idade Média, a propriedade era um direito limitado, porque havia inúmeros costumes e obrigações que a controlavam. Por exemplo, o senhor de terras não podia impedir o pobre de colher espigas, ou frutas, na proporção necessária para saciar a fome. Se houvesse servo ligado à gleba, nem este podia deixá-la, nem o senhor podia expulsá-lo para dar outro uso à terra. Mas, nos tempos modernos, o proprietário adquire o direito não só ao uso do bem e a seus frutos.

24 O Estado, o medo e Hobbes reconhece o fim das limitações feudais à propriedade - e nisso ele está de acordo com as classes burguesas, empenhadas em acabar com os direitos das classes populares à terra comunal ou privada - mas, ao mesmo tempo, estabelece um limite muito forte à pretensão burguesa de autonomia: todas as terras e bens estão controlados pelo soberano. a propriedade

25 AS FORMAS DE GOVERNO AS FORMAS DE GOVERNO Formas de Governo em Hobbes O poder soberano pode ser adquirido de duas formas: pela livre vontade dos cidadãos, que é chamado de Estado Político/Estado; por Instituição; ou pela imposição aos cidadãos, que são obrigados a acatar sob pena morte, é o Estado por Aquisição

26 A Democracia em Hobbes A Monarquia é a melhor forma para de se governar um Estado Soberano. Hobbes defende a autoridade absoluta do rei com única forma de se exercer um poder soberano, já que este é uno e indivisível. A Oligarquia seria possível, mas poderia acarretar a descontinuidade do exercício do poder soberano. A Democracia era inviável, porque fatalmente iria acarretar a dissolução do poder soberano.

27 A Democracia para Hobbes é diferente da concepção de Democracia da nossa Constituição. A Democracia que se fala na CF/88 é a representativa, já a de Hobbes é a democracia direta.

28 Um Pensador Maldito Hobbes é, com Maquiavel e em certa media Rousseau, um dos pensadores mais "malditos" da história da filosofia política. Século XVII, o termo "hobbista", é quase tão ofensivo quanto "maquiavélico". Estado como monstruoso; O homem como belicoso; Subordina a religião ao Poder Político; Nega um direito natural ou sagrado do indivíduo à sua propriedade.

29 A Propriedade A burguesia vai procurar fundar a propriedade privada num direito anterior e superior ao Estado: por isso ela endossará Locke. A finalidade do Poder Público consiste em proteger a propriedade. Direito aos bens sem necessidade de aprovação do Estado. Após a Revolução Gloriosa (1688), o pensamento hobbesiano não terá campo de aplicação em seu próprio país, nem em nenhum outro.

30 Hobbes vê três grandes razões principais para agressão no estado de natureza Lucro meio de obter bens futuros, Segurança ninguém pode estar certo que não será atacado por outros, Glória ou reputação como forma de evitar ataques e de dominação, que transformam o estado de natureza em um campo de batalha pelo medo que cada um sente dos outros já que cada um conhece-se a si mesmo e por isso projeta no outro os seus desejos.

31 Leis da Natureza 1. Lei fundamental: todo homem deve buscar a Paz, na medida em que tem esperança de obtêla; quando não a consegue obter, poderá utilizar todos os recursos e vantagens da guerra. 2. Devemos desistir de tudo desde que os outros também se mostrem disposto a fazêlo. 3. Honrar seja quais forem às alianças que se fizerem, argumento como precondição para a

32 Até a Próxima Aula

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