Prof. Hallen Filosofia
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- Vítor Gabriel Bandeira Lameira
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2 THOMAS HOBBES Nasceu em 5 de abril de 1588 em Westport, na Inglaterra, e faleceu em Hardwick, em 1679 Veio a ser um dos maiores pensadores políticos da modernidade De origem humilde, teve seus estudos custeados por um tio
3 THOMAS HOBBES Dedicou grande empenho no estudo dos pensadores clássicos Contraíu uma aversão à democracia, tornando-se um dos maiores pensadores do absolutismo
4 THOMAS HOBBES Tomou com grandes pensadores de seu tempo, com Francis Bacon e Galileu Preocupado quanto à situação política da Inglaterra, tornou-se defensor do Rei Carlos I Tornou-se preceptor do Príncipe de Gales (futuro Carlos II), então exilado com sua corte em Paris
5 PRINCIPAIS OBRAS De Cive, publicada em 1642 Leviathan (sua principal obra), publicada em 1651 ambas foram publicadas durante seu exílio em Paris
6 MATERIALISMO MECANICISTA O homem natural é alvo de um materialismo mecanicista Toda a realidade estaria ligada à ação e reação dos corpos em movimento O homem não poderia fugir a essa lei universal
7 O ESTADO DE NATUREZA Hobbes nunca afirmou a verdadeira existência de tal Estado, podendo ser entendido como um momento hipotético Tem a ausência do Estado e de uma autoridade como característica principal Não haveriam leis que regessem o comportamento humano, o homem seguiria apenas sua vontade
8 O ESTADO DE NATUREZA Não havendo leis, não haveriam crimes Cada um agiria de acordo com suas vontades Seria um estado de guerra permanente de todos contra todos
9 AS LEIS DA NATUREZA Únicas leis presentes no Estado de Natureza Conjunto de idéias, ou regras, que intervêm na conduta humana no sentido de proteger o valor maior, que é o da vida
10 AS LEIS DA NATUREZA São estabelecidas pela razão, vinculadas à mente e ao consentimento de cada indivíduo Antes da moral, ou de qualquer outra obrigação, é lícito que o homem lute por sua vida
11 O HOMEM NATURAL É o homem em seu estado puro, que vive no Estado de Natureza O homem, em seu estado natural move-se exclusivamente pelos seus medos e desejos Na luta pela dominação não poupa a vida de nenhum de seus concorrentes É um ser individualista por natureza
12 O HOMEM INDIVIDUALISTA É natural que na escolha entre as suas vontades e as do outro, o homem escolha pelas suas O homem natural não se importa com os outros homens, apenas consigo mesmo Para o homem natural não existe fraternidade ou compaixão O homem faz apenas aquilo que é fruto de sua vontade
13 MEDOS E DESEJOS O homem se move segundo seus medos e desejos Para satisfazer seus desejos ou fugir de seus medos o homem é capaz de qualquer ato Ele foge das coisas que possui medo e luta para conquistar as coisas que deseja
14 MEDOS E DESEJOS Juntos, esses medos e desejos, são os motivos pelo qual o homem vive, e o movimento dessa vida não poderia existir sem estes
15 A GANÂNCIA O homem natural é coberto pela cobiça, de tal forma que ele tentará se apoderar de qualquer bem que deseje, independendo de suas necessidades e da utilidade de tal bem O homem ambiciona indefinidamente mais coisas do que presentemente tem, não sendo a obtenção de um objeto senão o caminho para conseguir outro
16 A GANÂNCIA A ganância humana é como o fogo, que consome tudo o que estiver ao seu redor e puder servir de combustível, e só cessa quando não puder consumir mais nada, ou quando for apagado por um agente externo A felicidade humana se resumiria a um contínuo progresso de seus desejos
17 A DISCÓRDIA Haveria três causas para a discórdia no estado de natureza: a desconfiança, faz com que o homem esteja sempre se preparando para um possível ataque a competição entre os homens, a luta pela dominação, dominar a todos para não haver ameaças
18 A DISCÓRDIA Haveria três causas para a discórdia no estado de natureza: a honra, o homem lutaria sempre para manter uma boa imagem, ser glorificado, isso inclui a vaidade e o desejo de se mostrar como mais poderoso e capaz
19 A IGUALDADE Na natureza todos os homens são iguais, livres e têm os mesmos direitos sobre todas as coisas Os homens são iguais segundo as suas capacidades, medos e desejos As habilidades humanas, se ponderadas, são equivalentes, não havendo homens melhores que outros (uns são mais fortes, outros mais inteligentes, ou mais hábeis)
20 A IGUALDADE E é essa igualdade de desejos e necessidades, que acaba ocasionando os conflitos, pelas disputas entre os homens Sendo um homem igual ao outro, com as mesmas capacidades, não haveria motivo compreensível para que este homem fosse obedecer, seguir os comandos, de outro homem
21 O CONTRATO SOCIAL Feito com objetivo de preservar a vida, o bem maior do ser humano O Estado de Natureza não é um ambiente seguro O temor de uma morte violenta e o desejo de uma vida segura levam o homem a renunciar sua condição natural de liberdade
22 O CONTRATO SOCIAL Criou-se a necessidade de uma força maior, que protegesse a vida do homem, para que este não precisasse viver em uma situação de medo constante Consistiria na transferência dos direitos de cada homem para uma só pessoa, que aglutinaria um direito e um poder absoluto sobre todas as coisas e todos os homens
23 O CONTRATO SOCIAL Os homens se comprometeriam a respeitar normas que garantissem sua vida mais tranqüila Essa pessoa seria o soberano, que teria o poder de fazer todas as lei Representa o término do Estado de Natureza e o início da Sociedade Civil
24 PROPRIEDADE NO ESTADO DE NATUREZA Não existia propriedade antes da formação do Estado Não haveria garantias de propriedade Só se pode falar em propriedade, quando ocorre o reconhecimento da apropriação
25 PROPRIEDADE NO ESTADO DE NATUREZA Cada homem seria proprietário daquilo que pudesse conquistar Tudo pertencia a todos, logo, nada pertencia a ninguém O homem só era dono de uma propriedade enquanto, conseguisse mantê-la sob o seu domínio
26 PROPRIEDADE APÓS O CONTRATO A propriedade de Hobbes era vinculada ao Estado Ao Estado, caberia a função de dividir as terras e conceder propriedades O soberano poderia confiscar a propriedade de qualquer cidadão A propriedade não existiria frente ao soberano, mas seria garantida frente aos outros súditos
27 FUNÇÃO DO ESTADO Hobbes adota uma concepção absolutista o Estado teria como função garantir a vida do homem
28 CONCEPÇÃO REALISTA Hobbes apresenta um homem mau, vivendo em estado de guerra de todos contra todos Teve como objetivo de defender o absolutismo da monarquia inglesa Apresenta um ângulo mais realista se comparado com os pensadores de sua época Nega a concepção de um homem de valores e virtudes, apresentando um homem com defeitos valorativos, individualista, egoísta e ambicioso
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30 Para o filósofo inglês Thomas Hobbes, o homem, embora vivendo em sociedade, não possui o instinto natural de sociabilidade. Cada homem sempre encara seu semelhante como um concorrente que precisa ser dominado. Onde não houve o domínio de um homem sobre outro existirá sempre competição intensa até que esse domínio seja alcançado. A consequência óbvia dessa disputa infindável dos homens entre si teria gerado um permanente estado de guerra e de matança nas comunidades primitivas. Nas palavras do próprio Hobbes: o homem era lobo do próprio homem (homo homini lúpus). Só havia uma solução para dar fim à brutalidade social primitiva: a criação artificial da sociedade política, administrada pelo Estado. Para isso, os homens tiveram que firmar um contrato entre si, pelo qual transferiam seu poder de governar a si próprios a um terceiro o Estado. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da. Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Saraiva, 8 edição reformulada, 1993, p Podemos afirmar que a concepção política que nasce da antropologia filosófica de Thomas Hobbes tem como característica principal:
31 a) o Neoliberalismo que foi aplicado em várias nações durante a década de 1980, tendo como princípio a liberdade econômica e a minimização do Estado. b) o Comunismo que foi aplicado inicialmente na Rússia no ano de 1917 e depois se espalhou para muitas nações do leste europeu. c) o Parlamentarismo em estilo britânico que vigorou fortemente no Reino Unido no final da década de 1990 tendo como figura de destaque o ministro Tony Blair. d) o Absolutismo político que vigorou fortemente na Europa nos séculos XVII e XVIII tendo como grandes expoentes Luís XIV de França, Henrique VIII e Elizabeth I da Inglaterra, entre outros. e) a Democracia representativa que foi fortemente defendida pelos revolucionários estadunidenses durante sua luta pela independência no Segundo Congresso da Filadélfia em 1776.
32 Thomas Hobbes, na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto alguns homens podem ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos (Bellum omnia omnes). No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num contrato social. Assim, para Hobbes:
33 (A) A força do Estado resulta de um contrato entre os homens e o governante para garantir a sobrevivência da sociedade, uma vez que, no estado da natureza, os homens são violentos. (B) A violência que afeta os homens no estado natural resulta da competição, da ganância daqueles que se apoderam da força do Estado e exploram o trabalho da maioria. (C) O Estado só aparece no momento em que a sociedade passa a controlar os governantes e, assim, asseguram a permanência da paz com o fim da violência. (D) O Estado surge de um contrato social, em que todos garantem o direito à propriedade e à liberdade e a participação nas Assembleias Deliberativas.
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