Os contratualistas Thomas Hobbes (1651), foi responsável por formular teses que demonstravam a legitimidade do poder das monarquias e seus respectivos

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1 Os contratualistas Thomas Hobbes (1651), foi responsável por formular teses que demonstravam a legitimidade do poder das monarquias e seus respectivos soberanos.

2 Hobbes A natureza fez os homens tão iguais, quanto as faculdades do corpo e do espírito, que embora por vezes se encontra um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isso em conjunto a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável. (Leviatã)

3 Hobbes Todos os homens são iguais por natureza, em seu egoísmo; a palavra é uma trombeta de guerra e sedição entre os homens; Condição Natural do Homem é de guerra de todos contra todos; Perda da vida seria inevitável; Retornar a Razão e ao Instinto é uma necessidade.

4 Hobbes O instinto faz com que o homem não queria a morte, oriunda da guerra. A razão é o instrumento para garantir a efetivação dos desejos para além da sobrevivência. A razão produz leis da natureza racionalização do egoísmo natural.

5 Hobbes Para garantir o cumprimento das leis o homem delega seus direito a um único homem em assembleia. No momento do pacto, os homens deixam de lado o soberano que fica acima desta relação, sendo a partir deste momento responsável pelos direitos de todos os cidadãos, assim todos devem submissão à ele.

6 Cedo e transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações. Feito isto, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado. É esta a geração daquele grande Leviatã, ou antes (para falar em termos mais reverentes) daquele Deus Mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa. (Thomas Hobbes, Leviatã, Capítulo XVII, p. 214)

7 Hobbes Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil, ou Leviatã, foi publicado em No texto Hobbes apresenta a estrutura da sociedade a partir da legitimação do governo, onde um soberano absoluto aparece. Alguns acreditam que o monstro "Leviatã" pode ter sido um dos primeiros seres a habitar a Terra. Eram bestas terríveis que viviam basicamente no mar, e eram chamados de monstros da água ou dragões da água.

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12 ENEM 2001 TEXTO I: Para o filósofo inglês Thomas Hobbes ( ), o estado de natureza é um estado de guerra universal e perpétua. Contraposto ao estado de natureza, entendido como estado de guerra, o estado de paz é a sociedade civilizada. Dentre outras tendências que dialogam com as ideias de Hobbes, destaca-se a definida pelo texto abaixo. TEXTO II: Nem todas as guerras são injustas e correlativamente, nem toda paz é justa, razão pela qual a guerra nem sempre é um desvalor, e a paz nem sempre um valor. BOBBIO, N. MATTEUCCI, N PASQUINO, G. Dicionário de Política, 5ª ed. Brasília: Universidade de Brasília; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, Comparando as ideias de Hobbes (texto I) com a tendência citada no texto II, pode-se afirmar que (A) em ambos, a guerra é entendida como inevitável e injusta. (B) (C) para Hobbes, a paz é inerente à civilização e, segundo o texto II, ela não é um valor absoluto. de acordo com Hobbes, a guerra é um valor absoluto e, segundo o texto II, a paz é sempre melhor que a guerra. (D) em ambos, a guerra ou a paz são boas quando o fim é justo. (E) para Hobbes, a paz liga-se à natureza e, de acordo com o texto II, à civilização.

13 Resolução... Essa questão pode ser resolvida a partir da leitura atenta dos textos apresentados. A alternativa A está errada, pois a guerra, para Hobbes, nem sempre é inevitável e, para Bobbio, nem sempre é injusta. A alternativa B está correta, pois, para Hobbes, a paz pertence à civilização e, para Bobbio, a paz não é um valor absoluto, uma vez que ela pode ser justa ou injusta. A alternativa C está incorreta, porque a guerra não é um valor absoluto, segundo Hobbes, e a paz nem sempre é melhor que a guerra, segundo Bobbio. A alternativa D está errada, pois Hobbes não fala sobre a finalidade da guerra. A alternativa E também está errada, pois, para Hobbes, a paz está relacionada à civilização e não à natureza, e o texto II não faz relação entre civilização e paz. Resposta: (B)

14 ENEM 2012

15 Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra A) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta real. B) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa o público e sem a vestimenta real, o privado. C) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um rei despretensioso e distante do poder político. D) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de outros membros da corte. E) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político adornado esconde os defeitos do corpo pessoal.

Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania.

Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra a) a humanidade

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