ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 1º TRIMESTRE 2 ANO DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

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1 ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 1º TRIMESTRE 2 ANO DISCIPLINA: SOCIOLOGIA CONTEÚDOS: Política: - O conceito de política para Platão e Aristóteles Aulas 25 e 26 - O que é política - Estado moderno e nação - Nacionalismo Aulas 27 e 28 - Estado e poder - Nicolau Maquiavel - Thomas Hobbes - John Locke - Jean-Jacques Rousseau

2 EXERCÍCIOS: 1) Platão, em A República, tem como objetivo principal investigar a natureza da justiça, inerente à alma, que, por sua vez, manifesta-se como protótipo do Estado ideal. Os fundamentos do pensamento ético-político de Platão decorrem de uma correlação estrutural com constituição tripartite da alma humana. Assim, concebe uma organização social ideal que permite assegurar a justiça. Com base neste contexto, o foco da crítica às narrativas poéticas, nos livros II e III, recai sobre a cidade e o tema fundamental da educação dos governantes. No Livro X, na perspectiva da defesa de seu projeto éticopolítico para a cidade fundamentada em um logos crítico e reflexivo que redimensiona o papel da poesia, o foco desta crítica se desloca para o indivíduo ressaltando a relação com a alma, compreendida em três partes separadas, segundo Platão. a) Quais as três formas de governos ideais para Platão? Cite e explique. b) Quais as três formas de governos corrompidos para Platão? Cite e explique. c) Qual é a pior forma de governo entre todos os corrompidos para Platão? d) Qual a solução proposta por Platão? 2) Leia o fragmento do capítulo XVIII da obra maquiavélica O príncipe: A um príncipe, portanto, não é essencial possuir todas as qualidades (...), mas é bem necessário parecer possuí-las. Antes, ousarei dizer que, possuindo-as e usando-as sempre, elas são danosas, enquanto que, aparentando possuí-las, são úteis; por exemplo: parecer piedoso, fiel, humano, íntegro, religioso, e sê-lo realmente, mas estar com o espírito preparado e disposto de modo que, precisando não sê-lo, possas e saibas tornar-te o contrário, Deve-se compreender que um príncipe, e em particular um príncipe novo, não pode praticar todas aquelas coisas pelas quais os homens são considerados bons, uma vez que, freqüentemente, é obrigado, para manter o Estado, a agir contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade, contra a religião.

3 Porém, é preciso que ele tenha um espírito disposto a voltar-se segundo os ventos da sorte e as variações dos fatos o determinem e, como acima se disse, não apartar-se do bem, podendo, mas saber entrar no mal, se necessário. Um príncipe, portanto, deve ter muito cuidado em não deixar escapar de sua boca nada que não seja repleto das cinco qualidades acima mencionadas, para parecer, ao vê-lo e ouvi-lo, todo piedade, todo fé, todo integridade, todo humanidade, todo religião; e nada existe mais necessário de ser aparentado do que esta última qualidade. É que os homens em geral julgam mais pelos olhos do que pelas mãos, porque a todos cabe ver, mas poucos são capazes de sentir. Todos vêem o que tu aparentas, poucos sentem aquilo que tu és; e esses poucos não se atrevem a contrariar a opinião dos muitos que, aliás, estão protegidos pela majestade do Estado; e, nas ações de todos os homens, em especial dos príncipes, onde não existe tribunal a que recorrer, o que importa é o sucesso das mesmas, Procure, pois, um príncipe, vencer e manter o Estado: os meios serão sempre julgados honrosos e por todos louvados, porque o vulgo sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados, e no mundo não existe senão o vulgo; os poucos não podem existir quando os muitos têm onde se apoiar. Algum príncipe dos tempos atuais, que não convém nomear, não prega senão a paz e fé, mas de uma e outra é ferrenho inimigo; uma e outra, se ele as tivesse praticado, ter-lhe-iam por mais de uma vez tolhido a reputação ou o Estado. Em seguida o fragmento do capítulo XVII da obra de Thomas Hobbes Leviatã : A única maneira de instituir um tal poder comum, capaz de defendê-los das invasões dos estrangeiros e das injúrias uns dos outros, garantindo-lhes assim uma segurança suficiente para que, mediante seu próprio labor e graças aos frutos da terra, possam alimentar-se e viver satisfeitos, é conferir toda sua força e poder a um homem, ou a uma assembleia de homens, que possa reduzir suas diversas vontades, por pluralidade de votos, a uma só vontade. O que equivale a dizer: designar um homem ou uma assembleia de homens como representante de suas pessoas, considerando-se e reconhecendo-se cada um como autor de todos os atos que aquele que representa sua pessoa praticar ou levar a praticar, em tudo o que disser respeito à paz e segurança comuns; todos Submetendo assim suas vontades à vontade do representante, e suas decisões a sua decisão. Isto é mais do que consentimento, ou concórdia, é uma verdadeira unidade de todos eles, numa só e mesma pessoa, realizada por um pacto de cada homem com todos

4 os homens, de um modo que é como se cada homem dissesse a cada homem: Cedo e transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações. Feito isto, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado, em latim civitas. Há uma semelhança substancial entre o pensamento de Maquiavel e Hobbes, assim como encontramos também, nos dois pensamentos, uma diferença fundamental. a) Disserte identificando e explicando qual é essa semelhança. b) Disserte identificando e explicando qual é essa diferença. c) Como é a essência do homem para Maquiavel e Hobbes? d) Para Maquiavel, ao Príncipe é melhor ser amado ou temido? Por quê? e) O que é simulação e dissimulação para Maquiavel ao que tange o governo do Príncipe? f) Explique a metáfora do leão e da raposa para Maquiavel. g) Quanto a Hobbes, qual a proposto dele para solucionar o estado de natureza em que o homem se encontra fora da sociedade civil? h) Tem como ser livre no estado hobbesiano? i) Explique a glória e a vanglória para Hobbes. j) Qual a relação entre liberdade e segurança, a partir do pensamento hobbesiano? 3) Para Rousseau, o homem é bom por natureza, mas ao fazer parte da sociedade e tomar uma propriedade como sua, ele se corrompe, de modo que há a necessidade de criar

5 regulamentações para estabelecer uma boa convivência. Leia o fragmento da obra Do contrato social de Jean-Jacques Rousseau: o Estado ou a Cidade mais que uma pessoa moral, cuja vida consiste na união de seus membros, e se o mais importante de seus cuidados é o de sua própria conservação, tornase-lhe necessária uma força universal e compulsiva para mover e dispor cada parte da maneira mais conveniente a todos. Assim como a natureza dá a cada homem poder absoluto sobre todos os seus membros, o pacto social dá ao corpo político um poder absoluto sobre todos os seus, e é esse mesmo poder que, dirigido pela vontade geral, ganha, como já disse, o nome de soberania. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. 3.ed. São Paulo: Nova Cultural, p. 48.) a) O que é o bom selvagem? b) Explique o que é o contrato social para Rousseau e como ele mantém a ordem no Estado.

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