ALTERAÇÕES DO SISTEMA MÚSCULO- ESQUELÉTICO E SUAS IMPLICAÇÕES APOSTILA 04
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- Catarina Neuza Back Barata
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1 ALTERAÇÕES DO SISTEMA MÚSCULO- ESQUELÉTICO E SUAS IMPLICAÇÕES APOSTILA 04
2 As novas adaptações expõem exigências suplementares aos complexos musculares dorsal e pélvico para refazer os equilíbrios compensatórios. Essas modificações em algumas mulheres trazem consequências que podem resultar em dor e limitações em suas AVDs.
3 As algias posturais são sintomas que afetam número considerável de gestantes e despertam muito interesse no meio científico, especialmente quando se referem às dores nas coluna. Na prática em clínica, essas alterações posturais se tornam evidentes principalmente após a 20 0 semana gestação, quando se percebe o crescimento abdominal e das mamas, provocando modificações importantes como:
4 Sobrecarga de peso nos pés e diminuição do seu arco longitudinal medial; Hiperextensão dos joelhos; Anteversão pélvica, concorrendo para o aumento de lordose lombar; Horizontalização do sacro; Tensão da musculatura paravertebral.
5 COM AUMENTO DA LORDOSE, A MUSCULATURA PARAVERTEBRAL TENDE A FICAR CONTRAÍDA COM MAIORES POSSIBILIDADES DE PROVOCAR DORES HIPEREXTENSÃO DOS JOELHOS
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9 É frequente haver má distribuição do peso corporal sobre os pés, sobrecarregando principalmente região de calcâneo tornando-se comum a queixa de dores nos calcanhares nesse período. Em algumas mulheres pode ocorrer a redução da lordose, com tendência à retificação lombar, devido aos costumes e vícios posturais adquiridos no cotidiano (sentadas). A preocupação da FISIOTERAPIA com relação aos desequilíbrios posturais da coluna vertebral tem evoluído para uma melhora constante dessas pacientes.
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11 A grande vilã desses desajustes era o aumento das curvas: hiperlordose cervical, lombar e hipercifose torácica. As retificações não eram muito consideradas. FISIOTERAPEUTA: deve realizar uma avaliação minuciosa da coluna e seus desequilíbrios. - Buscando as causas - Consequentemente o diagnóstico - Propostas de tratamentos diferenciadas
12 Desequilíbrios: - Horizontalização do sacro - Hiperlordose lombar - Retificação lombar - Hipercifose torácica - Retificação torácica - Hiperlordose cervical - Retificação cervical Avaliar outros fatores: patologia congênita; posturas profissionais, esportes, traumatismos, estresse, problemas emocionais. Levar em consideração a estrutura individual.
13 AVALIAÇÃO DOS DISTÚRBIOS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL Avaliação da coluna está sempre associada a avaliação total do corpo. Grande parte das alterações físicas na gravidez se inicia na cintura pélvica. A articulação lombosacra é considerada um ponto frágil devido suas particularidades anatômicas.
14 FISIOLOGIA NORMAL: a base do sacro encontrase inclinada para frente, e o corpo e disco de L 5 são acentuadamente mais cuneiformes posteriomente que as demais vértebras lombares. O peso do corpo chega em L 5 e decompõe-se em 2 forças: uma dirige-se para o platô sacral e outra tende a fazê-la deslizar para a frente. O bom funcionamento do conjunto L 5 -sacro depende dos ligamentos iliolombares e do grau de inclinação do sacro.
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17 Deslocamento do centro peso anteriormente na hiperlordose, que é a horizontalização sacro
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20 Quanto maior a inclinação do platô sacral, mais importante se torna a segunda força de deslizamento para frente, causando imbricação acentuada das facetas articulares. É o mecanismo da lordose lombossacra. dolorosa Além das alterações posturais, das síndrome das facetas, outros mecanismos podem provocar lombalgias, como:
21 Dores referidas advindas de patologias viscerais (poliidrâmio, infecção trato urinário). Degeneração discal. Retração muscular dos isquiostibiais; pelvitrocanterianos; espinhais lombares; psoas; quadrado lombar. Que modificam a estática lombopélvica.
22 A dor lombar pode ser causada por dor sacroilíaca; ruptura do disco; separação da sínfise e deslocamento do cóccix. A dor muscular ocorre normalmente no 2 0 e 3 0 trimestre de gestação, devido ao aumento de peso e deslocamento do centro de gravidade. As mulheres grávidas queixam-se de dor na região lombar inferior, agravada por ficar em pé, caminhar e levantar-se, aliviada por posições inclinadas ou deitada de lado. O relaxamento da sínfise púbica e o deslocamento do cóccix também podem ser responsáveis por dor referida na parte inferior da coluna.
23 A irritação da coluna cervical pode resultar do aumento de peso do tecido mamário, adicionando esforço ao plexo braquial e causando alterações das posições da cervical e parte superior da coluna. Os ombros tornam-se naturalmente arredondados e a cervical acompanha. A lordose cervical aumenta podendo levar com o tempo à irritação das raízes dos nervos cervicais.
24 Cãibras nas pernas ocorrem em 15% a 30% de todas as mulheres grávidas (2 0 e 3 0 trimestre), e são contrações dolorosas, dos grupos gastrocnêmio-sóleo ou mesmo, dos músculos das coxas. Ocorrem com mais frequências enquanto as mulheres estão dormindo e podem ser fortes o suficiente para acordá-las. A cãibras podem durar de vários segundos a vários minutos (etiologia desconhecida, mas existe relação com déficit de cálcio, magnésio ou potássio).
25 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS RETIFICAÇÕES, AS HIPERLORDOSES E OUTRAS ALTERAÇÕES POSTURAIS A RETIFICAÇÃO E INVERSÃO DA COLUNA LOMBAR PODEM SER EM CONSEQUÊNCIA: Verticalização do ilíaco, provocada pela retração dos isquiotibiais e da porção profunda do glúteo máximo. Da utilização da posição sentada e/ou anteflexão por muito tempo. Da prática exagerada de exercícios e posturas que provocam retificações e inversões das curvas.
26 A protusão abdominal na gestante não deve ser considerada previamente como a causa de hiperlordose ( encontra-se pessoas com redução significativa da lordose lombar e com protusão abdominal; e que aparecem hiperlordosadas devido ao bloqueio inspiratório e à lordose lombossacra). Um bloqueio inspiratório acentuado, com uma póstero-flexão (inversão da curva torácica) e uma hiperextensão de joelhos acentuam a lordose lombar e a protusão abdominal.
27 das curvaturas no sentido da FISIOLOGIA hipercifoses e hiperlordoses em sentido oposto ao da FISIOLOGIA retificações e inversões
28 NA AVALIAÇÃO: podemos observar que tanto a retificações quanto as hiperlordose cervicais podem contribuir para a sintomatologia dos MMSS (dor, parestesia).
29 IMPORTANTE: O FISIOTERAPEUTA deve verificar se existem desvios posturais sugestivos de escoliose estrutural ou postural
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31 FISIOTERAPEUTA: pede para a gestante fletir o tronco anteriormente. 1. Escoliose postural: a coluna se alinha devido ao relaxamento dos músculos anteriores, responsáveis pelas adaptações escolióticas. 2. Escoliose estrutural: observa-se o aumento das curvas escolióticas e da gibosidade, devido ao alongamento dos músculos posteriores (podem apresentam dores + acentuadas nesse período).
32 Escoliose estrutural aumento das curvas escolióticas e da gibosidade quando a gestante flete o tronco anteriormente.
33 AVALIAÇÃO FISIOTERÁPICA DOR LOMBAR: é estimulada quando se faz a flexão do tronco, é causa de diminuição da amplitude de movimento da coluna lombar, e se acompanha de músculos eretores espinhais, doloridos à palpação. Nesse caso, se o Fisioterapeuta observar a descrição acima, provavelmente o teste para dor pélvica é negativo (-).
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35 DOR PÉLVICA POSTERIOR: está estreitamente relacionada com o período gestacional, parto e puerpério, acometendo principalmente as primíparas. Início por volta da 18 semana. A dor é intermitente, limitando as atividades diárias da paciente (AVDs).
36 É referida nas regiões lateral e distal à vértebra L 5 S 1, pode ser uni ou bilateral. Provoca sensação de peso na pelve posterior e região glútea profunda, podendo haver irradiação da dor para a coxa e joelhos. Neste caso, o Teste para dor pélvica é positivo (+).
37 TESTE DE DOR PÉLVICA POSTERIOR Usado para distinguir a dor pélvica posterior da dor lombar. A paciente fica deitada em posição supina com 90 0 de flexão do quadril e joelhos. O examinador fica ao lado do joelho flexionado e coloca a mão neste joelho e a mão oposta na espinha ilíaca ântero-superior do lado contralateral. Uma pressão suave é feita na linha longitudinal do fêmur e causará dor conhecida na pelve posterior somente do lado examinado.
38 AVALIAR DE AMBOS OS LADOS (esquerdo e direito)
39 SÍNDROME DA RUPTURA NERVOSA: Descrita como dor na coluna, com irradiação para membros inferiores e pés, redução da força muscular, parestesias. Para a descrição dos sintomas acima, o Teste de Laségue é positivo (+). Neste caso, o Teste para dor pélvica posterior é negativo (-).
40 TESTE DE LASÉGUE O objetivo é o estiramento da raiz nervosa ciática. Paciente em decúbito dorsal, membro a ser testado em extensão e o membro oposto em flexão de 90 0 ou extensão. Elevar o MI estendido detendo-se no momento em que a paciente queixa-se de dor ciática, e neste ponto o terapeuta realiza uma dorsiflexão passiva do tornozelo, se a paciente relatar dor no trajeto do nervo ciático, o teste é positivo (+).
41 Membro oposto em extensão ou flexão Para o estudo de compressão de raízes periféricas (ciática), a manobra de Laségue, é essencial e deve ser realizada com a paciente em decúbito dorsal.
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