PREVALÊNCIA DE DOADORES COM MARCADORES DA HEPATITE B DETECTADOS PELA TRIAGEM SOROLÓGICA NO INSTITUTO ONCO- HEMATOLÓGICO DE ANÁPOLIS EM 2012 E 2013
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- Victorio Braga Angelim
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1 Artigo original PREVALÊNCIA DE DOADORES COM MARCADORES DA HEPATITE B DETECTADOS PELA TRIAGEM SOROLÓGICA NO INSTITUTO ONCO- HEMATOLÓGICO DE ANÁPOLIS EM 2012 E 2013 PREVALENCE OF DONORS WITH MARKERS OF HEPATITIS B SCREENING DETECTED BY THE INSTITUTO ONCO-HEMATOLÓGICO DE ANÁPOLIS IN 2012 AND 2013 Leonardo Tavares de Oliveira 1, Rayanne de Deus Guedes1, Jozelia Rêgo 2, Cleonice Maria Garcia de Souza 3, Thiago Vilarinho Tavares 4. 1 Acadêmicos Curso de Medicina, Centro Universitário de Anáolis UniEVANGÉLICA, Anáolis, GO, Brasil. 2 Docente Curso de Medicina, Centro Universitário de Anáolis UniEVANGÉLICA, Anáolis, GO, Brasil. 3 Biomédica do Instituto Onco-Hematológico de Anáolis, GO, Brasil. 4 Médico Hematologista do Instituto Onco-Hematológico de Anáolis, GO, Brasil Resumo Objetivo: Determinar a revalência de marcadores sorológicos ara Heatite B em doadores de sangue do Instituto Onco-Hematológico de Anáolis, correlacionando a faixa etária, o gênero e o estado civil dos doadores com os resultados da triagem sorológica ara Heatite B. Métodos: Tratase de um estudo observacional descritivo retrosectivo através da avaliação dos dados laboratoriais de marcadores da Heatite B realizados durante a triagem sorológica do Instituto Onco- Hematológico de Anáolis nos anos de 2012 e Os marcadores avaliados na triagem foram o Anti-HBc Total e o HBsAg. A amostra oulacional estimada (n) foi de essoas. As variáveis incluídas foram: faixa etária, gênero, estado civil. O Teste do Qui-Quadrado (χ2) ou o Teste Exato de Fisher foram usados ara analisar as variáveis categóricas. Resultados: Verificou-se baixa revalência dos marcadores avaliados, assim como relação da reatividade ao Anti-HBc com o aumento da idade. Observou-se associação da ositividade aos marcadores sorológicos em relação ao gênero feminino e estado civil solteiro. Conclusões: As estratégias de catação de doadores, assim como medidas reventivas constituem-se formas imortantes de garantir a baixa circulação do vírus na região, garantindo diminuição dos custos através da realização da triagem sorológica. Abstract Objective: To determine the revalence of serological markers for heatitis B in blood donors of Instituto Onco-Hematológico de Anáolis, correlating to age, gender and marital status of the donors with the results of serological screening for heatitis B. Methods: A retrosective descritive study was erformed by evaluating the data from laboratory tests of markers of heatitis B serological screening erformed in Instituto Onco-Hematológico de Anáolis during the years 2012 and Data for the months of January to December in both years were collected. The markers were Anti-HBc Total and HBsAg. The estimated oulation samle (n) was 31,537 eoles. The variables included: age, gender, marital status. The Chi-Square (χ2) or Fisher's exact test were used to analyze categorical variables. Results: There was a low revalence of markers evaluated, as regards the Anti-HBc reactivity with increasing age. It was observed an association of ositivity with serological markers in relation to female and unmarried. Conclusions: Strategies for attracting donors, as well as reventive measures constitute imortant ways to ensure low virus circulation in the region, ensuring lower costs by erforming the serologic screening. *Corresondência ara/ Corresondence to: Antônio Leonardo Tavares de Oliveira : leonardo_tavares_oliveira@hotmail.com. Palavras-chave: Doadores de Sangue. Heatite B. Bancos de Sangue. Anticoros Anti- Heatite B. Antígenos da Heatite B. Keyword: Blood Donors. Heatitis B. Blood Banks. Heatitis B Antibodies. Heatitis B Antigens. 61
2 INTRODUÇÃO O sangue é uma substância utilizada em várias situações como cirurgias, anemias, acidentes, 1 entre outras. A utilização do sangue e hemocomonentes está regulamentada ela Lei nº de 21 de Março de 2001, a qual estabelece a doação voluntária, altruísta e nãogratificada, e garante o anonimato do doador. 2 Existem testes sorológicos utilizados ara a triagem das unidades coletadas, de modo a reduzir os riscos de transmissão de um agente atógeno ou ossíveis reações transfusionais. Entretanto, a triagem sorológica ode não ser caaz de detectar o agente circulante no sangue doado. Associado à condição do hosedeiro (suscetibilidade), este ode desenvolver diversas atologias. É imortante o conhecimento sobre a localização dos rinciais atógenos no sangue humano. O citomegalovírus (CMV) e o vírus linfotróico da célula T humana (HTLV) localizam-se nos leucócitos; o vírus da Heatite B (HBV) e Heatite C (HCV) estão concentrados no lasma. 3 A segurança transfusional visa a redução do risco ara doenças como as heatites virais, rincialmente a Heatite B e o HIV e ara garantir uma maior segurança nesse rocesso, em adição à triagem sorológica, deve-se também atentar ara a catação adequada de doadores, sendo fundamental afastar essoas de maior risco, como or exemlo, usuários de drogas e antecedentes de romiscuidade sexual. A seleção clínica e eidemiológica de doadores de sangue constitui um dos mais imortantes assos na segurança transfusional, reresentando a busca or doadores esontâneos e altruístas ara os serviços de hemoteraia. 3 A vigilância eidemiológica tem ael fundamental na investigação das doenças avaliadas nos testes sorológicos envolvendo a doação de sangue, com destaque ara a Heatite B, romovendo ações de revenção e diagnóstico. Os rinciais objetivos da vigilância eidemiológica, relacionados às heatites virais no Brasil incluem o conhecimento do comortamento das heatites, a identificação dos fatores de risco, a amliação da imunização, além da detecção de surtos de heatites, Oliveira, L.T. et al avaliando também o imacto das medidas de controle. 4 A esquisa do marcador HBsAg através dos testes sorológicos como triagem em bancos de sangue reduziu bastante o número de casos de heatites ós-transfusionais. O início da triagem com esse marcador se deu em 1975, através da resolução da Comissão Nacional de Hemoteraia. 5 O objetivo do resente estudo foi determinar a revalência de marcadores sorológicos ara Heatite B em doadores de sangue do Instituto Onco-Hematológico de Anáolis, correlacionando a faixa etária, o gênero e o estado civil dos doadores com os resultados da triagem sorológica ara Heatite B. MÉTODOS Foi realizado um estudo observacional descritivo retrosectivo através da avaliação dos dados de exames laboratoriais de marcadores da Heatite B realizados durante a triagem sorológica do Instituto Onco-Hematológico da cidade de Anáolis nos anos de 2012 e Foram coletados dados relativos aos meses de Janeiro a Dezembro nos dois anos. Os marcadores avaliados na triagem foram o Anti- HBc Total e o HBsAg. A amostra oulacional estimada (n) foi de essoas. As variáveis incluídas foram: faixa etária, gênero, estado civil. O Teste do Qui-Quadrado (x2) ou o Teste Exato de Fisher foram usados ara analisar as variáveis categóricas. O resente estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UniEVANGÉLICA e arovado sob o número CAAE: Resultados Foram avaliados os resultados da sorologia ara Heatite B (Anti-HBc e HBsAg) de essoas, durante os anos de 2012 e 2013, sendo essoas em 2012 e em Os resultados de revalência relacionados aos marcadores Anti-HBc e HBsAg corresondem a 1,1% e 0,08% resectivamente, demonstrando baixa revalência dos marcadores em candidatos à doação de sangue. A distribuição das variáveis e reresentação dos candidatos à 62
3 Análise da manobra de comressão-descomressão doação de sangue odem ser vistas na tabela 1. Tabela 1 Distribuição dos candidatos à doação de sangue submetidos à triagem sorológica em relação à faixa etária, gênero e estado civil no Instituto Onco-Hematológico de Anáolis Variável Categoria n % Faixa Etária Gênero Estado Civil 18 a 25 anos a 35 anos a 45 anos a 55 anos a 65 anos Masculino Feminino Solteiro Casado Total A maioria dos candidatos a doação de sangue ertencia à faixa etária dos 18 aos 25 anos (n=12.656), reresentando 40,13%. Essa orcentagem decresce com o avançar da idade, chegando a 29,8%, 17,79%, 9,88% ara candidatos com idades entre 26 e 35 anos, 36 a 45 anos, 46 a 55 anos, resectivamente. Indivíduos com idade entre 56 a 65 anos (n=756) reresentam aenas 2,4%. Em relação ao gênero, a maioria dos candidatos (n=22.173) são do sexo masculino, corresondendo a 70,31%. Mulheres (n=9.364) reresentam 29,69% do total. Em relação ao estado civil dos candidatos à doação de sangue, seis categorias são reresentadas: solteiro(a), casado(a), desquitado(a), divorciado(a), amasiado(a) e viúvo(a). Observou-se redominância dos indivíduos solteiros e casados com resultados reagentes ara os marcadores sorológicos em todo o eríodo, em relação às outras categorias, com maior revalência dos solteiros em relação aos casados. Para fins estatísticos, candidatos à doação de sangue que declararam estado civil nas categorias solteiro (a), divorciado (a), desquitado (a) e viúvo (a) foram agruados em uma mesma categoria, denominada solteiro. Da mesma forma, indivíduos que declararam estado civil casado e amasiado (união estável) foram agruados na categoria casado. Com relação à triagem sorológica ara o Anti- HBc, foram observados os resultados descritos a seguir. Considerando a frequência absoluta dos marcadores, observou-se que durante todo o eríodo de estudo, dos 347 casos reagentes em relação ao Anti-HBc, 101 indivíduos encontravamse na faixa etária entre os 26 e 35 anos, reresentando 29,11%, seguidos elos indivíduos das faixas de 36 a 45 anos (n=96), 18 a 25 anos (n=74), 46 a 55 anos (n=58) e 56 aos 65 anos (n=18) (Tabela 2). Através dos testes estatísticos, a análise do resíduo ajustado mostrou diferenças estatísticas significativas ara candidatos à doação de sangue entre os 18 e 25 anos, com uma frequência observada (n=74) inferior em relação à frequência eserada, obtida a artir dos cálculos estatísticos realizados (n=139). Portanto nessa faixa etária existem menos sorologias ositivas em relação ao Anti-HBc do que o eserado. Para indivíduos acima de 36 anos o resíduo ajustado mostrou-se significativo, mostrando um maior número de casos observados em relação à frequência eserada (n=28, n=17, n=5, ara candidatos com idade entre 36 e 45 anos, 46 a 55 anos e 56 a 65 anos, resectivamente), demonstrando que os candidatos à doação de 63
4 sangue com idades entre 36 e 65 anos aresentam maior ositividade ao anticoro Oliveira, L.T. et al contra as roteínas do core do HBV (Tabela 2). Tabela 2 Resultados da triagem sorológica relacionados ao Anti-HBc em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anáolis or faixa etária Idade 18 a 25 anos 74 (21,33)** (40,34) 26 a 35 anos 101 (29,11) 9297 (29,81) 36 a 45 anos 96 (27,67)** 5514 (17,68) 46 a 55 anos 58 (16,71)** 3059 (9,81) 56 a 65 anos 18 (5,19)** 738 (2,37) Total 347 (100) (100) ** Resíduo Significativo Com relação ao gênero, observou-se que a ositividade ao Anti-HBc durante todo o eríodo mostrou-se baixa, corresondendo a 347 casos reagentes, o que reresenta 1,1% em relação ao <0,0001* total de candidatos à doação de sangue nos dois anos (Tabela 3). Através do Teste do Qui-Quadrado (χ2), não foi encontrada relação entre o gênero e a ositividade ao Anti-HBc (Tabela 3). Tabela 3 Resultados da triagem sorológica relacionados ao Anti-HBc em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anáolis or gênero Gênero Masculino 229 (65,99) (70,35) Feminino 118 (34,01) 9247 (29,65) Total 347 (100) (100) = 0,077* Em relação ao estado civil, observou-se que 58,58% dos indivíduos são solteiros, enquanto 41,42% são casados. Foram identificados 347 casos reagentes à sorologia ara o Anti-HBc, demonstrando revalência do estado civil solteiro, com 183 casos. De acordo com a análise estatística dos dados, através do Teste do Qui-Quadrado, a relação entre o tio de união e a ositividade ara o Anti-HBc está relacionada ao estado civil solteiro (Tabela 4). Tabela 4 Resultados da triagem sorológica relacionados ao Anti-HBc em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anáolis or estado civil Estado Civil Solteiro 183 (52,74) (58,67) Casado 164 (47,26) (41,33) Total 347 (100) (100) = 0,026* 64
5 Análise da manobra de comressão-descomressão Com relação à triagem sorológica ara o HBsAg, não foram encontrados resultados reagentes na faixa etária entre 46 e 55 anos. A orcentagem de casos reagentes ao HBsAg nesta faixa etária foi menor em comaração aos resultados ositivos relacionados ao Anti-HBc. A maior taxa de detecção de indivíduos com sorologia ositiva ocorreu entre os 18 e 25 anos, com 9 casos em todo o eríodo, seguida ela faixa entre 36 e 45 anos, 26 a 35 anos e 56 a 65 anos, com 8 casos, 5 casos e 2 casos, resectivamente (Tabela 5). O Teste Exato de Fisher revelou significância estatística ara candidatos entre 36 e 45 anos, com um número de casos (n=8) ligeiramente suerior ao eserado (n=4). Em relação às outras faixas etárias, não houve significância estatística, ois o resíduo ajustado foi suerior ao onto de corte (1,96). Tabela 5 Resultados da triagem sorológica relacionados ao HBsAg em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anáolis or faixa etária Idade 18 a 25 anos 9 (37,50) (40,14) 26 a 35 anos 5 (20,83) 9392 (29,80) 36 a 45 anos 8 (33,33)** 5608 (17,80) 46 a 55 anos 0 (0) 3111 (9,87) = 0,042* 56 a 65 anos 2 (8,33) 752 (2,39) Total 24 (100) (100) *Teste Exato de Fisher ** Resíduo Significativo evidenciou associação significativa entre esse marcador e o sexo feminino. Esse gênero Em relação ao gênero, observou-se aenas 24 corresonde a 54,17% do total de casos casos reagentes ao HBsAg. A análise estatística reagentes (Tabela 6). Tabela 6 Resultados da triagem sorológica relacionados ao HBsAg em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anáolis or gênero Gênero Masculino 11 (45,83) (70,33) Feminino 13 (54,17) 9351 (29,67) Total 24 (100) (100) = 0,009* Em relação ao estado civil, observou-se aenas 24 resultados ositivos, sendo 66,67% de indivíduos solteiros e 33,33% de casados. Não foi encontrada associação estatística entre esse marcador e o tio de união (Tabela 7). Tabela 7 Resultados da triagem sorológica relacionados ao HBsAg em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anáolis or estado civil Estado Civil Solteiro 16 (66,67) (58,57) Casado 8 (33,33) (41,43) = 0,421* Total 24 (100) (100) 65
6 DISCUSSÃO A revalência dos anticoros Anti-HBc no Brasil é estimada em 7,9%, com as maiores taxas na região Norte, com 21,4%, e as menores na região Nordeste, aresentando 1,2%. 19 Segundo o Boletim Eidemiológico de Heatites Virais 2012, entre os anos de 1999 e 2011 foram notificados casos de Heatite B na região Centro- Oeste, reresentando 9,9% do total de casos no Brasil. Destes, 31,3% foram detectados em Goiás. 20 Em relação ao Anti-HBc, no Estado do Maranhão foi encontrada revalência de 4,5% ara esse 17 marcador. No Núcleo de Hemoteraia de Aucarana, no Estado do Paraná, a revalência foi de 25,5%%. 21 Um estudo realizado na região sul do Brasil mostrou que do total da amostra (1282 candidatos), 641 indivíduos aresentaram sorologia ositiva, dentre esses 90% encontravam-se com Anti-HBc ositivo. 16 Em 2010, foi realizado um estudo de revalência de base oulacional das infecções elo HBV nas regiões do Brasil, demonstrando revalência do Anti-HBc de 4,3% na região Centro-Oeste, configurando baixa endemicidade nessa região. 22 Em um estudo feito no Acre com 673 candidatos à doação de sangue, submetidos à ré-triagem sorológica, foi demonstrado que a reatividade ao Anti-HBc foi maior com o avançar da idade. 12 No Rio de Janeiro, a soro revalência da infecção elo HBV em Macaé, considerando o marcador Anti-HBc também aresentou resultados semelhantes. 13 Os valores encontrados no resente estudo estão de acordo com a literatura e sugerem que o temo de exosição está relacionado ao incremento da infecção elo HBV. Uma rovável justificativa ara a redominância da maior revalência do Anti-HBc em indivíduos maiores que quarenta anos está relacionada a Oliveira, L.T. et al imlementação da vacina contra Heatite B no Brasil, sendo esta introduzida aenas a artir de 1990 ara oli transfundidos e renais crônicos e em 1998 incluída no calendário vacinal do Ministério da Saúde. Desse modo, o erfil eidemiológico etário revela significativa imortância na investigação dos casos com ositividade dos marcadores. 14 A queda do número de doadores com o envelhecimento ode ser justificada elo aumento da demanda or rocedimentos médicos e sangue concomitantemente com a diminuição das doações de sangue. 23 A maioria dos estudos encontrou uma oulação redominante constituída elo sexo masculino, resultados semelhantes aos encontrados. Já outro trabalho realizado no municíio de Crato, no Ceará evidenciou avanço na conquista da mulher doadora entre os anos de 1995 e 2000, afirmando também uma maior sensibilização da mulher ara a doação de sangue com adesão crescente desse gruo, destacando que a menstruação não contraindica a realização da doação. 1 Poucos trabalhos foram encontrados relacionando o estado civil com a reatividade aos marcadores utilizados na triagem sorológica aós a coleta de sangue. No sul do Brasil, o erfil de doadores foi comosto rincialmente or indivíduos casados ou que ossuíam uma união estável, reresentando 66% do total de 16 candidatos à doação de sangue. No Hemocentro Regional de Uberaba em 1995 a 2009 destacou-se a redominância de casados, justificada elo fato de que a maioria dos candidatos encontravam-se na faixa etária maior que 30 anos de idade, faixa redominante dos casados. 24 Já no Maranhão, o erfil de candidatos com sorologia ositiva ara a Heatite B é comosto rincialmente or solteiros, reresentando 50,9% do total de indivíduos, seguidos or indivíduos casados (44,04%), viúvos (1,06%), divorciados (0,64%), searados (0,46%) e 66
7 Análise da manobra de comressão-descomressão desquitados (0,12%) 17. A maior frequência em candidatos solteiros ode estar intimamente associada a fatores comortamentais ligados ao risco ara aquisição da Heatite B, como or exemlo, a transmissão ela via sexual devido ao não uso de reservativos e/ou maior número de arceiros (as) sexuais. 10 Para o marcador HBsAg, no Estado do Maranhão e no Paraná a revalência encontrada foi de 0,26% 17 e 0,7% 21, resectivamente. No sul do Brasil, dos 641 candidatos com sorologia ositiva ara Heatite B, 7,8% aresentaram HBsAg 16 reagente. Em Ribeirão Preto, mostrou-se revalência da sorologia ositiva ara HBsAg e/ou Anti-HBc de 13,9%. 25 A revalência do HBsAg na região Centro-Oeste é estimada em 0,31%, demonstrando baixa endemicidade desse marcador. 22 O baixo nível de circulação viral está associado a baixa transmissibilidade vertical, com um adrão de distribuição etária bem característico, tendendo a evolução lenta e escassamente resente em idades recoces. 25 No resente estudo, a equena quantidade de casos reagentes ao HBsAg relacionados à faixa etária ossivelmente está relacionada à ausência de relação entre as faixas etárias de 46 a 55 anos e de 56 a 65 anos. Em 2010, um estudo realizado no Maranhão destacou a revalência maior dos marcadores da Heatite B em mulheres, embora a maioria dos candidatos à doação fosse constituída or homens, exlicada elo maior hábito do sexo feminino em comartilhar objetos erfurocortantes como alicates nos salões de beleza ou nas rórias residências. Tal justificativa também foi associada à ouca informação e/ou interesse desse gruo em relação às medidas de revenção relacionadas à Heatite B. Esse estudo também afirma não haver evidências suficientes que ossam comrovar a maior suscetibilidade do gênero masculino à infecção elo vírus da Heatite B. 17 Possíveis evidências que justificam a redominância de homens estão rincialmente relacionadas a fatores comortamentais 15,17 e a maior exosição a fatores de risco diferenciados, associados à transmissão elas vias sexual e sanguínea. 15 É imortante destacar o ael da vigilância eidemiológica como ferramenta fundamental ara determinação do risco de infecção e do erfil dos acientes infectados elo HBV, o que ossibilita a instituição de rogramas de revenção e controle não somente da Heatite B, mas também das outras heatites virais. 14 Deve-se alertar também ara a necessidade de exclusão de resultados falso-ositivos, o que odem comrometer as evidências encontradas. 17 A revalência de marcadores sorológicos ara Heatite B em doadores de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anáolis é baixa e está relacionada à faixa etária avançada, com significativa imortância em indivíduos acima dos 40 anos de idade; ao gênero feminino, embora a maior arte dos candidatos seja do sexo masculino; e ao estado civil solteiro. Pode-se notar que a triagem sorológica é efetiva nos centros urbanos, ois romovem redução de custos, gerando melhorias na detecção recoce de essoas infectadas com o vírus, rincialmente em idades avançadas. Deve-se atentar ara o uso da vacina logo aós o nascimento, nas rimeiras 12 horas de vida, ara evitar a transmissão vertical. A imunização também deve ser enfatizada ara todas as faixas etárias or meio de camanhas no ambiente social. O uso de equiamentos de roteção elos rofissionais da área da saúde, o não comartilhamento de agulhas e seringas e o uso de reservativo nas relações sexuais contribui ara a baixa circulação do vírus. As revalências aresentadas odem contribuir ara riscos reduzidos da circulação do vírus da Heatite B na oulação. Estratégias de acolhimento ao doador de sangue, assim como camanhas ublicitárias e o uso da mídia, rincialmente em relação aos extremos de idades, odem arimorar o conhecimento da oulação sobre a Heatite B e suas formas de 67
8 transmissão, diminuindo riscos e custos ara o municíio e melhorando a qualidade de vida da oulação. A avaliação do Anti-HBs ode ser necessária ara determinar a cobertura vacinal da oulação estudada. A vigilância eidemiológica constitui ferramenta chave ara a determinação do risco de infecção da Heatite B, ossibilitando medidas de intervenção recoces e controle da doença. Este artigo é isento de conflitos de interesses. REFERÊNCIAS 1. Moura AS, Moreira CT, Machado CA, Neto JAV, Machado MFAS. Doador de sangue habitual e fidelizado: fatores motivacionais de adesão ao rograma. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. 2006; 19(2). 2. Brasil. Ministério da Saúde. Guia ara uso de hemocomonentes. Brasília: Ed Carrazzone CFV, Brito AM, Gomes YM. Imortância da avaliação sorológica rétransfusional em recetores de sangue. Revista. Bras. Hematol. Hemoter. 2004;26(2): Brasil. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Eidemiológica Volume 1 - Aids/Heatites Virais. Brasília: Brasil. Ministério da Saúde. Material instrucional ara caacitação em vigilância eidemiológica das Heatites Virais. Brasília: Pereima RSMR, Reibnitz KS, Martini JG, Nitschke RG. Doação de sangue: solidariedade mecânica versus solidariedade orgânica. Revista Brasileira de Enfermagem 2010; 63(2): Brasil. Ministério da Saúde. Técnico em Hemoteraia: Livro Texto. Brasília: Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Deartamento de Gestão da Educação na Saúde, Guerra CCC. Fim da doação remunerada de sangue no Brasil faz 25 anos. Rev. bras. hematol. hemoter. 2005;27(1): Fernandes JV, Braz RFS, Neto FVA, Silva MA, Nancy FC, Ferreira AM. Prevalência de Oliveira, L.T. et al Marcadores Sorológicos do vírus da Heatite B Em Trabalhadores Do Serviço Hositalar. Rev. Saúde Pública, (2): Valente VB, Covas DT, Passos ADC. Marcadores sorológicos das heatites B e C em doadores de sangue do Hemocentro de Ribeirão Preto, SP. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Troical. 2005; 38(6): Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional ara a Prevenção e o Controle das Heatites Virais. Brasília, Silva RSUS, Ribeiro SAL, Silveira RP, Freitas MS. Avaliação da ré-triagem sorológica ara o marcador do vírus da heatite B (Anti-HBc total) em candidatos à doação de sangue no Estado do Acre, Rev Soc. Bras. Med. Tro. 2006; 39(2): Gaze R, Carvalho DM, Werneck GL. Sororevalência das infecções elos vírus das heatites A e B em Macaé, Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2002; 18(5): Cruz CRB, Shirassu MM, Martins WP. Comaração do erfil eidemiológico das heatites B e C em um serviço úblico de São Paulo, Arq Gastroenterol. 2009; 46 (3). 15. Sbeghen MD, Paraboni MLR. Prevalência da reatividade ao anti-hbc toltal em candidatos à doação de sangue, submetidos à ré-triagem sorológica elo vírus da heatite B no municíio de Erechim/RS. Persectiva, Erechim. 2010; 34(125): Silveira L, Schiavon LL, Silva KP, Loes TB, Zaccaron MR, Schiavon JLN. Clinical na eidemiological rofile of blood donors with ositive serology for viral heatitis in Southern Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Troical. 2011; 44(3): Martins SCC, Caldas AJM, Fonseca LMB, Corrêa RGCF, Aquino DMC. Marcadores do vírus da Heatite B (HBV) em candidatos à doação de sangue no Estado do Maranhão, Rev. Pesq. Saúde. 2010; 11(3): Scaramuzzi DR. Vacina Contra Heatite B. Sociedade Brasileira de Pediatria. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Projeto Diretrizes,
9 Análise da manobra de comressão-descomressão 19. Clemens SAC, Fonseca JC, Azevedo T, et al. Sororevalência ara heatite A e heatite B em quatro centros no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Troical. 2000; 33(1): Brasil. Ministério da Saúde. Boletim Eidemiológico - Heatites Virais. Ano III - nº 1. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde - Deartamento de DST, Aids e Heatites Virais, Colli L, Bertolini DA, Silveira TGV. Prevalência da heatite B em doadores de sangue do Núcleo de Hemoteraia de Aucarana (Hemear), Estado do Paraná, Brasil. Acta Scientiarum. 1999; 21(2): Ximenes RAA, Pereira LMB, Martelli CMT, et al. Methodology of a nationwide cross-sectional survey of revalence and eidemiological attern of heatitis A, B and C infection in Brazil. Cad. Saúde Pública. 2010; 26(9): Silva RMG, Kuek E, Peres KG. Prevalência de doação de sangue e fatores associados em Florianóolis, Sul do Brasil: estudo de base oulacional. Cad. Saúde Pública. 2013; 29(10): Alves NP, Lima LM, Barbosa VF, Pimenta GA, Souza HM, Martins PRJ. Ocorrência da Sorologia Positiva ara Heatite B nos Doadores de Sangue do Hemocentro Regional de Uberaba (MG) no Período de 1995 a Revista de Patologia Troical. 2012; 41 (2): Miranda LVG, Passos ADC, Figueiredo JFC, Gasar AMC, Yoshida CFT. Marcadores sorológicos de heatite B em indivíduos submetidos a exames de sangue em unidades de saúde, Rev. Saúde Pública. 2000; 34(3):
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