A utilização de resíduos do Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça em Projeto de Educação Ambiental

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1 1 A utilização de resíduos do Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça em Projeto de Educação Ambiental Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: BUENO, Ana Paula; MOURA, Rafael Silva de; SILVEIRA, Richard Tavares da Rosa Ana Paula Bueno Elaine da Silva Neves Marcio Paim Mariot Moema Wendt Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça A UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DO CONJUNTO AGROTÉCNICO VISCONDE DA GRAÇA EM PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 1. INTRODUÇÃO Atualmente existente no Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça, escola vinculada à Universidade Federal de Pelotas, o projeto de ensino e extensão Educação Ambiental Visconde da Graça (EDAVG), foi fruto de uma vontade coletiva de congregar, em um grande projeto todas as atividades em andamento na escola, relacionadas às questões ambientais e outras que foram sendo aos poucos incorporados. Na formação dos indivíduos, principalmente a criança e o adolescente, a comunidade escolar tem um papel decisivo e fundamental na concepção de valores sociais, na mudança de atitudes, trabalhando com conceitos, prestando informações e esclarecendo sobre as causas e conseqüências que decorrem de algumas posturas ecologicamente incorretas. Neste trabalho, adotando uma prática educativa, com os alunos do Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça e membros da comunidade, proporcionamos

2 2 encontros, cursos, palestras e oficinas, com o propósito de ampliar o conhecimento das pessoas envolvidas sobre as questões sócio-ambientais locais e numa visão sistêmica, os problemas globais, construindo conjuntamente estratégias para o enfrentamento, indicando a possibilidade da criação de um Núcleo de Educação Ambiental na escola e de um curso técnico em Meio Ambiente. Atualmente a fabricação de papel é um negócio altamente rentável a grandes indústrias desse ramo, tornando-as grandes potencias. Segundo Sorrentino (1993) a malícia do consumismo não se restringe apenas às pessoas, mas estende-se ao meio ambiente, que sofre grave impacto decorrente da ávida necessidade de energia e matéria prima. Os resíduos das indústrias de papel é um dos que mais agride o meio ambiente. Após todo o consumo de matéria prima e produtos químicos utilizados na industrialização do papel e dos danos causados ao meio ambiente, a folha de papel usada, na maioria das vezes, é jogada fora ou queimada. No entanto, a partir deste projeto, as folhas de papel, depois de utilizadas completamente, são destinadas à confecção de papel de modo artesanal. 2. MATERIAL E MÉTODOS O papel utilizado nas atividades pedagógicas da escola começou a ter um destino adequado, coerente com uma prática ambiental consciente. A confecção de folhas de papel artesanal tem o seu início com a fragmentação das folhas, para depois passarem por uma seleção de acordo com a espessura e cor. O passo seguinte consiste em liquidificar o papel fragmentado em uma quantidade de água no mínimo o dobro da porção de papel, obtendo-se uma massa, a qual será diluída em um recipiente maior e com mais água. A seguir utiliza-se uma peneira (bastidor) para mergulhar no recipiente, para que a massa fique depositada no seu fundo, deixar escorrer o excesso de água. Virar a peneira em cima de um tecido, para então terminar de tirar a água com uma esponja e em seguida retirar a massa de dentro da peneira, que ficará presa

3 3 ao tecido. O processo de prensagem, a seguir, em uma prensa hidráulica, poderá ser feito com várias folhas de massa, as quais depois de ser retirada toda a água, deverão ser estendidas, ainda presa ao tecido, para terminarem de secar. Ainda voltam à prensa depois de secas para que fiquem lisas. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Além de graves danos ambientais, o desperdício representa obstáculo a uma indústria emergente em todo o mundo, e crescente a passos lentos no Estado; a reciclagem capaz de gerar renda e empregos enquanto evita a poluição neste modelo de sistema, onde o consumismo é desenfreado e ilimitado, o desperdício é inevitável. Podemos nos referir ao papel, o qual e preocupação, em vista do que é deixado de ser reaproveitado em uma escola. O CAVG por exemplo gasta em torno de folhas por bimestre, o que significa 200kg, totalizando 800kg por ano. Cada tonelada de papel reciclado evita a derrubada de 20 a 30 pés de eucalipto, ou de 10 a 30 árvores, em média.para fabricar uma tonelada de papel utilizam-se litros de água e 5.000kw/h de energia elétrica.na reciclagem esses números caem para a 2.500, respectivamente, segundo dados da UFSC. Já esta sendo reciclado 64% do papel utilizado no Brasil, além do que o papel/papelão é o líder. O produto obtido, ou seja, o papel artesanal tem sido utilizado na impressão de certificados, convites, capas, blocos e em artesanatos. 4. CONCLUSOES

4 4 A implementação desse projeto motivou as pessoas a selecionarem as folhas já aproveitadas e as destinarem ao espaço onde a oficina de reciclagem desenvolve suas atividades. Temos que encontrar meios de mostrar às pessoas, assim como a nós mesmos, de que a nossa presença no mundo, qualquer que seja o lugar onde estamos as ações que praticamos no presente cotidiano influenciam para melhorar ou piorar a qualidade de vida agora e no futuro. O princípio básico é que nós vivemos dentro de uma unidade que atua descentralizada através de uma infinidade de ecossistemas maiores ou menores, que agem interligados entre si, de tal maneira que tudo o que acontece em algum afeta outros.. Buscaremos alternativas para amenizar as conseqüências de uma situação, possivelmente apontando a necessidade de uma mudança nas atitudes e posturas, com ética e seriedade das pessoas envolvidas, pensando conjuntamente em algumas estratégias de luta e resgate da cidadania, por melhores condições de vida para o coletivo. REFERÊNCIAS BRANCO, S. M. O Meio Ambiente em debate. São Paulo: Moderna, DIAS, G. F. Educação Ambiental- Princípios e práticas. São Paulo: Gaia, GONÇALVES, C. W. Os Descaminhos do meio Ambiente. São Paulo: Contexto, LAYARGUES, P. P. A resolução de problemas ambientais locais deve ser um tema gerador ou a atividade-fim da educação ambiental. In: REIGOTA, Marcos (org.). Verde Cotidiano. Rio de Janeiro: DP&A, LAYRARGUES, P. P. (Org) Sociedade e Meio Ambiente: A Educação Ambiental em Debate. São Paulo: Cortez, LOUREIRO, C.F.B. Trajetória e fundamentos da Educação Ambiental. São Paulo: Cortez, MINC, C. Ecologia e Cidadania. São Paulo: Moderna, NETO, A. A reciclagem. Jornal Zero hora, 09/09/2000. SORRENTINO, M. Educação Ambiental: participação e organização ambientalista. In: Terra Gasta: A Questão do Meio Ambiente. São Paulo: Educat, SHREVE, R.N. & BRINK, J. R. Industrias de processos quimicos. Rio de Janeiro Guanabara, 1980.

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