UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV Evento: Concurso Público para Provimento de Cargo Técnico-Administrativo em Educação Edital N 131/2017 PARECER A Comissão Examinadora da Prova de Conhecimentos Específicos de Técnico em Contabilidade efetuou a análise do recurso administrativo e emitiu seu parecer nos termos a seguir. Questão 18 A questão apresenta dados referentes de um material em estoque de uma entidade pública, em , e pede para identificar o valor do estoque em com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP). A NBC TSP 04 Estoques estabelece que: 15. Os estoques objeto desta norma devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor, exceto quando o disposto nos itens 16 ou 17, se aplicar. (grifo nosso) 16. Quando os estoques tiverem sido adquiridos por meio de transação sem contraprestação, o custo deve ser mensurado pelo seu valor justo na data do seu recebimento. 17. Estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre o custo e o custo corrente de reposição quando são mantidos para: (grifo nosso) (a) distribuição gratuita ou por valor irrisório; (b) consumo no processo de produção de bens a serem distribuídos gratuitamente ou por valor irrisório. [grifo nosso] Dado que os bens serão distribuídos gratuitamente, o estoque será mensurado pelo custo de aquisição ou custo corrente de reposição, dos dois o menor, que corresponde o valor de R$ ,00. Custo de Aquisição R$ ,00 Custo Corrente de Reposição R$ ,00 Questão 22 A questão apresenta dois registros relacionados a uma transação que envolve aquisição de um veículo. Como exemplificado no anexo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público MCASP 7ª. edição, página 34, na entrega do veiculo será efetuado o Registro 1, e na Liquidação será efetuado o Registro 2. Em relação a natureza do lançamento contábil, com base no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público MCASP 7ª. edição: a metodologia para estruturação do PCASP foi a segregação das contas contábeis em grandes grupos de acordo com as características dos atos e fatos nelas registrados. Essa metodologia permite o registro dos dados contábeis de forma organizada e facilita a análise das informações de acordo com sua natureza. O referido manual apresenta a seguinte divisão: Natureza da informação Classes Patrimonial 1. Ativo 2. Passivo 3. Variações Patrimoniais 4. Variações Patrimoniais Aumentativas

2 Diminutivas Orçamentária 5. Controles da Aprovação do Planejamento e Orçamento 6. Controles da Execução Planejamento e Orçamento Controle 7. Controles Devedores 8. Controles Credores Com base no exposto, tem-se: Registro 1: Registro de natureza patrimonial efetuado no recebimento do bem Débito: Bens móveis Crédito: Fornecedores e contas a pagar nacionais a curto prazo Registro 2: Registro de natureza orçamentária efetuado na liquidação Débito: Crédito empenhado em liquidação Crédito: Crédito empenhado liquidado a pagar Ante o que se expôs, analisam-se as alternativas propostas, uma a uma: Alternativa O registro 1 corresponde ao lançamento contábil de natureza patrimonial, efetuado por ocasião do recebimento do veículo. está correta. Alternativa O registro 2 corresponde ao lançamento de natureza de controle, efetuado por ocasião do recebimento do veículo. está incorreta. Alternativa O registro 1 e 2 correspondem ao lançamento contábil de natureza patrimonial, efetuado por ocasião do recebimento do veículo. está incorreta. Alternativa O registro 1 e 2 correspondem ao lançamento contábil de natureza patrimonial efetuado por ocasião da liquidação da transação de compra do veículo. está incorreta. Alternativa O registro 1 e 2 correspondem ao lançamento contábil de natureza de controle e patrimonial respectivamente, efetuados no recebimento do veículo. está incorreta. Questão 24 A questão apresenta informações extraídas da contabilidade de uma prefeitura, relativas ao ano de 2016, para fins de elaboração do Balanço Financeiro e pede para identificar, no Balanço Financeiro elaborado de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público MCASP, o total dos Ingressos. No Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público MCASP 7ª Edição (p ), o Balanço Financeiro é apresentado em duas seções: 1) A seção Ingressos, com as seguintes especificações: a. Receita Orçamentária (I); b. Transferências Financeiras Recebidas (II); c. Recebimentos Extraordinários (III); d. Saldo em Espécie do Exercício Anterior (IV); e e. Total (V) = (I + II + III + IV) 2) A seção de Dispêndios, com as seguintes especificações: a. Despesa Orçamentária (VI); b. Transferências Financeiras Concedidas (VII); c. Pagamentos Extraordinários (VIII); d. Saldo em Espécie para o Exercício Seguinte (IX); e e. Total (X) = (VI + VII + VIII + IX)

3 Assim, apresenta-se o Balanço Financeiro a partir dos dados informados no enunciado da questão: INGRESSOS Balanço Financeiro Encerrado em 31 de dezembro de 2016 DISPÊNDIOS Receitas Orçamentárias ,00 Despesa Orçamentária ,00 Transferências Financeiras Transferências Financeiras Recebidas ,00 Concedidas Recebimentos Pagamentos Extraorçamentários 7.000,00 Extraorçamentários ,00 Saldo em Espécie do Exercício Anterior Saldo em Espécie para o 9.000,00 Exercício Seguinte ,00 TOTAL Portanto, a resposta correta é R$ , ,00 TOTAL ,00 Questão 29 A questão apresenta diversos saldos, afirmando que se tratam de saldos de contas classificadas como Variações Patrimoniais Quantitativas, na posição de , em um órgão da Administração Pública Direta e pede o Resultado Patrimonial do Exercício de 2016, calculado a partir dos dados informados. De acordo com a Lei 4.320/64, artigo 104: Art A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. O resultado patrimonial do exercício é apurado pelo confronto entre as variações patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas informadas, conforme demonstrado a seguir: Variações Patrimoniais Aumentativas (I) R$ ,00 Resultantes da Execução Orçamentária R$ ,00 Receitas Correntes R$ ,00 Receitas de Capital R$ ,00 Independentes da Execução Orçamentária R$ ,00 Inscrição de Créditos não Tributários R$ ,00 Variações Patrimoniais Diminutivas (II) (R$ ,00) Resultantes da Execução Orçamentária (R$ ,00) Despesas Correntes (R$ ,00) Despesas de Capital (R$ ,00) Independentes da Execução Orçamentária (R$ ,00) Depreciação de Bens (R$ ,00) Resultado Patrimonial do Exercício (I-II) R$ ,00 Portanto, a resposta correta é R$ ,00. Não procede a argumentação de que a inscrição de Créditos não Tributários na Dívida Ativa é fato contábil permutativo e que, portanto, não poderia ser classificada como uma Variação Patrimonial Aumentativa, visto que, a observação constante no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público MCASP 7ª Edição (p. 313), a seguir transcrita, descreve a situação como um fato permutativo pois tal publicação refere-se ao efeito no ente público como um todo, não se aplicando a um órgão em particular, conforme se observa do texto a seguir transcrito:

4 A inscrição do crédito em dívida ativa configura fato contábil permutativo, pois não altera o valor do patrimônio líquido do ente público. No órgão ou entidade de origem é baixado o crédito a receber contra uma variação patrimonial diminutiva (VPD) e no órgão ou entidade competente para inscrição é reconhecido um crédito de dívida ativa contra uma variação patrimonial aumentativa (VPA). Dessa forma, considerando-se o ente como um todo, há apenas a troca do crédito a receber não inscrito pelo crédito inscrito em dívida ativa, sem alteração do valor do patrimônio líquido. [grifo nosso] Questão 37 A questão pede para relacionar os tipos de classificação funcional programática elencados na primeira coluna com sua respectiva descrição na segunda coluna e, em seguida, assinalar a opção correta. De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público MCASP 7ª Edição (p. 72): Programa Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. O orçamento Federal está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. As informações mais detalhadas sobre os programas da União constam no Plano Plurianual e podem ser visualizados no sítio Ação As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, dentre outros. As ações, conforme suas características podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. a. Atividade É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde. b. Projeto É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: Implantação da rede nacional de bancos de leite humano. c. Operação Especial Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. [grifo nosso]

5 Relacionando-se as colunas, a sequência correta é 2, 3, 1. (1) Projeto ( 2 ) É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. (2) Atividade ( 3 ) Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. (3) Operação Especial ( 1 ) É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo. Questão 43 A questão pede para julgar os itens com base na classificação da categoria econômica por elemento de despesas constantes na Lei 4.320/1964. Tem como objeto a discriminação ou especificação da despesa por elemento, o que é tratado no art. 13 da Lei 4320/1964, senão vejamos: Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte esquema: Pessoa Civil Pessoal Militar Material de Consumo Serviços de Terceiros Encargos Diversos DESPESAS CORRENTES Despesas de Custeio Transferências Correntes Subvenções Sociais Subvenções Econômicas Inativos Pensionistas Salário Família e Abono Familiar Juros da Dívida Pública Contribuições de Previdência Social Diversas Transferências Correntes. DESPESAS DE CAPITAL Investimentos Obras Públicas Serviços em Regime de Programação Especial Equipamentos e Instalações Material Permanente Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades Industriais ou Agrícolas Inversões Financeiras Aquisição de Imóveis Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades Comerciais ou Financeiras Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Emprêsa em Funcionamento Constituição de Fundos Rotativos Concessão de Empréstimos Diversas Inversões Financeiras Transferências de Capital Amortização da Dívida Pública Auxílios para Obras Públicas

6 Auxílios para Equipamentos e Instalações Auxílios para Inversões Financeiras Outras Contribuições. À luz do disposto no art. 13, da Lei 4320/1964, tem-se o seguinte julgamento dos itens apresentados: I. Subvenções sociais, subvenções econômicas e juros da dívida pública são exemplos de transferências correntes. Está correto, pois todas as descrições apresentadas estão contempladas como exemplos de contas de Transferências Correntes Despesas Correntes. II. Aquisição de imóveis e concessão de empréstimos são exemplos de inversões financeiras. Está correto, porque todas as descrições apresentadas estão contempladas como exemplos de contas de Inversões Financeiras Despesas de Capital. III. Amortização da dívida pública e auxílios para inversões financeiras são exemplos de transferência de capital Está correto, porque todas as descrições apresentadas estão contempladas como exemplos de contas de Transferências de Capital Despesas de Capital IV. Inversões financeiras e transferências correntes são despesas de capital Está incorreto, porque as transferências correntes são classificadas como despesas correntes. Portanto, a opção correta é a alternativa D, consoante a qual, apenas os itens I, II e III estão corretos. Questão 45 A questão pede para julgar os conceitos de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido apresentados nos itens de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público MCASP. A questão traz os conceitos de ATIVO, PASSIVO, PATRIMÔNIO LÍQUIDO e VARIAÇÕES PATRIMONIAIS, os quais estão contemplados na 7ª. Edição do MCASP, nos itens (pg. 143), (pg. 146), 2.3 (pg. 150) e (pg. 150), senão vejamos: 2.1. ATIVO Definição de Ativo Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado PASSIVO Definição de Passivo Passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade PATRIMÔNIO LÍQUIDO (OU SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA) A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de outros recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida no Balanço Patrimonial como patrimônio líquido. A situação patrimonial líquida pode ser um montante positivo ou negativo VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS E DIMINUTIVAS Definição de Variações Patrimoniais Aumentativas e Diminutivas As variações patrimoniais aumentativas e diminutivas são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público e que afetam o resultado.

7 Com base no exposto tem-se o seguinte julgamento dos itens apresentados: I. O ATIVO representa recursos sob o controle da entidade, como resultado de eventos passados e futuros dos quais se espera que resultem para a entidade benefícios futuros. Está incorreto por causa da expressão e futuros. Conforme estabelecido no MCASP Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado. II. O PASSIVO contempla obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados ou futuros, as quais são classificadas em Circulante e Não Circulante. Está incorreto por causa da expressão ou futuros. Conforme estabelecido no MCASP Passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade. III. O PATRIMÔNIO LÍQUIDO é representado como a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de outros recursos e a dedução de outras obrigações. Está correto. Conforme estabelecido no MCASP A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de outros recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida no Balanço Patrimonial como patrimônio líquido. IV. As VARIAÇÕES PATRIMONIAIS são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade, afetando o seu resultado. Está correto. Conforme estabelecido no MCASP As variações patrimoniais aumentativas e diminutivas são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público e que afetam o resultado. Portanto, a opção correta é a alternativa B, consoante a qual, apenas os itens IIV e IV estão corretos. Questão 46 A questão versa sobre conceitos e conhecimentos básicos acerca de orçamento, dispostos em itens a serem julgados. Os referidos conceitos e conhecimentos estão todos contemplados na Lei n o /1964, senão vejamos a análise do julgamento, item a item: I. Crédito orçamentário corresponde à autorização dada pelas leis orçamentárias para aplicação de determinado montante de recursos, conforme as classificações de receitas e despesas nelas discriminadas. Este item está correto porque é a LOA quem autoriza o montante de recursos até o limite do que foi proposto pela PLOA, consoante a classificação das receitas e discriminação das despesas previstas na respectiva PLOA. O art. 22,II da lei. 4320/64, diz que o Poder Executivo encaminha ao Poder Legislativo a PLOA na proposta orçamentária, a qual será submetida à apreciação e aprovação do Poder Legislativo. Portanto, só as leis orçamentárias é quem autorizam o montante de recursos a serem aplicados, consoante a classificação das receitas e despesas nela discriminadas. De acordo com o art. 32, da Lei 4320/64, caso o Legislativo não receba a proposta orçamentária nos prazos previstos, será considerado como proposta, a Lei do Orçamento vigente. TÍTULO II Da Proposta Orcamentária CAPÍTULO I Conteúdo e Forma da Proposta Orçamentária Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á: [...] II - Projeto de Lei de Orçamento; [...] CAPÍTULO II Da Elaboração da Proposta Orçamentária SEÇÃO PRIMEIRA Das Previsões Plurienais [...]

8 SEÇÃO SEGUNDA Das Previsões Anuais [...] TÍTULO III Da elaboração da Lei de Orçamento Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. [...] II. Crédito inicial representa o montante total de créditos orçamentários autorizados no Projeto de Lei Orçamentária. Este item está incorreto porque não é a PLOA quem autoriza orçamento em favor do órgão, mas sim, a LOA. A PLOA é tão somente uma proposta do orçamento para o órgão, a qual pode ser rejeitada pelo Poder Legislativo. Portanto, quem autoriza o orçamento é a LOA. De acordo com o MCASP (p.96): Por crédito orçamentário inicial, entende-se aquele aprovado pela lei orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais não dependentes. [grifo nosso] III. Créditos adicional é sinônimo de crédito suplementar e consiste em um acréscimo ao crédito inicial. Este item está incorreto porquê de acordo com o Artigo 41 da lei 4.320/64 os créditos adicionais são classificados em: I suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; II especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; III extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. De modo que todo crédito suplementar é adicional, entretanto, nem todo crédito adicional será suplementar, e, com isso, os mesmos não são sinônimos, senão vejamos: TÍTULO V Dos Créditos Adicionais Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: I - suplementares, os destinados a refôrço de dotação orçamentária; II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. [grifo nosso] IV. Crédito cancelado consiste na eliminação total ou parcial de um crédito inicial, não podendo se dar sobre crédito adicional. Este item está incorreto porque, segundo o art. 43, 1º, III, da Lei 4320/64, o crédito adicional também pode ser objeto de cancelamento, senão vejamos: Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos [...] III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei. [Grifo nosso] [...] Portanto, a opção correta é a alternativa A, consoante a qual Apenas I está correto.

9 Questão 47 A questão tem como objeto os conhecimentos acerca do reconhecimento de Despesas de Exercícios Anteriores DEA, do tipo: compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, previsto no art. 37 da Lei 4320/1964. A 7ª edição do MCASP, traz esse assunto no item 4.8 capítulo, do Capítulo 4, referente a Despesa Orçamentária, pg. 132, bem como no capítulo 11, pgs. 231 a 233, senão vejamos: 4.8. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES São despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento. O art. 37 da Lei nº 4.320/1964 dispõe que as despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se: a. Despesas que não se tenham processado na época própria, como aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação; b. Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor; c. Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. [grifo nosso] O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores, pela autoridade competente, deverá ocorrer em procedimento administrativo específico, sendo necessário, no mínimo, os seguintes elementos: a. Identificação do credor/favorecido; b. Descrição do bem, material ou serviço adquirido/contratado; c. Data de vencimento do compromisso; d. Importância exata a pagar; e. Documentos fiscais comprobatórios; f. Certificação do cumprimento da obrigação pelo credor/favorecido; g. Motivação pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria. O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores cabe à autoridade competente para empenhar a despesa. 11.REFLEXO PATRIMONIAL DAS DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (DEA) INTRODUÇÃO A Lei nº 4.320/1964 estabelece: Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagas à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. Assim, as Despesas de Exercícios Anteriores (DEA) abrangem três situações: a. Despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria11; b. Restos a pagar com prescrição interrompida12; c. Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.[grifo nosso] Quanto à classificação orçamentária por natureza da despesa, a DEA corresponde a elemento de despesa próprio usado no orçamento do exercício corrente para despesas que pertencem ao exercício anterior: 92 Despesas de Exercícios Anteriores.

10 11.2. REGISTROS PATRIMONIAIS DECORRENTES DAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (DEA) Muitas dúvidas surgem no momento de relacionar a DEA com seus efeitos no patrimônio, principalmente quanto à decisão de se contabilizar uma variação patrimonial (VPA ou VPD) ou direto no patrimônio líquido em uma conta de Superávit ou Déficit Acumulados ( Superávit ou Déficit de Exercícios Anteriores ou Ajustes de Exercícios Anteriores, conforme o caso). De acordo com o 1º do art. 186 da Lei nº 6.404/1976, Lei das Sociedades por Ações (S.A.), serão considerados como ajustes de exercícios anteriores apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente Nos casos em que já havia uma obrigação presente, mas em que a administração somente reconheceu a ocorrência do fato gerador em exercício posterior, deve-se registrar o valor em conta de Superávit ou Déficit Acumulado no patrimônio líquido, uma vez que o fato gerador ocorreu em exercício diverso.[grifo nosso] Sobre Despesas de Exercícios Anteriores DEA, Piscitelli e Timbó, em seu livro: Contabilidade Pública: uma abordagem da Administração Financeira Pública, 11ª. Edição, pgs. 197 e 197, ensinam que: O orçamento anual consigna dotação específica destinada a fazer face aos pagamentos de despesas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros já encerrados. A legislação enquadra tais compromissos como despesas de exercícios anteriores e são (art. 37 da Lei n o /64): Os compromissos decorrentes de obrigação de pagamento criada em virtude de lei e reconhecidos após o encerramento do exercício. [Grifo nosso] O ordenador de despesas, no exercício em que tais despesas devam ser pagas, é autoridade competente para, através de pronunciamento expresso, reconhecer a dívida. [Grifo nosso] Observa-se que Despesas De Exercícios Anteriores têm relação com o que a Contabilidade Empresarial considera como ajustes de exercícios anteriores. À luz, do disposto no MCASP e na doutrina, analisemos o enunciado da questão, consoante o qual se tem: 1. Em 15/11/2017, o órgão tomou conhecimento de que fora feito um gasto no ano de 2016, sem cobertura contratual e sem o prévio empenho no valor de R$ ,00; 2. Foi constatado ainda pela autoridade competente que o serviço fora de fato executado; 3. Por fim, a autoridade competente também constatou a inexistência de crédito orçamentário para o atendimento da referida demanda, de modo que esta informação traz para a situação em análise a presunção de que a autoridade competente daria prosseguimento ao empenho e pagamento da despesa no ano em que tomou ciência da despesa feita em favor do órgão, pois, do contrário, nem caberia verificar a existência de orçamento para atendimento da demanda. Ante essa informação, fica implícito que a dívida foi reconhecida pela autoridade competente. Após destaque dos três elementos acima mencionados, cabe analisá-los, um a um, agora com o intuito de verificação dos procedimentos adequados no âmbito da Administração, senão vejamos: 1. Inobstante ter sido violado o art. 60 da Lei 4.320, consoante o qual, não deve haver despesas públicas sem o prévio empenho, há no bojo da questão outros elementos os quais devem ser necessariamente considerados. Por se tratar de despesa feita em 2016, sem cobertura contratual e sem o prévio empenho, e com ciência da autoridade competente do órgão somente no exercício de

11 2017, trata-se, portanto, de despesas de exercício encerrado, ou Despesas de Exercícios Anteriores - DEA. 2. Além disso, a autoridade competente constatou que o serviço de fato fora realizado, o que enseja para a Administração Pública dever de pagar pelo serviço, pois, do contrário, ter-se-ia o enriquecimento ilícito da Administração Pública, por ter tido o serviço prestado, sem que tenha pago por ele. Desta forma, cabe a autoridade competente reconhecer a dívida no momento em que dela tomou conhecimento, portanto, em Uma vez reconhecida a dívida, a mesma deveria ser empenhada e paga no exercício de 2017, entretanto, de acordo com os dados da questão, a autoridade competente constatou não haver crédito orçamentário para atender a referida demanda naquele exercício. Ora, ante a constatação da inexistência de crédito orçamentário, tem-se a impossibilidade técnica de empenhar e pagar a despesa ainda em Sendo assim, ante tal inexequibilidade, o órgão deve, ainda em 2017, exercício em que tomou ciência da despesa, fazer o registro patrimonial como Despesa de Exercícios Anteriores - DEA, e pode dar exequibilidade ao empenho e pagamento da despesa, no exercício em que houver viabilidade técnica para isso, no caso, somente no exercício seguinte, no caso, em Ante esta análise, passa-se a analisar cada uma das alternativas propostas pela questão: A alternativa O fato relatado indica que foi violado o princípio da publicidade. Está incorreta por não corresponder a uma providência a ser adotada pelo órgão federal diante do fato apresentado na questão, uma vez que o princípio da publicidade se refere a um direito constitucional a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral... conforme exposto no inciso XXXIII do art. 5º. A alternativa A: O fato relatado indica que foi violado o princípio da publicidade. Está incorreta pois o referido princípio indica o dever que tem a Administração Pública de tornar público ou publicizar, o que não é o conteúdo central objeto da presente questão. A alternativa B: A despesa é de competência de 2016, mas poderá ser empenhada e paga em Está correta porque embora a despesa seja de competência de 2016, dela o órgão somente tomou conhecimento oficial em 2017, entretanto, não havendo disponibilidade orçamentária, deve reconhecer patrimonialmente a despesa em 2017, podendo, entretanto, empenhar e pagar, somente em A alternativa C: A despesa poderá ser paga como despesas de exercícios anteriores e não foi ferido o princípio da competência em Está incorreta porque foi ferido o princípio da competência em 2016, pois a despesa compete a exercício encerrado, no caso, 2016, mas a autoridade competente dela não tomou conhecimento naquele exercício. A alternativa D: A despesa não poderá ser paga porque, de acordo com a Lei n o /1964, não pode haver despesa pública sem prévio empenho. Está incorreta porque, inobstante o dever que tem o órgão de se abster de fazer despesas sem o prévio empenho, caso isso ocorra, como foi o caso da presente questão, não pode a prestadora dos serviços ficar sem a indenização, pois, do contrário, ter-se-ia enriquecimento ilícito em favor da Administração, e tal obrigação decorre de lei que prevê o dever de indenização. A alternativa E: A nenhuma providência orçamentária ou patrimonial pode ser adotada, em razão da inexistência de crédito orçamentário para atender a referida demanda. Está incorreta porque, ante a inexistência de orçamento para atender a demanda, nenhuma providência orçamentária pode ser adotada em 2017, entretanto, existe providência patrimonial cabível neste mesmo ano, a qual consiste no registro contábil da Despesa de Exercícios Anteriores, tendo como contrapartida o reconhecimento do compromisso no passivo, consoante o item 11.2 do MCASP.

12 Questão 48 A questão pede que se julgue os itens numerados de I a III com afirmações a respeito da renúncia da receita, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, para em seguida assinalar a opção correta. A Lei Complementar n. 101/2000, também chamada de Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe sobre o tema no art. 14 a seguir transcrito: Da Renúncia de Receita Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias; II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. 1 o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. 2 o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no mencionado inciso. 3 o O disposto neste artigo não se aplica: I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu 1º; II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. [grifo nosso] Com base no exposto, julgam-se os itens apresentados na questão: I. A concessão de incentivos fiscais que resulte em renúncia de receita deve estar acompanhada da estimativa do impacto orçamentário-financeiros no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. Este item está correto de acordo com o caput do Artigo 14 da LRF, acima transcrito. II. A concessão de incentivos fiscais que resulte em renúncia de receita deve atender a um dos seguintes requisitos: a) demonstração de que a renúncia que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e que não afetará as metas fiscais ou b) demonstração das medidas de compensação por meio de aumento de receitas em montante compatível com o valor da renúncia. Este item está correto pois o Artigo 14 da LRF a renúncia de receita deve atender a pelo menos uma das duas condições enunciadas nos incisos I e II. III. A renúncia de receita decorrente de benefícios fiscais compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, redução de alíquota e modificação na base de cálculo. Este item está correto pois transcreve exemplos constantes no 1 o do artigo 14 da LRF. Ao dispor sobre renúncia decorrente de benefícios fiscais, este item trata sobre benefícios de ordem tributária, e são considerados tributos: impostos, taxas, contribuições de melhorias, contribuições especiais e empréstimos compulsórios, portanto, alterações de alíquotas e de base de cálculo são inerentes aos tributos, aí incluídas as contribuições. Portanto, a alternativa correta desta questão é a letra E, consoante a qual se tem: I, II e III estão corretos.

13 Questão 49 A questão tem como objeto a regularidade na geração de despesas, consoante a LRF, o que está disposto nos artigos 15 e 16 da referida lei, in verbis: Da Geração da Despesa Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17. Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes; II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 1 o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se: I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício; II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições. 2 o A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e metodologia de cálculo utilizadas. 3 o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 4 o As normas do caput constituem condição prévia para: I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras; II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o 3 o do art. 182 da Constituição. Subseção I Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. 1 o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio. 2 o Para efeito do atendimento do 1 o, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no 1 o do art. 4 o, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa. 3 o Para efeito do 2 o, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. 4 o A comprovação referida no 2 o, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. 5 o A despesa de que trata este artigo não será executada antes da implementação das medidas referidas no 2 o, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar. 6 o O disposto no 1 o não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição. 7 o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.

14 Analisando-se as alternativas propostas, uma a uma: A) as normas acerca da geração de despesas são condições prévias para empenho e licitação. Esta alternativa está correta porque de acordo com o disposto no 4 o do art. 16 da LRF, as normas do caput do art.16. constituem condição prévia para empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras. B) a criação de ação governamental que acarrete aumento de despesas, deve estar acompanhada do impacto financeiro em no mínimo 4 anos. Esta alternativa está incorreta porque conforme o disposto no art.16, I da LRF é obrigatória a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, portanto, três anos e não quatro anos, como diz o enunciado desta alternativa. C) a supressão de gastos e o aumento de receitas suficientes para cobrir a nova demanda são requisitos suficientes para a criação de novas despesas. Esta alternativa está incorreta porque tais requisitos não são suficientes. Além da estimativa do impacto, devidamente acompanhada das respectivas premissas e metodologia de cálculo utilizadas também, faz-se necessária a declaração do ordenador de despesas, conforme o art. 16, II da LRF. D) a supressão de gastos em montante suficiente para cobrir a nova demanda é requisito para a criação de ação governamental que acarrete aumento de despesas. Esta alternativa está incorreta porque isso não é suficiente. É necessária também, a declaração do ordenador de despesas, conforme o art. 16, II da LRF. E) a declaração de existência de orçamento para fazer face às novas despesas é o único requisito para a criação de ação governamental que acarrete aumento de despesas. Esta alternativa está incorreta porque, de acordo com o art. 16, I, da LRF, é necessária também a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, devidamente acompanhada das respectivas premissas e metodologia de cálculo utilizadas. Fortaleza, 27 de novembro de Profa. Maria de Jesus de Sá Correia Presidente da Coordenadoria de Concursos CCV

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