O CONTEXTO DA DISTINÇÃO ENTRE AS ORDENS CAUSAIS NA ORDINATIO DE DUNS SCOTUS. Palavras-chave: Duns Scotus; Deus; Causalidade; Ordenação Causal.

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1 O CONTEXTO DA DISTINÇÃO ENTRE AS ORDENS CAUSAIS NA ORDINATIO DE DUNS SCOTUS Iuri Coelho Oliveira 1 Resumo: As provas da existência de Deus de João Duns Scotus (1255/6-1308) fazem claramente uso da noção de causalidade, não apenas enquanto considerada em si, mas ampliando-a, ao utilizá-la aplicada a ordens causais. Essa distinção está presente em todos os textos que se voltam às provas da existência de Deus. Para o presente propósito, tomar-se-á como referência, contudo, o texto das provas contido na Ordinatio (l. I, d. 2, p. 1, q. 1). Fator também comum às diferentes versões das provas é essa distinção aparecer em um âmbito muito específico: quando se trata de provar que há algum simplesmente primeiro segundo a causalidade eficiente; para tanto, a Scotus importa responder, além de uma objeção, uma outra que mais se relaciona com o tema ora em apreço: o estabelecimento de uma causa primeira, de modo a evitar um processo infinito no âmbito das causas. Considera-se, pois, essa objeção, dada sua importância para a distinção causal, o que leva a tratar, primeiramente, de um mapeamento da estrutura desse momento da prova e, além disso, de algumas notas referentes à inserção da distinção entre as ordens causais nesse contexto. Palavras-chave: Duns Scotus; Deus; Causalidade; Ordenação Causal. I. INTRODUÇÃO Todo o texto das provas da existência de Deus de João Duns Scotus (1255/6-1308), segundo sua versão mais conhecida, a Ordinatio 2, está dividido em dois artigos principais, dos quais o primeiro se ocupa da existência das propriedades relativas do ente infinito (nn ) e o segundo das relações entre intelecto e vontade no primeiro ente (nn ) e da prova propriamente dita de sua infinitude (nn ) 3. Esses tópicos constituem o plano geral deste texto scotista e, para o presente propósito, importa o primeiro artigo parcial do primeiro artigo principal, mais especificamente o conjunto dos nn No entanto, para melhor ser compreendida a distinção entre as ordens causais, o presente texto está divido em quatro 1 Mestrando em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS; Bolsista CNPq; Contato: iurioliveira @gmail.com. 2 O texto é Ordinatio livro I, distinção 2, parte 1, questão 1, números 1-9 e , cuja abreviação clássica, a partir da edição Vaticana, contendo, além disso, o número do volume da mesma edição seguido da página é: Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 nn (Ed. Vat.: II, ). Esse conjunto de parágrafos encontra-se em: DUNS SCOTI, Ioannis. Ordinatio Liber Primus: distinctio prima et secunda. Civitas Vaticana: Typis Polyglottis Vaticanis (vol. II). O texto scotista utilizado como base para esse trabalho também possui tradução portuguesa in: SCOT, John Duns; OCKHAM, William. Escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural, p. (Os Pensadores). 3 Os nn. 1-9 constituem os argumentos a favor e contra da questão, enquanto os nn são as respostas a esses argumentos iniciais da questão 1, que visam responder: Se há entre os entes algum existente infinito em ato.

2 pontos principais. No primeiro, contextualiza-se o plano de trabalho da prova da existência de Deus scotista que precede a distinção causal; no segundo, seguindo uma linha do mais simples ao mais complexo, trata-se da noção de causa e seus tipos, bem como das duas ordens que cada causa constitui; no terceiro, trata-se das três diferenças entre as duas ordens causais, reservando um tópico para cada uma delas; o quarto ponto ocupa-se da relação entre a infinidade e as duas ordens causais, a qual é feita por meio de três proposições, cada uma recebendo um tópico próprio. II. DESENVOLVIMENTO A) O plano de trabalho da prova scotista Inicialmente, nas provas da existência de Deus, Duns Scotus faz uma consideração quanto à argumentação que empregará, afirmando que, embora se possa fazer uma demonstração propter quid, cuja principal característica implicaria tratar das propriedades absolutas, isto é, exclusivas de Deus, argumentará com uma demonstração quia, que parte das propriedades relativas de Deus, isto é, propriedades que são comuns a Deus e às criaturas e cujos termos médios são os mesmos que constituem os da demonstração propter quid 4. Mas, se se partirá das propriedades relativas quanto às criaturas, importa saber quais são essas propriedades. Por propriedades relativas Duns Scotus entende dois tipos de causalidade, a eficiente e a final incluindo a causalidade exemplar como um gênero de causa da causalidade eficiente e a eminência 5. Esses três tipos de primazias serão objeto de consideração nos artigos parciais do primeiro artigo principal. No primeiro artigo principal há três artigos parciais. No primeiro se trata, além das duas causalidades (eficiente e final) e da eminência, de provar, com relação a cada uma delas, três conclusões: a) que há algum eficiente primeiro; b) que ele é incausável; c) e que ele existe em ato entre os entes. 6 Essas mesmas conclusões se repetem diferindo apenas o tipo de primazia, pois após a causalidade eficiente, segue-se a causalidade final e a essa, a eminência. Ao todo, portanto, são nove conclusões, mas três principais, porque a argumentação que fundamenta as primazias final e eminente apenas reenvia à argumentação da causalidade eficiente. 4 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 39 (Ed. Vat.: II, 148). 5 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 40 (Ed. Vat.: II, 149). 6 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 42 (Ed. Vat.: II, 150).

3 O segundo artigo parcial trata de provar que o termo de cada tipo de primazia é um e o mesmo, e que há, portanto, uma só primazia, e não três. No terceiro artigo parcial, trata-se de provar que aquela tripla primazia convém a uma só natureza, ou seja, que só convém ao ente infinito 7. Situando-se no primeiro artigo principal, primeiro artigo parcial, na primeira das nove conclusões ( Algum efetivo é simplesmente primeiro tal que não é efetível, nem efetivo por força de outro por si ), tem-se como prova dessa conclusão um argumento que parte da seguinte premissa: Algum ente é efetivo ; ora, o que efetivo o foi ou do nada, ou por si, ou por outro. Do nada não pode ser, pois nada é causa daquilo que nada é; por si também não, porque nenhuma coisa existe de tal modo que se faça ou gere a si mesma; então, o foi por outro 8. Essa consequência que visa provar aquela conclusão leva a duas objeções: uma referente a um processo infinito nas causas e outra, oriunda do fato de o argumento partir de premissa contingente ( Algum ente é efetivo ), questiona se se trata de uma demonstração stricto sensu, uma vez que uma tal demonstração parte de algo necessário e não de algo contingente, como o argumento acima. É preciso, então, esclarecer o argumento replicando as objeções 9. O presente propósito, contudo, faz com que apenas a primeira objeção seja desenvolvida. Esse é o ponto de partida para a distinção causal. Agora cabe voltar a atenção ao que permitirá chegar a distinção propriamente dita, bem como aos desdobramentos que ela acarreta. B) Que é causa nesse contexto? Há uma ou mais? Sendo como se pôde ver, o primeiro esclarecimento cabível é quanto ao que se entende por causa. Antes disso, porém, tenha-se em mente que Scotus toma o conceito de causa, nesse contexto, em duas acepções. Há, pois, as causas per se e as causas per accidens. Ademais, há, ainda, outro desdobramento. Cada uma dessas causas ligando-se a outras, forma certa organização de acordo com sua disposição e natureza. Nessa linha de raciocínio, tem-se que há uma ordem de causas per se e uma ordem de causas per accidens; à primeira se pode 7 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 42 (Ed. Vat.: II, ). 8 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 43 (Ed. Vat.: II, 151). 9 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 43 (Ed. Vat.: II, ).

4 chamar causas essencialmente ordenadas e à segunda, causas acidentalmente ordenadas 10. Antes de multiplicar os termos cabe esclarecer os conceitos utilizados, começando pelo que se mencionou por primeiro. É importante saber, então, que é falar em causa per se e em causa per accidens e que é falar em causas essencial e acidentalmente ordenadas. No primeiro caso, faz-se uma comparação de um a outro, isto é, faz-se uma comparação da causa ao efeito isso quando se trata, seja das causas per se, seja das causas per accidens. Há, pois, aí, a relação estabelecida entre dois termos. Que é uma causa per se? Que é, ademais, uma causa per accidens? À primeira pergunta, responde-se que causa per se é aquela que causa segundo sua natureza própria e não segundo algo que lhe seja acidental; à segunda, responde-se que causa per accidens é exatamente o contrário, ou seja, é aquela causa que causa segundo algo que lhe é acidental e não segundo sua natureza própria 11. Quanto ao segundo caso, o que considera ambos os tipos de causa de acordo com sua ordenação, faz-se, quando ele é enunciado, uma comparação de dois termos da ordenação em relação a um terceiro, proveniente daqueles, ou ainda, faz-se a comparação de dois termos entre si enquanto deles provém um efeito. Desse modo, e respondendo à pergunta que intitula esse ponto, pode-se admitir que há duas causas, se consideradas conforme sua natureza, e elas ou são causas per se ou per accidens. No entanto, não se limita a isso, pois essas mesmas causas dispondo-se com outras formam duas ordens causais distintas. Assim, essas ordens causais comportam elementos que têm uma sequência. Pergunta-se: Essa sequência é finita ou infinita? Se se volta ao texto, tendo presente essa questão, percebe-se que Scotus vê limites numa cadeia causal infinita. Em que âmbito isso é aceito e de que modo, ainda é cedo para dizer, posto que há mais um desdobramento a explorar. C) As três diferenças entre as ordens causais O que diz respeito às causas não se limita ao que até aqui se obteve. Observe-se que, se são dois os tipos de causa e duas as ordens que essas mesmas causas engendram, sabe-se o que diferencia o primeiro grupo de distinções, mas não o que distingue o segundo, ou seja, sabe-se apenas, até agora, que diferenças existem entre as causas individualmente 10 A assimilação entre causas per se quando ordenadas referir-se às causas essencialmente ordenadas, bem como quando se trata das causas per accidens consideradas em ordem referir-se às causas acidentalmente ordenadas ocorre em: DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n (Ed. Vat.: II, 154). A princípio, elas diferem se tomadas isoladamente ou em conjunto, o que mencionar-se-á logo adiante, aludindo-se a essas mesmas referências. 11 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 47 (Ed. Vat.: II, 154).

5 consideradas. Assim, faz-se relevante interrogar em que diferem as duas ordens causais. Scotus enuncia claramente que há três diferenças entre as essas ordens. Quais são elas? Em resumo, a primeira diferença refere-se à dependência entre as causas ordenadas, a segunda à razão e à ordem das mesmas, e a terceira, leva em conta o tempo no causar; isso, contudo, requer mais detalhes. 1) Primeira diferença entre as ordens causais: dependência A dependência respectiva às ordens causais, quando se considera as causas essencialmente ordenadas, diz respeito à relação da causa segunda com a causa primeira, o que ocorre de tal modo que aquela, enquanto causa, depende desta de uma maneira que, sem a primeira, a causa segunda simplesmente não causa. Essa pode ser legitimamente denominada dependência total. Quando pensada no âmbito das causas acidentalmente ordenadas, a dependência não pode ser vista como total, tampouco como apenas parcial, mas mais propriamente como parcial quanto à sua geração; não se trata, contudo, de parcialidade quanto à geração a que a causa segunda dá origem; ou, por outras palavras, a causa segunda, na ordem das causas acidentalmente ordenadas, depende da causa primeira, na medida em que sua própria existência depende da causa primeira; mas, se se considera essa dependência quanto ao seu próprio gerar, a dependência não existe, ou seja, a causa segunda, nas causas acidentalmente ordenadas, depende da causa primeira para ser gerada, mas não para gerar 12. 2) Segunda diferença entre as ordens causais: razão e ordem A segunda diferença entre as ordens causais per se e per accidens leva em conta a razão e a ordem de cada uma. Posto que é mais perfeito o que é superior, a causalidade das causas per se tem entre suas causas superioridade, ou seja, respeita uma hierarquia, uma vez que há nelas umas que são mais perfeitas do que outras. Isso, contudo, não ocorre nas causas acidentalmente ordenadas, porque entre elas, todas as causas são de mesma razão e de mesma ordem. Fica claro que essa diferença é consequência da anterior, porque quando se trata do causar de uma causa de mesma razão, não há dependência essencial, dado que nesse causar a causa de uma única razão basta para levar a termo o causar. Algo, porém, distinto ocorre no 12 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 49 (Ed. Vat.: II, 154).

6 causar que envolve dependência essencial, o das causas essencialmente ordenadas, porque então uma causa superior está pressuposta, ou ainda, é requerida para que ocorra efetivamente o causar 13. 3) Terceira diferença entre as ordens causais: tempo Tem-se, enfim, o tempo como elemento distintivo, visto que todas as causas essencialmente ordenadas são requeridas de modo simultâneo e necessário para que haja o causar, se isso não ocorrer, ou se isso ocorrer de modo pelo menos diferente, alguma causalidade essencial e por si faltaria ao efeito 14. Enquanto isso, nas causas acidentalmente ordenadas essa simultaneidade não é requerida, até porque nesse âmbito causal a causalidade ocorre de modo sucessivo, ou seja, gera-se um depois do outro, havendo intervalo de tempo entre a geração de um e a de outro o que não ocorre nas causas essencialmente ordenadas, onde há simultaneidade, além de necessidade, no causar 15. Essas são, então, as três diferenças entre as duas ordens causais. O próximo ponto permitirá relacioná-las com a infinidade e, enfim, saber acerca de sua possibilidade ou impossibilidade. D) Infinidade e causas essencial e acidentalmente ordenadas Retomando um pouco do que se tratou até então, sabe-se, por um lado, que é causa e em que ambos os tipos de causas diferem; sabe-se, por outro lado, que essas mesmas causas, além de se organizar individualmente, organizam-se de tal modo a formar ordens e, além disso, sabe-se em que diferem essas duas ordens causais. De posse desse conjunto de conceitos e de suas respectivas distinções, é possível voltar àquelas questões feitas anteriormente e respondê-las de modo, senão plenamente, pelo menos mais satisfatório do que antes teria sido possível. Seguindo o texto scotista, na sequência se terá a temática da infinidade tratada em relação com as duas ordens causais. De que modo? Por meio da prova de três proposições, onde as relações entre as ordens causais e a infinidade, finalmente são expostas. A primeira das proposições é que a infinidade das causas essencialmente ordenadas é impossível, a segunda, a infinidade das causas acidentalmente ordenadas é impossível, a menos que se 13 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 50 (Ed. Vat.: II, ). 14 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 51 (Ed. Vat.: II, 155). 15 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 51 (Ed. Vat.: II, 155).

7 ponha um primeiro estabelecido nas causas essencialmente ordenadas e, portanto, de qualquer modo é impossível a infinidade das causas essencialmente ordenadas, e a terceira é se se nega a ordem essencial, ainda assim a infinidade é impossível, portanto, de qualquer modo há algum primeiro necessário e simplesmente efetivo 16. É nítido que para Scotus a infinidade tem de ser refutada. No entanto, como lhe é próprio, devido às possíveis distinções e desdobramentos que os conceitos comportam, a infinidade deve ser entendida em seu ambiente adequado para se dizer que ela é impossível ou, se for possível, sob que condições. Para cada uma das três proposições, como se dissera, há uma prova, e a seguir o propósito é reconstruir cada uma delas. 1) Primeira proposição: a ordem das causas essencialmente ordenadas não é infinita A prova da primeira proposição comporta cinco argumentos, dos quais o primeiro defende que a totalidade dos efeitos essencialmente ordenados não depende de si mesma, mas de alguma causa que não é nenhum daqueles elementos que compõem a totalidade da ordem essencial. Há, isso sim, mútua dependência entre seus elementos, mas essa dependência depende, por assim dizer, de um termo primeiro que não é nenhum dos mesmos elementos dependentes, porque é sua própria razão de ser, ou seja, esse termo primeiro é a causa independente e por meio da qual todas as demais existem. O segundo argumento visa extrair as consequências em caso de se afirmar que as causas infinitas existem simultaneamente em ato; ora, se isso se dá, essas causas teriam de ser causas essencialmente ordenadas o que se segue a partir da terceira diferença entre as duas ordens causais. Pois bem, se há simultaneidade no causar, tratam-se de causas essencialmente ordenadas, mas as causas essencialmente ordenadas não são infinitas; então, ou as causas a que se faz referência causam de modo simultâneo, ou são, portanto, infinitas e talvez possam ser causas acidentalmente ordenadas; ora, se são simultâneas, são essencialmente ordenadas e, se são infinitas, pode ser que sejam acidentalmente ordenadas. Assim, se são infinitas, não podem ser causas essencialmente ordenadas e se são simultâneas, podem ser essencialmente ordenadas, mas não infinitas. Esse segundo argumento explicita o caráter contraditório de causas que sejam infinitas e simultâneas em ato, porque a infinidade é admitida, ou, talvez possa ser aceita, no âmbito das causas acidentalmente ordenadas, enquanto a simultaneidade é admitida no âmbito das 16 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p.1 q. 1 n. 52 (Ed. Vat.: II, 156).

8 causas essencialmente ordenadas. Em suma, ou se aplica um desses dois predicados a uma das ordens causais e, consequentemente, o outro é aplicado à outra e, então, fala-se de atributos distintos e de sujeitos distintos; ou, então, atribuem-se predicados contraditórios ao mesmo sujeito, o que não parece ser o caso. O terceiro argumento toma como base a Metafísica (V, 11) de Aristóteles 17, onde são estabelecidos os diferentes sentidos de anterior e posterior, e onde o anterior pode ser ou por natureza, ou quanto a uma determinada ordem, ou quanto a um determinado lugar, ou segundo a opinião de alguns. Assim, uma vez que se estabeleça um determinado elemento como primeiro, os que com ele estabelecem algum tipo de relação são considerados posteriores, de acordo com a proximidade que com ele mantêm. A ideia que preside tais distintos sentidos é que há um primeiro em diferentes âmbitos ou gêneros, e os que se seguem a esse anterior são ditos posteriores, e quanto mais afastado do anterior tanto mais posterior. Há, contudo, segundo o texto aristotélico, certa relatividade quando se fala em anterior e posterior, de acordo com o sentido e a referência que se utiliza (exceto quando se considera um anterior em sentido absoluto), pois esses conceitos tanto se aplicam a coisas diferentes quanto à mesma coisa, apenas diferindo quanto ao tipo de relação considerada. Por exemplo, a criança é anterior ao adulto quanto ao movimento de geração, e, assim, todo aquele que estiver mais próximo do primeiro movimento gerativo, será, sem dúvida, anterior em relação ao que estiver mais afastado do primeiro elemento gerativo. Há ainda outra passagem do texto aristotélico utilizada por Scotus, da mesma Metafísica (II, 2) 18, onde o estagirita explicitamente se refere à essência, âmbito no qual os elementos intermediários ou seja, aqueles que têm um termo último e outro anterior e onde, além disso, o anterior será necessariamente causa do posterior, e então chega à mesma consequência mencionada no texto scotista, a saber, que se essencialmente não há nenhum termo primeiro, não há então, de nenhum modo, uma causa. O quarto argumento, baseando-se na segunda diferença entre as ordens causais expande-a, porque enquanto aquela estabelecia maior perfeição à causa de acordo com sua superioridade, este amplia-a ao afirmar que o que é infinitamente superior é infinitamente mais perfeito; ora, tal é a causa de infinita perfeição no causar e, se é assim, sua causalidade 17 Cf. ARISTÓTELES. Metafísica de Aristóteles. Edición trilingüe por Valentín García Yebra. 2. ed. revisada. Madrid: Editorial Gredos, p. (Biblioteca Hispánica de Filosofía). Especificamente livro V, capítulo 11 (1018b 9-11), p dessa edição. 18 Cf. ARISTÓTELES. Metafísica de Aristóteles. Edición trilingüe por Valentín García Yebra. 2. ed. revisada. Madrid: Editorial Gredos, p. (Biblioteca Hispánica de Filosofía). Especificamente II, 2 (994a 11-19), pp dessa edição.

9 não depende de nenhum outro, dado que qualquer outra causa causa imperfeitamente, porque seu causar depende de outro para se realizar 19. O quinto argumento relaciona imperfeição, necessidade e existência. Uma vez que o efetivo não supõe nenhuma imperfeição necessariamente, é lícito afirmar que pode existir em algo sem imperfeição; além disso, essa razão não se estende, quanto à sua conclusão, à existência atual, mas limita-se à possibilidade de existência. Ora, se nenhuma causa existe sem depender de algo que lhe é anterior, de nenhum modo ela existe sem imperfeição, ou seja, sua existência comporta por si mesma certa imperfeição, uma vez que se fosse perfeita não dependeria de outro algo para existir, algo este que lhe é anterior não apenas quanto ao tempo, mas sem o qual sua existência sequer seria possível. Portanto, a efetibilidade independente pode existir em alguma natureza, a qual é simples e absolutamente independente. Sendo assim, uma efetibilidade simplesmente primeira é possível. E se é primeira, existe na coisa 20. E eis as cinco razões aduzidas por Scotus para confirmar a primeira proposição. 2) Segunda proposição: as causas acidentalmente ordenadas só podem ser infinitas se estabelecidas nas causas essencialmente ordenadas Se se supõe a infinidade, ela não é simultânea, mas apenas sucessiva, de tal modo que cada membro da ordem causal provenha de outro havendo transcurso de um determinado intervalo de tempo entre a geração de um e de outro, e assim o posterior provém do anterior e este, portanto, originara aquele, de modo sucessivo. No entanto, a sequência de causalidade, se infinita, não depende de um elemento dessa mesma ordem de causas acidentalmente ordenadas para causar seu posterior, dado que o anterior causa o posterior, mas para que este último cause, não depende daquele que causara. Com efeito, um elemento dessa ordem pode causar tanto existindo o anterior que o gerou quanto não existindo, como o filho que gera, estando seu pai vivo ou morto, e portanto ele não depende do pai para gerar embora tenha dele dependido para ser gerado. Essa infinidade de geração é impossível, a menos que dependa de alguma natureza, cuja duração é infinita, e da qual depende não apenas toda sucessão, mas qualquer um de seus membros. Com efeito, nenhuma deformidade se perpetua senão em virtude de algo permanente que não é nada daquela sucessão, uma vez que todas as coisas sucessivas daquela sucessão são de uma mesma razão; mas há algo essencialmente anterior, de tal modo que qualquer membro da 19 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 53 (Ed. Vat.: II, 158). 20 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 53 (Ed. Vat.: II, ).

10 sucessão depende desse anterior, e isso em outra ordenação, proveniente da causa próxima, a qual, por sua vez, é a causa da própria sucessão. Assim, se as causas são acidentalmente ordenadas, são sucessivas e não simultâneas; se são sucessivas, uma vem depois da outra e um efeito não depende de sua causa para causar, o que se deve ao fato de as causas acidentalmente ordenadas ser entre si causas de mesma razão e natureza o que já evidenciara a segunda diferença entre as ordens causais. Desse modo, não há infinidade possível de sucessão, a menos que tal infinidade parta de algo permanente de alguma natureza que dure infinitamente e da qual toda sucessão e qualquer de seus membros dependa 21. 3) Terceira proposição: se se nega a ordem essencial, ainda assim a infinidade é impossível O primeiro argumento utilizado para provar a primeira conclusão do primeiro artigo parcial do primeiro artigo principal antes referido, isto é, que do nada nada pode existir, do qual se seguira que alguma natureza é efetiva esclarece essa terceira proposição, porque se se nega a ordem essencial dos membros ativos, então aquela natureza causada não é responsável pelo causar de nenhuma outra; e, embora se afirme existir essa mesma natureza como causada em algum singular, não é, contudo, causada em outro, o que é o propósito quanto à essa natureza; ou ainda, se se afirma como causada por qualquer outra coisa, imediatamente está implicada uma contradição ao negar a ordem essencial, porque nenhuma natureza pode ser afirmada em qualquer coisa causada tal que exista a ordem essencial sob a mesma sem a ordem essencial voltando-se à outra natureza. Assim, se do nada nada vem e se se afirma que alguma natureza é efetiva e, além disso, se se nega a ordem essencial, não haverá nada que faça com que aquela natureza cause, ou seja, ela não causará em virtude de nenhuma outra coisa, pois ela por ela mesma não causa, visto que mesmo que ela seja afirmada como causada por um singular, ela não será causada por outro e esse é justamente seu propósito 22. III. CONCLUSÃO 21 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 54 (Ed. Vat.: II, ). 22 Cf. DUNS SCOTUS. Ord. I d. 2 p. 1 q. 1 n. 55 (Ed. Vat.: II, ).

11 Se for possível reconstruir, em linhas sumárias, o que até então se pretendeu tratar, parece que se pode resumir assim. O objetivo principal é a noção de ordenação causal; esta, por sua vez, tem, não apenas alguns pressupostos, como também algumas consequências imediatas no texto. Entre seus pressupostos está o conjunto do texto no qual ela está inserida e que foi considerado, na medida em que permite ver com mais clareza o ponto de partida para a referida distinção. Além disso, o caminho seguido para a distinção entre as ordens causais partiu inevitavelmente da noção de causa, que se desdobra em duas e essas, por sua vez, constituem as duas ordens. Feita a distinção entre as causas isoladamente entendidas, passouse às três diferenças entre as causas ordenadamente consideradas; isso, por seu turno, conduziu às três proposições que visam estabelecer em que sentido a infinidade é admissível no âmbito das causas, e o resultado é que nas causas essencialmente ordenadas ela é impossível; nas causas acidentalmente ordenadas ela é possível se essa ordem de causas estiver baseada na outra ordem; por fim, viu-se que, em caso de a ordem das causas per se ordenadas ser negada, não há sobre que basear a ordem das causas acidentalmente ordenadas e, portanto, não há como entender a causalidade e a geração causal. Se é lícito apontar algumas das limitações do presente trabalho, é digno de nota que está bastante próximo do texto do autor e carece de uma mais ampla bibliografia. No entanto, se fosse possível apresentar uma justificativa, esta seria que a pretensão, aqui, foi de um mapeamento do texto, explorando alguns de seus pontos relativos às ordens causais e, para tanto, inicialmente, uma leitura um tanto próxima talvez seja adequada. Pretende-se, contudo, que, em outros momentos seja possível ampliar esse conjunto de notas que constituiu o presente trabalho, desenvolvendo mais longamente, por exemplo, as noções de causa per se e de causa per accidens, tal como o estagirita as entende em sua Física, bem como o próprio texto da Metafísica, no que concerne à causalidade, e, além disso, o uso que Avicena faz da infinidade aplicada ao contexto das causas acidentalmente ordenadas, menção que o texto scotista faz, ao citar o filósofo árabe. É também possível que outros pontos tenham passado despercebidos, o que se procurará reconhecer e desenvolver em tempo hábil, mas em ocasião ulterior. IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARISTÓTELES. Metafísica de Aristóteles. Edición trilingüe por Valentín García Yebra. 2. ed. revisada. Madri: Editorial Gredos, p. (Biblioteca Hispánica de Filosofía) DUNS SCOTI, Ioannis. Ordinatio Liber Primus: distinctio prima et secunda. Civitas Vaticana: Typis Polyglottis Vaticanis (vol. II).

12 SCOT, John Duns; OCKHAM, William. Escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural, p. (Os Pensadores)

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