A questão da inclusão de uma Bill of Rights na Constituição Federal. 15 de Janeiro de Diogo Ribeiro nº33768 Estudos Europeus

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1 A questão da inclusão de uma Bill of Rights na Constituição Federal 15 de Janeiro de 2009 Diogo Ribeiro nº33768 Estudos Europeus

2 ! 17 Setembro de 1787 Termina a Convenção de Filadélfia, de onde nasce a Constituição Federal Americana Data de ratificação da Constituição federal pelos Estados Delaware Pennsylvania New Jersey Georgia Connecticut Massachusetts Maryland South Carolina New Hampshire Virginia New York North Carolina Rhode Island

3 " Os constitucionalistas não atribuíram relevância à questão dos direitos humanos, fixando-se na organização institucional federal e elaboração dos mecanismos políticos que possibilitam a regulação de poder entre os Estados e a União. " Com efeito, foi o debate pela ratificação da Constituição, após a Convenção, que colocou a questão da Bill of Rights em cima da mesa. " Os antifederalistas reclamavam a necessidade de uma Bill of Rights, temendo que a liberdade e os direitos a título individual estivessem mais vulneráveis perante a existência de um executivo central.

4 A opinião corrente entre a maioria dos federalistas reflecte-se no Federalist Paper 84, publicado por Alexander Hamilton em Julho de 1788: " Ao contrário dos antifederalistas que defendiam que os direitos fundamentais não se encontravam explícitos na Constituição, Hamilton defende que a integralidade do texto constitucional é fundado nesses direitos " A concessão de cartas de direito é uma prática característica das sociedades monárquicas europeias, onde é o soberano que define os direitos do seu povo. Portanto, se na América vigora uma democracia e o princípio da igualdade, não se justifica uma Bill of Rights na medida em que objectivamente a autoridade emana do povo, é ele que detém a soberania

5 A estrutura do império americano deve assentar na sólida base do consentimento do povo. Os caudais do poder nacional devem fluir imediatamente dessa fonte pura e original de toda a autoridade legítima (Hamilton, FP 22; Soromenho-Marques, 2002) Foi várias vezes observado com verdade que as cartas de direito são, na sua origem, convenções entre os reis e os seus súbditos, limitações da prerrogativa em favor do privilégio, reservas de direitos não transferidos para o príncipe. Aqui (na Constituição dos EUA), em sentido estrito, o povo não abdica de nada; e como retém tudo não tem necessidade de reservas particulares. (Hamilton, FP 84; Soromenho-Marques, 2002)

6 " No âmbito das delimitações da acção política, a Constituição actua no domínio da esfera pública, institucional, ou seja, define o funcionamento político ( é planeada meramente para regular os interesses políticos gerais da nação ) e não a regulação da esfera privada (dos interesses privados) dois tipos de esferas governativas limitadas entre si " A Bill of Rights não teria efeitos práticos reais: a sua autoridade seria falível, pois existe sempre alguma forma mais perversa de contornar a lei (recorde-se o exemplo da liberdade de imprensa, que pode ser asfixiada )

7 James Madison (federalista que inicialmente acompanhava a opinião céptica dos seus colegas face a uma Bill of Rights, mas que rapidamente alterou a sua visão sobre o assunto, em grande parte por influência de Thomas Jefferson) já deixara, anos antes da Convenção, um rastilho para esta questão, ao escrever no Federalist Paper 10 que o federalismo republicano constituiria a solução face ao risco da hegemonia das facções. Por conseguinte, uma carta de direitos fundamentais seria um instrumento legítimo que permitiria ao governo federal velar pelos direitos individuais dos cidadãos, no caso de eventualmente lesados pelas políticas estaduais.

8 Entre as numerosas vantagens prometidas por uma União bem idealizada, nenhuma merece ser mais meticulosamente desenvolvida do que a sua tendência para quebrar e controlar a violência das facções. Ouvem-se por todo o lado queixas dos nossos mais considerados e virtuosos cidadãos ( ) que as medidas são com demasiada frequência decididas, não de acordo com as normas da justiça e com os direitos do partido minoritário, mas pela força superior de uma maioria interessada e opressora. ( ) Existem dois métodos para remediar os males das facções: um, eliminar as suas causas; outro, controlar os seus efeitos. Por sua vez, existem dois métodos de eliminar as causas das facções: um, destruindo a liberdade que é essencial para a existência delas; outro, dando a cada cidadão as mesmas opiniões, as mesmas paixões e os mesmos interesses. Do primeiro remédio, nada mais verdadeiro se pode afirmar do que ser ele pior do que a doença. A liberdade está para as facções como o ar está para o fogo, um alimento sem o qual ele instantaneamente se extingue. Mas não seria menor loucura abolir a liberdade, porque alimenta as facções, do que desejar a supressão do ar, que é essencial à vida animal, só porque ele dá ao fogo a sua capacidade destruidora. O segundo recurso é tão impraticável como o primeiro seria insensato. Enquanto a razão humana continuar a ser falível e o homem tiver a liberdade de exercê-la, formar-se-ão diferentes opiniões. (Madison, FP 10)

9 Thomas Jefferson, embaixador dos EUA em Paris, despertou Madison, através de troca de correspondência, para a necessidade de uma Bill of Rights. Numa das cartas que escreveu a Jefferson, Madison referia então duas razões que considerava ser importantes para tal: " a existência desse documento seria um elemento de peso na pedagogia das gerações de então e futuras, incutindo-lhes um conjunto de valores fundamentais que permitiria fundar uma cultura política favorável ao exercício da liberdade e da cidadania e menos vulnerável a paixões das maiorias " meio de garantir a prevalência da liberdade, constituindo um objecto de prevenção face à possibilidade de subversão dessa liberdade por algum governo cuja forma de actuação pendesse para um cariz tirânico

10 As verdades políticas declaradas dessa maneira solene adquirem gradualmente o carácter de máximas fundamentais de um governo livre, e à medida que elas são incorporadas no sentimento nacional, contrariam o impulso do interesse e da paixão. Embora seja geralmente verdade, como foi dito mais acima, que o perigo de opressão reside mais em maiorias saídas do povo, movidas por um interesse, do que em actos de usurpação do governo, podem, contudo, ocorrer situações em que o mal pode derivar desta última fonte; e nesse caso uma carta de direitos será uma boa base para apelar ao sentido da comunidade. (Banning, 1995; Soromenho-Marques, 2002)

11 Ao responder a Madison, Jefferson acrescentou a estas mais uma razão: " a Bill of Rights constituiria o alicerce de um poder judicial federal independente: ( ) a capacidade de controlo legal que ela coloca nas mãos do (poder) judicial. Paradoxo: a questão dos Alien and Sediction Acts e as reservas face ao Presidente do Supremo Tribunal

12 Fora dos Estados Unidos, a Bill of Rights tinha apoiantes como o filósofo Marquês de Condorcet que estava convicto da inerência entre Estados, União e Direitos humanos no quadro da Revolução Americana. Viu-se então, pela primeira vez, um grande povo liberto de todas as suas cadeias, dar a si próprio, pacificamente, a constituição e as leis que ele acreditava serem as mais adequadas para fazer a sua felicidade; e como a sua localização geográfica, o seu anterior estado político, o obrigavam a formar uma república federativa, viu-se no seu seio, ao mesmo tempo, a elaboração de treze constituições republicanas tendo por base um reconhecimento solene dos direitos naturais do homem, e por primeiro objecto a conservação desses direitos. (Condorcet, 1988; Soromenho-Marques, 2002)

13 A a 25 de Setembro de 1789, o Congresso propôs aos Estados 12 aditamentos (em que 10 foram aceites,1 foi rejeitado e outro - primeiramente rejeitado- foi ratificado nos anos 90 do século XX como o 27º aditamento). O Senado americano rejeitou o aditamento que Madison considerava ser o mais importante, o qual impedia os Estados de desrespeitar quatro liberdades essenciais: religiosa, expressão, imprensa e julgamentos com jurados. Tal recusa impedia que os direitos fundamentais da Constituição Federal tivesse carácter vinculativo de base para as Constituições dos Estados, o que ia ao encontro de alguns interesses particulares estaduais (por exemplo Sulistas) nomeadamente no que se refere à preservação da escravatura ou à primazia de certas igrejas (recordemos o exemplo do Connecticut e respectiva igreja a Congregationalist Order Standing).

14 Apenas no século XX, com as lutas pelos direitos das minorias, os direitos fundamentais alcançaram um carácter vinculativo na base das leis estaduais. Todavia, apesar da demora na aplicação Estadual desses princípios da Bill of Rights, Martin Luther King considerou-a um elemento fundamental na luta pela liberdade e igualdade racial (entre outras ).

15 " Por conseguinte, foi durante o mandato do primeiro Presidente dos EUA, George Washington, que foram aprovados os primeiros 10 aditamentos à Constituição que formam a BILL OF RIGHTS. A Bill of Rights entrou em vigor a 15 de Dezembro de 1791.

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