A REABILITAÇÃO DO EDIFICADO DE LISBOA E O RISCO SÍSMICO

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1 1 A REABILITAÇÃO DO EDIFICADO DE LISBOA E O RISCO SÍSMICO Vítor Cóias Presidente GECoRPA Lisboa vitorcoias@stap.pt SUMÁRIO Caracteriza-se sumariamente o edificado de Lisboa e da sua área metropolitana. Põe-se em evidência a precariedade deste edificado face ao risco sísmico, focando a necessidade das intervenções de reabilitação a realizar incluírem a vertente sísmica. Fazem-se algumas recomendações, ditadas pela experiência, quanto à metodologia e à gestão das intervenções de reabilitação. Sublinha-se a importância da qualificação das empresas. Palavras-chave: reabilitação sísmica, qualificação das empresas, qualificação dos recursos humanos. 1. INTRODUÇÃO O parque edificado da cidade de Lisboa é actualmente constituído por cerca de edifícios, pertencentes a épocas e tipologias construtivas muito variadas, predominando os edifícios antigos, Fig. 1 e Quadro 1 [1]. São considerados antigos os edifícios anteriores a 1945, dotados de paredes portantes de alvenaria. Estes edifícios são, normalmente, subdivididos por quatro grupos: Os pré-pombalinos, anteriores ao sismo de 1755, hoje em número relativamente reduzido. Os edifícios deste grupo apresentam geometria muito irregular, paredes de alvenaria de pedra, em geral de má qualidade, e pisos de madeira; os edifícios pombalinos, construídos na sequência do sismo, são caracterizados por uma geometria regular, paredes principais de alvenaria de pedra de razoável qualidade, paredes interiores em frontal, pisos de madeira, excepto o primeiro, que é, nos edifícios de melhor qualidade, constituído por abóbadas de tijoleira ou lambaz.

2 2 TEMA 7 - Realizações Figura 1. Evolução dos processos construtivos correntes do edificado de Lisboa. 1,2 - anteriores a 1755; 3 - pombalino; 4 - gaioleiro ; 5 - paredes de alvenaria e placa ; 6 e 7 - betão armado. São geralmente dotados de dispositivos de ligação conferindo um razoável contraventamento; os gaioleiros possuem paredes de alvenaria de pedra de qualidade razoável a má, pisos de madeira e contraventamento deficiente; os edifícios de placa possuem paredes de alvenaria de pedra de razoável qualidade, paredes interiores de alvenaria de tijolo e lajes de betão armado. Os edifícios construídos a partir dos anos 50 são maioritariamente dotados de uma estrutura de betão armado. Dada a evolução da regulamentação aplicável, existem, no entanto, grandes diferenças entre os mais antigos e os mais recentes. Quadro 1. Edifícios de Lisboa segundo a tipologia (Censos 2001) Tipologia construtiva Número Percentagem [%] Pré-pombalinos, pombalinos e gaioleiros De placa Antigos, de betão armado Recentes, de betão armado A área metropolitana de Lisboa (AML), que engloba 17 outros concelhos circunvizinhos, dispõe de um stock de cerca de edifícios. A expansão urbana em mancha de óleo deu-se a partir dos núcleos históricos dos vários concelhos, nos anos oitenta e noventa. Em consequência, a proporção de construções antigas é, naqueles edifícios, substancialmente menor, mas os padrões de qualidade são, em geral, baixos. No conjunto da AML vivem e trabalham 2,8 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 26% da população do País, contribuindo com cerca de 36% do PIB. A redução das taxas de juro, na segunda metade dos anos 90, conjugada com a bonificação concedida para a compra de habitação própria, contribuiu para uma vaga de construção, que atingiu o seu clímax em 2002, ano em que foram construídos, em Portugal, só para a habitação, mais de novos edifícios [3]. Em resultado destes excessos, a que não é

3 3 estranho o peso dos interesses ligados à urbanização e à construção na definição das políticas para o sector, estima-se que existam, hoje, em Portugal, perto de um milhão de fogos devolutos, dos quais são novos. Este fogos excedentários representam um empate de capital da ordem dos 50 mil milhões de euros. A partir de 2003 a construção de edifícios tem vindo a diminuir de modo acentuado, e a reabilitação do edificado passou a constar dos objectivos estratégicos apregoados pelos decisores, ao nível da administração central e local, e a reflectir-se na produção legislativa. Grande parte do edificado do País requer, hoje, intervenções de reabilitação, cuja extensão e urgência são, normalmente, tanto maiores quanto mais antigo é o tecido urbano. Assim, na cidade de Lisboa, mais de 50% dos edifícios necessitam de intervenções, e, destes, 5% (cerca de edifícios) apresentam-se num estado de degradação muito avançado, requerendo atenção urgente. Antes de entrar no vocabulário da construção e do planeamento urbano, o termo reabilitação referia-se normalmente às pessoas, centrando-se no conceito de restituição (de estatuto, direitos, prerrogativas). No domínio dos edifícios, no entanto, mais do que a restituição a um estado inicial, a reabilitação é, normalmente, entendida como a adequação da construção a um determinado nível de desempenho, eventualmente superior ao original. Procurando uma definição mais concreta, pode-se considerar que cada intervenção de reabilitação de um edifício ou conjunto de edifícios se caracteriza em três dimensões: Natureza; Âmbito; Grau. A natureza da intervenção tem a ver com as suas características essenciais; Por âmbito entende-se a sua abrangência; finalmente, o grau distingue as intervenções ligeiras das profundas. Por exemplo, a reabilitação de um edifício antigo num centro histórico pode, quanto à natureza, preocupar-se com o desempenho energético ou com a segurança estrutural; quanto ao âmbito, limitar-se à caixilharia ou abranger a totalidade da envolvente do edifício; e, quanto ao grau, visar apenas uma simples limpeza das fachadas ou a renovação completa dos revestimentos. Dentro do conceito genérico de reabilitação cabem, portanto, intervenções que podem diferir muito umas das outras e colocar, aos diversos agentes envolvidos, exigências de capacidade técnica muito diversas. O Regime Jurídico da Reabilitação Urbana define a natureza e o âmbito do que deve ser a reabilitação de um edifício. Segundo este diploma, a reabilitação deve conferir ao edifício, às suas fracções e às construções adjacentes, adequadas características de desempenho e de segurança funcional, estrutural e construtiva. Pode visar conferir ao edifício novas aptidões funcionais, em resultado de uma estratégia definida com vista a permitir novos usos, ou o mesmo uso com padrões de desempenho mais elevados. Sobressai, desde logo, neste conceito de reabilitação, a questão da segurança, em particular da segurança estrutural.

4 4 TEMA 7 - Realizações Fica, também, clara, a possibilidade de serem impostos ao edifício requisitos de desempenho superiores aos originais. A presente comunicação centra-se nos aspectos construtivos e estruturais da reabilitação. No entanto, muitas das considerações feitas são aplicáveis a intervenções de reabilitação de outra natureza, como, por exemplo, a reabilitação energética. 2. VULNERABILIDADE SÍSMICA DO EDIFICADO A sismicidade de Portugal é globalmente moderada, mas várias regiões do País, incluindo Lisboa, a sua área metropolitana e o troço final do Tejo, são zonas de elevado risco sísmico, sujeitas a abalos de grande intensidade, separados por longos intervalos de acalmia. Pelas razões acima referidas, constata-se que grande parte do edificado da cidade de Lisboa e, na generalidade, das zonas de maior intensidade sísmica do país, encontra-se em condições de segurança muito precárias [3]. 2.1 Edifícios antigos de alvenaria Dos números constantes do Quadro I, ressalta, imediatamente, a importância dos edifícios de alvenaria, que representam, ainda, a maioria no edificado de Lisboa. Todos estes edifícios suscitam sérias dúvidas quanto ao comportamento no caso dum sismo intenso. O Quadro 2 aponta as principais razões. Quadro 2. Principais pontos fracos dos vários tipos de edifícios de alvenaria. Tipologia Pontos fracos Pombalinos Gaioleiros De placa Degradação das propriedades dos elementos estruturais de madeira Adição de pisos Alterações, em particular ao nível das lojas, deficientemente calculadas e/ou executadas, com debilitação de paredes e fundações Introdução pouco criteriosa de elementos metálicos e de betão armado Construção, em geral muito precária, com abandono da estrutura antisísmica em gaiola Contraventamento insuficiente Paredes com espessura reduzida, pouco resistentes e em número insuficiente Altura e pés-direitos elevados Empenas muito grandes Fundações geralmente deficientes Presença de elementos decorativos pesados Alterações na estrutura Estrutura muito pesada Pouca resistência a forças horizontais Adição de pisos Alterações estruturais feitas clandestinamente ou deficientemente projectadas e/ou executadas, com debilitação de paredes e fundações

5 5 2.2 Edifícios de betão armado Também os edifícios de betão armado apresentam deficiências, em particular os que possuem estruturas ditas sem ductilidade, concebidos segundo a regulamentação anterior a 1983 (Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes), que representam cerca de 30% no conjunto do parque edificado de Lisboa. Nesta tipologia, é reduzida a capacidade da estrutura dissipar a energia que lhe é transmitida pelo sismo, através da deformação e redistribuição dos esforços pelos diversos elementos estruturais, e de continuar a responder como um todo sem perda significativa de resistência. Estudos citados por Júlio Appleton [4], indicam para estes edifícios, para as zonas de maior risco sísmico como a de Lisboa, uma resistência da ordem de apenas 30% a 50% da actualmente exigida. Nos edifícios projectados e construídos de acordo com o regulamento de 1983 o comportamento sísmico previsível é, sobretudo, determinado pela qualidade do projecto e da construção. Quanto à vulnerabilidade sísmica do edificado de betão armado, interessa distinguir as seguintes situações [3]: Edifícios anteriores aos regulamentos de 1958/1961 Ausência de paredes resistentes; Deficiente pormenorização das armaduras. Exemplos: nós de ligação pilar-viga, sem cintagem e sem conveniente amarração de armaduras; dispensa nos apoios de grande parte da armadura inferior Edifícios com piso vazado, dos anos 50 e 60 Os pilares deste piso concentram esforços elevados que conduzem facilmente ao seu colapso. Outras deficiências: estrangulamento da secção dos pilares e excentricidades; pilares apoiados em vigas; predominância de pórticos planos pilar/viga numa direcção; deficiente pormenorização de armaduras; vigas demasiadamente rígidas em comparação com os pilares Outras tipologias Edifícios com pavimentos aligeirados constituídos por vigotas pré-esforçadas e abobadilhas cerâmicas com insuficiente travamento na direcção transversal. 3. MEDIDAS CORRECTIVAS As medidas que é necessário tomar para reduzir substancialmente a vulnerabilidade do edificado à acção sísmica são hoje bem conhecidas [3]. 3.1 Edifícios antigos de alvenaria As intervenções de reabilitação estrutural dos edifícios antigos devem ser preferencialmente pouco intrusivas, isto é, devem respeitar o funcionamento estrutural original do edifício e não

6 6 TEMA 7 - Realizações aumentar significativamente a massa e a rigidez da estrutura e dos seus elementos [5]. A Fig. 2 mostra um exemplo de aplicação deste tipo de abordagem num edifício da Baixa Pombalina de Lisboa. Figura 2. À esquerda: A - Substituição selectiva e pontual de elementos de madeira deteriorados em paredes em frontal; B - Substituição selectiva e pontual de elementos de madeira em vigamento; C reforços metálicos para dar continuidade à estrutura dos pisos. D Tirantes de travamento. Ao centro: montagem de um dispositivo de ancoragem de um tirante. À direita: preparação da parede para colocação das chapas de distribuição exteriores dos tirantes Edifícios pombalinos Nestes edifícios, há que distinguir entre os que são relevantes enquanto património construído a preservar, dos que não o são. Nos primeiros, o requisito de reduzida intrusividade é mais rigoroso do que nos segundos, de modo a preservar, quanto possível, a sua autenticidade e o seu carácter histórico. É o caso da Baixa Pombalina, onde as soluções envolvendo alterações estruturais profundas são de excluir. Consoante o grau de alteração dos quarteirões, são possíveis, entre outras, soluções como: Reparação e/ou reforço da estrutura anti-sísmica original, em particular, de madeira; Correcção de alterações anteriormente efectuadas, repondo as soluções arquitectónica e funcional originais; Redução da massa através da eliminação dos andares acrescentados; Melhoria da ligação através de dispositivos dotados de capacidade de dissipação de energia Edifícios gaioleiros A questão da relevância arquitectónica não se coloca, na generalidade destes edifícios, com tanta acuidade como nos pombalinos da baixa de Lisboa. Continua, no entanto, a justificarse a adopção de soluções reduzidamente intrusivas, que permitam que a reabilitação se faça com a mínima perturbação dos utentes: Substituição de componentes deteriorados, em particular, nos pavimentos de madeira;

7 7 Melhoria da ligação através de dispositivos dotados de capacidade de dissipação de energia; Reforço através da introdução duma estrutura metálica no saguão; Melhoria da rigidez através de cantoneiras nos cantos das paredes-mestras, com lâmina de betão armado projectado ou aplicado por injecção; Aumento da resistência das paredes-mestras nos nembos, com lâmina de betão armado projectado ou aplicado por injecção Edifícios de placa Podem ser postas em prática, nestes edifícios, as seguintes medidas: Reforço das paredes de alvenaria com elementos metálicos ou lâminas de betão armado, projectado ou moldado por injecção; Introdução duma estrutura vertical complementar de betão (paredes de corte), suportada por micro-estacas; Redução da massa através da eliminação de andares acrescentados; Reposição de elementos estruturais removidos (caso dos rés-do-chão). O recurso ao betão armado adapta-se particularmente ao caso dos edifícios de placa. De facto, trata-se de construções onde o betão armado já existe, ao nível dos pisos, e a que faltam, sobretudo, elementos verticais resistentes ao corte e à flexão. 3.2 Edifícios de betão armado Nestes edifícios são aplicáveis soluções como: Reforço dos elementos estruturais, especialmente dos nós de ligação pilar-viga, podendo ser utilizada cintagem do nó (aumento da resistência e da capacidade de dissipação de energia); Reforço de paredes existentes ou construção de paredes rígidas convenientemente ligadas à estrutura existente, em ambas as direcções principais do edifício (aumento da rigidez); Nos edifícios com piso vazado são possíveis as duas soluções do caso anterior e, também, a introdução de diafragmas compostos por barras - escora/tirante entre dois pilares do piso vazado. As normas europeias da série EN 1504 cobrem uma variada gama de aspectos relacionados com os produtos e sistemas para a protecção, reparação, manutenção, reabilitação e reforço de estruturas de betão.

8 8 TEMA 7 - Realizações 4. METODOLOGIA A metodologia a seguir para preparar e executar uma intervenção de reabilitação é substancialmente diferente da que é habitual na execução de uma obra nova. Entre a detecção de uma eventual necessidade de intervenção e a sua execução em obra, há quatro etapas fundamentais a respeitar: O exame preliminar, que inclui actividades com a recolha documental, o inquérito aos utentes, a análise da regulamentação aplicável, a realização de inspecções e ensaios preliminares e uma monitorização preliminar do edifício; O exame pormenorizado e o diagnóstico, que pode incluir actividades como a realização de inspecções e ensaios complementares, o levantamento e a caracterização da construção, da sua envolvente e das anomalias que a afectam, e a modelação do comportamento; A definição da estratégia de intervenção, em diálogo com o Dono de Obra; A elaboração do projecto da intervenção, que passa pela modelação do edifício e verificação das medidas correctivas recorrendo a ferramentas de análise. Após a realização da intervenção, pode, ainda, ser necessário avaliar a sua eficácia e monitorizar os seus resultados. 4.1 Inspecções e ensaios A preparação de uma intervenção de reabilitação pressupõe um conhecimento aprofundado do objecto da intervenção. Tal conhecimento é adquirido através da realização de inspecções e ensaios, que desempenham na reabilitação um papel muito importante. A caracterização de uma construção para avaliar o seu estado actual e prever o seu comportamento é, mormente se ela for antiga, uma tarefa complexa. Os métodos de inspecções e ensaios podem ser utilizados não só na preparação de uma intervenção de reabilitação, mas também durante e após essa intervenção. Podem ser identificadas cinco fases, com objectivos bem definidos: I) Da detecção da necessidade de intervir até à decisão de intervir; II) Da decisão de intervir até à selecção da estratégia de intervenção; III) De selecção da estratégia até à intervenção; IV) Durante a intervenção; V) Depois da intervenção. Excluindo a fase III que, além da decisão quanto à estratégia a seguir, consiste na elaboração do projecto de execução da intervenção, desenvolvido em gabinete, e num conjunto de procedimentos administrativos que conduzem à selecção da empresa executante, todas as outras fases recorrem, em maior ou menor grau, aos métodos em análise (Quadro 3) [6]:

9 9 Quadro 3 - Fases da intervenção em que os métodos de inspecção e observação são aplicáveis Fase Actividades Objectivo I) Da detecção da necessidade de intervir até à decisão de intervir II) Da decisão de intervir até à selecção da estratégia de intervenção Recolha documental Inquérito aos utentes Análise da regulamentação aplicável 1. I&E preliminares 2. Monitorização preliminar 3. Levantamento da geometria e das anomalias 4. I&E complementares Caracterização preliminar da construção, incluindo as eventuais anomalias. Caracterização preliminar das propriedades dos materiais, incluindo as eventuais anomalias. Caracterização preliminar da envolvente. Caracterização da geometria da construção e suas componentes, incluindo o mapeamento das eventuais anomalias. Caracterização das propriedades dos materiais, incluindo as eventuais anomalias. Caracterização da envolvente. III) De selecção da estratégia até à intervenção IV) Durante a intervenção V) Depois da intervenção Modelação do comportamento Modelação das medidas correctivas Elaboração do projecto 6. Ensaio das técnicas e materiais a adoptar 7. I&E de controlo da qualidade Validação do modelo. Validação das técnicas e materiais a adoptar 8. I&E finais Avaliação dos efeitos da intervenção 9. Monitorização permanente 4.2 Análise estrutural A Parte 3 do Eurocódigo 8 [7] fornece os critérios de avaliação do comportamento sísmico de construções existentes, e aborda a selecção, concepção e verificação das medidas correctivas. Nos casos mais simples, a verificação da segurança da estrutura existente é feita a partir da análise estrutural de modelos em regime elástico, utilizando programas de cálculo automático estandardizados, procurando confirmar que em todos os componentes, as deformações e os esforços máximos não excedem os correspondentes valores admissíveis. Esta abordagem é uma extensão da usada, em construção nova, na análise de estruturas correntes de betão armado e é adequada para as intervenções de reabilitação estrutural dos edifícios construídos com base nesta tecnologia. No entanto, ao pretender-se aplicá-la a construções antigas a reabilitar, encontram-se vários obstáculos (difícil idealização da estrutura em termos dos elementos correntemente utilizados, desconhecimento quer das alterações neles introduzidas quer do estado de tensão daí resultante, comportamento inelástico da alvenaria).

10 10 TEMA 7 - Realizações Uma abordagem com interesse para a verificação da segurança sísmica dos edifícios deste tipo confirmada pela observação de edifícios atingidos por sismos é a dos designados macro-elementos [8]. Um macro-elemento é definido como um elemento da construção caracterizado por um comportamento sísmico próprio. A reabilitação sísmica de edifícios de alvenaria pode, com vantagem, ser baseada na identificação dos mecanismos de danificação e colapso a que eles sejam julgados mais vulneráveis, consistindo a intervenção de reabilitação em contrariar esses mecanismos, alterando o menos possível o comportamento estrutural (por exemplo, evitando acréscimos de massas e rigidificação das coberturas), antes privilegiando as ligações entre diferentes elementos e reduzindo impulsos. O equilíbrio destes macro-elementos, idealizados a partir dos vários mecanismos de colapso possíveis, é estudado através de modelos cinemáticos, quer no plano, quer fora do plano, permitindo calcular coeficientes de colapso, do tipo c = a/g, (1) onde a é a aceleração sísmica e g a aceleração da gravidade. c representa o multiplicador das massa envolvidas, capaz de levar o elemento ao colapso. Esta abordagem é reconhecida pelo regulamento sísmico italiano. 5. GESTÃO DA REABILITAÇÃO As intervenções de reabilitação do edificado urbano são mais difíceis de gerir do que a construção nova. Com base na experiência de intervenções de reabilitação num bairro histórico de Lisboa, o Quadro 4 mostra algumas das falhas mais comuns e qual deve ser a prática a adoptar.quadro 4 - Algumas das falhas mais comuns na gestão de obras de reabilitação e práticas a adoptar As mega-empreitadas de reabilitação ou os ajustes directos milionários adjudicados a grandes empreiteiros generalistas não são um modelo de gestão adequado às operações de reabilitação urbana, como provam os maus resultados que vêm sendo obtidos por esta via. Em vez dos grandes empreiteiros generalistas, devem ser escolhidas PMEs especializadas, isoladamente ou em consórcio. Ao fim e ao cabo, são elas que, directamente ou como subempreiteiras, vão ter a seu cargo a execução das obras.

11 11 Falha Levantamentos sumários e pouco rigorosos, feitos provavelmente por pessoas desconhecedoras das construções antigas e da especificidade da reabilitação. Projectos incompletos e inadequados. Procedimentos de concurso impróprios de um tipo de intervenção em que muitas das quantidades de trabalho são difíceis de estimar com rigor idêntico ao de uma construção de raiz. Permissividade ou inadequação da fiscalização Empreiteiros grandes demais, vocacionados para a grande obra nova de betão armado, sem a qualificação necessária para trabalhos de reabilitação. Prática a adoptar Começar por um levantamento cuidadoso da construção existente, incluindo caracterização e mapeamento das anomalias por ela apresentadas, respectivo diagnóstico e parecer quanto às várias estratégias de intervenção; Seleccionar, para o efeito, uma empresa de inspecções e ensaios idónea, com experiência, capaz de garantir a qualidade do serviço prestado. Após a decisão, em conjunto com o Dono de Obra, da estratégia a seguir, promover a elaboração de um projecto de execução da intervenção, por empresa projectista cuidadosamente seleccionada. Se a dimensão dos trabalhos o justificar, elaborar primeiro um ante-projecto que avalie e compare as várias estratégias possíveis. Seleccionar um regime de concurso limitado por préqualificação, que permita, dentro de certos limites, variabilidade das quantidades de trabalho que não seja possível medir rigorosamente. Entregar a fiscalização a uma empresa vocacionada para a reabilitação, cuidadosamente seleccionada. Preferir consórcios formados por PMEs vocacionadas para as diferentes naturezas de trabalhos: consolidação estrutural, rebocos e pinturas, caixilharia, instalações e sistemas, etc., liderados e coordenados por uma delas, com adequada capacidade técnica. Dar preferência a empresas com sistemas de gestão da qualidade de âmbito adequado aos trabalhos que vão realizar. 6. QUALIFICAÇÃO DOS AGENTES O sector português da construção civil e obras públicas é caracterizado por utilizar recursos humanos (RH) de qualificações muito baixas (2/3 não têm mais do que a antiga 4.ª classe e 90% possuem habilitações escolares iguais ou inferiores ao 3.º ciclo do ensino básico). Em Portugal, a certificação profissional dos RH da construção encontra-se, ainda, numa fase muito incipiente, estando em condições de ser certificadas apenas treze profissões, nenhuma das quais respeitante à reabilitação. Acresce que o número total de CAPs atribuídos a profissionais do sector desde 2003 é de escassos milhares, não chegando a 1% dos efectivos do sector. A reabilitação requer figuras profissionais próprias, que podem desenvolver-se de dois modos: a) Adaptando figuras profissionais existentes: por exemplo, no caso dos edifícios antigos, um pedreiro necessitará de adquirir competências na área das técnicas e materiais de reparação e reforço de alvenarias tradicionais;

12 12 TEMA 7 - Realizações b) Criando figuras profissionais novas: por exemplo, no mesmo caso, criando a figura profissional técnico especializado no reforço de elementos estruturais de alvenaria, utilizando materiais compósitos. A qualificação das empresas para trabalhos especializados de reabilitação do edificado passa, portanto, pela qualificação dos seus RH, a todos os níveis, desde o oficial ao engenheiro, através da formação e da validação da experiência. No que toca à formação, para os níveis 2 e 3 (do Conselho das Comunidades Europeias, CCE), pode tirar-se partido dos cursos de aprendizagem e dos cursos de certificação profissional, para o nível 4, dos cursos de especialização tecnológica e, para o nível 5, dos cursos de especialização para engenheiros e arquitectos. Em relação à certificação destes profissionais, uma vez que o regime dos CAPs não se tem revelado suficientemente dinâmico, poder-se-á recorrer, para os níveis 2 a 4, às entidades certificadoras de pessoas e às próprias empresas, quando dotadas de sistemas de gestão da qualidade certificados. De facto, muitas das actividades desenvolvidas em intervenções de reabilitação podem ser consideradas processos especiais, que devem estar exaustivamente documentados no sistema de gestão da qualidade da empresa, e ser executados exclusivamente por operadores qualificados, submetidos a procedimentos de certificação (Fig. 3). Para o nível 5, é possível recorrer, para efeitos de qualificação, às ordens e associações profissionais. Figura 3 À esquerda: prova prática de qualificação de um carpinteiro com treino específico para aplicação de produtos poliméricos e FRP (polímeros reforçados com fibras). Durante esta prova o carpinteiro deve demonstrar proficiência no manuseamento dos equipamentos e produtos utilizados em diversas técnicas de reabilitação de estruturas de madeira. À direita: prova prática de qualificação de um operador de equipamento de projecção de betão. Durante esta prova o operador deve demonstrar proficiência na projecção de betão em aplicações estruturais. O painel projectado é, mais tarde, carotado, para verificar o adequado envolvimento das armaduras pelo betão projectado. Nas intervenções de reabilitação de maior responsabilidade, as exigências da gestão da qualidade não podem ser atendidas de forma avulsa, mas sim no âmbito de uma política bem definida e no seio de uma organização capaz de assegurar o seu cumprimento. Além de um baixo nível de qualificação dos RH, o sector da construção padece, também, de um baixo nível organizacional, patente no reduzido número de empresas dotadas de

13 13 sistemas de gestão da qualidade certificados: num universo de menos de com alvará, as empresas dotadas de um sistema de gestão da qualidade certificado são pouco mais de 200. O empreiteiro generalista médio não possui nem os RH qualificados nem o nível organizacional necessário para responder ao nível de exigência de uma vasta gama de intervenções de reabilitação (estrutural, energética, entre outras), em particular, dos edifícios antigos. É, portanto, necessário adoptar critérios de selecção das empresas adjudicatárias de obras de reabilitação distintos dos da construção corrente, baseados na qualificação dos seus RH e na sua estrutura organizativa. Note-se, finalmente, que a necessidade de RH qualificados e de uma adequada estrutura organizativa não se esgota nas empresas que executam as obras: ela coloca-se, também, em relação às empresas que têm a seu cargo projectar e fiscalizar essas obras e às próprias entidades que as promovem. 7. INADEQUAÇÃO DO ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO E DA REGULAÇÃO DO SECTOR Como a reabilitação tem vindo a ser considerada como um segmento do sector da construção, a legislação produzida para esta é, por extensão, considerada aplicável àquela. As actividades próprias da reabilitação das construções encontram-se, portanto, sujeitas ao cumprimento de diplomas legais pensados para a construção nova que lhes são, expressa ou implicitamente, aplicáveis e que se revelam, frequentemente, inadequados. O exercício da actividade de construção é, actualmente, regulado pelo Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro, a Lei dos Alvarás, sistema de classificação vocacionado para a construção nova. Além disso, este decreto-lei resultou de um conjunto de medidas de simplificação, no diploma que o antecedeu. Estas simplificações em nada contribuíram para o adequado enquadramento da actividade da reabilitação, como a redução do número de tipos de trabalho, a exigência e avaliação dos recursos humanos olhando apenas aos grupos de remuneração em que se enquadram, etc. A Lei dos Alvarás não permite assegurar que as empresas possuam recursos humanos com adequada qualificação, tornando-se praticamente inútil quando se trata de intervenções de reabilitação, sobretudo de edifícios antigos, cuja anatomia e tecnologia construtiva são desconhecidas dos empreiteiros generalistas de hoje. O diploma não faz, desde logo, a distinção essencial entre o empreiteiro geral de reabilitação de edifícios recentes e o de edifícios antigos. No texto do Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro, Código dos Contratos Públicos (CCP), a palavra reabilitação só aparece uma vez, no art.º 370.º, mercê de uma recente alteração legislativa na sequência de uma sugestão do GECoRPA. Tirando esta ocorrência, só aparece a propósito do impedimento dos concorrentes condenados por crime que afecte a sua honorabilidade profissional, que, para poderem concorrer, têm de ser reabilitados

14 14 TEMA 7 - Realizações O GECoRPA tem vindo a diligenciar no sentido de corrigir esta situação. Numa recente exposição ao senhor ministro das obras públicas, o GECoRPA propôs alterações não só a estes dois diplomas, mas a todo um conjunto de disposições legais ou equiparadas [9]. A inadequação do enquadramento legislativo da área da reabilitação tem consequências negativas para as empresas interessadas em fornecer serviços de qualidade, na medida em que as expõe a uma concorrência desigual com empresas sem qualificação, desincentivando a qualidade, a organização, o investimento, a formação e a manutenção de saberes. Torna-se necessário um trabalho de revisão, de harmonização e de preenchimento de lacunas legislativas e regulamentares. Enquanto este trabalho não for feito, a reabilitação não deixará de ser tratada como o parente pobre da construção nova. 8. PROGRAMA NACIONAL DE REDUÇÃO DA VULNERABILIDADE SÍSMICA DO EDIFICADO Vem de longe a luta do Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitectónico (GECoRPA) [9] e da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES) [10] pela reabilitação sísmica do edificado. Essa luta teve um ponto alto em Abril de 2001, com a apresentação, na Ordem dos Engenheiros, de um conjunto de contributos para um Programa Nacional de Redução da Vulnerabilidade Sísmica do Edificado (PNRVSE) [3], que foram publicados e levados ao conhecimento do governo e dos vários grupos parlamentares. Foi, inclusive, feita uma versão em inglês, que foi dada a conhecer às instâncias comunitárias. Ambas as versões estão disponíveis nos sítios Internet do GECoRPA e da SPES. Esse Programa, que se mantém, na generalidade, actual, prevê um conjunto de sete tarefas fundamentais: T1 Levantamento do parque habitacional e avaliação do risco Levantamento geral do edificado situado nas zonas de maior risco sísmico, caracterizando-o do ponto de vista estrutural e patrimonial. Avaliação do risco sísmico a nível nacional, incluindo a determinação das perdas económicas e sociais em resultado de sismos futuros. T2 Definição das estratégias de intervenção mais eficazes Estabelecimento de uma estratégia de intervenção, o que envolve a especificação de diversas variáveis, nomeadamente (i) o tipo e o nível de reforço ou protecção a adoptar, (ii) as tipologias sobre as quais intervir, (iii) as áreas geográficas de intervenção (iv) a percentagem de edifícios das várias tipologias a reforçar, dadas as existências da região e, finalmente, (v) os custos e benefícios de cada estratégia de intervenção. Identificação e hierarquização das melhores alternativas de intervenção para a diminuição do risco sísmico do edificado, de acordo com um ou mais dos critérios estabelecidos.

15 15 T3 - Aperfeiçoamento de soluções de reabilitação sísmica Lançamento de um programa de estudo e desenvolvimento de soluções de reabilitação sísmica, para o estabelecimento de recomendações que facilitem as ulteriores intervenções, tendo em vista: a) Caracterizar a eficácia e eficiência das soluções em termos da melhoria do desempenho sísmico; b) Pormenorizar essas soluções, incluindo desenhos-tipo, especificações de processos e materiais e mapas-tipo de quantidades e preços. T4 - Criação do enquadramento legislativo Criação do enquadramento legislativo adequado, precedendo e acompanhando o lançamento do PNRVSE de medidas legislativas essenciais, nomeadamente nos aspectos relativos à qualificação de técnicos e empresas, definição das situações de obrigatoriedade de reabilitação sísmica, alteração das regras de licenciamento de obras e projectos, em articulação com o Sistema Português da Qualidade, com o Regime de verificação da qualidade e da responsabilidade civil nos projectos e obras de edificação, alteração da lei das rendas e dos Planos Directores Municipais, revisão do sistema de seguros, criação de incentivos fiscais e elaboração de legislação técnica. T5 - Formação e divulgação Introdução das alterações necessárias nos curricula de engenharia e arquitectura, dando maior ênfase à reabilitação e, em particular, à reabilitação sísmica. Em paralelo, dar maior ênfase aos critérios de boa concepção sísmica nas novas construções. Criação de programas de formação complementar na área da reabilitação sísmica, tendo em vista a reciclagem dos profissionais já no activo e promover a formação de quadros médios e operários especializados nas técnicas de reabilitação sísmica. Implementação de projectos de demonstração das principais soluções e divulgar as questões relacionadas com a vulnerabilidade sísmica junto do grande público. T6 - Elaboração de planos-directores de reabilitação sísmica Desenvolvimento sistemático de planos de reabilitação sísmica a nível do município, a exemplo de planos de reabilitação sísmica do edificado urbano já em curso noutros países. T7 - Execução dos trabalhos Concepção, projecto, execução e fiscalização das intervenções por empresas qualificadas para esta actividade específica, com base na qualificação dos seus recursos humanos e na sua estrutura organizacional. O PNRVSE propunha uma calendarização destas tarefas ao longo de 25 anos, com um custo estimado, na altura, da ordem dos 5 mil milhões de contos (25 mil milhões de euros).

16 16 TEMA 7 - Realizações Até à data, e apesar dos esforços de divulgação feitos, a proposta do GECoRPA e da SPES não surtiu quaisquer efeitos palpáveis. 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS Um estudo recente de uma associação de empreiteiros generalistas, estima em cerca de 110 mil milhões de euros o mercado potencial da reabilitação do edificado do País [11]. Embora não apareça referida nesse estudo, a reabilitação sísmica constitui, em particular, uma componente importante do esforço de reabilitação que se torna necessário fazer. É essencial assegurar que as intervenções de reabilitação sísmica, bem como outras de idêntica complexidade metodológica e tecnológica sejam confiadas a empresas adequadamente qualificadas, sob pena de se somarem aos recursos financeiros já consumidos em edifícios devolutos, muitos milhares de milhões de euros gastos em reabilitações de duvidosa eficácia e durabilidade. Uma das principais responsabilidades dos dirigentes políticos e dos cidadãos, em geral, é (ou devia ser) a de prever e preparar o futuro. Tal sentido de responsabilidade é posto à prova pelo risco sísmico que impende sobre grande parte do território nacional, em particular sobre Lisboa e a sua área metropolitana. Obviamente, um volume de investimento da ordem de grandeza do envolvido pela reabilitação sísmica, impõe o faseamento da execução ao longo de duas ou três décadas. Alternativamente, corre-se o risco de concentrar num único momento uma perda económica de grandes proporções, com todas as circunstâncias agravantes associadas a uma grande perturbação do tecido social e económico e à perda de vidas humanas. AGRADECIMENTOS O autor agradece à Direcção de Serviços de Instalações e Equipamentos (DSIE), da DGCI, na pessoa do Sr. Eng.º Alfredo Filipe, o interesse com que tem promovido e acompanhado o trabalho realizado na R. do Comércio, 31, em Lisboa, e a autorização para o divulgar. REFERÊNCIAS [1] Cóias e Silva, V, Soares, I. Vulnerabilidade sísmica dos edifícios gaioleiros de Lisboa e medidas possíveis para a reduzir, 3º. Encontro sobre Sismologia e Engenharia Sísmica. SPES, Lisboa, Dezembro de 1997, p. 563 [2] Observatório da Habitação e da Reabilitação Urbana Relatório Dinâmica do Mercado, Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, 2009, p. 85 [3] Vários Redução da Vulnerabilidade Sísmica do Edificado. SPES e GECoRPA, Ordem dos Engenheiros, Lisboa, Abril de 2001 [4] Appleton, J. Reforço sísmico de estruturas de betão, Encontro Nacional Betão Estrutural 2008, Guimarães, Novembro 2008, p.109

17 17 [5] Cóias, V. Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos. Técnicas Pouco Intrusivas, GECoRPA/Argumentum, 2007, 379 p. [6] Cóias, V. Inspecções e Ensaios na Reabilitação de Edifícios, ISTPress, Lisboa, 2006, 437 p. [7] pren , Eurocode 8: Design of structures for earthquake resistance. Part 3: Assessment and retrofitting of buildings, Draft No 5, CEN, January 2004 [8] Valluzzi, M.R., et al. Avaliação da Vulnerabilidade Sísmica dos edifícios Pombalinos utilizando a Abordagem dos Macro-Elementos, 4as Jornadas Portuguesas de Engenharia de Estruturas, LNEC, Lisboa, Dezembro de 2006 [9] [10] [11] Afonso, F.P. (coordenador) - O Mercado da Reabilitação - Enquadramento, Relevância e Perspectivas. Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS), 2009.

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