Em condições normais, qualquer célula diplóide humana contém 23 pares de cromossomos homólogos, isto é, 2n=46.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Em condições normais, qualquer célula diplóide humana contém 23 pares de cromossomos homólogos, isto é, 2n=46."

Transcrição

1 GENÉTICA HUMANA AULA 6 HERENÇA LIGADA AO CROMOSSOMO X CURSO: Psicologia SÉRIE: 2º Semestre HERANÇA E SEXO Em condições normais, qualquer célula diplóide humana contém 23 pares de cromossomos homólogos, isto é, 2n=46. Desses cromossomos, 44 são autossomos e 2 são os cromossomos sexuais também conhecidos como heterossomos. Autossomos relacionados às características comuns aos dois sexos. A formação de órgãos somáticos, tais como fígado, baço, o estômago e outros, deve-se a genes localizados nos autossomos, visto que esses órgãos existem nos dois sexos. Heterossomos responsáveis pelas características próprias de cada sexo. A formação dos órgãos reprodutores, testículos e ovários, característicos de cada sexo, deve-se a genes localizados nos cromossomos sexuais e são representados por X e Y. O cromossomo Y é exclusivo do sexo masculino. O cromossomo X existe na mulher em dose dupla, enquanto no homem ele se encontra em dose simples. 1

2 Determinação genética do sexo na espécie humana Na mulher, a constituição genética é representada por 44XX e os gametas por ela produzidos 22X. O sexo feminino é homogamético (forma só um tipo de gameta), No homem, a constituição genética é representada por 44XY e a dos gametas por ele produzidos 22X e 22Y. O sexo masculino é heterogamético (produz dois tipos de gametas). O óvulo fertilizado transforma-se em uma menina O óvulo fertilizado transforma-se em um menino OS CROMOSSOMOS SEXUAIS O cromossomo Y é mais curto e possui menos genes que o cromossomo X, além de conter uma porção encurtada, em que existem genes exclusivos do sexo masculino. Microscopia Eletrônica do cromossomo X e Y mostra a diferença de tamanho de cada cromossomo. 2

3 HERANÇA LIGADA AO SEXO Habitualmente, classificam-se os casos de herança relacionada com o sexo de acordo com a posição ocupada pelos genes, nos cromossomos sexuais. A porção homóloga do cromossomo X possui genes que têm correspondência com os genes da porção homóloga do cromossomo Y. Portanto, há genes alelos entre X e Y, nessas regiões. Os genes da porção heteróloga do cromossomo X não encontram correspondência com os genes da porção heteróloga do cromossomo Y. Logo, não há genes alelos nessas regiões, quando um cromossomo X se emparelha com um cromossomo Y. Herança ligada ao sexo é aquela determinada por genes localizados na região heteróloga do cromossomo X. Como as mulheres possuem dois cromossomos X, elas têm duas dessas regiões. Já os homens, como possuem apenas um cromossomo X (pois são XY), têm apenas um de cada gene. Um gene recessivo presente no cromossomo X de um homem irá se manifestar, uma vez que não há um alelo dominante que impeça a sua expressão. Na espécie humana os principais exemplos de herança ligada ao sexo são: Daltonismo Hemofilia 3

4 DALTONISMO Trata-se da incapacidade relativa na distinção de certas cores que, na sua forma clássica, geralmente cria confusão entre o verde e o vermelho. Se você consegue distinguir perfeitamente o número 74 entre as bolinhas da figura acima, então você não é daltônico. É um distúrbio causado por um gene recessivo localizado na porção heteróloga do cromossomo X, o gene X d, enquanto o seu alelo dominante X D determina a visão normal. A mulher de genótipo X D X d, embora possua um gene para o daltonismo, não manifesta a doença, pois se trata de um gene recessivo. Ela é chamada de portadora do gene para o daltonismo. O homem de genótipo X d Y, apesar de ter o gene X d em dose simples, manifesta a doença pela ausência do alelo dominante capaz de impedir a expressão do gene recessivo. Genótipo X D X D X D X d X d X d X D Y X d Y Fenótipo mulher normal mulher normal portadora mulher daltônica homem normal homem daltônico O homem X d Y não é nem homozigoto ou heterozigoto: é hemizigoto recessivo, pois do par de genes ele só possui um. O homem de genótipo X D Y é hemizigoto dominante. 4

5 HEMOFILIA É um distúrbio da coagulação sangüínea, em que falta o fator VIII, uma das proteínas envolvidas no processo, encontrado no plasma das pessoas normais. As pessoas hemofílicas têm uma tendência a hemorragias graves depois de traumatismos banais, como um pequeno ferimento ou uma extração dentária. O tratamento da hemofilia consiste na administração do fator VIII purificado ou de derivados de sangue em que ele pode ser encontrado (transfusões de sangue ou de plasma). Pelo uso frequente de sangue e de derivados, os pacientes hemofílicos apresentam uma elevada incidência de AIDS e de hepatite tipo B, doenças transmitidas através dessas vias. Assim como o daltonismo, a hemofilia é condicionada por um gene recessivo, representado por h, localizado no cromossomo X. A freqüência de pessoas hemofílicas é muito menor que a freqüência de pessoas daltônicas. No Brasil, por exemplo, encontra-se uma pessoa daltônica em cada grupo de 40 ou 50 pessoas, enquanto a incidência da hemofilia é de um doente em cada ou habitantes. É pouco freqüente o nascimento de mulheres hemofílicas, já que a mulher, para apresentar a doença, deve ser descendente de um homen doente (XhY) e de uma mulher portadora (XHXh) ou hemofílica (XhXh). Como esse tipo de cruzamento é extremamente raro, acredita-se que praticamente inexistiriam mulheres hemofílicas. 5

6 DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE É a forma mais comum e severa de distrofia muscular, ligada ao cromossomo X, que afeta especialmente crianças do sexo masculino. A falta da proteína distrofina na membrana das células musculares causa progressiva e irreversível degeneração da musculatura esquelética, resultando em fraqueza muscular generalizada. Alguns afetados têm retardo mental. Os sintomas e quadro clínico são severos com rápida evolução, podendo evoluir para óbito dentro da 2 ou 3 década de vida. As manifestações clínicas costumam surgir por volta dos 3 a 5 anos de vida, e são elas: debilidade e/ou fraqueza muscular da cintura pélvica, principalmente nos músculos extensores e abdutores do quadril, acometendo posteriormente os músculos da região do ombro. Tal debilidade da musculatura do quadril leva a dificuldades do paciente em subir escadas, de correr, de se levantar, e principalmente de andar, além de provocarem quedas freqüentes. As crianças portadoras dessa distrofia apresentam sinal característico para se levantarem, conhecido como Sinal de Gowers (levantamento miotático), em que realizam um rolamento para ficarem de joelhos, e com os antebraços estendidos se apóiam no chão, com o objetivo de levantar as nádegas e um joelho para poderem ficar de pé. 6

7 Pseudo-hipertrofia das panturrilhas, manifestando-se de forma simétrica, sendo que à palpação, a musculatura dessa região encontra-se endurecida. Para manterem o seu centro de gravidade, os indivíduos afetados posicionamse com a barriga para frente e os ombros para trás, gerando lordose e escoliose. Normalmente, os primeiro sinais clínicos são percebidos pelos próprios pais. Nota-se um atraso no de desenvolvimento com relação às outras crianças da mesma faixa etária, desequilibram-se e caem facilmente, apresentam dificuldade para correr, subir escadas, levantar-se do chão e cansam mais rapidamente. Começam a caminhar nas pontas dos pés, em conseqüência da contratura do tendão de Aquiles. Com a evolução da doença, por volta dos 10 aos 12 anos de idade, os portadores encontram-se confinados a cadeiras de rodas, favorecendo o surgimento e agravamento de escoliose, quando previamente existentes. A morte sobrevém na segunda década, excepcionalmente na terceira, por comprometimento da musculatura respiratória, aliado às deformidades de coluna vertebral e de tórax. Vídeo 7

8 Para a confirmação do diagnóstico: 1) Verifica-se os níveis da enzima muscular CPK (creatinofosfoquinase) que em condições normais apresentam níveis sanguíneos relativamente baixos, porém aumentam consideravelmente sua concentração quando ocorre a degeneração muscular e a enzima alcança a corrente sanguínea. 2) Como outras patologias musculares também levam à elevação dessa enzima na corrente sanguínea, faz-se necessário a realização de uma biópsia muscular para a confirmação da suspeita de DMD 3) Mais recentemente foram desenvolvidos testes de DNA onde é possível identificar o defeito genético diretamente a partir do DNA das células sanguíneas ou musculares. Tratamento: Corticóides que auxiliam na redução do processo inflamatório do músculo; Fisioterapia e hidroterapia, importantes no controle da progressão da doença; Uso de aparelhos de ventilação assistida (BiPAP) para proporcionar maior conforto para esses pacientes. Esperança de tratamento: células-tronco embrionárias, que apresentam capacidade de formar e substituir o músculo que está se degenerando. ASPECTOS GENÉTICOS Transmissão recessiva, ligada ao cromossomo X Afetados são sempre do sexo masculino e ligados aos parentes afetados pelas mulheres No heredograma abaixo, as mulheres I-2, II-1, II-2, II-3, III-2, IV-4, IV-6 e IV-8 são necessariamente portadores heterozigotas do gene 8

9 Aconselhamento genético SÍNDROME DO CROMOSSOMO X FRÁGIL (SXF) É a forma mais freqüente de deficiência mental herdada, afetando homens e mulheres. O comprometimento mental dos afetados pela SXF é variável. Entre os homens, a deficiência mental é geralmente moderada a grave. Já nas mulheres afetadas, predominam a deficiência leve ou a inteligência limítrofe. O atraso na aquisição da fala e a hiperatividade são, em geral, os primeiros sinais notados. A fala é repetitiva, com alterações de ritmo e fluência, observando-se também problemas de articulação. Algumas características do autismo são também freqüentes: o contato pelo olhar e pelo tato é evitado, ocorrem movimentos estereotipados das mãos e mordidas no dorso das mãos que chegam a provocar calosidades. Entre as mulheres afetadas, essas características são menos marcantes, mas não são raras a timidez e a ansiedade no contato social. 9

10 Outros sinais clínicos incluem: face alongada, frontal alto e proeminente, cristas supra-orbitais salientes, hipoplasia da porção mediana da face, orelhas grandes e em abano queixo proeminente palato alto perímetro encefálico aumentado displasia do tecido conjuntivo (hipoplasia da cartilagem auricular, pés planos, pele elástica, hiperextensibilidade das articulações, prolapso de válvula mitral e dilatação do arco aórtico) A SXF é causada por mutação no gene FMR1, localizado no cromossomo X, que leva à deficiência da proteína FMRP (Fragile X Mental Retardation Protein). Os homens que possuem a mutação apresentam quadro clínico mais grave do que as mulheres, pois estas, por terem dois cromossomos X, possuem, além do gene mutado, também o gene normal e podem mesmo não apresentar deficiência mental. O gene FMR1 apresenta uma repetição de trincas de nucleotídeos (CGG)n, cujo número varia de 6 a 55 nas pessoas normais da população. Nos afetados pela SXF, o número destas repetições (CGG)n é superior a 200, constituindo a mutação completa. Quando o número de trincas de nucleotídeos da repetição (CGG)n está entre 55 e 200, tem-se a pré-mutação. A pré-mutação produz a proteína e não é causa de deficiência mental (desenvolve-se fenótipo normal). 10

11 As filhas de homens portadores do gene pré-mutado recebem o gene praticamente inalterado. Mas quando a mulher é a portadora do gene prémutado, ele pode ser transmitido a seus descendentes com aumento no número de repetições do trinucleotídeo CGG. A mulher portadora pode ter crianças com a pré-mutação, em geral maior do que a materna, ou com a mutação completa. Quanto maior for o número de repetições no gene pré-mutado da portadora, maior será o risco dela vir a ter a criança afetada. Quando a mulher é portadora de mutação completa, seus filhos do sexo masculino, que receberam a mutação, são sempre afetados. Numa mesma família, as pré-mutações vão crescendo à medida em que são transmitidas pelas mulheres de geração em geração, ou seja, as mulheres de gerações mais recentes têm, em média, risco maior de vir a ter crianças afetadas. Próxima aula: Herança multifatorial Interação entre fatores genéticos e ambientais na determinação de fenótipos normais e de distúrbios físicos [lábio leporino e defeitos de tubo neural (anencefalia, espinha bífida e encefalocele)] Leitura: OTTO, P. G. ; OTTO, P. A.; FROTA-PESSOA, O. Genética Humana e Clínica. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roca, Seção VIII Mecanismo multifatorial 11

PADRÃO DE HERANÇA LIGADA AO CROMOSSOMO X

PADRÃO DE HERANÇA LIGADA AO CROMOSSOMO X PADRÃO DE HERANÇA LIGADA AO CROMOSSOMO X HOMENS: apresenta um X e um Y XY sexo heterogamético o seus gametas serão metade com cromossomo X e metade com cromossomo Y MULHER: apresenta dois X XX sexo homogamético

Leia mais

Cromossomos Sexuais e Herança Genética. Genética Professora Catarina

Cromossomos Sexuais e Herança Genética. Genética Professora Catarina Cromossomos Sexuais e Herança Genética Genética Professora Catarina Espécie humana 23 pares de cromossomos 22 pares autossômicos 1 par cromossomos sexuais ( XY e XX) Cariótipo 46, XX 46, XY Sistema XY

Leia mais

Os cromossomos dos seres vivos são classificados em autossômicos e sexuais, estes são responsáveis pela determinação do sexo.

Os cromossomos dos seres vivos são classificados em autossômicos e sexuais, estes são responsáveis pela determinação do sexo. HERANÇA E SEXO Os cromossomos dos seres vivos são classificados em autossômicos e sexuais, estes são responsáveis pela determinação do sexo. SISTEMA XY A fêmea possui par de cromossomos homólogos (xx)

Leia mais

Herança Sexual. Ana Beatriz Maselli

Herança Sexual. Ana Beatriz Maselli Herança Sexual Ana Beatriz Maselli Determinação do Sexo Os cromossomos dos seres vivos são classificados em autossômicos e sexuais, estes são responsáveis pela determinação do sexo. Cromossomos Autossômicos

Leia mais

Professora Leonilda Brandão da Silva

Professora Leonilda Brandão da Silva COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Pág. 82 Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: leonildabrandaosilva@gmail.com http://professoraleonilda.wordpress.com/ PROBLEMATIZAÇÃO Como

Leia mais

A HERANÇA DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS

A HERANÇA DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS CAPÍTULO 6 A HERANÇA DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS Em muitas espécies, incluindo a humana, a diferença entre os dois sexos é determinada por um par de cromossomos: os cromossomos sexuais, heterocromossomos ou

Leia mais

D (ou R) determina a produção do fator Rh d (ou r) determina a ausência do fator Rh

D (ou R) determina a produção do fator Rh d (ou r) determina a ausência do fator Rh Genética Determinação genética A herança do sistema Rh é determinada por uma série de três pares de alelos. Entretanto, para o grau de complexidade que desejamos implementar nesta fase do aprendizado da

Leia mais

BIOLOGIA Prof.: Camacho Lista: 11 Aluno(a): Turma: Data: 28/04/2015

BIOLOGIA Prof.: Camacho Lista: 11 Aluno(a): Turma: Data: 28/04/2015 BIOLOGIA Prof.: Camacho Lista: 11 Aluno(a): Turma: Data: 28/04/2015 Questão 01) Em uma população, conhece-se a freqüência de daltônicos. Sabendo-se que nela, o número de mulheres e de homens é aproximadamente

Leia mais

1. Na família abaixo há três indivíduos afetados por uma doença neurológica muito rara.

1. Na família abaixo há três indivíduos afetados por uma doença neurológica muito rara. 1. Na família abaixo há três indivíduos afetados por uma doença neurológica muito rara. I Dê as razões para que essa doença tenha ou não tenha herança: a ligada ao X dominante. Não é esse o padrão de herança,

Leia mais

Ficha de trabalho n.º 6 Hereditariedade Humana Turma: 12º A

Ficha de trabalho n.º 6 Hereditariedade Humana Turma: 12º A ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO BIOLOGIA - 12º ANO Ficha de trabalho n.º 6 Hereditariedade Humana Turma: 12º A Professora Isabel Lopes Em relação à teoria cromossómica da hereditariedade, podem

Leia mais

FICHA 2 Herança Ligada ao sexo

FICHA 2 Herança Ligada ao sexo UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULADADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Parte Teórica a) Na espécie humana o sexo masculino é denominado heterogamético e feminino Homogamético. Por quê?

Leia mais

Que caracteres são herdados de geração em geração?

Que caracteres são herdados de geração em geração? Músculos Cor dos olhos Membro amputado Cor do cabelo Que caracteres são herdados de geração em geração? Existem características que são transmitidas de geração em geração caracteres hereditários. Ex.:

Leia mais

Determinação sexual. Prof. Fernando Belan Biologia Mais

Determinação sexual. Prof. Fernando Belan Biologia Mais Determinação sexual Prof. Fernando Belan Biologia Mais Em algumas espécies não há cromossomo Y; As fêmeas são XX e os macho têm um cromossomo X único. Fêmeas são homogamétcas e os machos heterogamétcos.

Leia mais

GENÉTICA. Profª Fernanda Toledo

GENÉTICA. Profª Fernanda Toledo GENÉTICA Profª Fernanda Toledo O que é Genética? É a ciência que estuda os genes e sua transmissão para as gerações futuras. As características são transmitidas de pais para filhos. Essa atividade é coordenada

Leia mais

Bases da Hereditariedade. Profa. Vanessa Silveira

Bases da Hereditariedade. Profa. Vanessa Silveira Bases da Hereditariedade Profa. Vanessa Silveira Roteiro de Aula 1. A informação genética: conceitos básicos 2. Base da Hereditariedade Leis de Mendel 3. Padrões clássicos de herança 4. Padrões não clássicos

Leia mais

Bases da Hereditariedade. Profa. Vanessa Silveira

Bases da Hereditariedade. Profa. Vanessa Silveira Bases da Hereditariedade Profa. Vanessa Silveira Roteiro de Aula 1. A informação genética: conceitos básicos 2. Base da Hereditariedade Leis de Mendel 3. Padrões clássicos de herança 4. Padrões não clássicos

Leia mais

Polialelia, Sangue e Sexo

Polialelia, Sangue e Sexo Polialelia, Sangue e Sexo Polialelia, Sangue e Sexo 1. (UFPEL) Três irmãos (João, José e Maria) realizaram um exame de sangue em laboratório para identificar os seus tipos sanguíneos, com o objetivo de

Leia mais

Revisão geral 8º ANO.

Revisão geral 8º ANO. Revisão geral 8º ANO. Cromossomos e Determinação do sexo biológico 46 Cromossomos (Total) 44 Cromossomos Autossomos 2 Cromossomos Sexuais Cariótipo e Cariograma XX (Feminino) XY (Masculino) Genes Alelos

Leia mais

CONCEITOS BÁSICOS EM GENÉTICA

CONCEITOS BÁSICOS EM GENÉTICA CONCEITOS BÁSICOS EM GENÉTICA HISTÓRICO: Veio ao Serviço de Aconselhamento Genético do Hospital de Clínicas, um casal jovem com o seguinte relato: a) homem fenotipicamente normal, com 35 anos, obeso, pertencente

Leia mais

Conceitos Básicos de Genética. Relação Fenótipo-Genótipo

Conceitos Básicos de Genética. Relação Fenótipo-Genótipo Conceitos Básicos de Genética Relação Fenótipo-Genótipo Genética É a disciplina dentro da Biologia que estuda os mecanismos da hereditariedade. O que é genética? É o estudo dos genes e de sua transmissão

Leia mais

PADRÕES DE HERANÇA GENÉTICA

PADRÕES DE HERANÇA GENÉTICA PADRÕES DE HERANÇA GENÉTICA Figura 1 DNA Fonte: Sergey Nivens/Shutterstock.com CONTEÚDOS Herança genética Herança autossômica recessiva Herança autossômica dominante Determinação cromossômica do sexo Doenças

Leia mais

Cromossômicas Monogênicas Poligênicas ou Multifatoriais Mitocondriais

Cromossômicas Monogênicas Poligênicas ou Multifatoriais Mitocondriais Distúrbios Monogênicos ou MENDELIANOS DISTÚRBIOS MONOGÊNICOS E PRINCIPAIS PADRÕES DE HERANÇA Profa. Dra. Milena Flória-Santos Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública Escola de Enfermagem

Leia mais

Biologia Genética Fácil [20 Questões]

Biologia Genética Fácil [20 Questões] Biologia Genética Fácil [20 Questões] 01 - (ESCS DF) Em uma população, conhece-se a freqüência de daltônicos. Sabendo-se que nela, o número de mulheres e de homens é aproximadamente igual e conhecendo-se

Leia mais

a) Qual é o mecanismo de herança dessa doença? Justifique.

a) Qual é o mecanismo de herança dessa doença? Justifique. É sabido que indivíduos homozigotos recessivos para alelos mutados do gene codificador da enzima hexosaminidase desenvolvem uma doença conhecida como Tay-Sachs, e morrem antes do quarto ano de vida. Nos

Leia mais

Fundamentos da Genética. Professor: Anderson Marques de Souza 2016

Fundamentos da Genética. Professor: Anderson Marques de Souza 2016 Fundamentos da Genética Professor: Anderson Marques de Souza 2016 Genética: Conceitos Básicos 1º estuda a transmissão de características da célula-mãe para a célula-filha; 2º estuda as características

Leia mais

Gene tica. O que é genética? É o estudo dos genes e de sua transmissão para as futuras gerações. Genética Clássica -> Mendel(1856)

Gene tica. O que é genética? É o estudo dos genes e de sua transmissão para as futuras gerações. Genética Clássica -> Mendel(1856) Gene tica Conceitos básicos Na semente estão contidas todas as partes do corpo do homem que serão formadas. A criança que se desenvolve no útero da mãe tem as raízes da barba e do cabelo que nascerão um

Leia mais

QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015

QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015 QUESTÕES DE GENÉTICA - PROFESSORA: THAÍS ALVES 30/05/2015 01. Em situações problemas relacionadas à genética mendeliana, um dos cálculos probabilísticos utilizados é a aplicação da denominada regra da

Leia mais

FUVEST a Fase - Biologia - 05/01/2000

FUVEST a Fase - Biologia - 05/01/2000 Q.01 a) Apesar de o predatismo ser descrito como uma interação positiva para o predador e negativa para a presa, pode-se afirmar que os predadores têm um efeito positivo sobre a população de presas. Explique

Leia mais

A Prevenção do retardo mental na Síndrome do X Frágil

A Prevenção do retardo mental na Síndrome do X Frágil LOGO A Prevenção do retardo mental na Síndrome do X Frágil Renata Ríspoli Gatti, Msc. Laboratório de Genética Humana Classificação > 200 CGG ~55 200 CGG Afetados Pré mutação 40 ~55 CGG Zona Gray 6 - ~40

Leia mais

BIOLOGIA Módulo 1 12º CTec GRUPO I

BIOLOGIA Módulo 1 12º CTec GRUPO I A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o S é r g i o V. N. G a i a E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 A N T Ó N I O S É R G I O BIOLOGIA Módulo 2º CTec CURSO CIENTÍFICO-HUMANÍSTICO DE CIÊNCIAS

Leia mais

Cap. 1: Genética A ciência da hereditariedade. Equipe de Biologia

Cap. 1: Genética A ciência da hereditariedade. Equipe de Biologia Cap. 1: Genética A ciência da hereditariedade Equipe de Biologia Por que a Mônica é baixinha, dentuça e gorducha? Disponível em: . Acesso em: 04 Fev. 2012 Obrigatoriamente,

Leia mais

a) do DNAmt, transmitido ao longo da linhagem materna, pois, em cada célula humana, há várias cópias dessa molécula.

a) do DNAmt, transmitido ao longo da linhagem materna, pois, em cada célula humana, há várias cópias dessa molécula. 01 - (ENEM) Uma vítima de acidente de carro foi encontrada carbonizada devido a uma explosão. Indícios, como certos adereços de metal usados pela vítima, sugerem que a mesma seja filha de um determinado

Leia mais

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Recuperação do 4 Bimestre Biologia 1º ano Conteúdo: Tipagem sanguínea - sistema ABO e Rh: alelos múltiplos do sistema ABO, sistema Rh (fator Rh) Genética pós-mendel:

Leia mais

RR (vermelha) x Rr (púrpura) R RR RR r Rr Rr. 50% RR- raiz vermelha 50% Rr - raiz púrpura. profª. Isabel Lopes 1

RR (vermelha) x Rr (púrpura) R RR RR r Rr Rr. 50% RR- raiz vermelha 50% Rr - raiz púrpura. profª. Isabel Lopes 1 ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO Proposta de correção 2º Teste Sumativo DISCIPLINA DE BIOLOGIA 12ºano Turmas A e B TEMA: Património genético dezembro de 2012 1. b) só ocorre quando em dose dupla.

Leia mais

2 vertical: 5 letras, plural. 1 vertical: 11 letras

2 vertical: 5 letras, plural. 1 vertical: 11 letras 1 vertical: 11 letras São organismos originados da alteração molecular do DNA. 2 vertical: 5 letras, plural Fatores que condicionam as características genéticas de um organismo, sendo um proveniente do

Leia mais

é um tipo de gráfico que representa a herança genética de determinada característica dos indivíduos representados...

é um tipo de gráfico que representa a herança genética de determinada característica dos indivíduos representados... é um tipo de gráfico que representa a herança genética de determinada característica dos indivíduos representados... EXEMPLO DE UM HEREDOGRAMA Herança Autossômica Dominante Critérios da Herança Autossômica

Leia mais

BIOLOGIA QUESTÕES DE GENÉTICA

BIOLOGIA QUESTÕES DE GENÉTICA QUESTÕES DE GENÉTICA 01. (Fac. Objetivo-SP) Em camundongos o genótipo aa é cinza; Aa é amarelo e AA morre no início do desenvolvimento embrionário. Que descendência se espera do cruzamento entre um macho

Leia mais

A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o A l v e s A m o r i m

A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o A l v e s A m o r i m A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o A l v e s A m o r i m L o u r o s a CIÊNCIAS NATURAIS 9º ano FICHA DE AVALIAÇÃO Ano Letivo 2011/2012 Classificação: Professora: Enc. Educação: Nome:

Leia mais

HERANÇA MULTIFATORIAL

HERANÇA MULTIFATORIAL HERANÇA MULTIFATORIAL Resulta de uma combinação de PEQUENAS VARIAÇÕES nos genes que juntas podem produzir ou predispor a um grave defeito, em geral EM CONJUNTO COM FATORES AMBIENTAIS. Tendem a recorrer

Leia mais

APROFUNDAMENTO DE GENÉTICA TIO DARCYZÃO AGUIA PATO BRANCO-BELTRÃO-CASCAVEL

APROFUNDAMENTO DE GENÉTICA TIO DARCYZÃO AGUIA PATO BRANCO-BELTRÃO-CASCAVEL APROFUNDAMENTO DE GENÉTICA TIO DARCYZÃO AGUIA PATO BRANCO-BELTRÃO-CASCAVEL 01. Em abelhas, a cor dos olhos é condicionada por uma série de alelos múltiplos, constituída por cinco alelos, com as seguintes

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE GENÉTICA E EVOLUÇÃO. BG280 Lista de exercícios 1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE GENÉTICA E EVOLUÇÃO. BG280 Lista de exercícios 1 UNERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE GENÉTICA E EVOLUÇÃO BG280 Lista de exercícios 1 1 - Seguem quatro heredogramas humanos. Os símbolos pretos representam o fenótipo anormal

Leia mais

Núcleo celular: O centro de comando. Unidade 4 Pág 34

Núcleo celular: O centro de comando. Unidade 4 Pág 34 Núcleo celular: O centro de comando. Unidade 4 Pág 34 NÚCLEO O núcleo é o centro de coordenação das atividades da célula. Em geral há um núcleo por célula; células sem núcleo são apenas uma fase da vida;

Leia mais

Interações não alélicas e Herança ligada, influenciada e limitada pelo sexo

Interações não alélicas e Herança ligada, influenciada e limitada pelo sexo AU03 Interações não alélicas e Herança ligada, influenciada e limitada pelo sexo Caroline Cardozo Gasparin Doutoranda PPG-GEN carolinegasparin@gmail.com INTERAÇÃO NÃO ALÉLICA g1 g2 g3 e1 e2 e3 PRECURSOR

Leia mais

Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros

Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros Genética Clássica 1. Conceito: É a ciência voltada para o estudo da hereditariedade, bem como da estrutura e função dos genes. Características Fundamentais

Leia mais

. a d iza r to u a ia p ó C II

. a d iza r to u a ia p ó C II II Sugestões de avaliação Ciências 8 o ano Unidade 3 5 Unidade 3 Nome: Data: 1. As bactérias não têm núcleo nem DNA. Você concorda com essa afirmação? Justifique. 2. Uma mulher de 40 anos de idade está

Leia mais

Cadernos de. Informação. Científica. Ano 8 nº 12 2013. Síndrome do X Frágil

Cadernos de. Informação. Científica. Ano 8 nº 12 2013. Síndrome do X Frágil Cadernos de Informação Científica Ano 8 nº 12 2013 Síndrome do X Frágil C a d e r n o s d e I n f o r m a ç ã o C i e n t í f i c a definição e causas A síndrome do X frágil (SXF), também conhecida como

Leia mais

Genética Conceitos Básicos. Professor Fláudio

Genética Conceitos Básicos. Professor Fláudio Genética Conceitos Básicos Professor Fláudio O que é genética? É o estudo dos genes e de sua transmissão para as gerações futuras. É dividida em: - Genética Clássica Mendel (1856 1865) - Genética Moderna

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO 2º Teste Sumativo DISCIPLINA DE BIOLOGIA 12ºano Turmas A e B TEMA: Hereditariedade 10 de dezembro de 2012 90 minutos Nome: Nº Classificação: valores A professora:

Leia mais

Cromossomos sexuais e suas anomalias

Cromossomos sexuais e suas anomalias Cromossomos sexuais e suas anomalias Síndrome de Turner ou Monossomia do cromossomo X A Síndrome de Turner, descrita na década de 40, é característica do sexo feminino e ocorre numa proporção de 1:2500

Leia mais

Genealogias, Heredogramas ou Árvores Genealógicas pg.25

Genealogias, Heredogramas ou Árvores Genealógicas pg.25 Genealogias, Heredogramas ou Árvores Genealógicas pg.25 Genealogias ou Heredogramas São esquemas que apresentam, com uma série de símbolos, os indivíduos de uma família. Os símbolos indicam: o grau de

Leia mais

A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o A l v e s A m o r i m

A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o A l v e s A m o r i m A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o A l v e s A m o r i m L o u r o s a CIÊNCIAS NATURAIS 9º ano FICHA DE AVALIAÇÃO Ano Letivo 2011/2012 Classificação: Professora: Enc. Educação: Nome:

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO DISCIPLINA DE BIOLOGIA 3º Teste de Avaliação (V1) 12ºano Turma A e B TEMA: Manipulação da Fertilidade e Património Genético Nome: Nº Classificação:, valores A professora:

Leia mais

Biologia. Rubens Oda e Alexandre Bandeira (Hélio Fresta) Genética

Biologia. Rubens Oda e Alexandre Bandeira (Hélio Fresta) Genética Genética Genética 1. (Unesp) Dois casais, Rocha e Silva, têm, cada um deles, quatro filhos. Quando consideramos os tipos sanguíneos do sistema ABO, os filhos do casal Rocha possuem tipos diferentes entre

Leia mais

NOÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO OU

NOÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO OU NOÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO OU SISTEMA LOCOMOTOR OBJETIVOS Identificar as estruturas e funções dos ossos do sistema locomotor; Analisar a importância deste sistema para processo de movimentação e locomoção;

Leia mais

NÚCLEO E DIVISÃO CELULAR 18/07/2014 1

NÚCLEO E DIVISÃO CELULAR 18/07/2014 1 NÚCLEO E DIVISÃO CELULAR 18/07/2014 1 DEFINIÇÕES CROMATINA: É o DNA desespiralizado, desenrolado. CROMOSSOMOS: estrutura formada pelo DNA completamente compactado pelas proteínas histonas e por um grande

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Biológicas Departamento de Genética BG403 - GENÉTICA ANIMAL. Lista de Exercícios

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Biológicas Departamento de Genética BG403 - GENÉTICA ANIMAL. Lista de Exercícios UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Biológicas Departamento de Genética Profa Angelica Boldt BG403 - GENÉTICA ANIMAL Lista de Exercícios T7 GENÉTICA DE POPULAÇÕES 1) As propriedades genéticas

Leia mais

Inteligência: Padrão de Herança Multifatorial. Herdabilidade : ~70% em adultos

Inteligência: Padrão de Herança Multifatorial. Herdabilidade : ~70% em adultos Inteligência: Padrão de Herança Multifatorial Herdabilidade : ~70% em adultos QI (Inteligência): Padrão de Herança multifatorial quantitativa QI QI Herança Multifatorial Identificação variantes associadas

Leia mais

geração para outra, sendo considerado o pai da genética até os dias de hoje. Fonte: Ciências da natureza e suas tecnologias Biologia 1. Adaptado.

geração para outra, sendo considerado o pai da genética até os dias de hoje. Fonte: Ciências da natureza e suas tecnologias Biologia 1. Adaptado. Atividade extra Questão 1 Um monge britânico dedicou grande parte de sua vida ao estudo da transmissão de características de uma geração para outra, sendo considerado o pai da genética até os dias de hoje.

Leia mais

Biologia Genética Médio [20 Questões]

Biologia Genética Médio [20 Questões] Biologia Genética Médio [20 Questões] 01 - (ESCS DF) Em uma transfusão direta de sangue entre dois indivíduos, uma pessoa com sangue do tipo AB, Rh + recebe sangue do tipo B, Rh. Espera-se que, nessa transfusão,

Leia mais

a) autossômica dominante. b) autossômica recessiva. c) ligada ao X dominante. d) ligada ao X recessiva. e) autossômica codominante.

a) autossômica dominante. b) autossômica recessiva. c) ligada ao X dominante. d) ligada ao X recessiva. e) autossômica codominante. O trabalho de Mendel não encontrou, em sua época, um único cientista que o compreendesse a ponto de nele descobrir uma das maiores obras de toda a ciência. Parece certo que o ambiente científico não estava

Leia mais

03. (U. Alfenas-MG) Analise o heredograma abaixo e assinale a alternativa correta.

03. (U. Alfenas-MG) Analise o heredograma abaixo e assinale a alternativa correta. PRIMEIRA LEI DA GENÉTICA 01. (UFPE) Renato (III.1), cuja avó materna e avô paterno eram albinos, preocupado com a possibilidade de transmitir o alelo para o albinismo a seus filhos, deseja saber qual a

Leia mais

Casacos de lã, sapatos de couro e cintos de algodão guardados por algum tempo em armários podem ficar mofados, pois os fungos necessitam de

Casacos de lã, sapatos de couro e cintos de algodão guardados por algum tempo em armários podem ficar mofados, pois os fungos necessitam de PROVA DE BIOLOGIA QUESTÃO 0 Pretende-se realizar uma pesquisa sobre as possíveis causas de ocorrência de malária na população humana que habita a Região Metropolitana de Belo Horizonte manancial Rio Manso/COPASA,

Leia mais

Noções de Genética: COLÉGIO DIOCESANO SERIDOENSE CURSINHO PRÉ-ENEM PROFESSORA: MSc MONYKE LUCENA

Noções de Genética: COLÉGIO DIOCESANO SERIDOENSE CURSINHO PRÉ-ENEM PROFESSORA: MSc MONYKE LUCENA Noções de Genética: COLÉGIO DIOCESANO SERIDOENSE CURSINHO PRÉ-ENEM PROFESSORA: MSc MONYKE LUCENA Noções de Genética: Genética: É o estudo da hereditariedade. Hereditariedade: fenômeno que explica as semelhanças

Leia mais

Professora Leonilda Brandão da Silva

Professora Leonilda Brandão da Silva COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Pág. 86 Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: leonildabrandaosilva@gmail.com http://professoraleonilda.wordpress.com/ 4 OUTROS TIPOS DE HERANÇA

Leia mais

3. Regras de Probabilidade pág. 23

3. Regras de Probabilidade pág. 23 3. Regras de Probabilidade pág. 23 PROBLEMATIZAÇÃO O que significa probabilidade? Qual a probabilidade de que no lançamento de uma moeda a face CARA esteja voltada para cima? Qual a probabilidade de que

Leia mais

Teoria cromossômica da herança e genes ligados ao sexo. Herança a ligada ao sexo. Prof. Victor Martin Quintana Flores

Teoria cromossômica da herança e genes ligados ao sexo. Herança a ligada ao sexo. Prof. Victor Martin Quintana Flores Teoria cromossômica da herança e genes ligados ao sexo Herança a ligada ao sexo Genética BásicaB Prof. Victor Martin Quintana Flores 1 Nesta aula veremos como a transmissão de cromossomos está relacionada

Leia mais

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MANOEL GUEDES Escola Técnica Dr. Gualter Nunes Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MANOEL GUEDES Escola Técnica Dr. Gualter Nunes Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem Síndrome de Down Definição: Um atraso no desenvolvimento, das funções motoras do corpo e das funções mentais, o bebê é pouco ativo e molinho o que se denomina hipotonia. A hipotonia diminui com o tempo,

Leia mais

O SISTEMA GENÉTICO E AS LEIS DE MENDEL

O SISTEMA GENÉTICO E AS LEIS DE MENDEL O SISTEMA GENÉTICO E AS LEIS DE MENDEL Profa. Dra. Juliana Garcia de Oliveira Disciplina: Biologia Celular e Molecular Curso: Enfermagem, Nutrição e TO Conceitos Básicos Conceitos Básicos Conceitos Básicos

Leia mais

Genética. Gregor Mendel (1866)

Genética. Gregor Mendel (1866) Genética Gregor Mendel (1866) Fundamentos da genética moderna Experimentos com Pisum sativum Sucesso dos resultados deveu-se ao controle dos cruzamentos, reprodução rápida, características contrastantes

Leia mais

Aula 2: Genética da Transmissão I

Aula 2: Genética da Transmissão I LGN215 - Genética Geral Aula 2: Genética da Transmissão I Antonio Augusto Franco Garcia Maria Marta Pastina Primeiro semestre de 2011 Piracicaba SP Conceitos Essenciais A existência de genes pode ser deduzida

Leia mais

QUESTÕES OBJETIVAS. Questão 1: Uma forma simples para identificar se uma característica é determinada por um gene autossômico recessivo é:

QUESTÕES OBJETIVAS. Questão 1: Uma forma simples para identificar se uma característica é determinada por um gene autossômico recessivo é: QUESTÕES OBJETIVAS Questão 1: Uma forma simples para identificar se uma característica é determinada por um gene autossômico recessivo é: a) observar se a característica aparece somente em machos. b) observar

Leia mais

DISTROFIAS DISTROFIA MUSCULA R DO TIPO DUCHENNE (DMD)

DISTROFIAS DISTROFIA MUSCULA R DO TIPO DUCHENNE (DMD) Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira DISTROFIAS As Distrofias Musculares Progressivas (DMPs) englobam um grupo de doenças genéticas, que

Leia mais

Genética II: Ligação e a Teoria Cromossômica

Genética II: Ligação e a Teoria Cromossômica Genética II: Ligação e a Teoria Cromossômica Um indivíduo possui duas cópias de cada partícula de herança (gene). Essas duas cópias são separadas durante a formação dos gametas e juntam-se novamente quando

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 41 MONO-HIBRIDISMO

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 41 MONO-HIBRIDISMO BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 41 MONO-HIBRIDISMO GRUPO SANGUÍNEO Antígenos Genótipo M M L M L M N N L N L N MN M e N L M L N Relação de dominância Dominância completa 1ª LEI RG na descendência de um híbrido

Leia mais

Extensões da Análise Mendeliana. Explicações moleculares

Extensões da Análise Mendeliana. Explicações moleculares Extensões da Análise Mendeliana Explicações moleculares Tipos de interações Tipo Descrição 1. Herança Mendeliana Simples Termo reservado para descrever situações em que os alelos seguem estritamente os

Leia mais

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende

Leia mais

CRUZAMENTO-TESTE e RETROCRUZAMENTO pg.20

CRUZAMENTO-TESTE e RETROCRUZAMENTO pg.20 CRUZAMENTO-TESTE e RETROCRUZAMENTO pg.20 Como descobrir se é VV ou Vv? Para descobrir se um indivíduo portador de um caráter dominante é homozigoto ou heterozigoto, basta cruzá-lo com um indivíduo recessivo

Leia mais

Herança multifatorial

Herança multifatorial Introdução Herança multifatorial Conceito Fundamentos básicos da herança multifatorial Modelo básico Distribuição normal sino 1 Exemplos de características multifatoriais O modelo de limiar Normais Altura

Leia mais

Profa Dra Cláudia Ferreira da Rosa Sobreira Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

Profa Dra Cláudia Ferreira da Rosa Sobreira Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto DOENÇAS MUSCULARES Profa Dra Cláudia Ferreira da Rosa Sobreira Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo DOENÇAS MUSCULARES

Leia mais

Revisão para Prova 2017

Revisão para Prova 2017 Revisão para Prova 2017 Confira questões resolvidas sobre a 1ª Lei de Mendel: 1) (UFMG) - Representação esquemática do núcleo de uma célula em meiose. A segregação dos alelos, descoberta por Mendel, ocorre

Leia mais

Artrite Idiopática Juvenil

Artrite Idiopática Juvenil www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite Idiopática Juvenil Versão de 2016 2. DIFERENTES TIPOS DE AIJ 2.1 Existem tipos diferentes da doença? Existem várias formas de AIJ. Distinguem-se principalmente

Leia mais

Segregação Monogênica: 1 a Lei de Mendel. Profa. Vanessa Kava

Segregação Monogênica: 1 a Lei de Mendel. Profa. Vanessa Kava Segregação Monogênica: 1 a Lei de Mendel Profa. Vanessa Kava 1a Lei de Mendel VOCÊ JÁ SABE QUE Os cromossomos situam-se no núcleo das células 1 cromossomo 1 molécula de DNA 1molécula de DNA vários genes

Leia mais

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende

Leia mais

HERANÇA MONOGÊNICA. 1ª Lei de Mendel. Interações Alélicas

HERANÇA MONOGÊNICA. 1ª Lei de Mendel. Interações Alélicas HERANÇA MONOGÊNICA 1ª Lei de Mendel Interações Alélicas Introdução à Genética Mendeliana Conceito de gene (mas não o termo) => foi proposto pela 1ª vez por Gregor Mendel em 1865. Até então, a noção que

Leia mais

Genética III: Genética Humana

Genética III: Genética Humana Página 1 de 5 Genética III: Genética Humana 1. Genética Humana Genealogias são usadas para mostrar a hereditariedade das doenças genéticas humanas. Uma genealogia em que é possível traçar o padrão de hereditariedade

Leia mais

Antes de Mim. Genética(fazer nascer) Qual a Especificidade do Ser humano?

Antes de Mim. Genética(fazer nascer) Qual a Especificidade do Ser humano? Psicologia B Antes de Mim Genética(fazer nascer) Qual a Especificidade do Ser humano? Nós e os outros Como se explicam as caraterísticas dos diferentes seres vivos? Porque razão os seres da mesma espécie

Leia mais

Transmissão das características hereditárias

Transmissão das características hereditárias Transmissão das características hereditárias Conceito de Linha pura Indivíduos que cruzados entre si, originam sempre descendentes iguais entre si e iguais ao progenitor, para o carater considerado. A

Leia mais

LGN GENÉTICA. Aula 2 - Genética da Transmissão I. Antonio Augusto Franco Garcia Filipe Inácio Matias Marianella F. Quezada Macchiavello

LGN GENÉTICA. Aula 2 - Genética da Transmissão I. Antonio Augusto Franco Garcia Filipe Inácio Matias Marianella F. Quezada Macchiavello LGN 215 - GENÉTICA Aula 2 - Genética da Transmissão I Antonio Augusto Franco Garcia Filipe Inácio Matias Marianella F. Quezada Macchiavello Departamento de Genética Escola Superior de Agricultura Luiz

Leia mais

Heredograma - exercícios

Heredograma - exercícios Heredograma - exercícios Apostila IV Unidade 11 1. Analise o heredograma e assinale a alternativa correta: b) Qual a probabilidade de o indivíduo 5 ser homozigoto recessivo? c) Qual a probabilidade de

Leia mais

Extensão da herança Mendeliana

Extensão da herança Mendeliana Extensão da herança Mendeliana Genética Básica Licenciatura em Biologia Victor Martin Quintana Flores Diferentes Tipos de padrões de herança mendeliana Mendeliana simples Herança: Este padrão é comumente

Leia mais

GENÉTICA CLÍNICO-LABORATORIAL

GENÉTICA CLÍNICO-LABORATORIAL GENÉTICA CLÍNICO-LABORATORIAL Aula 3 Licenciatura em Ciências Biomédicas Laboratoriais 2016/17 1º Semestre Sumário Análise de pedigrees 1. Herança monogénica recessiva 2. Herança monogénica dominante 3.

Leia mais

Entendendo a herança genética. Capítulo 5 CSA 2015

Entendendo a herança genética. Capítulo 5 CSA 2015 Entendendo a herança genética Capítulo 5 CSA 2015 Como explicar as semelhanças entre gerações diferentes? Pai e filha Avó e neta Pai e filho Avó, mãe e filha Histórico Acreditava na produção, por todas

Leia mais

3) Usando seus conhecimentos de probabilidade, Mendel chegou às seguintes conclusões, com exceção de uma delas. Indique-a:

3) Usando seus conhecimentos de probabilidade, Mendel chegou às seguintes conclusões, com exceção de uma delas. Indique-a: LISTA REVISÃO BIOLOGIA DIVISÃO CELULAR E GENÉTICA 1) Em urtigas o caráter denteado das folhas domina o caráter liso. Numa experiência de polinização cruzada, foi obtido o seguinte resultado: 89 denteadas

Leia mais

GENÉTICA Profº Júlio César Arrué dos Santos

GENÉTICA Profº Júlio César Arrué dos Santos FONTE: www.klickeducacao.com.br GENÉTICA Profº Júlio César Arrué dos Santos História Mentor Gregor Mendel (1822 a 1884); Formação Matemática e Ciências Naturais; Pesquisa Variabilidade genética de plantas

Leia mais

2ª série LISTA: Ensino Médio. Aluno(a): Professor(a): BRUNO RAMELLO DIA: MÊS: 06. Segmento temático: Turma: A ( ) / B ( )

2ª série LISTA: Ensino Médio. Aluno(a): Professor(a): BRUNO RAMELLO DIA: MÊS: 06. Segmento temático: Turma: A ( ) / B ( ) LISTA: 09 2ª série Ensino Médio Professor(a): BRUNO RAMELLO Turma: A ( ) / B ( ) Aluno(a): Segmento temático: 01 - (USP/2015) Localizado no cromossomo Y, o gene SRY é responsável pela síntese de um fator

Leia mais

Primeira Lei de Mendel e Heredogramas

Primeira Lei de Mendel e Heredogramas Primeira Lei de Mendel e Heredogramas Primeira Lei de Mendel e Heredogramas 1. O heredograma refere-se a uma característica controlada por um único par de genes (A e a). Assim, em relação a esta característica,

Leia mais

GOIÂNIA, / / PROFESSOR: Mário Neto. DISCIPLINA: Ciências da Natureza SÉRIE: 3º. ALUNO(a):

GOIÂNIA, / / PROFESSOR: Mário Neto. DISCIPLINA: Ciências da Natureza SÉRIE: 3º. ALUNO(a): GOIÂNIA, / / 2016 PROFESSOR: Mário Neto DISCIPLINA: Ciências da Natureza SÉRIE: 3º ALUNO(a): NOTA: No Anhanguera você é + Enem 1) Em urtigas o caráter denteado das folhas domina o caráter liso. Numa experiência

Leia mais

QUESTÕES SOBRE MEIOSE/MITOSE

QUESTÕES SOBRE MEIOSE/MITOSE 1) Durante a meiose, o pareamento dos cromossomos homólogos é importante porque garante: (A) a separação dos cromossomos não homólogos. (B) a duplicação do DNA, indispensável a esse processo. (C) a formação

Leia mais