Centro de Ciências Agrárias Dom Pedrito Curso de Zootecnia. Forrageiras II. Irrigação
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- Ana Laura Henriques Dinis
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1 Centro de Ciências Agrárias Dom Pedrito Curso de Zootecnia Forrageiras II Irrigação Prof. José Acélio Fontoura Júnior
2 Irrigação é uma técnica utilizada na agricultura que tem por objetivo o fornecimento controlado de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência das culturas. Complementa a precipitação natural, e em certos casos, enriquece o solo com a deposição de elementos fertilizantes.
3 QUAL O PRINCIPAL PROBLEMA DA IRRIGAÇÃO? CUSTO Relação custo/benefício Viabilidade econômica
4 Métodos Resposta produtiva Viabilidade econômica
5 Método de irrigação é a forma pela qual a água pode ser aplicada às culturas. Os principais métodos são os seguintes: Escorrimento - a partir de canais, onde a água escorre, sendo o seu excesso recolhido por uma vala coletora; Submersão - utilizado em terrenos planos; Infiltração - Utilizando sulcos abertos entre as fileiras de plantas; Aspersão - A água cai no terreno de forma semelhante à chuva.
6 Cada método tem um ou mais sistemas associados, portanto a escolha do mais adequado depende de diversos fatores, tais como: a topografia (declividade do terreno), o tipo de solo (taxa de infiltração), a cultura (sensibilidade da cultura ao molhamento) o clima (frequência e quantidade de precipitações, temperatura e efeitos do vento). Além disso, a vazão e o volume total de água disponível durante o ciclo da cultura devem ser analisados.
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9 VANTAGENS Baixo custo???? Economia de água, energia e mão de obra Facilidade de instalação Possibilidade de irrigar culturas diferentes
10 DESVANTAGENS Remoção na superfície de herbicidas Distribuição da água é prejudicada pelos ventos
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25 Sistemas de irrigação Gotejamento Aspersão convencional Microaspersão Pivô central Canhão hidráulico Sulco Subirrigação
26 Gotejamento Nesse sistema, a água é levada sob pressão por tubos, até ser aplicada ao solo através de emissores diretamente sobre a zona da raiz da planta, em alta frequência e baixa intensidade. Possui uma eficiência na ordem de 90%. Tem no entanto um elevado custo de implantação. É utilizado majoritariamente em culturas perenes e em fruticultura, embora também seja usado por produtores de hortaliças e flores, em especial pela reduzida necessidade de água, comparado aos demais sistemas de irrigação. Pode ser instalado à superfície ou enterrado, embora esta decisão deva ser tomada analisando-se criteriosamente a cultura a ser irrigada.
27 Aspersão convencional Nos métodos de aspersão, são lançados jatos de água ao ar que caem sobre a cultura na forma de chuva. Existem sistemas inteiramente móveis, com a mudança de todos os seus componentes até os totalmente automatizados (fixos). No método convencional, a linha principal é fixa e as laterais são móveis.
28 Aspersão convencional Requer menor investimento de capital, mas exige mão-de-obra intensa, devido às mudanças da tubulação. Uma alternativa extremamente interessante que tem sido utilizada pelos agricultores irrigantes é uma modificação na aspersão convencional, a chamada aspersão em malha, onde as linhas principais, de derivação e laterais ficam fixas, sendo móveis somente os aspersores. Esse tipo de sistema tem sido bastante utilizado no Brasil principalmente para a irrigação de pastagem, cana-de-açúcar e café.
29 Microaspersão A microaspersão possui uma eficiência maior que a aspersão convencional (90%), sendo muito utilizada para a irrigação de culturas perenes. Também é considerada irrigação localizada, porém, a vazão dos emissores (chamados microaspersores) é maior que a dos gotejadores.
30 Pivô central O sistema consiste basicamente de uma tubulação (ou tubagem) metálica onde são instalados os aspersores. A tubulação que recebe a água de um dispositivo central sob pressão, chamado de ponto do pivô, se apóia em torres metálicas triangulares, montadas sobre rodas, geralmente com pneu. As torres movem-se continuamente acionadas por dispositivos elétricos ou hidráulicos, descrevendo movimentos concêntricos ao redor do ponto do pivô. O movimento da última torre inicia uma reação de avanço em cadeia de forma progressiva para o centro.
31 Pivô central Em geral, os pivôs são instalados para irrigar áreas de 50 a 130 ha, sendo o custo por área mais baixo à medida em que o equipamento aumenta de tamanho. Para otimizar o uso do equipamento, é conveniente além da aplicação de água, aproveitar a estrutura hidráulica para a aplicação de fertilizantes, inseticidas e fungicidas.
32 Canhão hidráulico Em geral, o aspersor de grande porte (denominado canhão) é manobrado manualmente. Por aplicar água a grandes distâncias, a eficiência do canhão é prejudicada pelo vento, sendo a sua indicação vetada para regiões com alta incidência de ventos. É geralmente utilizado em lavouras de cana-de-açúcar, para irrigação e distribuição de dejetos.
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34 Sulco Usa o método de irrigação por superfície. A distribuição da água se dá por gravidade através da superfície do solo. Tem menor custo fixo e operacional, e consome menos energia que os métodos por aspersão. É o método ideal para cultivos em fileiras. Deve ser feito em áreas planas. Exige investimento em mão-de-obra. Possui baixa eficiência, em torno de 30 a 40% no máximo. Atualmente, devido a escassez de água no mundo e problemas ambientais, inclusive para a irrigação, esse método tem recebido várias críticas devido a baixa eficiência conseguida.
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36 Subirrigação O lençol freático é mantido a certa profundidade, capaz de permitir um fluxo de água adequado à zona radicular da planta. É comumente associado a um sistema de drenagem subsuperficial. Em condições satisfatórias, pode ser o método de menor custo.
37 Modelo esquemático de diversos sistemas de irrigação por aspersão utilizados no Brasil.
38 nteshtml/bovinocorte/bovinocorteregiaosude ste/irrigacao.htm
39 CONSIDERAÇÕES Irrigação de pastagens por pivô central é uma tecnologia que vem sendo crescentemente adotada pelos pecuaristas, notadamente por aqueles que já dispõem de um nível tecnológico elevado e que possuem também elevada capacidade gerencial e de investimentos, como forma de aumentar a produtividade da sua atividade
40 Atualmente 25% das vendas de equipamentos de pivô central pela Valmont Irrigation do Brasil, única fabricante de pivôs do país, são destinadas à pecuária Elevadas taxas de lotação (até 10 UA/ha) combinadas com ganhos de peso vivo na faixa de 1,0 kg/dia
41 ESTACIONALIDADE DE PRODUÇÃO Período seco (estação da seca) Período de verão Período de inverno
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43 Produção animal acompanha a curva de produção das forrageiras Temos temperatura e radiação... E não temos água Além da estacionalidade, existe ainda uma má distribuição das chuvas
44 A variação sazonal do crescimento das plantas forrageiras é uma característica quase universal. Poucos são os lugares do mundo onde as condições climáticas permitem elevado crescimento das plantas durante todo o ano
45 A irrigação deve ser aplicada em áreas onde já se utilizam outros avanços tecnológicos (genética, sanidade animal, inseminação artificial, adubação, etc.), Muitos produtores têm baseado a escolha do sistema de irrigação apenas no preço do equipamento... Custo de operação (mão-de-obra e energia) e o tipo de manejo de água
46 Se a planta forrageira não se desenvolve devido a limitações de temperatura ou de fotoperíodo, a irrigação não surtirá efeito. Todavia, se a limitação é a disponibilidade de água, a irrigação aumentará substancialmente a produtividade.
47 A disponibilidade hídrica é importante, porém não é o principal fator limitante da produção de forragem durante o período de inverno na região Centro-Sul do Brasil, e sim outros dois fatores. Temperatura e luminosidade
48 Temperatura para crescimento das forrageiras
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50 A irrigação não resolve todo o problema da estacionalidade. Porém, a irrigação colabora para encurtar o período de estacionalidade. Rassini (2004) realizou um estudo sobre a produção das seis espécies forrageiras mais utilizadas em pastagens no Brasil e concluiu que o uso de irrigação reduziu o período de estacionalidade de 150 dias para 65 a 70 dias, dependendo da espécie considerada.
51 A irrigação de pastagens é utilizada há muito tempo em outros países, tais como Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, África do Sul, Cuba, Colômbia, Venezuela e Argentina. Produtores australianos já utilizavam a irrigação de pastagens desde 1900.
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53 Análise econômica para recria de bovinos de corte, em pastagem irrigada por pivô central, em diferentes regiões do Brasil
54 Simulação de lucro por área (R$/ha ano) em relação à região, lotação e atividade.
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