Organizações Promotoras de Saúde. Escola Promotora de Saúde: Um Conceito a ser Implantado e Implementado Utilizando o Sociodrama

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1 Organizações Promotoras de Saúde Andréa Claudia de Souza Escola Promotora de Saúde: Um Conceito a ser Implantado e Implementado Utilizando o Sociodrama Andréa Claudia De Souza A autora discute o conceito Escola Promotora de Saúde, e os desafios para implantação e implementação nas escolas brasileiras. O conceito foi utilizado pela primeira vez em 1946 por Sigerist (BUSS, 2003, p. 33), e já vinha sendo discutido anteriormente na Alemanha em um modelo conhecido como sistema Frank, e que é visto como precursor da saúde escolar (FIGUEIREDO, MACHADO e ABREU, 2008). Sua discussão continua por décadas, sem ainda conseguir seus objetivos. Na documentação brasileira contamos com o conceito que estrutura o pensar educacional, desde a própria constituição de 1988 que responsabiliza também a escola no controle da saúde e da doença. Nos documentos da secretaria de Educação o conceito vem de 2002, sendo que o primeiro projeto surgiu em 2000, na cidade de Embu com o pediatra Dr. Harada. Desde então os projetos ampliaram-se nas diversas cidades brasileiras, ampliando a proposta de multidisciplinaridade e interdisciplinaridade, mas com dificuldades para a transdisciplinaridade. Em sua dissertação de mestrado a autora levantou em três escolas, os projetos realizados e as dificuldades encontradas pelos profissionais (SOUZA, 2008), e, no atual projeto para doutorado investiga o uso da metodologia Sociodramática para implantação e implementação do conceito em uma das escolas particulares investigada. Parte do principio que a Socionomia como pesquisa participante e/ou pesquisa ação, investiga as relações e os adoecimentos das relações que impedem o fluir dos projetos, e

2 o alcance dos objetivos da transdisciplinaridade. Trata-se de uma escola de Escola de Ensino Fundamental I, II e Ensino Médio, de São Caetano do Sul, cidade de São Paulo, com uma média de 450 alunos, 60 professores e 25 funcionários. Dentre as técnicas utilizadas estão: Questionário simples sobre a EPS; levantamento dos projetos em andamento, dificuldades e conquistas do último ano utilizando o Sociodrama Mapeando o cotidiano (DRUMMOND e SOUZA, 2008); discussões sobre o conceito EPS usando o Sociodrama Sócio-Educacional; intervenções nos diversos setores levantados após o diagnóstico inicial; e o mesmo Sociodrama utilizado para o início da pesquisa como diagnóstico organizacional será utilizado como avaliação final do projeto. Palavras-Chave: Escola Promotora de Saúde; Educação; Saúde; Promoção de Saúde; Sociodrama; Socionomia Empresa Promotora de Saúde: Aspectos Teóricos Unindo Antropologia da Saúde Teoria dos Papéis, e Sociodinâmica Joceli Drummond Gonçalves A autora discute alguns aspectos teóricos da Antropologia da saúde e sua possível contribuição na sociodinâmica das organizações. Está pautado nos alicerces teóricos da Antropologia da Saúde, Teoria dos Papéis, e Sociodinâmica. Busca refletir as relações nas organizações e o debate atual sobre a saúde, vinculada ao modo de vida de um individuo ou grupo, ao seu universo social e cultural, em uma perspectiva que aborda tanto a saúde como a doença. Lévy-Leboyer (1994) escreve que o trabalho de fato situa o indivíduo na sociedade, sendo através das experiências da vida ativa que são construídas a identidade e a personalidade de cada um. Assim, a princípio, o trabalho em si deveria ser uma fonte de saúde para o homem, no entanto, não é isto que acontece.

3 Dowbor alerta para o fato de que atualmente existe todo um sistema que se devota a transformar nossas vidas numa corrida insana pelo chamado sucesso ; e Chanlat, reforça essa tese ao considerar as organizações... como um lugar propício ao sofrimento, à violência física e psicológica, ao tédio e mesmo ao desespero não apenas nos escalões inferiores, mas também nos níveis intermediário e superior (Vasconcelos 2004). Podemos considerar as empresas com uma capacidade morfogênica de comportamentos, experiências de vida as mais diversas e que interagem entre si construindo uma cultura própria para aquele espaço de convivência que, por vezes, toma a maior parte do dia neste local, com estas relações. Maturana (1998) aponta que as pessoas são educadas, desde a tenra idade, para alcançarem resultados e é isto, o que se torna importante para as relações. A orientação educacional privilegia o raciocínio competitivo e as relações bilaterais, não a contribuição grupal e as relações interpessoais, não aceitando o outro em suas crenças e maneira de ver o mundo circundante. A antropologia da saúde permite a compreensão não somente dos atos relacionais, mas de toda a sociabilidade dentro de uma organização. A motivação do homem no trabalho, os significados dele para a vida, a dialética, o ir e vir das intersubjetividades com os pares, chefes e colaboradores, a interação na cultura própria e no mundo circundante. Os múltiplos papéis e a sua função profissional, suas reorganizações internas e externas diante dos estímulos profissionais dá forma a sociodinâmica dos papéis. A antropologia expande o olhar da teoria organizacional, e promove uma discussão na interface econômica, administrativa, social e relacional, todos fazendo e refazendo a cultura vigente. Palavras-Chave: Empresa Promotora De Saúde; Antropologia Da Saúde; Promoção De Saúde; Organizacional; Teoria Dos Papéis; Sociodinâmica

4 A Responsabilidade das Instituições Tradicionalmente Ligadas à Saúde na Promoção de Saúde: Revisitando as Práticas das Atividades Educativas em Saúde Shênia Soraya Soares Louzada A autora discute a responsabilidade na promoção de saúde das instituições tradicionalmente ligadas a essa esfera das políticas públicas, revisitando a proposta das Atividades Educativas em Saúde no âmbito das Unidades de Saúde (US) municipais, organismos integrantes da rede de atenção básica do Sistema Único de Saúde / SUS, no Brasil. Desde as últimas décadas do século XXI, um novo conceito de saúde vem sendo difundido pela Organização Mundial de Saúde / OMS, e incorporado pelo Ministério da Saúde / MS, em sua agenda nacional. Partidários desse conceito, Estados e Municípios vêm sendo convocados a desenvolver suas responsabilidades de atenção à saúde populacional considerando a ampliação da definição desse termo, bem como as diretrizes básicas que regulamentam o SUS, a saber: a integralidade, a universalidade e a equidade das ações. Partindo da compreensão de que a saúde é um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade (WHO, MAS, MHP, 98.) e ainda, considerando a proposta da Escola Promotora de Saúde no que tange à co-responsabilidade da escola como promotora de saúde, a autora discorre sobre a importância da atuação em parceria das US e das escolas municipais e estaduais, no que concerne à promoção da saúde. Tendo atuado como coordenadora municipal de saúde mental da Prefeitura de Domingos Martins, região serrana do Estado do Espírito Santo/ES, e como integrante de comissões regionais, estaduais e nacionais de saúde, a autora propõe uma reflexão sobre o tema A responsabilidade das instituições tradicionalmente ligadas à saúde na promoção de saúde: revisitando as práticas das Atividades Educativas em Saúde com o objetivo de fomentar o debate sobre a relevância das ações desenvolvidas em parceria pelas Secretaria de Saúde e Educação,bem como outros setores da sociedade civil.

5 Palavras-Chave: Promoção de Saúde; Unidades de Saúde; Escola Promotora de Saúde; Atividades Educativas em Saúde; Co-Responsabilidade; Políticas Públicas