Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1244 MEDICINA VETERINÁRIA TRANSFUSÃO SANGUÍNEA EM CÃES E GATOS BLOOD TRANSFUSION IN DOGS AND CATS

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1 MEDICINA VETERINÁRIA TRANSFUSÃO SANGUÍNEA EM CÃES E GATOS BLOOD TRANSFUSION IN DOGS AND CATS KARINA COSTA DE ALENCAR RUTH VERSIANI DE OLIVEIRA DIOGO RAMOS LEAL Resumo A hemoterapia ou transfusão sanguínea é um importante recurso terapêutico bastante utilizado hoje em dia nas clínicas de pequenos animais. Contudo a transfusão sanguínea não deixa de ser apenas uma terapia emergencial, em que os benefícios são temporários visando auxiliar no bem-estar do animal até que a doença principal seja diagnosticada e tratada. A transfusão de sangue total ou de papa de hemácias é usada principalmente em portadores de anemias, para aumentar o número de hemácias e restabelecer a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue. Plasma fresco congelado ou sangue total fresco podem ser utilizados nas deficiências dos fatores de coagulação que resultam em hemorragias. O plasma congelado pode ser usado como tratamento em pacientes com hipoproteinemia ou hipoglobulinemia. Esse trabalho visa revisar as indicações de uso do sangue total e de seus componentes, as formas de separação e conservação do sangue e os cuidados a serem tomados durante a doação e transfusão. Palavras-Chave: canino; felino; hemocomponentes; hemoterapia; tipagem sanguínea; transfusão Abstract Hemotherapy or blood transfusion is an important therapeutic resource widely used nowadays in small animal clinics. However, blood transfusion is no more than an emergency therapy, where the benefits are temporary to assist in the welfare of the animal until the main disease is diagnosed and treated. The transfusion of whole blood or red blood cell packed is used mainly in anemia patients, to increase the number of red blood cells and to restore the oxygen transport capacity through the blood. Fresh frozen plasma or fresh whole blood may be used in the deficiencies of coagulation factors that result in bleeding. Frozen plasma can be used as a treatment in patients with hypoproteinemia or hypoglobulinemia. This work aims to review the indications of the use of whole blood and its components, the forms of separation and conservation of blood and the care to be taken during donation and transfusion. Keywords: blood components; blood typing; canine; feline; hemoterapy; transfusion INTRODUÇÃO No Brasil, a profissão médico-veterinária está passando por uma transformação significativa visando cada vez mais atender à crescente valorização do bem-estar dos animais (BROOM & MOLENTO, 2004). Bem-estar animal como ciência é uma novidade, uma vez que se pode atribuir a esta área acadêmica cerca de três décadas de existência. Percebe-se na atuação do médico veterinário clínico de pequenos animais a oportunidade de exercer a profissão priorizando o paciente. Desta forma, o clínico de pequenos animais trabalha claramente promovendo bemestar animal (MOLENTO, 2007). Também os proprietários estão cada vez mais preocupados e exigentes com o bem-estar dos seus animais, não medem esforços para oferecer o melhor. Diante desse crescimento de exigências, a medicina veterinária precisou se adequar a este cenário criando mecanismos, equipamentos e procedimentos cada vez mais sofisticados para acompanhar esta evolução, aproveitando até mesmo conhecimentos da medicina humana para a medicina veterinária (KRISTENSEN & FELDMAN, 1997). A terapia com o uso de hemocomponentes oferece aos animais criticamente enfermos o aumento na capacidade de transporte de oxigênio, melhora na hemostasia, corrige a hipoproteinemia e hipovolemia, além de reposição de imunidade passiva em neonatos que não receberam colostro (KRISTENSEN & FELDMAN, 1997). As primeiras transfusões de sangue foram realizadas em animais no século XVII por Richard Lowoer, em Oxford, no ano de Dois anos mais tarde, Jean Baptiste Denis, médico de Luiz XIV, professor de filosofia e matemática na cidade de Montipellier, através de um tubo de Prata, infundiu um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava pelas ruas da cidade, o paciente faleceu após a terceira transfusão. Na época, as transfusões eram heterológas e Denis defendia sua prática argumentando que o sangue de animais estaria menos contaminado de vícios e paixões. No final do século XIX, problemas com a coagulação do sangue e reações adversas continuavam a desafiar os cientistas. A primeira transfusão precedida da realização de provas de compatibilidade foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber, porém este procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial ( ) (GINGERICH, 1986 apud ROCHA et al, 2009). Após quatro décadas da descoberta do sistema ABO, um outro fato revolucionou a prática da medicina transfusional, a identificação do fator Rh (VAALA, 1990 apud ROCHA et al, 2009). No século XX, o progresso das transfusões foi firmado através do descobrimento dos grupos sanguíneos; do fator Rh; do emprego científico dos anticoagulantes; aperfeiçoamento sucessivo da aparelhagem de coleta e de aplicação de sangue, e, do conhecimento mais rigoroso das indicações e contraindicações do uso do sangue (HOSGOOD, 1990 apud ROCHA et al, 2009). O início da moderna medicina transfusional veterinária ocorreu na década de 50, quando a existência de equipamentos apropriados tornou Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1244

2 praticáveis as transfusões, e nos últimos anos, tem ocorrido interesse cada vez mais intenso na pesquisa, e também nos aspectos clínicos da medicina transfusional veterinária. Foram estabelecidos pequenos bancos de sangue para pequenos animais (tanto comerciais quanto sem fins lucrativos), e também foi fundada a Associação para a Medicina Transfusional Veterinária (KRISTENSEN; FELDMAN, 1997). Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo reunir informações, através de revisão bibliográfica, sobre transfusão sanguínea em pequenos animais para auxiliar médicos veterinários e estudantes na obtenção de informações básicas sobre o tema e na condução de procedimentos de transfusão sanguínea. Transfusão A transfusão sanguínea, também chamada hemoterapia, é uma forma de transplante autóloga, na qual se realiza transferência do sangue total ou dos produtos sanguíneos de um indivíduo doador para um receptor, visando a corrigir, temporariamente, uma deficiência ou disfunção (BAETA; et al, 2015). Transfusão é definida como uma terapia intravenosa com sangue total ou hemocomponentes. Indica-se a terapia transfusional para várias circunstâncias clínicas, incluindo anemia, hemorragia, coagulopatia, pancreatite e hipoproteinemia (GOMES, 2008). SISTEMAS DE COLETA DE SANGUE O sangue é coletado em bolsas de sangue convencionais contendo soluções anticoagulantes e preservativas, acopladas a uma agulha para punção (ABRAMS OGG & SCHNEIDER, 2010 apud MARTINS, 2011). As soluções anticoagulantes-preservadoras e soluções aditivas são utilizadas para a conservação dos produtos sanguíneos, pois impedem a coagulação e mantêm a viabilidade das células do sangue durante o armazenamento. A depender da composição das soluções anticoagulantes-preservadoras, a data de validade para a preservação do sangue total e concentrados de hemácias pode variar. O sangue total coletado em solução CPDA-1 (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e adenina) tem validade de 35 dias a partir da coleta e de 21 dias quando coletado em ACD (ácido cítrico, citrato de sódio, dextrose), CPD (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose) e CP2D (citrato, fosfato e dextrosedextrose) (BRASIL, 2010). As soluções aditivas são utilizadas para aumentar a sobrevida e a possibilidade de armazenamento das hemácias por até 42 dias em 4 ± 2 C. Um exemplo de solução aditiva é o SAG- M composto por soro fisiológico, adenina, glicose e manitol (BRASIL, 2010). As bolsas de coleta convencionais estão disponíveis em diversos tamanhos, com capacidade total de 150 a 500ml, sendo a proporção sangue: solução preservativa de 10:1 e 7:1, aproximadamente em cães e gatos, respectivamente (ABRAMS OGG & SCHNEIDER, 2010 apud MARTINS, 2011). Coleta A coleta do sangue é realizada em geral pela venopunção jugular em decúbito lateral, após tricotomia e anti-sepsia local, utilizando-se o método gravitacional (GOMES, 2008). Deve-se palpar a veia e realizar a assepsia do local. Durante a doação, o animal deve ser monitorado constantemente para verificar seu bem-estar. A observação do comportamento do doador durante a coleta deve ser monitorado continuamente e qualquer alteração percebida, a doação deve ser interrompida (LACERDA, 2008). A bolsa de sangue deve ser frequentemente e cuidadosamente homogeneizada durante a doação para evitar a formação de coágulos e possibilitar a continuidade do procedimento. Segundo GOMES (2008) o tempo de coleta varia entre 5 e 10 minutos. Já LACERDA (2008) cita que a doação dura em torno de 3 a 10 minutos com vácuo e 5 a 15 sem vácuo em cães, e aproximadamente de 3 a 5 minutos sem a utilização de vácuo em felinos. A hipotensão é um problema frequentemente observado em gatos, portanto deve-se ter mais cuidado durante a coleta de sangue nesta espécie (LACERDA, 2008). Sistema Aberto e Fechado de Coleta para Cães Aberto Os sistemas abertos permitem que o sangue seja exposto ao ar ou a elementos externos em algum ponto durante a coleta, o processamento ou o armazenamento. Isso exige que o hemoderivado seja utilizado em até 4 horas após a coleta, se armazenado à temperatura ambiente, ou em até 24 horas, se armazenado entre 1 e 6ºC (FELDMAN & SINK, 2007). No sistema aberto frequentemente são utilizados dois anticoagulantes, a heparina e o citrato de sódio (FELDMAN & SINK, 2007). Fechado O sistema fechado não permite que o sangue seja exposto ao ar ou a elementos externos durante a coleta, o processamento ou o armazenamento. Os sistemas fechados possuem agulhas e bolsas satélites integralmente incorporadas ao sistema (FELDMAN & SINK, 2007). O uso do sistema fechado proporciona um maior prazo de validade, que depende do tipo de anticoagulante-conservante-aditivo utilizado (FELDMAN & SINK, 2007). Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1245

3 Sistema Aberto e Fechado de Coleta para Gatos O volume de sangue que pode ser retirado de um doador felino é consideravelmente menor do que o de sua contraparte canina. Uma típica doação felina é de aproximadamente 50mL, o que torna as seringas de 60mL um dispositivo popular para coletar sangue de gatos. Uma vez que esse sistema é aberto, o sangue armazenado entre 1 e 6ºC deve ser utilizado em até 24 horas após coleta (FELDMAN & SINK, 2007). Os sistemas para coletar sangue canino não são apropriados para coletar sangue felino, já que o volume de anticoagulante utilizado na bolsa de coleta para cães é planejado para uma coleta de 450mL. A agulha de coleta (calibre 16G) está integralmente incorporada ao sistema é demasiadamente grande para a veia jugular felina. Por isso as bolsas para coletar sangue canino não são utilizadas para gatos (FELDMAN & SINK, 2007). Procedimentos para coleta Alguns cuidados devem ser tomados durante o procedimento, como procurar fazer a coleta quando o animal estiver em jejum de 12 horas para evitar a formação de rouleaux que pode complicar o teste de compatibilidade e pode ainda causar ativação plaquetária. Realizar pressão no local da venopunção após a doação durante 2 a 5 minutos para acelerar o processo de coagulação, observar o animal após a doação por 15 a 30 minutos (fraqueza, mucosas pálidas, pulso fraco e outros sinais de hipotensão), realizar soroterapia, se necessária, com solução salina ou soluções cristalóides similares para reposição do volume doado, dividindo as doses para não causar hemodiluição imediata. Procurar fazer com que o animal receba ração industrializada e água após a doação e recomendar ao proprietário que evite exercícios físicos intensos com o animal por alguns dias (LACERDA, 2008). Sala de coleta A sala de coleta deve ser um lugar exclusivo para esse fim, que seja calmo, silencioso e livre da passagem de outras pessoas. O piso não deve ser liso, principalmente no caso de coleta de sangue de cães. A mesa deve ser firme, sem desníveis e de tamanho adequado tanto para posicionar os animais em decúbito lateral quanto em decúbito esternal. É importante também que seja controlado o acesso de pessoas à sala a fim de se evitar interrupções durante o procedimento (LUCAS et al., 2004 apud MARTINS, 2011). Equipamentos e materiais para coleta Todos os materiais necessários para coleta ( Tabela 1) devem ser separados previamente para facilitar o processo e evitar interrupções. Os materiais necessários variam de acordo com o produto a ser processado e com a espécie do doador (LUCAS et al., 2004 apud MARTINS, 2011). O sangue é colhido em bolsas de sangue convencionais contendo soluções anticoagulantes e preservativas, acopladas a uma agulha para punção. A coleta deve ser feita com agulha de grosso calibre, conectada a um equipo e ao frasco coletor ou bolsa plástica à vácuo (BABO, 1998). As bolsas de coleta convencionais estão disponíveis em diversos tamanhos, com capacidade total de 150 a 500ml, sendo a proporção sangue: solução preservativa de 10:1 e 7:1, aproximadamente em cães e gatos, respectivamente (ABRAMS OGG & SCHNEIDER, 2010 apud MARTINS, 2011). Tabela 1 Materiais necessários para coleta de unidade de sangue total de cães ou gatos, e a respectiva função de cada item. (adaptado de MARTINS, 2011). Item Função Bolsa CPDA-1 (Cães) Sistema fechado de bolsa de coleta de sangue, com uma bolsa principal (500ml) e uma Sistema de coleta de sangue de gatos Aparelho de anestesia inalatória (gatos) Dispositivo de contenção para gatos Solução anticoagulante (gatos) ou mais bolsas satélites Estão disponíveis para compra sistemas abertos para coleta Isoflurano ou Sevoflurano, circuito sem reinalação de gases, para coleta de unidade de sangue total de gatos Recomenda-se o uso de bolsas de contenção para gatos Adicionada ao sistema de coleta de felinos, quando não possui, principalmente no caso de coleta de sangue total em sistema aberto Solução para Soluções iodadas antissepsia associadas a álcool 70% Clip de alumínio Anéis de alumínio utilizados para selar Balança digital (1000g) Atadura Pinças hemostáticas plásticas assepticamente as bolsas de sangue Estimar o momento em que a bolsa está com o volume ideal Para prevenir formação de hematomas Para fechar a bolsa antes e depois da coleta, evitando entrada de ar no sistema. Em bolsas de sangue não devem ser utilizadas Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1246

4 pinças hemostáticas de metal Tesoura comum Para cortar as bandagens Lixo comum e hospitalar Conforme o padrão de coleta de lixo de cada estabelecimento Procedimento de coleta em cães É preconizado que cães doadores de sangue não sejam sedados, mas havendo a necessidade pode ser utilizado tartarato de butorfanol (0,1-0,3mg/kg) associado ou não a acepromazina (0,01-0,03mg/kg). Quando esta associação for utilizada, devido ao efeito hipotensor da acepromazina, a fluidoterapia deve ser instituída para minimizar os riscos ao doador (HELM & KNOTTENBELT, 2010 apud MARTINS, 2011). Já para BROWN & VAP (2006) os doadores não devem ser sedados com acepromazina, pois esse medicamento interfere na função plaquetária. O local de punção deve ser tricotomizado e procedida antissepsia três vezes. O local de preferência de coleta é a veia jugular, na qual o fluxo de sangue é maior e há menor risco de formação de coágulos durante o procedimento, todavia em cães de maior porte a coleta pode ser feita por punção da veia cefálica (HELM & KNOTTENBELT, 2010 apud MARTINS, 2011). A bolsa de coleta deve ser posicionada na balança digital e realizada a tara. Antes da abertura da linha de coleta, o equipo deve ser fechado, de sete a dez centímetros após a agulha, com pinça hemostática plástica de forma que o sistema não abra e a parte interna do circuito não entre em contato com o ar ambiente (LUCAS et al., 2004 apud MARTINS, 2011). A flebotomia deve ser feita com o bisel voltado para cima, e só então a pinça hemostática pode ser removida do circuito. A coleta deve continuar até que a bolsa atinja entre 405 e 480g de peso, sendo que a homogeneização do sangue deve ser feita a cada 50 a 75 ml colhidos. Após o término da coleta o equipo deve ser novamente fechado antes que a agulha seja retirada da veia jugular. Deve-se então comprimir o local de punção e imediatamente envolver o pescoço do animal com atadura de compressão leve, por 30 minutos, a fim de minimizar o risco de formação de hematoma no local de punção (LUCAS et al., 2004; HELM & KNOTTENBELT, 2010 apud MARTINS, 2011). O tempo ideal de coleta é entre três e dez minutos. (HELM & KNOTTENBELT, 2010 apud MARTINS, 2011). O circuito de coleta deve ser então fechado definitivamente com seladora própria para banco de sangue. O equipo de coleta possui um número de identificação, que também está presente na bolsa, e é importante que ao menos um número seja mantido no equipo para manter a correlação com a bolsa. A identificação da bolsa deve conter os dados do doador, data e hora da coleta e a quantidade de sangue total colhido (peso em gramas) (LUCAS et al., 2004 apud MARTINS, 2011). Após o término da coleta todos os dados da coleta devem ser devidamente registrados, incluindo os dados do exame físico antes da coleta, valores de hematócrito e proteínas totais, bem como quaisquer problemas ocorridos durante o procedimento (LUCAS et al., 2004 apud MARTINS, 2011). Procedimento de coleta em gatos Diferentemente dos cães, os gatos devem ser sedados para doar sangue, visto que qualquer movimento durante a coleta pode inutilizar o produto final (LUCAS et al., 2004 apud MARTINS, 2011), assim sedação com associação de cetamina e midazolam, ou outro protocolo que não cause hipotensão, pode ser utilizado para contenção (HELM & KNOTTENBELT, 2010 apud MARTINS, 2011). A dose necessária de sedativos, bem como a escolha do protocolo varia entre os estudos, com relatos sobre a coleta com a associação de cetamina, na dose 5-6mg/Kg, associada ao midazolam, na dose 0,1mg/Kg (WEIGART et al., 2004) ou anestesia geral com indução e manutenção anestésica com sevofluorano (TROYER et al., 2005 apud MARTINS, 2011). Em gatos o local de punção para coleta de sangue deve ser a veia jugular porque nas veias periféricas o fluxo sanguíneo é muito baixo. Assim como nos cães, a região de flebotomia deve ser tricotomizada e feita antissepsia. A colocação de acolchoamento sob o pescoço dos gatos pode melhorar a exposição e visualização da veia jugular (HELM & KNOTTENBELT, 2010 apud MARTINS, 2011). O sangue total de gatos não pode ser colhido em bolsas de coleta de sangue convencionais, pois o volume de sangue colhido é menor, bem como o fluxo de sangue durante a coleta (HELM & KNOTTENBELT, 2010 apud MARTINS, 2011). O Penn Animal Blood Bank, banco de sangue da Universidade da Pensilvânia, desenvolveu um sistema fechado de coleta de sangue para gatos, que permite o fracionamento do sangue em papa de hemácias e plasma fresco congelado, bem como seu armazenamento (GIGER, 2009 apud MARTINS, 2011). Sistemas fechados de coleta de sangue para felinos não estão comercialmente disponíveis no Brasil, sendo assim a coleta é feita em um sistema aberto, e por isso o armazenamento não deve ultrapassar 24h devido ao risco de contaminação bacteriana (LUCAS et al., 2004; GIGER, 2009; HELM & KNOTTENBELT, 2010 apud MARTINS, 2011). Para felinos, o sistema de coleta de sangue mais empregado é o aberto, no qual o sangue é utilizado em até 24h após a coleta, não podendo ser estocado. Para o sistema aberto, são utilizadas 3 seringas de 20 ml, cada uma Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1247

5 contendo 3ml de anticoagulante (citrato fosfato dextrose) retirados de uma bolsa de transfusão humana. Deve-se retirar os pelos da região da jugular utilizando máquina de tosa com lâmina 40, onde será realizada antissepsia cirúrgica (clorexidine degermante seguida de álcool 70%). O doador é colocado em decúbito esternal e sua cabeça tracionada para cima, afim de facilitar a punção jugular, realizada com um escalpe 19 21G acoplado à uma torneira de 3 vias. O ideal é que o sangue contido nas seringas seja repassado para uma bolsa de transferência de sangue (sem anticoagulante CPDA) pois essa será conectada com equipo par transfusão com filtro, o que impede a passagem de coágulos (MAZZOTTI, 2016). Diferentemente dos cães, os gatos são mais sensíveis à doação de sangue. Após a doação é preconizada a reposição volêmica, contudo há variação quanto a solução, a dose e a via de administração utilizada. (HELM & KNOTTENBELT 2010 apud MARTINS, 2011) recomendam a administração de 90mL de solução fisiológica pela via subcutânea imediatamente antes do início da doação de sangue, e mais 60-90mL durante 15 a 20 minutos pela via intravenosa, começando quando aproximadamente metade do volume total de sangue já foi doado. (WEINGART et al., 2004 apud MARTINS, 2011) utilizaram Ringer Lactato para reposição volêmica na dose de 20mL/Kg, aproximadamente, pela via subcutânea ou intravenosa quando os animais apresentavam sinais clínicos de hipovolemia. Após o término da coleta, a identificação tanto da bolsa de sangue colhida quanto do doador deve ser feita da mesma forma que nos cães, além disso quaisquer problemas durante a coleta devem ser registrados também (LUCAS et al., 2004 apud MARTINS, 2011). ANTICOAGULANTES-CONSERVANTES E SOLUÇÕES ADITIVAS Um anticoagulante deve prevenir a coagulação da unidade de sangue, mantendo assim a unidade fluida, de modo que possa ser transfundida. Também deve assegurar que a unidade de sangue mantenha a sua integridade, de maneira que o hemoderivado proporcione o melhor benefício ao paciente (FELDMAN & SINK, 2007). Os dispositivos modernos de coleta de sangue utilizam uma solução líquida que contém anticoagulante e conservantes (Anexo 1) O anticoagulante é o citrato; os conservantes são soluções de fosfato-dextrose. Essa combinação de anticoagulante e conservante proporciona um ambiente seguro para armazenar os hemocomponentes (FELDMAN & SINK, 2007). Já as soluções aditivas são uma combinação de substâncias químicas utilizadas para prolongar a vida das hemácias. As soluções aditivas são utilizadas em conjunto com os anticoagulantes-conservantes. O aditivo serve para aumentar a sobrevida das hemácias por um tempo maior do que o do anticoagulanteconservante utilizado isoladamente (FELDMAN & SINK, 2007). HEMOCOMPONENTES (Anexo 2) São os produtos gerados um a um nos serviços de hemoterapia, a partir do sangue total, por meio de processos físicos (centrifugação, congelamento) são denominados hemocomponentes. Existem duas formas para obtenção dos hemocomponentes. A mais comum é a coleta do sangue total. A outra forma, mais específica e de maior complexidade, é a coleta por meio de aférese. (PRADO, 2011) Sangue total Estão em desuso na maioria dos grandes centros médico-veterinários. No entanto, ainda possuem indicações, principalmente nos animais politraumatizados ou naqueles com expressiva perda de volume sanguíneo, ocasionando redução de todos os componentes sanguíneos de maneira proporcional. Nesse caso, o SFT apresenta vantagens, pois possui, além das proteínas da coagulação, plaquetas viáveis. (COSTA JUNIOR, 2015) Sangue total é o sangue colhido do doador mais o anticoagulante. O sangue total contém hemácias, fatores de coagulação, proteínas e plaquetas. O volume inicial é de 10 a 22 ml/kg dependendo em quanto deseja elevar o hematócrito do paciente (FOSSUM, 2014) O sangue total é considerado fresco até 8 horas em relação a coleta sem refrigerá-lo, ou seja, mantido em temperatura ambiente (20 a 24 o C). Contém um número máximo de plaquetas funcionais se permanecer em temperatura ambiente até 6 a 8h após a coleta. Após este período, o sangue total passa a ser chamado de estocado, mantido refrigerado (2 a 6 o C) por um período de estocagem que varia de acordo com o anticoagulante da bolsa. O sangue total refrigerado perde todas as suas características hemostáticas, sendo indicado, portanto, apenas para correção de anemia em pacientes hipovolêmicos. Em geral, o sangue total refrigerado permanece viável por um período de 35 dias quando mantido em CPDA-1 (citratofosfato-dextrose-adenina-1) que é a solução preservativa mais comum em bolsas sanguíneas disponíveis no mercado (GOMES, 2008). A administração do sangue total deve ser feita em até 4 horas para diminuir o risco de contaminação e colonização bacteriana. A velocidade de administração recomendada é de 0,25 ml/kg na primeira hora, e em seguida passar para 10 a 20 ml/kg/h em acientes normovolêmicos. Em pacientes cardiopatas ou nefropatas, o cuidado deve ser maior por conta do risco de sobrecarga circulatória, e nestes casos a velocidade de administração deve ser Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1248

6 reduzida para 2 a 4 ml/kg/h (GOMES, 2008) Papa de hemácias Consiste em hemácias e uma pequena quantidade de plasma que permanece mesmo depois de ter sido removido a maior parte. Aproximadamente 200 ml de papa de hemácias são obtidos a partir de 450mL de sangue total. Por não conter fatores de coagulação ou plaquetas, a papa de hemácias é utilizada essencialmente para tratar a anemia. A dose inicial é de 6 a 10 ml/kg (FOSSUM, 2014) Concentrado de eritrócitos (CE) A centrifugação do sangue total é o método indicado para obtenção deste produto e sua armazenagem deve ser feita sob refrigeração (1-6oC) (LACERDA, 2008). Gerando um produto com hematócrito (Ht), que varia de 65% a 80% nas bolsas CPDA-1 e 50% a 70% nas bolsas CPD/SAG-M Os dispositivos modernos de coleta de sangue utilizam uma solução líquida que contém anticoagulante e conservantes (Anexo 1). É indicado para pacientes anêmicos, especialmente os normovolêmicos ou com restrições cardiocirculatórias, como os doentes cardíacos ou hipertensos. O CE pode ser desleucocitado, processo que retira os leucócitos da bolsa, reduzindo a liberação de fatores imunomoduladores, e/ou lavados com solução salina, removendo o plasma e todas as proteínas solúveis que poderiam causar reações no receptor. Uma vez determinada a transfusão para reposição de eritrócitos, esta deve ser conduzida até que se obtenha Ht de 30% ou superior (COSTA JUNIOR, 2015). Devido à viscocidade do CE, pode ser necessário sua diluição com solução de cloreto de sódio (NaCl), pois pode haver dificuldade de passagem por cateteres menores. São indicados 10 ml de solução NaCl para cada 30 ou 40 ml de CE (COSTA JUNIOR, 2015). Hemocomponentes Plasmáticos Embora estejam livres de antígenos eritrocitários, ainda possuem proteínas plasmáticas que podem levar à reação de imunomodulaçào relacionada à transfusão (Transfusion Associated Immunomodulation TRIM) (COSTA JÚNIOR, 2015). Plasma fresco congelado (PFC) O plasma fresco congelado é obtido pela centrifugação do sangue total, e deve ser armazenado a menos 20 C em até 8 horas após a coleta para que possa preservar suas propriedades. Após centrifugar o sangue total, o plasma é transferido para uma bolsa satélite, com auxílio do extrator de plasma. Suas características permanecem viáveis por até um ano (GOMES, 2008). Comumente é usado na reposição dos fatores de coagulação, uma vez que possui todos os fatores estáveis, lábeis e o fator de von Willebrand, além de albumina e imunoglobulinas (COSTA JÚNIOR, 2015). Não é recomendada a estocagem de sangue felino (ou de outra espécie animal) que tenha sido coletado através de seringa, devido à contaminação bacteriana (LACERDA, 2008). Plasma congelado (PC) O PC é o PFC conservado há mais de um ano. (COSTA JÚNIOR, 2015). Diminuem as atividades de alguns fatores de coagulação, mas preserva albumina e imunoglobulinas (GOMES, 2008). Indicado na terapia de coagulopatias adquiridas, como envenenamento por cumarínicos e deficiência do fator VII (COSTA JÚNIOR, 2015). Crioprecipitado (CRIO) É obtido pelo descongelamento lento do plasma fresco congelado, em temperatura de 1 a 6 o C com posterior centrifugação (GOMES, 2008). É principalmente utilizado para tratar os distúrbios da coagulação correspondentes (i.e., doença de von Willebrand e hemofilia). (FOSSUM, 2014) Criopobre É o plasma residual da preparação do crio. Quando mantido a -18 o C ou a temperaturas inferiores, tem validade de um ano a partir da data original da flebotomia; contém fatores dependentes de vitamina K, albumina e globulinas. É um tratamento adequado para parvovirose canina ou intoxicação por cumarina/varfarina (FELDMAN & SINK, 2007). O plasma crioprecipitado e o plasma criopobre possuem indicações que variam de acordo com sua composição, com a concentração de alguns fatores muito superior quando comparada à do PFC ou PC. Para os fatores de coagulação, recomendam-se 8 a 12 ml/kg a cada 8 a 12 horas. Para o uso do plasma crioprecipitado ou criopobre, indica-se uma unidade (bolsa) para casa 10 kg, a cada 10 a 12 horas. Em ambos os casos, deve-se proceder até a normalização do coagulograma. Para a reposição da albumina, recomendam-se 22,5mL/kg, esperando elevação de 0,5 g/dl (COSTA JÚNIOR, 2015). Concentrado de plaquetas (CP) É indicado para reposição de plaquetas nas situações de trombocitopenias ou trombocitopatias. Embora ainda não consensual, orienta-se utilizar o CP a partir de valores inferiores a pla/uL, em pacientes cirúrgicos; em casos não cirúrgicos, a partir de valores inferiores a pla/ul. Recomenda-se uma unidade (bolsa) para casa 10kg, devendo-se monitorar a contagem plaquetária (COSTA JÚNIOR, 2015). Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1249

7 GRUPOS SANGUINEOS (Anexo 3) Caninos Os grupos de antígenos eritrocitários ou tipo sanguíneos de cães são conhecidos como sistema DEA (dog erytrocyte antigen). Os cães apresentam oito tipos sanguíneos: DEA 1.1 e 1.2 e DEA 3 a 8. (BROWN & VAP, 2006). Segundo BROWN & VAP (2006) e GOMES (2008) os tipos clinicamente importantes são DEA 1.1 e 1.2, que envolvem cerca de 60% da população canina. GOMES (2008) cita ainda que a ocorrência de anticorpos naturais, denominados aloanticorpos, desses grupos não foi identificada. Assim, as reações imunológicas são raras em uma primeira transfusão no cão. Entretanto, se uma segunda transfusão de um sangue DEA 1.1 positivo for administrada em um cão DEA 1.1 negativo, uma reação imunomediada hemolítica aguda poderá destruir todas as hemácias transfundidas em menos de 12 horas. BROWN & VAP (2006) descreve que cães com tipo sanguíneo DEA 1.1 ou DEA 1.2 são considerados pertencentes ao grupo A positivo, enquanto os que não apresentam nenhum desses tipos pertencem ao grupo A negativo. Cães não tem anticorpos naturalmente adquiridos contra os antígenos dos grupos sanguíneos; por isso teoricamente, eles só podem adquiri-los depois de receber uma transfusão ou após a gestação (NELSON & COUTO, 2015). FERREIRA (2008) relata que os cães apresentam anticorpos naturais apenas contra os antígenos DEA 3, 5 e 7. Um antígeno de grupo sanguíneo denominado Dal foi identificado baseando-se nos anticorpos produzidos em Dálmatas após transfusão sanguínea. Presumivelmente, alguns Dálmatas após transfusão não possuem esse antígeno, que se encontra presente em outras raças caninas (TIZARD, 2008). Doador Universal Nem todos os doadores são classificados como universais (KRISTENSEN & FELDMAN, 1997). FELDMAN & SINK (2007) e GOMES (2008) relatam que os doadores universais devem ser negativos para DEA 1.1, DEA 1.2 e DEA 7 (GOMES, 2008). Já TIZARD (2008) cita que o doador universal seria um animal negativo para todos os grupos DEA exceto o 4. Felinos A frequência dos grupos sanguíneos nos gatos varia de acordo com a raça e a localização geográfica (FERREIRA et al, 2008). Existem três tipos sanguíneos na população felina: A, B e AB (GOMES, 2008). O tipo A é o mais comum e estima-se que seja encontrado na maior parte (95%) de gatos domésticos de pelos curtos (DPC) e gatos domésticos de pelos longos (DPL), nos Estados Unidos (BROWN & VAP, 2006). A maioria dos gatos da raça Siameses é do tipo A. As raças felinas pelo curto britânico e exótico, Cornish Rex e Devon Rex possuel alta frequência de tipo sanguíneo, segundo estudo realizado por Ginger nos Estados Unidos. O sangue do tipo AB é raro, mas já foi descrito em gatos sem raça definida, no Abissínio, Birmanês, pelo curto britânico, Persas e outras (GOMES, 2008). Em um estudo realizado pela UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul no ano de 2007, foram selecionados, aleatoriamente, amostras de sangue de 148 gatos domésticos, sem distinção de sexo ou idade, atendidos na rotina do Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da UFRGS. A tipagem foi realizada através do teste de hemaglutinação em tubo de ensaio. No presente estudo encontrou-se uma prevalência de 94,60% de gatos tipo A, 4,73% tipo B e 0,67% gatos do tipo AB. Dos 140 gatos tipo A, 102 eram sem raça definida, 18 Persas, 1 Himalaio, 17 siameses, 1 exótico e 1 Oriental. Dentre os 7 gatos tipo B, 2 eram sem raça definida, 2 Persas e 3 Himalaios. O único gato AB encontrado no estudo era sem raça definida. Mostra que a maior parte dos gatos selecionados (atendidos no HCV- UFRGS) apresenta o tipo sanguíneo A, ainda assim a prevalência de gatos do tipo B encontrada no trabalho é mais alta do que aquelas relatadas em alguns países (GUERRA, et al. 2007). O grupo sanguíneo AB foi encontrado exclusivamente em raças onde o tipo B é observado. Ontogeneticamente, os antígenos eritrocitários se desenvolvem durante a vida intrauterina, enquanto o desenvolvimento dos anticorpos é pós-natal. Os anticorpos felinos anti- A e anti-b são de ocorrência natural. (BIGHIGNOLI, 2011). Segundo VILAR (2006) e KRISTENSEN & FELDMAN (1997) o conhecimento dos grupos sanguíneos tem tornado possível a identificação e prevenção da Isoeritrólise Neonatal Felina (IN), ou hemólise do neonato que é causada pela lise de hemácias pela ação de isoanticorpos maternos que ganharam acesso à circulação do neonato, e pode ser importante causa da síndrome do gatinho enfraquecido. KRISTENSEN & FELDMAN (1997) citam que todos os casos estudados exibiram fêmeas com sangue tipo B e com possibilidade de serem primípiras, enquanto os machos e gatinhos IN possuíam sangue do tipo A ou B. Com a ingestão de colostro contendo títulos elevados de halo-anticorpos maternos, estes gatinhos podem exibir sinais clínicos dentro de horas a dias. Grupo sanguíneo Mik Mik é um grupo de sangue em gatos, recém-descrito que tem sido identificado como causa de incompatibilidades entre doador e receptor que não estão relacionados ao grupo AB (BARFI- ELD & ADAMANTOS, 2011). Em 2005, Weinstein e colaboradores, Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1250

8 usando técnicas padrões, realizadas em tubo, e as novas provas cruzadas realizadas em coluna de gel, identificaram a presença de um aloanticorpo clinicamente relevante, formado contra um antígeno eritrocitário felino recém descoberto, denominado Mik. A incidência do antígeno Mik na população felina ainda não era conhecida, mas seu significado clinico foi estabelecido após observação de uma reação transfucional hemolítica aguda devido a transfusão de sangue mik-positivo a um paciente de transplante renal mik-negativo no Hospital Veterinário da University of Pennsylvania (BIGHIGNOLI, 2011). A importância deste grupo sanguíneo não foi investigada fora dos EUA (BARFIELD & ADAMANTOS, 2011) Doador Universal Não existe um doador universal, pois os gatos possuem anticorpos naturais (aloanticorpos) na circulação sanguínea. Gatos do tipo A possuem baixos títulos de anticorpos naturais anti-b, entretanto, gatos do tipo B tem altos títulos de anticorpos naturais anti-a. Os gatos AB não possuem aloanticorpos contra os tipos sanguíneos A ou B, por isso são considerados receptores universais (GOMES, 2008). CÁLCULO DO VOLUME DE SANGUE O objetivo da transfusão em pacientes com anemia é aumentar o hematócrito pós transfusional para 25 a 30% em cães e 15 a 20% em gatos. Em pacientes com distúrbios hemostáticos, o objetivo é controlar o sangramento (KRISTENSEN & FELDMAN, 1997). A dosagem que deve ser administrada de cada componente sanguíneo é a seguinte: Papa de hemácias: 10mL/kg para elevar o Ht em 10%; Plasma congelado, plasma fresco congelado e crioplasma: 6 a 10mL/kg, repetir duas ou três vezes por 3 a 5 dias ou até parar o sangramento., Crioprecipitado: 12 a 20mL/kg; Plasma rico em plaquetas: 5 ml/kg para aumentar a contagem plaquetária de 5000 para plaquetas/mm3. Sangue total: 20mL/kg para aumentar em 10% o Ht do receptor; Sangue total: 2,2mLl/kg (doador com Ht de 40%) para aumentar em 1% o Ht do receptor. Sangue total: 10mL/kg para oferecer de hemácias ao receptor. Sangue total: Para isso, recomenda-se o uso da fórmula, onde Ht, representa hematócrito e K, representa o volume sanguíneo médio no cão/gato em ml/kg que segundo GOMES (2008) para cães = 90 e para felinos = 70 e para ANDRADE (1997) cães = 80 e felinos = 60: Quadro 1 Cálculo utilizado para estabelecer o volume total de sangue total a ser transfundido em cães e gatos. Volume(mL) = (Ht desejado Ht paciente) x Peso(kg) x K Ht doador K (cão) = K (gato) = DOAÇÃO Triagem de doadores Um programa de doadores de sangue começa com a seleção dos cães e gatos que se encaixem num perfil já estabelecido ((LUCAS et al., 2004 apud MARTINS, 2011)). O histórico completo do doador deve ser obtido antes de cada doação, como viagens a áreas endêmicas para vetores de doenças transmissíveis, ou se os animais foram expostos a fatores de risco que possam requerer exames adicionais. Exame físico completo e detalhado, incluindo temperatura retal e presença de ectoparasitas, deve preceder cada doação, mesmo que os animais já façam parte de um programa de doação de sangue (WARDROP et al., 2005 apud MARTINS, 2011). A transfusão sanguínea, apesar de muitas vezes ser o único tratamento de algumas doenças, não pode ser considerada totalmente segura. A fim de minimizar o risco de transmissão de doenças via transfusão sanguínea, os doadores devem ser testados para determinadas doenças, variando segundo a espécie, localização geográfica dos animais e predisposição racial (REINE, 2004; WARDROP et al., 2005 apud MARTINS, 2011). Doadores terminais São animais que serão eutanasiados, ou por conta de controle animal, ou são animais de pesquisa, ou ainda animais com problemas de comportamento ou desordens médicas que não afetam a qualidade do sangue doado. A vantagem de ter doadores terminais é o grande volume de sangue que pode ser coletado, a totalidade do sangue do doador (ABRAMS-OGG, 2000 apud APICELLA, 2009). Doador canino Há um consenso entre autores que os cães doadores devem ser adultos saudáveis, com temperamento dócil e com idade ideal entre um e oito anos. Já quanto ao peso mínimo, GOMES (2008) cita que o cão deve ter 27 kg. FELDMAN & SINK (2007) relatam que o doador deve pesar pelo menos 23 kg, enquanto ANDRADE (2008) cita que o cão deve pesar mais de 28 kg. E quanto a média de doação que pode ser feita pelo cão também varia de acordo com a literatura consultada, para FELDMAN & SINK (2007) e GOMES (2008) é de 22 ml/kg de sangue a cada 21 a 28 dias nesses casos sendo recomendada a suplementação com ferro. Ainda de acordo com GO- MES (2008), cães podem doar 450 ml de sangue a cada 21 a 28 dias sem suplementação de ferro. Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1251

9 Sem suplementação de ferro o máximo de volume que um cão pode doar é de 16 a 18 ml/kg. Os cães que doam grandes volumes sanguíneos regularmente devem ser suplementados com sulfato ferroso ANDRADE (2008) sugere um intervalo menor de doação, no qual cada animal pode doar 22 ml/kg a cada 10 a 21 dias se estiverem em boas condições de saúde, vacinados, desparasitados e bem suplementados. O autor cita ainda que o mais indicado são intervalos de três a quatro meses entre as doações. Os cães podem doar cerca de 15 a 20% do volume sanguíneo. Calcula-se o volume sanguíneo estimado com a seguinte fórmula: Volume sanguíneo estimado (Litros) = 0,08 0,09 x peso (Kg); ou seja, o máximo a ser doado é 16 a 18 ml/kg. Os cães podem doar a cada 3 a 4 semanas, desde que recebam nutrição balanceada em quantidade adequada (LACERDA, 2008). Vacinação e vermifugação devem estar a- tualizadas, e os animais devem estar livres de ectoparasitas. Além do exame físico antes da doação, deve-se investigar se o cão doador está livre de possíveis doenças vinculadas pelo sangue. As doenças para as quais os cães devem ser negativos encontram-se na Tabela 1. A realização de um hemograma completo com contagem de plaquetas deve ser feita a cada doação sanguínea. O hematócrito mínimo desejado é de 40% (GOMES, 2008). Tabela 2 - Doenças das quais os cães devem ser negativos (GOMES, 2008) Babesia canis Borrelia burgdorferi Brucella canis Dirofilaria immitis Ehrlichia canis Leishmania sp 4mg/kg, intramuscular) são opções sedativas para o doador canino. A acepromazina pode ser usada na dose de 0,01 a 0,025mg/kg, intravenosa ou intramuscular, mas deve ser evitada quando o sangue é destinado a tratamento de cães trombocitopênicos ou a processamento de concentrados de plaquetas, pois diminui a função plaquetária (GOMES, 2008). Doador felino Segundo LACERDA (2008) o doador felino ideal deve ter idade entre 2 a 8 anos, aproximadamente, pesar acima de 4,5 kg (tamanho proporcional). Já Mazzotti (2016) cita que o doador deve ser adulto (entre 1 e 7 anos de idade) e pesar mais que 5kg. Lacerda (2008) diz que os machos são mais procurados por serem maiores. Antes de cada doação, o histórico do doador deve ser averiguado, o animal deve ser submetido a um exame físico e a testes de controle laboratoriais. O animal não deve estar sob qualquer tratamento, não deve ter histórico de doença grave ou contato com carrapatos ou outros hospedeiros ou vetores de doenças, não deve ter recebido transfusão sanguínea e, no caso de fêmeas, não deve estar prenhe. O gato dever ser saudável, vacinado e negativo para doenças que possam ser transmitidas pelo sangue conforme Tabela 3. Gatos que sofreram cirurgia, forma vacinados, estavam em cio ou receberam qualquer tipo de tratamento há menos de 30 dias não devem doar sangue (MAZZOTTI, 2016). Tabela 3 Doenças das quais os gatos devem ser negativos (MAZZOTTI, 2016) Candidatus Micoplasma heomominutum FeLV FIV Leishmania Micoplasma heomofelis O doador ideal deve ser um macho castrado ou uma fêmea nulípara castrada. E não apresentar histórico de transfusões sanguíneas anteriores. Com esses dois critérios serão eliminados aqueles doadores que possam ter sido expostos a grupos sanguíneos diferentes dos seus e que possam ter produzidos anticorpos que interfiram com a prova de compatibilidade sanguínea (FELDMAN & SINK, 2007). A maior parte dos cães não requer sedação ou anestesia, em alguns países, a utilização destas drogas não é permitida durante este procedimento (ABRAMS-OGG, 2000 apud APICELLA, 2009)). A sedação raramente é necessária em doadores habituados ou em cães com temperamento dócil. A doação de sangue pode promover uma ligeira queda na pressão arterial, devendo, portanto, ser evitada a utilização de drogas hipotensoras caso haja necessidade de sedação. Butorfanol (0,05 a 0,4 mg/kg, intravenoso ou intramuscular, dose máxima de 6mg) ou meperidina (3 a Segundo Lacerda, a maior parte dos gatos geralmente é sedada ou anestesiada para a doação de sangue, portanto o comportamento do doador não é tão importante neste caso, mas ainda assim um temperamento dócil facilita o trabalho. Na Escola de Veterinária de Ontário (Ontario Veterinary College), utiliza-se uma combinação de drogas (butorfanol e acepromazina intramuscular associada a quetamina e diazepam intravenoso). Já Mazzotti (2016) relata que normalmente os gatos devem ser anestesiados/sedados para ser possível a coleta do volume de sangue. A associação de cetamina e midazolan tem sido bastante utilizada, gerando hipotensão discreta. A anestesia com sevoflurano na máscara também é uma opção, porém gera maior hipotensão. O animal deve ser mantido em fluidoterapia de manutenção (1 parte de Ringer com lactato para 1 parte de Glicose 5%, calculando no volume de 3ml/kg/h) por 3 horas, iniciando no ato da sedação/anestesia. Em felinos, 15 a 20% do volume sanguíneo Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1252

10 pode ser doado e calcula-se o volume sanguíneo estimado com a seguinte fórmula: Volume sanguíneo estimado (Litros) = 0,055 0,065 x peso (kg), ou seja, o máximo a ser doado é 11 a 13 ml/ kg. Os felinos doadores podem doar a cada 2 a 3 semanas se o hematócrito estiver normal, mas nestes casos a dieta deve ser suplementada com ferro (LACERDA, 2008). O hematócrito mínimo é de 35%, embora seja desejado 40% e pelo menos 11g/dL de hemoglobina (GOMES, 2008). Os gatos podem doar um volume máximo de de 10 a 12mL/kg a cada doação num intervalo mínimo de 2 meses entre as doações (MAZZOTTI, 2016). Manejo dos animais doadores Alguns cuidados devem ser tomados durante o procedimento, como procurar fazer a coleta quando o animal estiver em jejum de 12h (a lipemia pode aumentar a formação de rouleaux complicando o teste de compatibilidade e também pode causar ativação plaquetária), realizar assepsia adequada antes do procedimento e pressão no local da punção venosa após a doação durante 2 a 5 min para acelerar o processo de coagulação, observar o animal após a doação por 15 a 30 minutos (fraqueza, mucosas pálidas, pulso fraco e outros sinais de hipotensão), realizar soroterapia, se necessária, com solução salina ou soluções cristalóides similares para reposição do volume doado, dividindo as doses para não causar hemodiluição imediata. Procurar fazer com que o animal receba ração industrializada e água após a doação e recomendar ao proprietário que evite exercícios físicos intensos com o animal por alguns dias (LACERDA, 2008). RECEPTOR A transfusão de sangue total no receptor pode ser feita (ANDRADE, 1997): Sem exame laboratorial Duas situações 1. Em emergências, quando não há tempo para fazê-lo. 2. Quando não existe a possibilidade de laboratório para fazê-lo. Regra básica para transfusão sanguínea sem exame laboratorial 20ml/kg Com exame laboratorial Existem duas regras básicas que podem ser adotadas 1. 1 a 2ml de sangue total por kg para elevar hematócrito (Ht) 1 a 2ml sangue/kg elevar Ht em 1% Canino As transfusões de sangue e plasma podem ser administradas por via intravenosa ou intraóssea. Geralmente são utilizadas as veias cefálica, safena lateral, safena medial e jugular. O sangue pode ser administrado em velocidades variáveis mas geralmente utiliza-se o cálculo habitual de 4 a 5mL/min. Animais normovolêmicos podem receber sangue na de dose de 22mL/kg/dia. Cães com insuficiência cardíaca devem receber, no máximo, 4mL/kg/h. O volume é fornecido conforme a necessidade (FORD & MAZAFERRO, 2007). Felino O sangue pode ser administrado pelas veias cefálica, safena medial ou jugular. Também é possível fazer a aplicação por via intramedular, caso não se consiga ter o acesso vascular. Um gato de 2 a 4kg pode receber de 40 a 60 ml de sangue total via intravenosa ao longo de 30 a 60min, utilizando equipamento de transfusão na velocidade de 5 a 10mL/kg/h (FORD & MAZAFERRO, 2007). O gato receptor deve estar em fluidoterapia com cristaloide NaCl0,9% (não pode ser utilizado solução de Ringer com Lactato). O sangue será fornecido pelo mesmo acesso venoso do cristaloide, podendo ser uma veia periférica, central ou intra-óssea. Para tal, conecta-se ao cateter uma torneira de 3 vias, em que uma das vias estará o equipo do fluido e na outra via será administrado o sangue. A velocidade e administração deve ser de 0,25ml/kg/h durante a primeira hora. O animal deve ser monitorado a cada 15minutos e, se não houver reações, essa velocidade pode ser aumentada de acordo com cada caso. Mesmo nos choques hemorrágicos, a velocidade não deve exceder 20ml/kg/h. A transfusão é completa em um prazo de 4 a 6 horas e o sangue deve ser mantido a temperatura ambiente ou levemente aquecido (MAZZOTTI, 2016). TESTE DE COMPATIBILIDADE Antes de administrar derivados sanguíneos, deve-se verificar os tipos sanguíneos do doador e receptor e realize um teste de reação cruzada de acordo com a disponibilidade de tempo. Antes da transfusão, deve-se realizar, no mínimo, a tipagem sanguínea (FORD & MAZZAFERRO, 2007). A tipagem sanguínea permite a identificação dos antígenos eritrocíticos do paciente. Entretanto, não detecta a presença de anticorpos entre o paciente e o potencial doador. O que é determinado pelo teste de compatibilidade (GOMES, 2008). Tipagem sanguínea Infelizmente, a tipagem sanguínea não é realizada rotineiramente no Brasil. A determinação dos grupos sanguíneos em cães e gatos é importante juntamente com o teste de compatibilidade para evitar ocorrência de reação hemolítica aguda. Os grupos sanguíneos mais importantes para a determinação da tipagem sanguínea do cão são o DEA 1.1 e 1.2 por serem os tipos sanguíneos mais relevantes no desencadeamento de uma ação hemolítica Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1253

11 aguda. Na espécie felina, a tipagem sanguínea para os três grupos é o ideal, em razão da presença de anticorpos naturais. Existem dois métodos mais comuns para a identificação dos tipos sanguíneos em cães e gatos. Há a tipagem sanguínea em cartão (DMS Laboratories) disponível apenas para DEA 1.1 no caso dos cães e para todos os tipos sanguíneos em felinos (A, B e AB). A segunda opção é aquela efetuada em vários bancos de sangue veterinário no exterior por meio da produção de um anti-soro policlonal para identificação de todos os tipos sanguíneos (GOMES, 2008). Os rápidos cartões para tipagem sanguínea in loco, ao lado do animal, para DEA 1.1 de cães e para os grupos A e B de gatos (RapidVet-H, DMS Laboratories, Fiemengton, N.J,) e um sistema a base de gel (DME VET Quick-Test DEA 1.1 e A + B, Alvedia, Limonest, França) foram validados e agora estão disponíveis comercialmente (NELSON & COUTO, 2015). Reação cruzada (teste de compatibilidade) Os testes de compatibilidade sanguínea não determinam o tipo de sangue do doador ou do receptor, mas avaliam a compatibilidade sorológica, ou seja, avaliam a existência de anticorpos anti-eritrocitários incompatíveis e que apresentem significância clínica (FORD & MAZZAFERRO, 2007). O teste de compatibilidade detecta muitas incompatibilidades, mas não garante a compatibilidade completa (NELSON & COUTO, 2015). Um teste de reação cruzada simula a resposta in vitro do receptor ao plasma e aos antígenos eritrocitários do doador. Outra vantagem é a redução do risco de sensibilização do paciente, caso sejam necessárias outras transfusões (FORD & MAZZAFERRO, 2007). As reações cruzadas principal e secundária são realizadas para ajudar a conseguir hemocomponentes de hemácias compatíveis e possivelmente minorar as reações adversas na transfusão (FELDSMAN & SINK, 1997). Reação cruzada principal é realizada para detectar anticorpos no soro do receptor que possam aglutinar ou provocar a lise dos eritrócitos do doador; De modo inverso, a reação cruzada secundária detecta anticorpos no plasma do doador dirigidos contra os eritrócitos do receptor. O procedimento da prova de reação cruzada secundária consiste em ministrar as hemácias do receptor com o plasma do doador. Após incubação apropriada, a mistura de células/plasma é centrifugada e observa-se a aglutinação. Essa prova era muito utilizada em Medicina Humana até o advento de células para triagem de anticorpos, que eliminaram a necessidade da prova de reação cruzada secundária nos protocolos de triagem de anticorpos, que eliminaram a necessidade da prova de reação cruzada secundária nos protocolos de triagem de doadores de sangue (FELDSMAN & SINK, 1997). A reação cruzada pode ser classificada como maior e menor. Na reação cruzada maior () ocorre mistura de hemácias do doador com plasma do receptor, testando se o receptor possui anticorpos contra as hemácias desse doador. Na reação cruzada menor, ocorre mistura do plasma do doador com hemácias do receptor, pesquisando uma ocorrência menos provável, ou seja, se o soro do doador contém anticorpos contra as hemácias do receptor. Este teste não avalia outras causas de reações transfusionais de hipersensibilidade imediata, inclusive leucócitos e plaquetas (FORD & MAZZAFERRO, 2007). Tabela 4 - Descrição do teste de compatibilidade maior (GOMES, 2008) Procedimento 1. Obter uma amostra de sangue com EDTA e de soro (ou plasma) do receptor e uma amostra de sangue com EDTA do doador ou da bolsa sanguínea 2. Lavagem das hemácias do receptor e do doador: colocar 0,2mL de sangue do doador e do receptor em tubos de ensaio diferentes para cada um. Acrescentar 4,8mL de solução salina (NACl a 0,9%) em cada tubo. Centrifugar em 3.400rpm durante 1min. Após a centrifugação, desprezar o sobrenadante. Repetir esse procedimento três vezes. Após a última lavagem, desprezar o sobrenadante e ressuspender as hemácias com 2mL de solução salina 3. Realizar as seguintes misturas em tubos de ensaio diferentes: Tubos 1 e 2: uma gota do soro dor receptor com uma gota do sangue do doador ressuspendido Tubos 3 e 4: controle: uma gota de soro do receptor com uma gota do sangue do receptor ressuspendido 4. Centrifugar os tubos 1 e 3 a uma rotação de 3.400rpm durante 1 minuto. Haverá a formação de um botão de sangue. Tentar dissolvê-lo com movimentos sutis. Observar a formação ou não de grumos (avaliação macroscópica). Colocar uma gota desta mistura em lâmina e lamínula para avaliação microscópica 5. Tubos 2 e 4: incubar em banho-maria a 37ºC durante 15 minutos. Repetir o procedimento do item 4 após esse período 6. Interpretação dos resultados: Avaliação macroscópica: observar a formação de grumos. A ausência de grumos indica que o teste é compatível, ou seja, o sangue do doador é compatível com o do receptor. Comparar o resultado sempre com o tubo controle. Realizar também a avaliação microscópica Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2017 / 1º 1254

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