UTILIZAÇÃO DO SISTEMA SINAPI EFEITOS NA RELAÇÃO COM A FISCALIZAÇÃO E NECESSIDADES DE APRIMORAMENTOS

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1 UTILIZAÇÃO DO SISTEMA SINAPI EFEITOS NA RELAÇÃO COM A FISCALIZAÇÃO E NECESSIDADES DE APRIMORAMENTOS 1

2 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 2. BDI ACÓRDÃO 2622/13 ÍNDICE 3. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS DE OBRAS PÚBLICAS TCU 4. RELAÇÃO COM A FISCALIZAÇÃO 5. APRIMORAMENTO DOS ORÇAMENTOS - QUE VEM OCORRENDO NO MERCADO 6. LICITAÇÕES EXEMPLIFICATIVAS 7. SINTESE 2

3 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A orçamentação de uma obra é um processo que podemos chamar de ENGENHARIA DE CUSTOS no qual o orçamentista ENGENHEIRO DE CUSTOSdeve ter pleno conhecimento de todos os parâmetros para elaborar o orçamento em especial o SISTEMA DE PREÇOS A SER UTILIZADO; A partir destes parâmetros os ENGENHEIROS DE CUSTOS devem PREPARAR a Planilha de Quantitativos e Preços Unitários; e em especial os quantitativos ali lançados devem refletir de forma fidedigna os projetos. O SISTEMA de Preços SINAPI, que é uma Referência, embora esteja implantado desde 1.969, sua utilização pelos órgãos públicos é um pouco mais recente, tendo a CAIXA lançado a publicação: SINAPI METODOLOGIA E CONCEITOS De uma maneira geral os gestores públicos e seus contratados elaboram Planilhas de Quantitativos e buscam neste SISTEMA os preços unitários para formação do orçamento básico. Ocorre que em grande parte, esses preços unitários são lançados sem um conhecimento profundo do SISTEMA SINAPI, de suas composições de preços unitários, ou mesmo sem conhecimento das especificidades dos projetos, ou até dos projetos, enfim, sem um conhecimento amplo de todos os parâmetros de orçamento. 3

4 2- BDI 2.1 DECISÕES DO TCU: O TCU publicou Acórdãos alterando os critérios, então vigentes, sobre a formação do BDI para as obras com recursos federais ACÓRDÃO 2622/13 4

5 BDI (conforme Acórdão Nº 2622/13) DISCRIMINAÇÃO DAS PARCELAS SIGLA VALOR DAS OBRAS OBS 1º Q 2º Q 3º Q (1) INCIDÊNCIA CUSTO DIRETO CD 100,00% 100,00% 100,00% ADMINISTRAÇÃO CENTRAL AC 3,00% 4,00% 5,50% (2) CD SEGURO+GARANTIA SG 0,80% 0,80% 1,00% RISCO R 0,97% 1,27% 1,27% DESPESA FINANCEIRA DF 0,59% 1,23% 1,39% LUCRO L 6,16% 7,40% 8,96% (2) CD TRIBUTOS T 11,65% 11,65% 11,65% PV ISSQN ISSQN 3,50% 3,50% 3,50% (3) CPRB CPRB 4,50% 4,50% 4,50% PIS PIS 0,65% 0,65% 0,65% COFINS COFINS 3,00% 3,00% 3,00% FÓRMULA DO BDI (LUCRO SOBRE O CUSTO) - P 1 BDI = (1 + (AC + S + G + R) x (1 + DF) x (1 + L) (1 - T) BDI(numerador) 111,88% 115,32% 119,06% BDI(denominador) 11,65% 11,65% 11,65% BDI = 26,63% 30,53% 34,76% FÓRMULA DO BDI (LUCRO SOBRE A VENDA) - P 2 BDI = (1 + (AC + S + G + R) x (1 + DF) (1 - T)*(1-L) BDI (numerador) 105,39% 107,37% 109,27% BDI (denominador) 17,81% 19,05% 20,61% BDI = 28,23% 32,64% 37,63% DIFERENÇA (P2 / P1-1) % 1,26% 1,62% 2,13% DIFERENÇA (P1 / P2-1) (deflator) % 98,76% 98,40% 97,91% 5 LUCRO DEFLACIONADO POR QUARTIL % 6,08% 7,28% 8,77%

6 APLICAÇÃO DO ACÓRDÃO 2622/2013 DO TCU NOS B.D.I. DE OBRAS PÚBLICAS ANALISE FINANCEIRA DE LUCRO LIQUIDO OBTIDO PELAS EMPRESAS OPTANTES POR LUCRO PRESUMIDO CLASSE DE FATURAMENTO CSLL IRPJ IRPJ ADICIONAL DE 10% ANUAL SEMESTRAL BASE DE CÁLCULO = 12 % SOBRE FATURAMENTO TRIMESTRAL IMPOSTO = 9 % SOBRE BASE DE CALCULO BASE DE CÁLCULO = 8 % SOBRE FATURAMENTO TRIMESTRAL IMPOSTO = 15 % SOBRE BASE DE CALCULO BASE DE CÁLCULO = (BASE DE CALCULO ANTERIOR) ,00 IMPOSTO = 10 % SOBRE NOVA BASE DE CALCULO TOTAL DOS IMPOSTOS % IMPOSTOS SOBRE FATURAME NTO LUCRO PREVISTO SOBRE CUSTO DIRETO 1º QUARTIL = 6,16 % 1º QUARTIL 2º QUARTIL = 7,40 % FATURAMENTO 2º QUARTIL 3º QUARTIL = 8,96 % LUCRO LÍQUIDO SOBRE 3º QUARTIL 6,08% 7,28% 8,77% , , , , , , , , ,00 2,840% 3,240% 4,440% 5,930% , , , , , , , , ,00 2,960% 3,120% 4,320% 5,810% , , , , , , , , ,00 3,000% 3,080% 4,280% 5,770% , , , , , , , , ,00 3,020% 3,060% 4,260% 5,750% , , , , , , , , ,00 3,032% 3,048% 4,248% 5,738% , , , , , , , , ,00 3,040% 3,040% 4,240% 5,730% , , , , , , , , ,00 3,046% 3,034% 4,234% 5,724% 6

7 2.3. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS DE OBRAS PÚBLICAS - TCU 7

8 Fig. 17 Estrutura de Discriminação Orçamentária Presente no Manual de Obras Públicas Edificações Seap 8

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10 Fig. 44 Exemplo de Composição de Custo Unitário de Administração Local 10

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12 Fig. 45 Exemplo de Composição de Custo Unitário de Canteiro de Obras 12

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14 4 RELAÇÃO FISCALIZAÇÃO / EMPRESA Inicialmente é necessário esclarecer que os preços da Planilha Básica de Licitação são LIMITES SUPERIORES e cabe aos proponentes somente o direito de ofertar descontos nesses preços. Iniciadas as obras incompatibilidade desta Planilha Básica com a realidade executiva, a empresa faltamente irá pleitear o recebimento dos serviços não previstos e os eventuais acréscimos de quantitativos. Aí se inicia o embate do que seria efetivamente serviço adicional, trazendo enormes desgastes para as partes. Pior ainda: - Necessidade de alavancar novos recursos para fazer frente a esses serviços adicionais, normalmente com recursos do próprios dos Contratantes; -Atrasos na execução das obras, comprometendo os custos de Administração Local; 14

15 - Com os atrasos nas obras, surge a figura dos reajustes contratuais, e mais uma vez, nova alocação de novos recursos próprios; Se existem problemas na orçamentação básica de licitação, que são elaborados por profissionais de Custos, imagine nas interpretações com os profissionais que estão em campo. Irão ocorrer inúmeras consultas e interpretações das mais diversas possíveis. Tal situação fatalmente irá comprometer o bom ritmo das obras. Fiscalizar e ser fiscalizado é uma arte e precisamos que esses profissionais se dediquem a sua atividade fim: EXECUTAR A OBRA COM A QUALIDADE REQUERIDA E OS PRAZOS CONTRATUAIS. 15

16 5. APRIMORAMENTO DOS ORÇAMENTOS - O QUE VEM OCORRENDO NO MERCADO: 5.1 Exigências Contidas nos Editais Em diversas licitações não estão sendo consideradas nas planilhas orçamentárias os custos dessas exigências, tais como: 5.2 Atendimento as NR s 5.3 PBQP-H 5.4 Transportes Internos, horizontais e verticais, inclusive cargas e descargas de materiais 5.5 Administração Local 16

17 6 Planilhas de Licitações 6.1 MPMG 17

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19 7. SÍNTESE Necessidade da Planilha Orçamentária refletir o mais próximo possível a realidade da obra. Ao se adotar o SISTEMA de Preços SINAPI, deve-se adotar sua itemização completa, seguindo-se seus critérios orçamentários, bem como adaptando-se os Cadernos de Encargos e Critérios de Medição nas Planilhas de Serviços. Deve-se, também, analisar as exigências contidas nos Editais de Licitação e adéqua-las nas planilhas orçamentárias. QUANTO AOS ACÓRDÃOS DO TCU: TODOS OS DEMAIS CUSTOS INERENTES À EXECUÇÃO DO CONTRATO DEVEM SER PLANILHADOS, SEJAM QUAIS FOREM, EXCETO OS CONSTANTES NO BDI. 19

20 Fontes: Encontros com o TCU, CEF, ENIC s José Soares Diniz Neto Crea /D MG Obrigado 20