EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL: PERCEPÇÃO SOCIAL DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO MOSQUITO AEDES SP.

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1 EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL: PERCEPÇÃO SOCIAL DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO MOSQUITO AEDES SP. Introdução Distribuído em todo território nacional, os mosquitos da família Aedes sp. é responsável por ser vetores de transmissão dos vírus que provocam doenças como: dengue, chikungunya e zika, sendo as principais morbidades: febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (manchas vermelhas) (BRASIL, 216). Para reverter esse quadro, as instituições vem desenvolvendo ações de conscientização na população sobre o combate desses focos (LIMA et al. (211). O ato educativo da mobilização social, por meio das informações sobre saúde ambiental, podem efetivamente produzir ou induzir mudanças de comportamento e atitude. Pois as ações de política sanitária contra os focos do mosquito Aedes sp. é representada popularmente pelo ator social Agente de Saúde, o qual basicamente indicam atitudes e práticas que devem ser adotadas e/ou evitadas para se reduzir a disposição e/ou manutenção de criadouros no ambiente doméstico. Para haver uma melhoria nas condições de vida ações concretas e práticas, em especial é preciso estimular a mudança de atitude humana e a interação com o patrimônio básico para a existência da vida e ambiente, promovendo a reflexão de que ambiente não é dado, mas está em permanente construção e transformação. Nesse sentido, o presente trabalho avaliou percepção dos alunos do Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CTUR/UFRRJ), a fim de promover sensibilização em educação e saúde ambiental sobre o mosquito Aedes sp.. Material e Métodos O estudo foi desenvolvido durante o mês de abril a setembro de 216, no CTUR/UFRRJ, localizado no município de Seropédica-RJ. O presente trabalho foi executado nas seguintes etapas: Comunicação: elaborou-se informativos para apresentar o objetivo e divulgar a temática do Projeto de educação em saúde ambiental (Figura 1), o qual foi denominado por Foco no Mosquito ;

2 Diagnóstico: Foi utilizado o questionário estruturado em 11 questões com perguntas fechadas, conforme Lüdke e André (213), onde 34 ou 39,44% dos alunos do CTUR/UFRRJ foram entrevistados (Figura 2), sendo tabuladas. Figura 1. Apresentação do Projeto.. Figura 2. Entrevista realizada no CTUR/UFRRJ. Resultados e discussão A Figura 3 demostra que 45,58% dos entrevistados possuem a faixa etária entre 17 à 21 anos, e a minoria de 1,47% possuem 22 à 26 anos. E sobre escolaridade (Figura 4), 73,82% manifestaram ter ensino médio incompleto e 2,5% não souberam/opinaram anos anos anos Médio incompleto Médio completo Superior incompleto anos 32 anos Superior Figura 3. Faixa etária dos entrevistados. Figura 4. Escolaridade dos entrevistados. Em relação ao local que residem (Figura 5), os entrevistados declararam que 52,64% moram no município do Rio de Janeiro e,88% não souberam/opinaram. Quando perguntado sobre se tinha conhecimento sobre as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes sp.? (Figura 6), os atores sociais responderam em quase totalidade que sim (93,52%), enquanto a minoria (2,5%) não souberam/opinaram.

3 Cidade do Rio Municípios do Grande Rio Outros municípios Figura 5. Local da residência dos entrevistados Sim Não Figura 6. Doenças transmitidas pelo Aedes sp. A respeito se conhecem os sintomas que as doenças que são transmitidas pelo mosquito Aedes sp.? (Figura 7) os entrevistados afirmaram que: sim em 68,52% e 7,35% não souberam/opinaram. A propósito se realizam ou ajudam com alguma atitude ou ação para prevenir os focos do mosquito Aedes sp., os atores sociais responderam positivamente em 48,82% e 8,82% não souberam/opinaram Sim Não Figura 7. Sintomas da doenças Sim Não Não sabe/não opinou Figura 8. Realiza/ajuda para evitar os focos? A Figura 9 sinaliza as informações apresentadas pelos entrevistados, onde 68,52% desconhecem (não) se há o controle dos focos dos mosquitos Aedes sp. por parte do agente de saúde municipal em sua residência e 4,41% não souberam/opinaram. Nesse caminho, parte dessa população amostrada indicaram que ficaram doentes pela transmissão da picada do mosquito Aedes sp. (45,58%), Figura Sim Não Figura 9. Controle do agente de saúde faz? Sim Não Figura 1. Suspeita/confirma ter ficado doente? Em relação a questão anterior (Figura 11), os entrevistados que responderam sim (155), acreditam que parte dos focos estão próximos a suas residências em 42,58%;

4 4,64% não souberam/opinaram; 1,96% estão no CTUR; e 5,8% estão no outro colégio que frequenta. E dentre as medidas realizadas quando doente, os atores sociais relataram (Figura 12) que procuram tratamento médico (85,16%) e 1,93% não souberam/opinaram Outro Colégio que frequenta Residência Procura médico Compra e faz tratamento em casa CTUR Fica em casa Figura 11 O(s) focos de transmissão estão? Figura 12. Quando doente a pessoa faz? E por fim, os entrevistados acreditam em 9,59% que Projeto trará benefícios a comunidade Cturiana? (Figura 13), em contrapartida 2,24% demostraram que não Sim Não Figura 13. O Projeto trará benefícios a comunidade Cturiana? O desenvolvimento inovações capazes de eliminar e/ou erradicar os focos dessas doenças constituem um dos maiores problemas de saúde no Brasil (LIMA et al., 211). Assim, a Educação em Saúde Ambiental pode ser inserida no currículo escolar no apelo do esforço de formar cidadãos conscientes e responsáveis de cuidar de um bem comum, mas que depende das ações individuais (CARVALHO, ). O êxito na tarefa ensinar-educar é preciso saber dialogar e isso exige o saber escutar, pois é escutando que aprendemos a falar com os outros (FREIRE, 1996). Conclusão Diante do trabalho realizado, os atores sociais entrevistados conhecem sobre os problemas sobre a transmissão do mosquito Aedes sp., contudo foi detectado que parte dos entrevistados que desconhecem dos sintomas e não realizam ações para controle.

5 Nesse sentido, recomenda-se campanha de sensibilização junto aos entrevistados em educação ambiental para esclarecimento e reflexão. Agradecimento À comunidade escolar pela colaboração na entrevista e à direção do CTUR/UFRRJ. Referências CARVALHO, L.M. Educação Ambiental e a formação de professores. Brasília: Ministério da Educação, 21. BRASIL, República Federativa. Rede Dengue, Zika e Chikungunya da FIOCRUZ. Disponível em: Acesso em: 16/4/216. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, LIMA, S.F.S.; MORAES, E.C.; FLORENZANO, T.G. Uso escolar do sensoriamento remoto no estudo da dengue. Revista GeoNordeste, v.21, n.1, p.93-11, 21. LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. ed. - São Paulo: EPU, p.