Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública
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- Carolina Salvado Costa
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1 Código / Área Temática Educação Indígena Código / Nome do Curso Gestão Pedagógica para a Educação Escolar Indígena Etapa de ensino a que se destina Educação Básica Intercultural Indígena Nível do Curso Especialização Rede Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública Objetivos Geral Propor debates e construção de práticas pedagógicas para a gestão da educação escolar indígena, fundamentada no pensamento crítico e na diversidade sociocultural e linguística, no sentido de produzir mudanças no modo de concepção dos processos de ensino e de aprendizagem e os modos de organizar os ambientes educacionais nas escolas indígenas. Específicos Oferecer subsídios pedagógicos e didáticos para a formulação dos projetos político-pedagógicos, dos currículos, da avaliação da aprendizagem e da gestão nas escolas indígenas. Oferecer formação para apropriação de referenciais conceituais para conhecimento e valorização dos conhecimentos indígenas. Criar condições para efetivar os direitos dos Povos Indígenas na educação básica intercultural indígena.
2 Construir propostas político-pedagógicas, fundamentadas na transdisciplinaridade, consoante com o contexto histórico, social, cultural, antropológico e ambiental em que a educação escolar está inserida. Ementa Formar professores e gestores indígenas para atender aos princípios da educação escolar indígena, no que diz respeito à organização curricular das escolas indígenas, primando pela abordagem intercultural e transdisiciplinar na elaboração do(s) Projeto(s) Político-Pedagógico(s) contextualizado(s) e de autoria indígena, contribuindo para o fortalecimento das propostas indígenas no âmbito escolar e para a consequente promoção e afirmação das identidades étnicas. Fundamentos Teóricos Metodológicos O Projeto Político-Pedagógico é o ponto de partida para a construção de uma educação escolar indígena autônoma e motivadora, capaz de atribuir perenidade ao processo de reconhecimento étnico, cultural, linguístico e social dos povos indígenas brasileiros. Tal processo deve ser embasado na valorização dos saberes indígenas e na sua forma de transmissão pela oralidade às novas gerações. Assim, a interculturalidade crítica é pensada e trabalhada como ferramenta pedagógica que questiona continuamente a subalternização, a inferiorização e seus padrões de poder, visibiliza maneiras diferentes de ser, viver e saber, e busca o desenvolvimento e criação de compreensões e condições que não só articulam e fazem dialogar as diferenças num marco de legitimidade, dignidade, igualdade, equidade e respeito, mas que alimentam a criação de modos outros de pensar, ser, estar, aprender, ensinar, sonhar e viver que cruzam fronteiras. Portanto, o curso promove, no âmbito da educação escolar indígena, instrumentos para a formalização dos saberes empíricos, levando-se em consideração as seguintes premissas: valorização das culturas e línguas maternas, uma vez que essas organizam o conhecimento dos saberes locais; valorização do bilinguismo ou multilinguismo, no caso de muitos povos indígenas, como premissa fundamental para construir o diálogo intercultural, como fundamento democrático da educação; ampliação da noção de ensino por meio de Temas Contextuais; direito de dominar a língua portuguesa como um fator de auto-estima e segurança dos indígenas na prática docente, na convivência intercultural, na aquisição de novos conhecimentos e na defesa do patrimônio indígena.
3 Título Concedido / Certificação Certificado de Especialização em Gestão Pedagógica para a Educação Escolar Indígena Metodologia A metodologia será desenvolvida de forma presencial, a partir de encontros formativos no campus da Universidade e nas comunidades indígenas. O curso terá como portais de referência, para o desenvolvimento das atividades, o Portal da Rede de Educação para a Diversidade e o Portal do Professor. O curso estará disponível em material impresso e multimídia. A metodologia do curso contemplará o desenvolvimento de um percurso individual de aprendizagem, no qual o estudante compõe a sua trajetória mediante opção pelos módulos da formação. Modalidade de Ensino O Curso será desenvolvido de forma presencial com encontros realizados no campus universitário e nas comunidades indígenas. Curso com Oferta O curso pode ser ofertado interestadualmente a critério da IFES Interestadual Carga Horária Duração mínima de 360 horas não contendo as horas para elaboração de TCC Número de 35 alunos estudantes por turma
4 Periodicidade de I Módulo e VI Módulo Monitoramento Infraestrutura Recomendada Sala de Recursos Multifuncionais Localização da Escola Localização Diferenciada da Escola Custo/Aluno estimado R$ 5,60
5 Período de Oferta do Média de 11 meses Curso Coordenação Coordenação Geral de Educação Escolar Indígena/DPECIRER/SECADI - MEC responsável no MEC ou na CAPES Organização do Curso (Módulos) Tipo Nome Modalidade Hora Descrição da Subdivisão
6 Aula (Min.) I Pedagogia da contextualização presencial 70 Interculturalidade e Bilinguismo; Educação Bilíngue e Línguas; Epistemologias Indígenas e não indígenas; Temas Contextuais Intraculturais e Interculturais. Dimensões da produção escrita, leitura, produção oral e da reflexão sociolinguística em contextos de interlocução. II Fundamentos da Educação em Escolas Indígenas e Políticas Educacionais presencial 70 Comunidade Educativa; escola intercultural; etnosconhecimentos, produção de autoria indígena e processos próprios de aprendizagem. Estudos de processos histórico e legal das políticas públicas afirmativas que atendem à educação escolar indígena. III Temas Contextuais presencial 75 Temas de interesse de estudos dos alunos. Aprofundamento dos Temas Contextuais. Ampliação da noção de ensino por meio de Temas Contextuais e fazer a transdisciplinaridade intracultural e intercultural; Transdisciplinaridade e Interdisciplinaridade diferenças e desafios frente às identidades disciplinares. IV Projetos Comunitários presencial 50 Discutir projetos comunitários de interesses das comunidades - meios de qualificação da escola no atendimento de sua comunidade. V Elaboração de Projeto presencial 70 Pesquisa e elaboração do projeto pedagógico de sua escola junto a sua comunidade, com assistência docente. Produção de Projetos Pedagógicos
7 Político-Pedagógico das escolas indígenas por povo indígena ou por comunidades. VI Avaliação presencial 25 Seminários de avaliação no final do curso e apresentações de trabalhos de conclusão. O módulo 2 é pré-requisito para os outros módulos. Os tempos presenciais deverão ocorrer durante todo o curso, como espaço de reflexão sobre os conteúdos e elaboração de projetos de pesquisa a serem desenvolvidos nas escolas. Os módulos 5 e 6 serão realizados com o objetivo de orientar os projetos de intervenção local (trabalho de final de curso) e a avaliação dos educandos. EQUIPE Categoria de Membro de Equipe Qtd. Função Mínimo Máximo Unidade de Nível de Atribuição Outros
8 Função Referência Escolaridade Requisitos Formador 1 para cada 3 turmas Prof. Conteudista 1 bolsa para cada 10h Coordenador Institucional 1 por IPES Coordenador 1 por curso Supervisor de Tutoria 1 Tutor 1 por turma Apoio Técnico e Apoio Administrativo 1 por curso 50% do corpo docente titulado como mestres ou doutores Frequência mínima dos cursistas de 75% para aprovação. Público Alvo
9 Função Exercida Professores Indígenas egressos dos Cursos de Licenciaturas Interculturais e gestores indígenas nas Secretarias de Educação. Prioritariamente, em municípios de baixo IDEB, inseridos nos Territórios Etnoeducacionais. Nível de escolaridade permitido Formação superior Área de Formação Estar exercendo a docência ou a gestão escolar. Disciplina(s) que leciona Todas as disciplinas, de acordo com o nível e modalidade de ensino. Etapa de Ensino em que leciona Educação Básica Intercultural Indígena Modalidade em que leciona Todas as modalidades Curso disponível para demanda social? Não CONTATO NO MEC OU CAPES Telefone Principal (61)
10 Telefone Adicional (61) Nome Rita Gomes do Nascimento Site Outras Informações O curso deverá aparecer no PDE Interativo. Os tutores dos cursos, preferencialmente, devem ser egressos das licenciaturas interculturais. Bibliografia ALBERT, Bruce & RAMOS, Alcida. (Org.). Pacificando o branco: Cosmologias do Contato no Norte-Amazônico. São Paulo: Ed. UNESP, BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de BRASIL. Constituição (1988). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n 9394 de dezembro de FREIRE, Paulo. O papel da educação na humanização. Rio de Janeiro: Revista Paz e Terra. Ano IV, n 09, FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. RJ: Paz e Terra, FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 13ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
11 LATOUR, Bruno. Jamais fomos Modernos. Rio de Janeiro: Editora 34, LÉVI-STRAUSS, Claude. A Cesta de Asdiwal. Em: Mito e Linguagem Social. Rio de Janeiro: Ed. Rio de Janeiro, LÉVI-STRAUSS, Claude. Do mel às cinzas (Mitológicas V. 2). São Paulo: Cosac Naify. Tradução: Beatriz Perrone-Moisés, 2004 [1967]. MIGNOLO, Walter. Os esplendores e as misérias da «ciência»: colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluri-versalidade epistêmica». In: Conhecimento prudente para uma vida decente. Porto: Afrontamento, MORIN, Edgar. A Cabeça Bem-Feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, MORIN, Edgar. Saberes Globais e Saberes Locais. O olhar transdisciplinar. Rio de Janeiro: Garamond, NASCIMENTO, André Marques. Atividades de reescrita de textos numa sala de aula intercultural. In: MENDES ROCHA, Leandro; PIMENTEL DA SILVA, Maria do Socorro; BORGES, Mônica Veloso (orgs.). Cidadania, interculturalidade e formação de docentes indígenas. Goiânia: Ed. da PUC-GO, p NASCIMENTO, André Marques. Português Intercultural: Fundamentos para a educação linguística de professores e professoras indígenas em formação superior específica numa perspectiva intercultural. Tese de Doutorado. Goiânia: FL/UFG, NASCIMENTO, André Marques. Práticas comunicativas em língua portuguesa nas escolas indígenas: considerações sobre o planejamento e a implementação da educação linguística intercultural informadas por professores e professoras indígenas. Texto inédito. 2012a. PIMENTEL DA SILVA, Maria do Socorro. Políticas linguísticas no estágio e nos projetos extraescolares. Goiânia: Editora da UFG, 2010 (Inédito). PIMENTEL DA SILVA, Maria do Socorro & BORGES, Mônica Veloso. Políticas de Educação Bilíngue Intercultural na Escola e nas Comunidades Indígenas no Brasil. CAPES - Revista Brasileira de Pós-Graduação, Edição Suplementar n 1 Educação Básica: Políticas Públicas e Diversidade Cultural, 2012.
12 Povos Indígenas no Brasil, 1996/2000. Instituto Socioambiental. São Paulo: SANTOS, Boaventura de Sousa. A Gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, WALSH, Catherine. Introducción. (Re) pensamiento crítico y (de)colonialidad. En: WALSH, Catherine (ed.). Pensamiento crítico y matriz colonial. Quito: UASB/Abya Yala WALSH, Catherine. Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, re-surgir e re-viver. In: CADAU, Vera Maria (org.). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, Videos: Índios no Brasil, Ministério da Educação, Programa TV Escola, 1998.
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