AULA 07 - CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA E CONTRA A PREVIDÊNCIA

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1 AULA 07 - CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA E CONTRA A PREVIDÊNCIA Futuros(as) Aprovados(as), sejam bem vindos!!! Hoje trataremos de temas importantíssimos. Veremos os crimes contra a previdência, contra a organização do trabalho e contra a ordem tributária (Assuntos presentes em cerca de 60% das questões da última prova para AFRFB). Ao término da aula, como sempre, muita diversão com os exercícios! Dito isto, prepare o cérebro para a sua aula de Direito Penal!!! Siga com força, adquira conhecimento e esteja mais preparado a cada tópico vencido. Bons estudos! 7.1 DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO A Constituição Federal, no capítulo dos Direitos Sociais, define diversos princípios que objetivam conferir garantias aos trabalhadores, primando pela dignidade humana. No mesmo sentido, o Código Penal, visando tutelar a liberdade do trabalho, definiu sanções para os atos que atentem contra a organização deste e estampou no título IV da Parte Especial os CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. Você perceberá que a maioria das condutas tipificadas no Código Penal está relacionada a alguma violência ou fraude, através da qual o sujeito ativo atenta contra a liberdade do trabalho, dogma constitucional. Dito isto, vamos começar a analisar cada tipo penal ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE TRABALHO Este delito está tipificado no Código Penal nos seguintes termos: Professor: Pedro Ivo 1

2 Art Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça: I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a trabalhar ou não trabalhar durante certo período ou em determinados dias: Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência; II - a abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho, ou a participar de parede (greve) ou paralisação de atividade econômica: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. O atentado contra a liberdade de trabalho nada mais é do que uma forma de constrangimento ilegal, no qual o sujeito ativo visa que a vítima tenha um dos comportamentos descritos nos incisos I e II. O tipo penal supracitado contém quatro modalidades: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria; Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a trabalhar ou a não trabalhar durante certo período ou em determinados dias; Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho; e Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a participar de paralisação de atividade econômica CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 2. SUJEITO PASSIVO: Na hipótese descrita no inciso I ^ Qualquer pessoa. No caso previsto no inciso II ^ O proprietário de estabelecimento ou mesmo a pessoa jurídica. Professor: Pedro Ivo 2

3 ELEMENTOS: CURSO ON-LINE - DIREITO PENAL - AFRFB 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Constranger ^ O constrangimento deve ser realizado mediante violência ou grave ameaça. 2. SUBJETIVO: Dolo; CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. O atentado contra a liberdade de trabalho consuma-se: Na primeira modalidade, com o EFETIVO exercício ou com a suspensão do exercício de arte, ofício, profissão ou indústria. Na segunda, com o trabalho ou suspensão deste. Na terceira, com a abertura ou fechamento do estabelecimento. Na quarta, com a paralisação da atividade econômica. 2. É admissível a tentativa. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e material ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE CONTRATO DE TRABALHO E BOICOTAGEM VIOLENTA Sobre o tema, dispõe o CP: Professor: Pedro Ivo 3

4 Art Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a celebrar contrato de trabalho, ou a não fornecer a outrem ou não adquirir de outrem matéria-prima ou produto industrial ou agrícola: Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. Na primeira parte do supra artigo, tem-se a tipificação para o atentado contra a liberdade de contrato de trabalho: "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a celebrar contrato de trabalho." Em seguida, encontra-se definida a boicotagem violenta: "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça [...] a não fornecer a outrem ou não adquirir de outrem matéria-prima ou produto industrial ou agrícola" CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 2. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Constranger ^ O constrangimento deve ser realizado mediante violência ou grave ameaça. Professor: Pedro Ivo 4

5 QUESTIONAMENTO IMPORTANTE!!! A COAÇÃO PARA QUE O INDIVÍDUO NÃO CELEBRE CONTRATO DE TRABALHO CARACTERIZA O DELITO EM QUESTÃO? A RESPOSTA É NEGATIVA!!! EM FACE DO DESCRITO NO ART. 198, A COAÇÃO PARA QUE O INDIVÍDUO NÃO CELEBRE CONTRATO DE TRABALHO É ATÍPICA, PODENDO CONFIGURAR O DELITO PREVISTO NO ART. 146 (FORA DO EDITAL). 2. SUBJETIVO: Dolo; CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. O atentado contra a liberdade de contrato de trabalho consuma-se com a celebração deste e, no caso da boicotagem, no momento em que a pessoa constrangida não fornece ou adquire os produtos. 2. É admissível a tentativa. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e material ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO A Constituição Federal, ao tratar da liberdade de associação, dispõe: Art. 8 É livre a associação profissional ou sindical [...] A fim de sancionar penalmente a afronta ao dispositivo da Carta Magna, o legislador fez constar no Código Penal: Professor: Pedro Ivo 5

6 Art Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a participar ou deixar de participar de determinado sindicato ou associação profissional: Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. OBSERVAÇÃO: PARA A SUA PROVA, NO DIREITO PENAL, A DIFERENCIAÇÃO ENTRE SINDICATO E ASSOCIAÇÃO É IRRELEVANTE CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 2. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Constranger ^ O constrangimento deve ser realizado mediante violência ou grave ameaça. 2. SUBJETIVO: Dolo; CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito no momento em que a pessoa constrangida passa ou não a fazer parte de sindicato ou associação profissional. 2. É admissível a tentativa. Professor: Pedro Ivo 6

7 QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e material PARALISAÇÃO DE TRABALHO, SEGUIDA DE VIOLÊNCIA OU PERTURBAÇÃO DA ORDEM O artigo 200 do Código Penal pune a participação em suspensão ou abandono coletivo de trabalho dos quais derive violência contra pessoa ou coisa. Observe o texto legal: Art Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra coisa: Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. Aqui temos que tratar de um importante ponto: Imagine que Tício e Caio, empregados da Ouriços S.A. resolvem se unir para paralisar o trabalho. Neste caso, estará caracterizado o abandono coletivo do trabalho? A resposta é negativa, pois o parágrafo único do artigo 200 dispõe: Parágrafo único - Para que se considere coletivo o abandono de trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, três empregados. Diferentemente, na suspensão coletiva de trabalho, que é causada pelos empregadores, exige-se somente um mínimo de duas pessoas. Professor: Pedro Ivo 7

8 É importante ressaltar que não é necessário a união de dois empregadores. Basta o de mais de uma pessoa (Ex: empregador + empregado), ainda que componentes de uma mesma pessoa jurídica empregadora. Ex: Empregador e dez empregados. Para a sua PROVA, do exposto, o que você tem que saber é o seguinte: 2. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa que sofra a violência. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Participar (de suspensão ou abandono coletivo de trabalho) 2. SUBJETIVO: Dolo; CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito com a prática da violência. 2. É admissível a tentativa. Exemplo: Juvenal (Aquele do "cara de pau, pague o tributo e seja legal" - Excesso de Exação - Aula 05), durante uma suspensão coletiva, lança uma pedra contra a janela do Auditor Fiscal que empregou meio gravoso ou vexatório, mas não atinge seu objetivo, pois o vidro era blindado. Professor: Pedro Ivo 8

9 QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e material PARALISAÇÃO DE TRABALHO DE INTERESSE COLETIVO A Constituição Federal, em seu art. 9, garante o direito de greve aos trabalhadores, determinando que: Art. 9 É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 1 - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. 2 - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Observe que o parágrafo 1 diz que uma lei deverá definir os serviços essenciais. Esta lei é a n 7.783/89 que, no seu artigo 10, dispõe: Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais: I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; II - assistência médica e hospitalar; III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; IV - funerários; V - transporte coletivo; [...] São atividades que não podem ser totalmente interrompidas, pois afetam de forma grave a sociedade. Desta forma, a fim de punir os que prejudicam a população pela paralisação de trabalho de interesse coletivo, dispõe o Código Penal: Professor: Pedro Ivo 9

10 Art Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, provocando a interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: O empregador ou os empregados. 2. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa que se sinta prejudicada. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Participar (de suspensão ou abandono coletivo de trabalho) 2. SUBJETIVO: Dolo; CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito com a interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo. 2. É admissível a tentativa. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e material INVASÃO DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL, COMERCIAL E AGRÍCOLA. SABOTAGEM Para começar, observe como trata deste delito o Código Penal: Professor: Pedro Ivo 10

11 Art Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Neste artigo, o legislador define dois crimes. São eles: 1. INVASÃO DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL, COMERCIAL OU AGRÍCOLA ^ "Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho." 2. SABOTAGEM ^ "Danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor" CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 2. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa que se sinta prejudicada. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: São elementares do tipo: Professor: Pedro Ivo 11

12 Invadir (estabelecimento industrial, comercial ou agrícola); Ocupar (estabelecimento industrial, comercial ou agrícola); Danificar (o estabelecimento industrial, comercial ou agrícola); Dispor (das coisas existentes no estabelecimento industrial, comercial ou agrícola); 2. SUBJETIVO: Dolo; Finalidade de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito no instante em que o agente invade ou ocupa estabelecimento industrial, comercial ou agrícola. Na sabotagem, consuma-se quando o sujeito ativo danifica as coisas ou no instante em que dispõe dos objetos do estabelecimento. 2. É admissível a tentativa. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e formal FRUSTRAÇÃO DE DIREITO ASSEGURADO POR LEI TRABALHISTA O legislador, visando tutelar a legislação trabalhista, fez constar no Código Penal a seguinte disposição: Professor: Pedro Ivo 12

13 Art Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho: Pena - detenção de um ano a dois anos, e multa, além da pena correspondente à violência. Atente que a frustração do direito assegurado deve ocorrer mediante VIOLÊNCIA OU FRAUDE. Seria, por exemplo, o caso do empregador que, mediante força física, obriga os empregados a assinar recibos com valores diferentes do que foi efetivamente pago. QUESTIONAMENTO MUITO IMPORTANTE!!! A VIOLÊNCIA TRATADA NO ART. 203 ABRANGE APENAS A FORÇA FÍSICA OU TAMBÉM A VIOLÊNCIA MORAL? SEGUNDO A DOUTRINA MAJORITÁRIA, ABRANGE SOMENTE A VIOLÊNCIA FÍSICA, POIS QUANDO O LEGISLADOR QUER REFERIR-SE À VIOLÊNCIA MORAL, MENCIONA-A EXPRESSAMENTE, UTILIZANDO O TERMO "GRAVE AMEAÇA" CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 2. SUJEITO PASSIVO: É o titular do direito frustrado. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Frustrar (direito assegurado pela legislação do trabalho); 2. SUBJETIVO: Dolo; CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito no instante em que o empregado não pode exercer direito assegurado pela legislação trabalhista. 2. É admissível a tentativa. Professor: Pedro Ivo 13

14 QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e material AGRAVANTE O legislador optou por agravar a pena nas situações em que, ao menos teoricamente, a vítima goza de menor poder de reação. Observe: Art. 203 [...] 2 A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental. TIPOS EQUIPARADOS Ainda no artigo 203, no parágrafo 1, o CP estendeu a pena prevista no caput a quem: 1. OBRIGA OU COAGE ALGUÉM A USAR MERCADORIAS DE DETERMINADO ESTABELECIMENTO PARA IMPOSSIBILITAR O DESLIGAMENTO DO SERVIÇO, EM VIRTUDE DE DÍVIDA. AQUI TEMOS SITUAÇÃO EM QUE O EMPREGADOR OBRIGA O TRABALHADOR A ADQUIRIR MERCADORIA DE DETERMINADO ESTABELECIMENTO, NORMAL-MENTE A ALTOS PREÇOS E A PRAZO, COM O INTUITO DE IMPOSSIBILITAR QUE ELE SE DESLIGUE DA EMPRESA. SERIA UMA FORMA DE "TRABALHO ESCRAVO", NO QUAL O TRABALHO E UTILIZADO PARA PAGAR UMA DIVIDA PROPOSITALMENTE IMPOSTA. TRATA-SE DE UM CRIME FORMAL, OU SEJA, MESMO SE O TRABALHADOR CONSEGUIR SE DESLIGAR DO SERVIÇO (EX: GANHOU NA MEGA SENA), O CRIME ESTARA CARACTERIZADO. A TENTATIVA E ADMISSÍVEL. 2. IMPEDE ALGUÉM DE SE DESLIGAR DE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA, MEDIANTE COAÇÃO OU POR MEIO DA RETENÇÃO DE SEUS DOCUMENTOS PESSOAIS OU CONTRATUAIS. NESTE CASO, O EMPREGADOR RETEM DOCUMENTOS DO EMPREGADO (CARTEIRA DE TRABALHO, RG, ETC) OU EMPREGA COAÇÃO PARA IMPEDIR QUE O TRABALHADOR SE DESLIGUE DO SERVIÇO. TRATA-SE DE UM CRIME MATERIAL, CONSUMANDO-SE NO MOMENTO EM QUE O TRABALHADOR E IMPEDIDO DE SE DESLIGAR DO SERVIÇO. A TENTATIVA E ADMISSÍVEL. Professor: Pedro Ivo 14

15 7.1.8 FRUSTRAÇÃO DE LEI SOBRE A NACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO Este delito não é muito exigido em prova, pois não encontra tanta aplicabilidade pós Constituição de 1988, devido à "equiparação" entre brasileiros e estrangeiros. Sobre ele, dispõe o Código Penal: Art Frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa à nacionalização do trabalho: Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. As obrigações relativas à nacionalização do trabalho são as que se encontram definidas pela legislação trabalhista (CLT), devendo o aplicador (Juiz) recorrer a estas normas para enquadrar determinadas condutas no artigo 204. A CLT, a partir do artigo 352, define regras que visam garantir o trabalho em território nacional. A título de exemplo, observe: Art As empresas, individuais ou coletivas, que explorem serviços públicos dados em concessão, ou que exerçam atividades industriais ou comerciais, são obrigadas a manter, no quadro do seu pessoal, quando composto de 3 (três) ou mais empregados, uma proporção de brasileiros não inferior à estabelecida no presente Capítulo. Art A proporcionalidade será de 2/3 (dois terços) de empregados brasileiros, podendo, entretanto, ser fixada proporcionalidade inferior, em atenção às circunstâncias especiais de cada atividade, mediante ato do Poder Executivo, e depois de devidamente apurada pelo Departamento Nacional do Trabalho e pelo Serviço de Estatística de Previdência e Trabalho a insuficiência do número de brasileiros na atividade de que se tratar. Professor: Pedro Ivo 15

16 A PALAVRA VIOLÊNCIA TRATADA NO ARTIGO 204 ABRANGE SOMENTE A VIOLÊNCIA FÍSICA, POIS, CONFORME JÁ VIMOS, QUANDO O LEGISLADOR QUER SE REFERIR À VIOLÊNCIA MORAL, MENCIONA-A EXPRESSAMENTE, UTILIZANDO O TERMO "GRAVE AMEAÇA" CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa. 2. SUJEITO PASSIVO: É o Estado, pois este é o titular do interesse coletivo na nacionalização do trabalho (proteção da mão-de-obra nacional). ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Frustrar (obrigação legal relativa à nacionalização do trabalho); 2. SUBJETIVO: Dolo; CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito com a frustração de lei que disponha sobre a nacionalização do trabalho. 2. É admissível a tentativa. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e material. Professor: Pedro Ivo 16

17 7.1.9 EXERCÍCIO DE ATIVIDADE COM INFRAÇÃO DE DECISÃO ADMINISTRATIVA. Existem determinadas situações em que uma decisão administrativa impede o indivíduo de exercer algum específico trabalho ou profissão. Seria o caso, por exemplo, do indivíduo que fica impedido de exercer a medicina por ter atuado reiteradamente de forma negligente. Obviamente que ninguém gosta de estar impedido de trabalhar na atividade para a qual se qualificou e, muitas vezes, sendo administrativa e não judicial a decisão, alguns tentam ignorar a determinação. Desta forma, o legislador tipificou a conduta da seguinte forma: Art Exercer atividade, de que está impedido por decisão administrativa: Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. Vistos estes conceitos iniciais, imagine que Tício, médico, após decisão administrativa, exerce indevidamente, por uma única vez, a atividade de medicina. Neste caso, poderá ser ele enquadrado no artigo 205? A resposta é negativa, pois a jurisprudência é pacífica em afirmar que o delito só se configura com a reiteração de atos próprios da conduta, ou seja, estamos tratando de um CRIME HABITUAL!!! Observe: TRF4 - APELAÇÃO CRIMINAL: ACR 8201 RS PENAL. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE COM INFRAÇÃO DE DECISÃO ADMINISTRATIVA. ARTIGO 205 DO CÓDIGO PENAL. TIPICIDADE. HABITUALIDADE. A expressão típica "exercer atividade", constante no artigo 205 do Caderno Criminal, requer a habitualidade do agente na realização de atos inerentes à sua atividade durante o período no qual o exercício dos mesmos se encontre obstado por decisão administrativa CARACTERIZADORES DO DELITO Professor: Pedro Ivo 17

18 SUJEITOS DO DELITO: CURSO ON-LINE - DIREITO PENAL - AFRFB 1. SUJEITO ATIVO: Pessoa impedida, por decisão administrativa, de exercer atividade. 2. SUJEITO PASSIVO: É o Estado. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Exercer (atividade, de que está impedido por decisão administrativa); 2. SUBJETIVO: Dolo; CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito com a reiteração de atos relacionados à atividade impedida por decisão administrativa. 2. Não é admissível a tentativa. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime PRÓPRIO (Só pode ser cometida por pessoa impedida de exercer a atividade por decisão administrativa), formal e HABITUAL. MUITA ATENÇÃO! SE A DECISÃO QUE IMPEDIU O INDIVÍDUO DE EXERCER A ATIVIDADE FOR JUDICIAL E NÃO ADMINISTRATIVA, NÃO ESTARÁ CARACTERIZADO O CRIME PREVISTO NO ARTIGO 205. Professor: Pedro Ivo 18

19 ALICIAMENTO PARA O FIM DE EMIGRAÇÃO O Estado, sem dúvida, tem interesse na permanência de trabalhadores dentro do país, entretanto, é claro que todos têm o direito de ir e vir, podendo trabalhar onde quiser. Sendo assim, se um trabalhador brasileiro quiser se aventurar na Inglaterra, por exemplo, não há que se falar em qualquer ato passível de punição (desde que cumpridos todos os trâmites legais, obviamente). Ocorre, porém, situações em que brasileiros são recrutados para trabalhos no exterior, através de promessas absurdas, fora da realidade. Um caso comum é o que acontece com mulheres que, seduzidas por promessas de altos salários para trabalharem como garçonetes ou dançarinas, ao chegarem em outro país, são obrigadas a servir como prostitutas a fim de garantir seu sustento. Para coibir esta última situação, dispõe o código penal: Art Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para território estrangeiro. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. Ressalto, mais uma vez, que o fato criminoso está em recrutar MEDIANTE FRAUDE, não bastando o simples recrutamento para caracterizar o delito. Para finalizar este contato inicial com o aliciamento para fins de emigração, atente que o texto legal utiliza a expressão "trabalhadores", no plural. Sendo assim, para a caracterização do delito é necessário que sejam aliciados pelo menos DOIS trabalhadores CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa; 2. SUJEITO PASSIVO: É o Estado. ELEMENTOS: Professor: Pedro Ivo 19

20 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Recrutar (trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para território estrangeiro) 2. SUBJETIVO: Dolo; Finalidade de levá-los para território estrangeiro. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito com o recrutamento mediante fraude, independentemente da emigração. 2. É admissível a tentativa. Exemplo: Tício envia uma carta com proposta fraudulenta, com fim de emigração, e esta é interceptada antes de chegar ao destino. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e FORMAL. O DELITO AQUI ESTUDADO SÓ ABRANGE CASOS EM QUE AGENTES SÃO ALICIADOS PARA SAIR DO BRASIL PARA OUTRO PAÍS. NO CASO EM QUE HÁ O ALICIAMENTO PARA SAIR DE UM LOCAL PARA OUTRO DENTRO DO PAÍS, FICA CARACTERIZADO O DELITO DO ART. 207, QUE VEREMOS EM SEGUIDA ALICIAMENTO DE TRABALHADORES DE UM LOCAL PARA O OUTRO DO TERRITÓRIO NACIONAL Futuro(a) aprovado(a), agora é aquele momento para fazer uma pausa e descansar a cabeça lendo uma notícia de jornal...vamos refrescar o cérebro: Professor: Pedro Ivo 20

21 MULHER É PRESA POR ALICIAR TRABALHADORES RURAIS Uma nova rota de trabalho irregular foi descoberta na manhã de ontem, no município de Boa Viagem, a 234 quilômetros de Fortaleza. A proprietária de uma empresa de ônibus, Francisca Lúcia Martins Lobo, 39, foi presa por policiais rodoviários federais sob a acusação de que teria aliciado, contratado e transportado irregularmente seis trabalhadores rurais das cidades de Boa Viagem e Itatira. Eles estavam em um ônibus e foram detidos quando passavam pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Boa Viagem. Abordado pelos policiais, o grupo revelou que estava a caminho do município de Rio das Pedras, em São Paulo, onde iriam trabalhar em uma usina cortando cana-de-açúcar. De acordo com a Delegacia Regional de Trabalho (DRT), as carteiras de trabalho dos seis homens estavam em poder de um companheiro de Francisca Lúcia, conhecido apenas como Thiago. A passagem Ceará/São Paulo seria paga com o valor a ser recebido no trabalho do corte da cana, mas sem qualquer garantia de retorno. Pouco mais de meia hora da primeira apreensão, um outro ônibus foi parado por policiais rodoviários em Pedra Branca. Ele trazia um grupo de nove homens que havia retornado de uma viagem a São Paulo, segundo eles, promovida pela mesma proprietária de ônibus e com o mesmo objetivo: trabalhar no corte de cana. Francisca Lúcia foi levada para a delegacia municipal de Boa Viagem e autuada em flagrante por aliciamento, artigo 207 do Código Penal Brasileiro (CPB). segundo um comerciante local, a rotina de trabalho na usina seria extenuante, com cargas diárias de trabalho de doze horas. Os trabalhadores permaneceriam por até seis meses na usina e teriam direito a apenas um dia de descanso semanal. Após a leitura acima, podemos começar a tratar de uma figura penal muito parecida com a que vimos no artigo 206. Observe o disposto no Código Penal: Art Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional: Pena - detenção de um a três anos, e multa. O crime de aliciamento de trabalhadores de um local para outro, previsto no art. 207 do Código Penal, possui objeto próprio consistente no interesse Professor: Pedro Ivo 21

22 público, no sentido de que não ocorra o êxodo de trabalhadores dentro do território brasileiro. No delito em questão, o aliciamento ocorre para levar um trabalhador de um local para outro dentro do território nacional, diferenciando-se neste ponto do que foi dito no aliciamento para o fim de emigração CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Qualquer -pessoa; 2. SUJEITO PASSIVO: É o Estado. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Aliciar, que nada mais é do que recrutar mediante fraude. 2. SUBJETIVO: Dolo; Finalidade de levá-los de uma para outra localidade do território nacional. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito com o aliciamento, independentemente da emigração de um local para outro dentro do território nacional. 2. É admissível a tentativa. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime comum e FORMAL. Professor: Pedro Ivo 22

23 AGRAVANTE CURSO ON-LINE - DIREITO PENAL - AFRFB O legislador optou por agravar a pena nas situações em que, ao menos teoricamente, a vítima goza de menor poder de reação. Observe: Art. 207[...] 2 A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental. TIPOS EQUIPARADOS Ainda no artigo 207, no parágrafo 1, o CP estendeu a pena prevista no caput a quem: 1. RECRUTAR TRABALHADORES FORA DA LOCALIDADE DE EXECUÇÃO DO TRABALHO, DENTRO DO TERRITÓRIO NACIONAL, MEDIANTE FRAUDE OU COBRANÇA DE QUALQUER QUANTIA DO TRABALHADOR. 2. RECRUTAR TRABALHADORES FORA DA LOCALIDADE DE EXECUÇÃO DO TRABALHO, SEM ASSEGURAR CONDIÇÕES DE RETORNO AO LOCAL DE ORIGEM. Professor: Pedro Ivo 23

24 7.2 DOS CRIMES CONTRA A PREVIDENCIA As bancas, no que diz respeito aos crimes contra a previdência, exigem o conhecimento de duas figuras tipificadas no Código Penal. São elas: SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA; E APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA. Vamos estudá-las: SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA No dia 17/07/2000 foi publicada no Diário Oficial da União a Lei que, entre outras alterações empreendidas no Código Penal Brasileiro, fez inserir no corpo desse estatuto o crime de SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA, nos seguintes termos: Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei n 9.983, de 2000) II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei n 9.983, de 2000) III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei n 9.983, de 2000) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Podemos resumir o supracitado artigo dizendo que comete este crime contra administração pública em geral o particular que suprimir ou reduzir Professor: Pedro Ivo 24

25 contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante condutas do tipo: 1. OMITIR DE FOLHA DE PAGAMENTO DA EMPRESA OU DOCUMENTO DE INFORMAÇÕES PREVISTO PELA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA, SEGURADO EMPREGADO, EMPRESÁRIO, TRABALHADOR AVULSO OU TRABALHADOR AUTÔNOMO OU A ESTE EQUIPARADO QUE LHE PRESTEM SERVIÇOS; 2. DEIXAR DE LANÇAR, MENSALMENTE, NOS TÍTULOS PRÓPRIOS DA CONTABILIDADE DA EMPRESA AS QUANTIAS DESCONTADAS DOS SEGURADOS OU AS DEVIDAS PELO EMPREGADOR OU PELO TOMADOR DE SERVIÇOS; 3. OMITIR, TOTAL OU PARCIALMENTE, RECEITAS OU LUCROS AUFERIDOS, REMUNERAÇÕES PAGAS OU CREDITADAS E DEMAIS FATOS GERADORES DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS. Finalizando esta parte inicial, segundo leciona Damásio de Jesus: "As normas incriminadoras protegem o patrimônio do Estado e, particularmente, a Seguridade Social, a fim de permitir que ela, recebendo as contribuições de que é credora, pelo INSS, possa alcançar a finalidade de assegurar o direito concernente à saúde, à previdência e à assistência social." Professor: Pedro Ivo 25

26 CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: Trata-se de um crime próprio, podendo ser cometido somente por quem detém a competência para exercer as condutas acima tipificadas. 2. SUJEITO PASSIVO: É o Estado e, secundariamente, a Seguridade Social. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo: Suprimir (Contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as condutas descritas). Reduzir (Contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as condutas descritas). 2. SUBJETIVO: Dolo, ou seja, basta a vontade livre e consciente de suprimir ou reduzir contribuição social. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito com a efetiva supressão ou redução da contribuição social previdenciária. 2. É admissível a tentativa. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime próprio e MATERIAL. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE Professor: Pedro Ivo 26

27 O legislador achou por bem dar uma "chance" ao agente, ou seja, caso aja conforme o parágrafo 1 do art. 337-A, não será punido. Veja: Art. 337-A [... ] 1 o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. Do exposto no supra artigo, podemos concluir que para que ocorra a extinção de punibilidade deve o agente cumprir simultaneamente os seguintes requisitos: 1. PESSOALIDADE ^ A retratação deve ser feita pelo PRÓPRIO agente. 2. ESPONTANEIDADE ^ Devem ser espontâneas as condutas de declarar e confessar. 3. PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES DEVIDAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL. 4. ANTES DO INÍCIO DA AÇÃO FISCAL. PERDÃO JUDICIAL O parágrafo 2 do art. 337-A traz hipótese de perdão judicial, além de um caso particular em que é cabível a aplicação exclusiva de multa. Veja: 2 o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Professor: Pedro Ivo 27

28 Para os dois casos, além das condições subjetivas (ser primário e bons antecedentes), é necessário que o valor das contribuições devidas seja inferior ao teto fixado pela Previdência Social. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA O legislador achou por bem conferir um beneficio aos casos em que o empregador é PESSOA FÍSICA e possui folha de pagamento mensal de até R$ 1.510,00. Veja o disposto no CP: 3 o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA O legislador, também através da lei n 9.983/00, inseriu o seguinte dispositivo no Código Penal: Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei n 9.983, de 2000) Professor: Pedro Ivo 28

29 Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei n 9.983, de 2000) 1 o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela Lei n 9.983,, de 2000) I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei n 9.983, de 2000) II - recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela Lei n 9.983, de 2000) III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. (Incluído pela Lei n 9.983, de 2000). Professor: Pedro Ivo 29

30 CARACTERIZADORES DO DELITO SUJEITOS DO DELITO: 1. SUJEITO ATIVO: É a pessoa que tem o dever de repassar valores à Previdência. Trata-se de crime próprio. 2. SUJEITO PASSIVO: Primariamente, é a previdência social e, de forma secundária, os próprios segurados lesados pelo não repasse. ELEMENTOS: 1. OBJETIVO: É elementar do tipo da conduta principal: Deixar de repassar (as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional) 2. SUBJETIVO: Dolo. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 1. Consuma-se o delito na data do término do prazo convencional ou legal do repasse ou recolhimento das contribuições devidas ou do pagamento do benefício devido. 2. Não é admissível a tentativa. QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA É crime próprio e MATERIAL. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE Caro(a) aluno(a), lembra o que vimos com relação à extinção da punibilidade quando tratamos da sonegação de contribuição previdenciária? Aqui o legislador resolveu facilitar os seus estudos e Professor: Pedro Ivo 30

31 efetuou PRATICAMENTE um "CTRL-C + CTRL-V" (Copiar/Colar) no texto já estudado. Observe: Art. 168-A [... ] 2 o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. Perceba que a diferença para a sonegação é que aqui há exigência do pagamento das contribuições, importâncias ou valores. Sendo assim, podemos concluir que, para que ocorra a extinção de punibilidade, deve o agente cumprir simultaneamente os seguintes requisitos: PESSOALIDADE A retratação deve ser feita pelo PRÓPRIO agente. ESPONTANEIDADE ^ Devem ser espontâneas as condutas de declarar e confessar. PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES DEVIDAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL. ANTES DO INÍCIO DA AÇÃO FISCAL. PERDÃO JUDICIAL Aqui o legislador também foi legal com você, pois trouxe o mesmo conceito da sonegação de contribuição previdenciária, incluindo apenas a necessidade do... PAGAMENTO!!! Assim como na extinção de punibilidade. Veja o disposto: Professor: Pedro Ivo 31

32 3 o E facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Para os dois casos, além das condições subjetivas (ser primário e bons antecedentes), é necessário que o valor das contribuições devidas seja igual ou inferior ao teto fixado pela Previdência Social e que o pagamento seja feito antes de oferecida a denúncia. Vejamos: Professor: Pedro Ivo 32

33 Para finalizar a apropriação indébita previdenciária, observe este interessante julgado do STJ que resume grande parte do que vimos: STJ - RECURSO ESPECIAL: REsp PB 2006/ Processual penal. Recurso especial. Apropriação indébita previdenciária. 1. O dolo do crime de apropriação indébita previdenciária é a consciência e a vontade de não repassar à Previdência, dentro do prazo e na forma da lei, as contribuições recolhidas, não se exigindo a demonstração de especial fim de agir ou o dolo específico de fraudar a Previdência Social como elemento essencial do tipo penal. 2. Ao contrário do que ocorre na apropriação indébita comum, não se exige o elemento volitivo consistente no animus rem sibi habendi (dolo específico) para a configuração do tipo inscrito no art. 168-A do Código Penal. 3. Sendo assim, o registro nos livros contábeis e a declaração ao Poder Público dos descontos não recolhidos, conquanto sejam utilizados para comprovar a inexistência da intenção de se apropriar dos valores arrecadados, não têm reflexo na apreciação do elemento subjetivo do referido delito. 4. Trata-se de crime omissivo próprio, em que o tipo objetivo é realizado pela simples conduta de deixar de recolher as contribuições previdenciárias aos cofres públicos no prazo legal, após a retenção do desconto. 5. A alegada impossibilidade de repasse de tais contribuições em decorrência de crise financeira da empresa constitui, em tese, causa supralegal de exclusão da culpabilidade -inexigibilidade de conduta diversa -, e, para que reste configurada, é necessário que o julgador verifique a sua plausibilidade, de acordo com os fatos concretos revelados nos autos, não bastando para tal a referência a meros indícios de insolvência da sociedade. 6. O ônus da prova, nessa hipótese, compete à defesa, e não à acusação, por força do art. 156 do CPP. 7. Recurso conhecido e provido para denegar a ordem de habeas corpus e, conseqüentemente, determinar o prosseguimento da ação penal. Professor: Pedro Ivo 33

34 7.3 LEGISLAÇÃO SOBRE PRISÃO ESPECIAL PARA OS DIRIGENTES DE ENTIDADES SINDICAIS - (LEI N , DE 31/08/56). Caros alunos, esta lei, exigida em alguns poucos editais (como, por exemplo, o último para Auditor Fiscal da Receita Federal e AFT), restringe-se ao seguinte: Art. 1 - Terão direito à prisão especial os dirigentes de entidades sindicais de todos os graus e representativas de empregados, empregadores, profissionais liberais, agentes e trabalhadores autônomos. Art. 2 - O empregado eleito para a função de representação profissional ou para cargo de administração sindical, quando sujeito a prisão antes de condenação definitiva, será recolhido a prisão especial à disposição da autoridade competente. Apesar do art. 5. da Constituição da República consagrar o princípio da igualdade, estabelecendo que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza", a Lei Maior, o Código de Processo Penal e a legislação extravagante conferem a certas pessoas o direito à prisão especial, ou seja, o "privilégio" de ficar preso em cela ou estabelecimento penal ou não, diverso do cárcere comum, até o julgamento final ou o trânsito em julgado da decisão penal condenatória. A prisão especial é concedida às pessoas que, pela relevância do cargo, função, emprego ou atividade desempenhada na sociedade nacional, regional ou local, ou pelo grau de instrução, estão sujeitas à prisão cautelar decorrente de infração penal. Abrange autoridades civis e militares dos três poderes da República e pode ser relacionada à natureza do crime, à qualidade da pessoa e à fase do processo. Esta lei é extremamente contestada, pois é difícil concluir o porquê de dirigentes de entidades sindicais possuírem determinados privilégios não extensíveis à maioria da população, tal qual a prisão especial. Desta forma, para sua PROVA, basta uma simples leitura dos dispositivos legais e, em minha opinião, dificilmente este assunto será exigido. Professor: Pedro Ivo 34

35 Futuro(a) Aprovado!!! Chegamos ao último tópico da nossa aula e a cada tema você fica mais perto do seu sonho... Respire fundo e siga em frente que em breve a recompensa virá!!! 7.4 DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA Caro (a) aluno (a), a partir de agora começaremos a tratar da lei n 8.137/90 que versa sobre os crimes contra a ordem tributária. Darei uma rápida passada pelos crimes praticados por particulares a fim de facilitar o seu entendimento global DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULARES Constituem-se crimes os atos praticados por particulares, visando suprimir ou reduzir tributo ou contribuição social e qualquer acessório, através da prática das condutas definidas nos artigos 1 e 2, da Lei 8.137/1990. O art. 1 da lei n /90 é um dos mais exigidos em prova. Segundo ele, constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: Omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos ou omitindo operação de qualquer natureza em documento ou livro exigido pela lei fiscal; Falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente relativo à venda de mercadoria ou prestação Professor: Pedro Ivo 35

36 de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-lo em desacordo com a legislação. Complementando as condutas tipificadas no art. 1 da lei n /90, o art. 2 vem dizer que constitui crime da mesma natureza: Fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo; Deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos; Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal; Deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento; Utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública. Por fim, o art. 12 vem definir que: Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1, 2 [...]: I - ocasionar grave dano à coletividade; II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções; III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde. Recentemente foi aprovado o enunciado da Súmula Vinculante n. 24, que trata dos crimes contra a ordem tributária, nos seguintes termos: "Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1, incisos I a IV, da Lei n 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo". Professor: Pedro Ivo 36

37 O teor desta súmula leva a uma importante consideração, originada no direito penal, com marcantes conseqüências na esfera tributária. Trata-se da distinção conceitual existente entre os crimes materiais, enquadrados pela súmula vinculante, e os crimes formais. Como você já sabe, crimes materiais são aqueles delitos que apenas se reputam consumados com a materialização do resultado previsto no tipo penal. Em outras palavras, não basta a ação ou omissão do agente, sendo necessário que o resultado lesivo tenha sido devidamente atingido com a ação ou omissão. Por outro lado, crimes formais são aqueles nos quais, embora seja previsto o resultado lesivo, este não é necessário para que o crime seja considerado consumado. Assim, no crime formal, o delito se consuma com a simples ação ou omissão típica, sem que se atualize o resultado previsto. Conforme reconhece a própria súmula vinculante, os delitos previstos no art. 1 da Lei n /90 são crimes materiais, isto é, são crimes que apenas se consumam com a realização do resultado, que, na espécie, coincide com a supressão ou redução do imposto devido. Ocorre que a existência de supressão ou redução dos tributos apenas pode ser declarada mediante atividade administrativa de lançamento, com a constituição do referido crédito tributário, o qual ainda poderá ser objeto de impugnação por parte do contribuinte. Sendo assim, a constituição definitiva do crédito tributário é necessária, pois ela é que possibilita a avaliação da existência do elemento "resultado", necessário à consumação do crime material. Portanto, sem a constituição definitiva do crédito tributário, não pode haver ação penal, muito menos condenação por crime previsto no art. 1 da Lei n /90. Sem embargo, a mesma situação não se estende às condutas previstas no art. 2 da Lei n /90, que estabelece crimes formais contra a ordem tributária; ou seja, que determina a existência de condutas tipificadas penalmente, independentemente da realização do resultado de supressão ou redução de tributos. Como se percebe, nenhuma das condutas tipificadas no art. 2 exige a efetiva redução do tributo. Pelo contrário, tais crimes têm como objetivo apenas antecipar a tutela penal para um âmbito pré-lesão ao erário, afastando o direito penal tributário do clássico princípio da lesividade. Disto decorre o fato de que, para os crimes do art. 2 da Lei n /90, não é necessária a constituição definitiva do crédito tributário, vez que o resultado lesivo ao erário é apenas indiretamente mencionado, não sendo essencial à consumação dos crimes previstos neste artigo, que, portanto, classificam-se como crimes formais. Professor: Pedro Ivo 37

38 Este é o entendimento do Supremo Tribunal Federal, conforme publicado no Informativo STF n. 560: O Tribunal conheceu de embargos de declaração para, emprestando-lhes efeitos modificativos, negar provimento a recurso ordinário em habeas corpus, de forma a permitir o prosseguimento de inquérito policial instaurado contra a paciente, acusada pela suposta prática dos crimes previstos no art. 2, I, da Lei 8.137/90 (sonegação fiscal) e no art. 203 do CP ("Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho") - v. Informativo 513. Na espécie, o acórdão embargado dera parcial provimento ao recurso ordinário para trancar o inquérito policial relativamente ao crime de sonegação fiscal, aplicando o entendimento firmado pela Corte no sentido de que o prévio exaurimento da via administrativa é condição objetiva de punibilidade, não havendo se falar, antes dele, em consumação do crime material contra a Ordem Tributária, haja vista que, somente após a decisão final do procedimento administrativo fiscal é que será considerado lançado, definitivamente, o referido crédito. Asseverou-se que tal orientação jurisprudencial seria inerente ao tipo penal descrito no art. 1, I, da Lei 8.137/90, classificado como crime material, que se consuma quando as condutas nele descritas produzem como resultado a efetiva supressão ou redução do tributo. Observou-se que o crime de sonegação fiscal, por sua vez, é crime formal que independe da obtenção de vantagem ilícita em desfavor do Fisco, bastando a omissão de informações ou a prestação de declaração falsa, isto é, não demanda a efetiva percepção material do ardil aplicado. Daí que, no caso, em razão de o procedimento investigatório ter por objetivo a apuração do possível crime do art. 2, I, da Lei 8.137/90, a decisão definitiva no processo administrativo seria desnecessária para a configuração da justa causa imprescindível à persecução penal. RHC ED/CE, rel. Min. Joaquim Barbosa, (RHC-90532) DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS A partir de agora trataremos dos crimes contra a ordem tributária praticados por funcionários públicos. ATENÇÃO TOTAL!!! "Mas professor... Mais crimes praticados por funcionários públicos??? Assim não é possível!!!!" Professor: Pedro Ivo 38

39 É possível sim, e não só possível como fácil. Observe o que dispõe a lei n 8.137/90 no capítulo I, Seção II: Art. 3 Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal (Título XI, Capítulo I): I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social; II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Perceba que os crimes apresentados nos incisos I, II e III são bem semelhantes a alguns já vistos: Inciso I ^ Semelhante ao delito de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento. Veja: Art Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente. Professor: Pedro Ivo 39

40 Inciso II ^ União do crime de concussão com a corrupção passiva: Art Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Art Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. DIFERENÇAS APÓS UNIR OS VERBOS CORRESPONDENTES À CONCUSSÃO E À CORRUPÇÃO PASSIVA, ACRESCENTA UM FIM ESPECIAL: PARA DEIXAR DE LANÇAR OU COBRAR TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO SOCIAL, OU COBRÁ-LOS PARCIALMENTE. Inciso III ^ Semelhante ao delito de advocacia administrativa. Observe: Art Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. DIFERENÇAS SUBSTITUI A EXPRESSÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA. Visto isso, fica claro que para sua PROVA, no que diz respeito aos crimes funcionais contra a ordem tributária, basta conhecer bem os delitos estudados quando tratamos dos Crimes contra a Administração Pública e ter conhecimento das diferenças em relação a eles. Professor: Pedro Ivo 40

41 7.4.3 EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE A extinção da punibilidade dos crimes contra a ordem tributária (sonegação fiscal) era disciplinada pelo artigo 14 da Lei n. 8137/90 que determinava que o pagamento do débito tributário feito antes do recebimento da denúncia criminal era causa excludente da punibilidade, mas foi revogado pelo art. 98 da Lei n /91. O art. 34 da Lei n /95, contudo, voltou a admitir a mencionada extinção da punibilidade. Observe: Art. 34. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei n 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e na Lei n 4.729, de 14 de julho de 1965, quando o agente promover o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia PENA DE MULTA Como você deve ter percebido, nos arts. 1 a 3, temos a definição da aplicabilidade da pena de multa quando da ocorrência dos delitos. O art. 8 da lei n 8.137/90 vem definir regras para a aplicabilidade de tal sanção. Observe: Professor: Pedro Ivo 41

42 Art. 8 Nos crimes definidos nos arts. 1 a 3 desta lei, a pena de multa será fixada entre 10 (dez) e 360 (trezentos e sessenta) diasmulta, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. Parágrafo único. O dia-multa será fixado pelo juiz em valor não inferior a 14 (quatorze) nem superior a 200 (duzentos) Bônus do Tesouro Nacional BTN. Complementando o art. 8, temos o art. 10, dispositivo este constantemente exigido em PROVAS. Sendo assim, atenção: Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho ilícito e a situação econômica do réu, verifique a insuficiência ou excessiva onerosidade das penas pecuniárias previstas nesta lei, poderá diminuí-las até a décima parte ou elevá-las ao décuplo DELAÇÃO PREMIADA Nos termos do parágrafo único do art. 16 da lei n /90, o co-autor ou partícipe que, através de confissão espontânea, revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa, terá a sua pena reduzida de um a dois terços. Art. 16. Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos crimes descritos nesta lei, fornecendo-lhe por escrito informações sobre o fato e a autoria, bem como indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços AÇÃO PENAL E REPRESENTAÇÃO FISCAL Nos crimes contra a ordem tributária, a ação penal é PÚBLICA INCONDICIONADA. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária definidos nos arts. 1 e 2 da Lei n 8.137, de 27 de dezembro de Professor: Pedro Ivo 42

43 1990, será encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. Caro(a) Aluno(a) Parabéns por mais uma aula vencida. Há pouco tempo você estava no início da nossa "ESCADA DO DIREITO PENAL RUMO À APROVAÇÃO" e agora faltam poucos degraus para atingir a última aula e garantir importantes pontos no concurso que, apesar de não estar com o edital aberto, cada vez mais se aproxima. O que deixa tudo mais interessante é que só depende de você, do seu esforço, do seu empenho, da sua força de vontade e da sua dedicação... E por falar em dedicação... É hora de praticar com os exercícios. Abraços e bons estudos, Pedro Ivo "A diferença entre uma pessoa de sucesso e as outras não é falta de força, nem a falta de conhecimento, mas particularmente a falta de determinação." (Vince Lombardi) Professor: Pedro Ivo 43

44 RESUMO DA MATÉRIA APRESENTADA CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO CRIME CONDUTA CONSUMAÇÃO ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE TRABALHO Constranger mediante violência ameaça: alguém, ou grave I- A exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a trabalhar ou não trabalhar durante certo período ou em determinados dias II- A abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho ou a participar de parede ou paralisação de atividade econômica. Na primeira modalidade, com o EFETIVO exercício ou com a suspensão do exercício de arte, ofício, profissão ou indústria. Na segunda, com o trabalho ou suspensão deste. Na terceira, com a abertura ou fechamento do estabelecimento. Na quarta, com a paralisação da atividade econômica. ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE CONTRATO DE TRABALHO E BOICOTAGEM VIOLENTA Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a celebrar contrato de trabalho ou a não fornecer a outrem ou não adquirir de outrem matéria-prima ou produto industrial ou agrícola. Consuma-se com a celebração deste e, no caso da boicotagem, no momento em que a pessoa constrangida não fornece ou adquire os produtos. ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a participar ou deixar de participar de determinado sindicato ou associação profissional. Consuma-se o delito no momento em que a pessoa constrangida passa ou não a fazer farte de sindicato ou associação profissional. PARALISAÇÃO DE TRABALHO, SEGUIDA DE VIOLÊNCIA OU PERTURBAÇÃO DA Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, praticando violência contra pessoa ou contra coisa. ***Para que se considere Consuma-se o delito com a prática da violência. Professor: Pedro Ivo 44

45 ORDEM coletivo o abandono de trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, três empregados. PARALISAÇÃO DE TRABALHO DE INTERESSE COLETIVO Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, provocando a interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo. Consuma-se o delito com a interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo. INVASÃO DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL, COMERCIAL OU AGRÍCOLA. SABOTAGEM Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho ou, com o mesmo fim, danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor. Consuma-se o delito no instante em que o agente invade ou ocupa estabelecimento industrial, comercial ou agrícola. Na sabotagem, consumase quando o sujeito ativo danifica as coisas ou no instante que dispõe dos objetos do estabelecimento. FRUSTRAÇÃO DE DIREITO ASSEGURADO POR LEI TRABALHISTA Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho. Obrigar ou coagir alguém a usar mercadorias de determinado estabelecimento, para impossibilitar o desligamento do serviço em virtude de dívida. Impedir alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza, mediante coação ou por meio da retenção de seus documentos pessoais ou contratuais. Consuma-se o delito no instante em que o empregado não pode exercer direito assegurado pela legislação trabalhista. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, Professor: Pedro Ivo 45

46 gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental. FRUSTRAÇÃO DE LEI SOBRE A NACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO Frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa à nacionalização do trabalho. Consuma-se o delito com a frustração de lei que disponha sobre a nacionalização do trabalho. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE COM INFRAÇÃO DE DECISÃO ADMINISTRATIVA Exercer atividade de que está impedido por decisão administrativa. Consuma-se o delito com a reiteração de atos relacionados à atividade impedida por decisão administrativa. ALICIAMENTO PARA O FIM DE EMIGRAÇÃO Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para território estrangeiro. Consuma-se o delito com o recrutamento mediante fraude, independentemente da emigração. ALICIAMENTO DE TRABALHADORES DE UM LOCAL PARA OUTRO DO TERRITÓRIO NACIONAL Aliciar trabalhadores com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional. Recrutar trabalhadores fora da localidade de execução do trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem. Consuma-se o delito com o aliciamento, independentemente da emigração de um local para outro dentro do território nacional. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental. Professor: Pedro Ivo 46

47 CRIMES CONTRA A PREVIDÊNCIA CRIME CONDUTA CONSUMAÇÃO TENTATIVA Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. Recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público. Consuma-se o delito na data do término do prazo convencional ou legal do repasse ou recolhimento das contribuições devidas ou do pagamento do benefício devido. APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA Recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços. Pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. *** É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal *** É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar Professor: Pedro Ivo 47

48 somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: Consuma-se o delito com a efetiva supressão ou redução da contribuição social previdenciária. SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; III - omitir, total ou Professor: Pedro Ivo 48

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