Genética (BIO0203) Aberrações Cromossômicas Humanas Numéricas (E9)
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1 Genética (BIO0203) Aberrações Cromossômicas Humanas Numéricas (E9) 2017 OBJETIVO: Montar e analisar os cariótipos humanos de quatro pacientes que apresentem aberrações cromossômicas numéricas e propor hipóteses que expliquem as origens dessas anomalias. I. LEITURA Pacientes cujos fenótipos são indicativos de alguma alteração cromossômica geralmente são encaminhados a um serviço de aconselhamento genético, onde podem ter seus cariótipos montados e analisados a partir de cultura dos linfócitos de uma amostra de sangue periférico. As metáfases de quatro pacientes, numerados de 1 a 4, foram tratadas para obtenção de bandamento G e coradas com Giemsa. Nas páginas que se seguem, há uma descrição sucinta do fenótipo, e um relato do motivo que levou cada um destes pacientes a procurar um aconselhamento genético, seguida de uma fotocópia de uma metáfase encontrada na cultura de linfócitos do sangue e uma folha padrão para anotação do diagnóstico cromossômico e montagem do respectivo cariótipo. A contagem do número de cromossomos presentes na metáfase e a montagem do cariótipo, de acordo com a convenção de DENVER, permitirão a elaboração dos diagnósticos cromossômicos (conceito detalhado no item 1, após a descrição do fenótipo do paciente a ser analisado). Tal procedimento deverá ser feito para os quatro pacientes que se seguem, com a finalidade de determinar-se a eventual presença de aberrações cromossômicas numéricas. Embora as aberrações numéricas possam ser facilmente identificadas, a detecção de alguma anomalia estrutural requer, em muitos casos, o uso de metodologias que resultem em maior definição da estrutura cromossômica, como aquelas que permitem produzir padrões de bandas específicos para cada um dos 23 pares de cromossomos da espécie humana. A análise detalhada destes padrões pode facilitar a identificação de muitas aberrações estruturais (inversões, translocações, etc.), que dificilmente são reconhecidas na coloração uniforme convencional. Complementarmente, uma técnica conhecida como hibridação in situ fluorescente (FISH = Fluorescent In Situ Hybridization) tem sido muito utilizada. Uma variante dessa técnica, denominada pintura cromossômica ou FISH-M (Multicolor), baseia-se em uma mistura de sondas moleculares, por exemplo, sondas cromossomoespecíficas, acopladas a diferentes combinações de fluorocromos. Essas sondas se ligam apenas às sequências de nucleotídeos com as quais têm um grau de similaridade, permitindo o reconhecimento individual de cada um dos 23 pares de cromossomos, que fluorescem diferencialmente (ficam pintados com cores diferentes) quando analisados sob luz ultravioleta e diferentes filtros em microscópio fotônico de fluorescência. A lâmina contendo a metáfase é exposta sequencialmente a cada um dos diferentes comprimentos de onda, que são em seguida transformados por um programa em diferentes cores virtuais na tela de um computador. LX
2 Observe, na capa do livro do Griffiths et al. 2005, 8.ed, uma metáfase mitótica humana visualizada com essa técnica. Localize os pares de cromossomos homólogos, determine o número de cromossomos e o sexo cromossômico da célula ilustrada. Essa mesma técnica permite também visualizar genes ou regiões específicas do cromossomo (observe a Fig nesse mesmo livro, à p. 386 [em português] ou à p. 403 [em inglês]). II. MONTAGEM E ANÁLISE DE CA MATERIAL NECESSÁRIO Quatro fotocópias de metáfases com aberrações cromossômicas numéricas Tesoura de pontas finas Cola branca Pinça de pontas finas Lápis Folha de papel padronizada para montagem de cariótipo Folha de papel pequena para espalhar a cola Cada aluno deverá montar, fora do horário das aulas, os quatro cariótipos, seguindo as instruções da classificação dos cromossomos em coloração convencional e comparando com os cariótipos masculinos e femininos normais, com bandamento G, que foram fornecidos anteriormente (vide Prática 9, Fig. 37). Em seguida, o grupo deverá se reunir e discutir os quatro diagnósticos cromossômicos e propor hipóteses para explicar a origem de cada uma das quatro aberrações. LXI
3 PACIENTE 1 Uma paciente com 18 anos com estatura de 145 cm foi encaminhada ao atendimento médico por apresentar amenorreia primária (= ausência de menorreia, que é sinônimo de menstruação ). Foi constatado, por meio de exame físico, que a paciente apresentava caracteres sexuais secundários pouco desenvolvidos, como por exemplo, pilosidade pubiana e axilar escassas, seios e genitália externa infantis. Além disso, a paciente apresentava pescoço alado e cubitus valgus (redução no ângulo de movimento do cotovelo, o que faz com que o antebraço apresente um desvio para fora em relação ao eixo do corpo). Algumas dessas características levaram o médico a suspeitar de uma anomalia cromossômica e a paciente foi então encaminhada para realizar os exames necessários. As metáfases obtidas a partir da cultura dos linfócitos de uma amostra de sangue periférico foram fotografadas e uma delas foi ampliada na folha anexa (p. LXIII). Faça a montagem do cariótipo dessa paciente, compare-o com os cariótipos normais distribuídos na aula P9, verifique a ocorrência de alguma alteração cromossômica. Analise e apresente: 1. Diagnóstico cromossômico (número diploide, seguido de vírgula e do sexo cromossômico e, se for o caso, nova vírgula e informação sobre o grupo ou cromossomo aberrante; por exemplo, 47,XY,+B ou 47,XX,+16). 2. Hipóteses a respeito da origem da aberração cromossômica. LXII
4 Metáfase mitótica do paciente 1 LXIII
5 Diagnóstico cromossômico da paciente 1 = A B C D E X Y F G LXIV
6 PACIENTE 2 A metáfase humana anexa pertence a uma criança com algumas características anômalas. Dentre elas, observou-se: hipotonia (diminuição da tonicidade muscular), fendas palpebrais oblíquas, orelhas pequenas e de implantação baixa, face e ponte nasal achatadas, língua estriada e projetada para fora da boca, pescoço curto e largo, mãos e dedos curtos, palma da mão com apenas uma prega de flexão (prega simiesca). A criança manifestava retardo mental e atraso de crescimento e desenvolvimento neuromotor. Algumas dessas características levaram o médico a suspeitar de uma anomalia cromossômica e a criança foi então encaminhada para realizar os exames necessários. As metáfases obtidas a partir da cultura dos linfócitos de uma amostra de sangue periférico foram fotografadas e uma delas foi ampliada na folha anexa (p. LXVI). Faça a montagem do cariótipo dessa criança, compare-o com os cariótipos normais distribuídos na aula P9, verifique a ocorrência de alguma alteração cromossômica e apresente: 1. Diagnóstico cromossômico (número diploide, seguido de vírgula e do sexo cromossômico e, se for o caso, nova vírgula e informação sobre o grupo ou cromossomo aberrante; por exemplo, 47,XY,+B ou 47,XX,+16). 2. A provável origem da aberração cromossômica. LXV
7 Metáfase mitótica do paciente 2 LXVI
8 Diagnóstico cromossômico da paciente 2 = A B C D E X Y F G LXVII
9 PACIENTE 3 Em uma maternidade, uma mulher de 35 anos teve uma criança portadora de um grande retardo mental e de uma série de malformações congênitas graves. Dentre as malformações, observou-se: orelhas com implantação baixa e simplificação das pregas, cabeça pequena, alongada e estreita, occipital e calcâneo proeminentes, e anormalidade de flexão dos dedos das mãos (caracteristicamente, o punho permanece fechado, com o segundo dedo apoiado sobre o terceiro, e o quinto sobre o quarto). Realizou-se exame cromossômico da criança, obtendo-se metáfases como a ilustrada em anexo (p. LXIX). Faça a montagem do cariótipo dessa criança, compare-o com os cariótipos normais distribuídos na aula P9, identificando a ocorrência de alguma alteração cromossômica e apresente: 1. Diagnóstico cromossômico (número diploide, seguido de vírgula e do sexo cromossômico e, se for o caso, nova vírgula e informação sobre o grupo ou cromossomo aberrante; por exemplo, 47,XY,+B ou 47,XX,+16). 2. A provável origem da aberração cromossômica. LXVIII
10 Metáfase mitótica do paciente 3 LXIX
11 Diagnóstico cromossômico da paciente 3 = A B C D E X Y F G LXX
12 PACIENTE 4 A metáfase humana anexa (p. LXXII) pertence a um adulto de 23 anos, do sexo masculino e estatura de 182 cm, com algumas características anômalas. Dentre elas, observou-se: ginecomastia bilateral, túbulos seminíferos atrofiados, ausência de barba, hipodesenvolvimento do pênis, presença de cromatina sexual em 10% das células da mucosa bucal, distribuição de pêlos e gordura tendendo para o tipo feminino. Faça a montagem do cariótipo deste adulto, compare-o com os cariótipos normais distribuídos na aula P9, verifique a ocorrência de alguma alteração cromossômica e apresente: 1. Diagnóstico cromossômico (número diploide, seguido de vírgula e do sexo cromossômico e, se for o caso, nova vírgula e informação sobre o grupo ou cromossomo aberrante; por exemplo, 47,XY,+B ou 47,XX, A provável origem da aberração cromossômica. LXXI
13 Metáfase mitotica do paciente 4 LXXII
14 Diagnóstico cromossômico da paciente 4 = A B C D E X Y F G LXXIII
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