Análise integrada de dados de percepção e acústica

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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva Avaliação de qualidade vocal com motivação fonética: Análise integrada de dados de percepção e acústica DOUTORADO EM LINGUÍSTICA APLICADA E ESTUDOS DA LINGUAGEM SÃO PAULO 2012

2 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva Avaliação de qualidade vocal com motivação fonética: Análise integrada de dados de percepção e acústica DOUTORADO EM LINGUÍSTICA APLICADA E ESTUDOS DA LINGUAGEM Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de DOUTORA em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, sob a orientação da Prof. a Dr. a Zuleica Camargo. SÃO PAULO 2012

3 Banca Examinadora Data: / /

4 A minha querida mãe, Maria do Carmo, por acreditar no meu potencial, por me conceder a oportunidade de chegar neste momento, em um percurso repleto de confiança, amor, orgulho e reconhecimento. Ao meu querido Rinaldo, companheiro e amigo, cujo incentivo, paciência e amor foram-me fundamentais.

5 AGRADECIMENTO ESPECIAL A Prof. a Dr. a Zuleica Camargo, responsável por grande parte do meu amadurecimento e crescimento acadêmico e profissional. Por ter-me conquistado desde a primeira aula de Fonética Acústica (Especialização em Voz), incentivando-me a percorrer o fascinante universo dos Estudos da Percepção e da Produção da Fala. Minha gratidão pela orientação segura, pela confiança e pela amizade, que foram essenciais para a concretização deste trabalho.

6 AGRADECIMENTOS A Deus, meu Pai, por sempre estar presente na minha vida, me guiando e me dando força para superar todos os momentos difíceis. À Prof. a Dr. a Sandra Madureira, grande mestre da área das Ciências da Fala, dedicada, ponderada, serena; por ter-me acolhido de forma atenciosa no Programa de Pós-Graduação do LAEL e no LIAAC da PUC-SP, por ter acreditado em mim e por ter-me ajudado a percorrer os caminhos dos Estudos da Percepção e da Produção da Fala. Agradeço os ensinamentos, as orientações e o incentivo constante à busca do saber. Ao Prof. Mário Augusto de Souza Fontes, pela convivência agradável durante o período de elaboração deste trabalho, bem como pela disponibilidade para discussão de aspectos teóricos e metodológicos. Ao Prof. Dr. Plínio Barbosa, pelos valiosos ensinamentos e pela disponibilização de softwares de sua autoria. Ao Prof. Dr. Luiz Carlos Rusilo, pela paciência e boa vontade com que me recebeu, pela valiosa assessoria em análise estatística e pela leitura cuidadosa com excelentes contribuições durante todo o processo. À Prof.ª Dr.ª Léslie Piccolotto Ferreira, grande mestra e incentivadora, pela avaliação cuidadosa, pelos ensinamentos e pela amizade ao longo desta jornada. À Prof.ª Dr.ª Nair Katia Nemr, pelo exemplo de competência profissional e pela avaliação desta pesquisa com enriquecedoras discussões teóricas e metodológicas. À Prof.ª Dr.ª Iara Bittante de Oliveira, pelos ensinamentos, e constante incentivo ao crescimento profissional. Às companheiras de pós-graduação e fonoaudiólogas, Fabiana Gregio, Luciana Oliveira, Marilea Fontana, Ana Carolina Fernandes, Lílian Kuhn e Aline Pessoa, pela amizade, dedicação e disponibilidade em cooperar de forma direta em várias etapas da pesquisa. Aos colegas do LIAAC, Sérgio Mauad, Paulo Menegon, Solange Lapastina, Renata Queiroz, Vanessa Medina, Roberta Isolan, Maria Augusta Svicero, Andréa Sacco e Cristina Canhetti, pela amizade e pela colaboração em fases prévias de testes para adequação dos procedimentos. Aos queridos colegas do LIAAC e do Grupo de Estudos sobre a Fala, pelos momentos de descontração e pelas discussões enriquecedoras, que me fizeram acreditar que esse grupo vai longe.

7 A todos os professores do Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, por oferecerem aos alunos muitas possibilidades de crescimento profissional e pessoal. À Maria de Fátima Albuquerque Silva e à Maria Lúcia dos Reis, encarregadas do LIAAC e do LAEL, sempre atenciosas e gentis no tratamento com todos os alunos. Aos alunos da Graduação em Fonoaudiologia (PUC/SP), com quem tive contato e oportunidade de articular conteúdos ao longo da trajetória. Ao Dr. Vitor Lippi, Prefeito de Sorocaba, e a Sra. Maria Terezinha Del Cístia, Secretária de Educação de Sorocaba, pelo desejo de melhorar a realidade de trabalho vivida pelos professores de seu município. Aos diretores, coordenadores e professores das duas escolas municipais participantes desta pesquisa, da cidade de Sorocaba (SP), pela contribuição e gentileza com que sempre me receberam. Ao Dr. Cássio Crespo e às fonoaudiólogas Elaine Gemaque e Ilza Machado, companheiros de pesquisa e mestrado, que compartilharam comigo todo o processo de coleta de dados em Sorocaba. Ao Ernesto Luis Foschi, Ronaldo Barbosa e Alípio Foschi Filho, técnicos do Laboratório de Rádio da COMFIL PUC-SP, pela disponibilidade e ensinamentos sobre os segredos de uma boa gravação. Às Chefias do Departamento, Coordenação e professores do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal da Paraíba, por propiciarem condições necessárias e fundamentais para o desenvolvimento desta pesquisa. Aos meus queridos alunos do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal da Paraíba, pela oportunidade de articular conteúdos e de enfrentar novos desafios na busca às constantes questões que emergem das atividades didáticas. À Shizuko Higashi, grande amiga e incentivadora, que acompanhou esta pesquisa desde a sua concepção. Ao casal de amigos Maria do Rosário e Manuel Albuquerque, e seus filhos, Tomás e Túlio, pelo carinho, apoio e incentivo durante esta trajetória. Às amigas Ilenna Patrícia, Fabíola Peleias, Janine Galvão, Anna Karla Tito, pelo apoio e amizade, apesar da distância. Ao casal de amigos Fabiana e Thalles Arruda, e minha pequena afilhada Amanda, pelo carinho e amizade transmitidos durante esses anos.

8 Às amigas Karina Joelma Bacciotti, Valéria Rodrigues Carlini e Patrícia Delfino, pela convivência, incentivo e disponibilidade em cooperar, principalmente com uma palavra amiga. Às Irmãs Marcelinas, do Pensionato Santa Marcelina, minha primeira morada em São Paulo, pelo carinho e atenção com que me receberam. Aos meus familiares, pelo constante estímulo, apoio e carinho durante esta jornada. Ao CNPq e à CAPES, pela bolsa de estudo concedida e pelo estímulo à pesquisa. A todos que, embora não mencionados, contribuíram de alguma forma com a realização desta pesquisa.

9 O ouvido é um analisador tão afinado, que gostaríamos de ser capazes de reproduzir instrumentalmente algumas de suas funções. (Fant, 1970)

10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Traçado da forma da onda (janela superior) e contorno de intensidade (janela intermediária) de amostra representativa de trecho de leitura com indicação dos pontos de marcação do nível de intensidade do sinal mínimo (Smin=49dB), médio (Smed=60dB) e máximo (Smax=76dB), bem como do nível de intensidade do ruído (N=34 db) Figura 2 - Resultados das medições da SNR máxima, SNR média e SNR mínima das 33 amostras de fala Figura 3 - Exemplo de tela do experimento de percepção (julgamento de qualidade vocal com motivação fonética) para o trecho Figura 4 - Fluxograma das tarefas de percepção 1, 2 e 3 66 Figura 5 - Fluxograma do experimento de percepção de qualidade vocal com motivação fonética Figura 6 - Distribuição de valores de congruência de julgamentos intrajuízes para os resultados totais e não nulos Figura 7 - Distribuição de valores de congruência de julgamentos interjuízes para os resultados totais e não nulos Figura 8 - Distribuição dos intervalos de confiança nos julgamentos com base nas médias de cada juiz (J1 a J5) Figura 9 - Dendograma referente à análise de cluster aglomerativa hierárquica dos dados perceptivos de ajustes de qualidade vocal e aspectos da dinâmica Figura 10 - Diagrama cicular referente à análise discriminante para os julgamentos de ajustes de qualidade vocal e aspectos da dinâmica Figura 11 - Distribuição dos valores de declínio espectral para cada tarefa de fala (leitura, semiespontânea-entrevista, semiespontâneasimulação aula Figura 12 - Dendograma referente à análise de cluster aglomerativa hierárquica dos dados acústicos de f0, intensidade, declínio espectral e ELT gerados pelo script SG Expression Evaluator Figura 13 - Diagrama circular referente à análise discriminante das medidas acústicas de f0, intensidade, declínio espectral e ELT gerados pelo script SG Expression Evaluator Figura 14 - Diagrama circular referente à análise de correlação canônica dos dados perceptivos e das medidas acústicas

11 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Julgamentos de qualidade vocal e de dinâmica vocal, em estilos de fala lida (FL) e semiespontânea-entrevista (FSE), dos falantes P1 a P4 49 Quadro 2 Comparação dos achados observados na avaliação dos juízes participantes da Tarefa de Percepção 3 com os dos juízesreferência (distribuídas em respostas erradas, quando a resposta do juiz não foi equivalente à do juiz-referência e certas, quando a resposta do juiz foi equivalente à do juiz-referência) 54 Quadro 3 Caracterização dos juízes participantes desta pesquisa 58 Quadro 4 Achados referentes aos julgamentos do juiz 4 (juiz mais experiente), a respeito do perfil de qualidade vocal e aspectos da dinâmica vocal do grupo estudado, com base na comparação aos julgamentos pela escala GRBASI em trabalho anteriormente desenvolvido (LIMA, 2008), com as informações do mesmo banco de dados utilizados na presente pesquisa 78

12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Valores de congruência (acerto) de julgamentos intrajuízes (J1 a J5) para os resultados totais de julgamentos (%) 69 Tabela 2 Valores de congruência (acerto) de julgamentos intrajuízes (J1 a J5) para os resultados não nulos de julgamentos 69 Tabela 3 Valores de congruência de julgamentos interjuízes para os resultados totais de julgamentos (%) 70 Tabela 4 Valores de congruência de julgamentos interjuízes para os resultados não nulos de julgamentos (%) 71 Tabela 5 Distâncias e produtos relativos dos julgamentos interjuízes 72 Tabela 6 Valores de frequência mínima, máxima, média e desvio-padrão dos ajustes de qualidade vocal (do trato vocal e de tensão) do grupo estudado 73 Tabela 7 Valores de frequência mínima, máxima, média e desvio-padrão dos ajustes de qualidade vocal (fonatórios) e ocorrência intermitentes do grupo estudado 74 Tabela 8 - Valores de frequência mínima, máxima, média e desvio-padrão dos aspectos de dinâmica vocal do grupo estudado. 74 Tabela 9 - Valores de declínio espectral para amostras de fala em situação de leitura, fala semiespontânea-entrevista e fala semiespontânea-simulação de aula 79

13 SIGLAS E ABREVIATURAS UTILIZADAS PEPG LAEL Programa de Estudos Pós-graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem LIAAC Laboratório Integrado de Análise Acústica e Cognição COGEAE Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão SNR Relação sinal-ruído GRBASI G-grade, R-roughness, B-breathiness, A-asthenicity, S-strain ELT Espectro de Longo Termo VPAS-PB Voice Profile Analysis Scheme Português Brasileiro AVE Acidente vascular encefálico AVC Acidente vascular cerebral DPPV Disfunção paradoxal de pregas vocais CPV-P Condição de Produção Vocal - Professor HTPC Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo FLD Fala lida FSE Fala semiespontânea-entrevista FSA Fala semiespontânea-simulação de aula DTM Disfunção temporomandibular

14 RESUMO Silva-Lima, MFB. Avaliação de qualidade vocal com motivação fonética: Análise integrada de dados de percepção e acústica. [tese de doutorado]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, OBJETIVO: Verificar a aplicabilidade do roteiro de natureza fonética Vocal Profile Analysis Scheme para o Português Brasileiro (VPAS-PB), para a avaliação perceptiva de qualidade e dinâmica vocal de amostras de fala de um grupo de professores com distúrbio de voz e alteração laríngea de duas escolas da rede pública do ensino fundamental e médio do município de Sorocaba (SP); e discutir a correspondência a dados de análise acústica. MÉTODOS: A casuística refere-se a 25 professores do sexo feminino com queixas ou manifestações de distúrbio de voz e diagnóstico otorrinolaringológico de alteração laríngea. Os estímulos utilizados para a análise perceptivo-auditiva referem-se a gravações de trechos de fala semiespontânea (entrevista e simulação de aula) e de leitura de texto padronizado, totalizando 75 estímulos retirados de banco de dados de pesquisa anterior. Tais amostras foram selecionadas com base em experimentos de percepção (natureza e duração das amostras) e valores da relação sinal-ruído. Após os experimentos, as amostras foram editadas e analisadas por meio de procedimentos acústico e perceptivo. Do ponto de vista perceptivo-auditivo, as amostras foram avaliadas por cinco juízes, dos quais quatro participaram de Workshop de 15 horas no uso do roteiro VPAS-PB. As 90 amostras (75, somadas 15 repetições) foram apresentadas aleatoriamente por meio de script Experiment MFC 3.2 aplicável ao software PRAAT (versão 5143). Do ponto de vista acústico, as mesmas amostras foram analisadas por meio do script SG Expression Evaluator, propiciando a extração de medidas de frequência fundamental (f0), intensidade, declínio espectral e espectro de longo termo (ELT). Os dados perceptivos e acústicos foram analisados estatisticamente: comparação de médias e análises de correlações múltiplas (análise canônica, de cluster, e discriminante). Aspectos como a concordância e a confiabilidade inter e intrajuízes no roteiro VPAS- PB foram tratados por meio dos testes de Cochran e Snedecor para análise do comportamento do grupo de juízes. Também foi realizada a análise do perfil da qualidade vocal das amostras estudadas, além da análise aglomerativa hierárquica de cluster, dos ajustes de qualidade vocal e aspectos de dinâmica vocal. Os dados acústicos foram analisados por meio da análise aglomerativa hierárquica de cluster. Os procedimentos de análise de correlação canônica e de análise discriminante foram aplicados ao estudo das correlações entre dados perceptivos e medidas acústicas. RESULTADOS: Os ajustes de qualidade vocal mais frequentes no grupo estudado, em ordem decrescente de ocorrência foram: hiperfunção laríngea, voz áspera, laringe elevada, hiperfunção do trato vocal, mandíbula fechada, constrição faríngea, corpo de língua elevado e escape de ar. Quanto aos aspectos da dinâmica vocal, em ordem decrescente, destacaram-se: suporte respiratório inadequado, diminuição da variabilidade de pitch, pitch habitual elevado, loudness habitual elevado, taxa de elocução rápida e variabilidade de loudness aumentado. As medidas acústicas que mostraram combinações extremas foram: média e desvio-padrão de declínio espectral e desvio-padrão de ELT, num extremo, e no outro, mediana de f0 e quantil de 99,5% de f0. Com relação à correspondência entre os dados perceptivos e os acústicos foi encontrado que as medidas de f0 (mediana) e de ELT (desvio-padrão) estiveram próximas a ajustes fonatórios. De um lado, as medidas de f0 (assimetria e semiamplitude entre quartis), bem como a intensidade (assimetria), estiveram em grupo com ajustes de laringe elevada, extensão diminuída de mandíbula e variabilidade diminuída de loudness. De outro lado, as medidas de f0 (quantil 99,5%) e de declínio espectral (média, desvio-padrão e assimetria) estiveram localizadas em grupo com a maior concentração de ajustes, dentre os quais, dos mais frequentes, destacaram-se hiperfunção laríngea, hiperfunção de trato vocal, constrição faríngea, mandíbula fechada e corpo de língua elevado, além dos aspectos de dinâmica vocal relativos a suporte respiratório inadequado, pitch e loudness habitual elevados, pitch e loudness variabilidade diminuída. CONCLUSÕES: O roteiro de avaliação de qualidade vocal de base fonética VPAS-PB mostrou-se justamente aplicável ao grupo de professores do presente estudo uma vez que os achados de qualidade vocal e de dinâmica vocal apresentaram-se compatíveis com os quadros de distúrbio de voz e alteração laríngea (plano fisiológico) e com as medidas acústicas, conforme critérios de inclusão na amostra. Descritores: Qualidade de Voz; Percepção Auditiva; Acústica da Fala; Medida de Produção da Fala; Fonética.

15 ABSTRACT Silva-Lima, MFB. Vocal quality evaluation with phonetical motivation: integrated analisys of perception and acoustic data. [doctor thesis]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, AIM: to verify whether the phonetic nature script Vocal Profile Analysis Scheme can be applied to Brazilian Portuguese (VPAS-BP) or not, for the perceptive evaluation of quality and vocal dynamics of speech samples in a group of teachers with vocal disturbs and laryngeal changes from two public schools in Sorocaba city (SP), as well as to discuss the correspondence with acoustic analysis data. METHODOLOGY: The above mentioned group was formed by 25 female teachers with complaints or voice disturbs and medical diagnosis of laryngeal changes. The stimuli used for the auditoryperceptive analysis refer to records of semi-spontaneous speech (interview and class simulation) and to reading standard texts, totalizing 75 stimuli taken from data banks of previous researches. Those samples were selected on the basis of perceptive experiments (nature and duration of samples) and values in the relationship signal/noise. After the experiments, the samples were edited and analyzed by means of acoustic and perceptive procedures. From the auditory-perceptive point of view, the samples were evaluated by 5 judges; from those, 4 participated in a 15 hour workshop on how to use the VPAS-BP. The 90 samples (75 plus 15 repetitions) were randomly presented through the script Experiment MFC 3.2, applied to the software PRAAT (version 5143). From the acoustic point of view, the same samples were edited through the script SG Expression Evaluator, and it was possible to extract f0, intensity, spectral slope and the long term spectrum (LTS).The perceptive and acoustic data were statistically analyzed: comparison of the average and analysis of multiple correlations (canonic analysis, cluster analysis and discriminant). Features like the agreement and trustfulness inter and intra judges in the VPAS-BP were treated by means of the Cochran and Snedecor test to analyze the behavior of the judges group. It was also made the analysis of the vocal quality profile in the studied samples, the agglomerative cluster hierarchical analysis, the vocal qualities adjustments and vocal dynamics aspects. The acoustic data were analyzed through the agglomerative cluster hierarchical analysis. The procedures of canonical correlation and discriminant analysis were applied to the study of the correlations among perceptive data and acoustic measures. RESULTS: the most frequent adjustments of vocal quality in the studied group were, in decreasing order: laryngeal hyperfunction, harsh voice, lifted larynx, vocal tract hyperfunction, closed jaw, pharynx constriction, lifted tongue body and air escape. The features of vocal dynamics, in decreasing order, were: inadequate breathing support, less variety in pitch, lifted usual pitch, lifted usual loudness, fast elocution rate and raised variety in loudness. The acoustic measures that showed extreme combinations were: mean and absolute deviation of spectral slope and ELT absolute deviation, in one extreme, and in the other, f0 median and quantile of 99,5%. Concerning the correspondence between the perceptive and acoustic data, it was found that the f0 measures (median) and ETL measures (absolute deviation) were close to phonatory adjustments. In one hand, the f0 measures (asymmetry and semi amplitude between quarts) and the intensity (asymmetry) were in the same group of lifted larynx adjustments, less extension of jaw and less variety of loudness, whereas the f0 measures (99,5% quantile) and the spectral slope measures (media, absolute deviation and asymmetry) were in a group with the biggest concentration of adjustments. The most frequent were: laryngeal hyperfunction, closed jaw and lifted tongue body, as well as the dynamic vocal aspects related to inadequate breathing support, lifted usual pitch and loudness, less variety of pitch and loudness. CONCLUSIONS: it was verified that the VPAS-BP was totally applicable to the group of teachers in this study, for the findings of vocal quality and vocal dynamics were compatible with the voice disturbs and laryngeal changes (physiological level) and with the acoustic measures, according to the inclusion criteria in the samples. Key-words: Voice quality; Auditory Perception; Speech Acoustics; Speech production measure; Phonetics.

16 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA: ABORDAGEM FONÉTICA DE QUALIDADE VOCAL NO CONTEXTO FONOAUDIOLÓGICO Qualidade vocal do ponto de vista perceptivo Qualidade vocal do ponto de vista acústico MÉTODOS Descrição do banco de dados e delineamento do grupo estudado Procedimentos de edição e tratamento das amostras de fala O experimento de percepção de qualidade vocal com motivação fonética Análise estatística Síntese dos procedimentos metodológicos RESULTADOS Análise perceptivo-auditiva: Roteiro VPAS-PB Análise acústica: inspeção acústica e medidas de frequência fundamental, intensidade, declínio espectral e espectros de longo termo Correlações entre a percepção e acústica da qualidade e dinâmica vocal DISCUSSÃO: CORRELAÇÕES ENTRE PERCEPÇÃO E ACÚSTICA DA QUALIDADE VOCAL DE UM GRUPO DE PROFESSORES - UM OLHAR SOB A PERSPECTIVA FONÉTICA 6. CONCLUSÕES 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

17 ANEXOS 126 ANEXO 1 Voice Profile Analysis for Brasilian Portuguese VPAS-PB 127 ANEXO 2 Dados referentes às pesquisas que utilizaram VPAS 129 ANEXO 3 Aprovação do Comitê de Ética da PUC-SP 133 ANEXO 4 Questionário: Condição de Produção Vocal do Professor CPV-P 134 ANEXO 5 Protocolo de Avaliação Laringológica 142 ANEXO 6 Texto padronizado 143 ANEXO 7 Formulário específico para tarefa de percepção ANEXO 8 Formulário específico para tarefa de percepção ANEXO 9 Formulário específico para tarefa de percepção ANEXO 10 Quadro com a descrição dos dados de avaliação laringológica 152 ANEXO 11 Script Experiment MFC ANEXO 12 Formulário de resposta do experimento de percepção de qualidade vocal por meio do roteiro VPAS-PB 156 ANEXO 13 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos juízes 157 ANEXO 14 Folheto referente à apresentação do material do Workshops em avaliação de qualidade vocal com motivação fonética ANEXO 15 Traçados dos espectros de longo termo das 25 professoras que correlacionam os três estilos de fala ANEXO 16 Autorização para o uso do script SG Expression Evaluator 167 ANEXO 17 Medidas acústicas para as amostras de fala de diferentes estilos de todos os falantes do grupo estudado 168

18 18 1. INTRODUÇÃO A concepção da presente pesquisa remonta a dois estudos: um centrado na qualidade vocal com motivação fonética (LIMA et al., 2007) e outro com enfoque na qualidade vocal (e em suas alterações) (LIMA, 2008), em contextos de fala distintos. O primeiro foi desenvolvido em Curso de Especialização em Voz (no âmbito da Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão - COGEAE/PUC-SP) e explorou as particularidades da qualidade vocal e de formantes das vogais de falantes adultos da cidade de João Pessoa (LIMA et al., 2007); e o segundo, no Mestrado em Fonoaudiologia na PUC-SP, com falantes professores do município de Sorocaba (SP). Na presente pesquisa, cujo enfoque é a qualidade vocal com base no modelo fonético, evidencia-se a eficácia da integração entre procedimentos perceptivos e acústicos na descrição fonética de variantes de qualidade vocal procedimento analítico ainda incipiente no panorama do Português Brasileiro (PB). Dessa forma, a complementariedade e interdependência existente entre as duas esferas percepção e produção caracteriza-se como primeiro passo na inserção dos estudos linguísticos e da Ciências da Fala, mais especificamente na área das Ciências Fonéticas. Tais vivências na especialização em voz e a demanda por novas explorações de qualidade vocal refletiram-se no ingresso desta pesquisadora no Mestrado em Fonoaudiologia na PUC-SP, no qual foi desenvolvida uma investigação sobre a voz do professor, especificamente o do ensino fundamental e médio, da rede pública da cidade de Sorocaba (SP) (LIMA, 2008). Neste estudo, investigou-se a voz do docente

19 19 sob três prismas: do próprio professor, aplicando um questionário de autopercepção da voz (FERREIRA et al., 2007); do fonoaudiólogo, com o uso da avaliação perceptivo-auditiva da voz escala GRBASI (HIRANO, 1981; ISSHIKI et al., 1966, 1969; DEJONCKERE et al., 1996) e do otorrinolaringologista, com a utilização do exame nasofibroscópico e seu respectivo diagnóstico (CRESPO, 2009). Com esta pesquisa, foi possível concluir que, para o diagnóstico das necessidades da população a ser tratada, a combinação de um dos dois instrumentos avaliação fonoaudiológica ou otorrinolaringológica na implantação de programas de prevenção desse agravo à saúde, é recomendável. Além disso, a análise de distúrbio de voz envolveu essencialmente a descrição do aspecto fonatório (laríngeo). Tais achados foram compatíveis com a presente proposta do estudo e relevantes do ponto de vista da demanda para identificação da natureza dos distúrbios de voz em questão. Ao mesmo tempo, surgiu o questionamento sobre a limitação, ou mais precisamente, sobre a demanda de ampliação dos aspectos investigados para os ajustes supralaríngeos, uma vez que vários professores da pesquisa apresentavam alteração em outras esferas de produção da fala (articulação, ressonância e respiração), além da fonte de fonação, as quais não haviam sido contempladas pelo instrumento adotado (escala GRBASI). Tais evidências mostraram-se interessantes no sentido de que levantam algumas reflexões a respeito da natureza e da fundamentação teórica dos protocolos de avaliação e de descrição perceptiva de voz utilizados no contexto científico e na clínica, bem como sua relação ao histórico vocal do falante, profissional ou não, da voz.

20 20 Além desses dois estudos, outra questão importante evidenciada em grande parte das pesquisas na área de voz refere-se à escassa estruturação de corpus de fala utilizado para avaliação vocal, uma vez que vários procedimentos focam exclusivamente as emissões de vogais sustentadas. Muitos fonoaudiólogos e pesquisadores da área de voz utilizam variados corpora falados (vogais isoladas e sustentadas, leituras de texto, emissões automáticas-contagem, dias da semana e meses do ano, nomeação de figuras, relatos a partir de figuras, emissões dirigidas, dentre outras) e cantados (vocalizes, trechos de músicas adaptados do repertório e do estilo em foco). Pelo histórico de investigações, há, inclusive, indícios de que a qualidade vocal varia de acordo com a tarefa (estilo de fala) e a situação de fala em questão (LIMA et al., 2009). Todos esses fatos chamam a atenção para a cuidadosa estruturação de um determinado corpora, a fim de que a análise da qualidade vocal seja conduzida com acurácia. A busca por respostas a essas inquietações foi o estímulo para o ingresso no Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem - PEPG LAEL 1 da PUC-SP, no intuito de dialogar com outra área de conhecimento, e, por conseguinte, investigar, sob outro olhar científico, a voz do professor, a partir do conjunto de amostras de voz, anteriormente explorados em LIMA (2008). 1 Um dos objetivos do Programa do LAEL é promover investigações científicas que tenham como foco central a melhora do processo ensino-aprendizagem, bem como da comunicação mais eficiente entre professor e aluno e, decorrentemente, a promoção de políticas públicas que beneficiem as relações de trabalho e o processo saúde-doença desse profissional. Tal Programa de investimentos teóricos e práticas sociais coloca a Linguística Aplicada e os Estudos da Linguagem, mais especialmente a linha de pesquisa Linguagem e Patologias de Linguagem da PUC-SP, em sintonia com outras áreas das ciências, dentre elas, a Fonoaudiologia.

21 21 Nesse sentido, o interesse maior em realizar este estudo surgiu do desejo de dar continuidade à pesquisa de mestrado, o que possibilitou a composição de um banco de dados diversificado e rico. Este banco de dados apresenta amostras gravadas em estilos de fala diferenciados (fala lida, fala semiespontânea-entrevista e fala semiespontânea-simulação de aula), as quais passaram por procedimentos de qualificação dos registros, imprimindo, assim, uma característica singular à coleta de vozes de professores. Além disso, tal banco de dados foi explorado por um grupo interdisciplinar de pesquisadores composto por fonoaudiólogos, médico otorrinolaringologista e ortodontista (LIMA, 2008; CRESPO, 2009; MACHADO et al., 2009; CAPOROSSI e FERREIRA, 2011). Segundo a literatura nacional e internacional, dentre os profissionais da voz, o professor pertence à categoria que apresenta maior prevalência de distúrbios de voz. Considere-se também que esse profissional tem na voz um dos principais instrumentos de trabalho em sala de aula (SMITH et al., 1997; MATTISKE et al., 1998; DRAGONE, 2000; VIOLA et al., 2000; SIMÕES et al., 2000; FERREIRA et al., 2003; SIMÕES, 2004; ROY et al., 2004; PRECIADO et al., 2005; DRAGONE et al., 2010; GIANNINI, 2010). Em razão do complexo panorama educacional brasileiro, muitos professores acabam sendo afastados (corroborando o fenômeno do absenteísmo) e readaptados, em seguida, as suas atividades, conforme o referido por funcionários da Prefeitura de Sorocaba e pelos resultados de pesquisas realizadas por RUIZ et al., (1997) e RUIZ (2001), na referida cidade. Esse fato é evidenciado em inúmeras outras localidades brasileiras, tais como: no Rio de Janeiro (OLIVEIRA, 2001; PROVENZANO e SAMPAIO, 2010); em Salvador (SILVANY NETO et al., 2000; THOMÉ, 2007;

22 22 ARAÚJO et al., 2008; PORTO et al., 2008; ARAÚJO e CARVALHO, 2009; CEBALLOS et al., 2011; SOUZA et al., 2011); em Belo Horizonte (GASPARINI et al., 2005; GASPARINI et al., 2006; MEDEIROS et al., 2006, 2008; JARDIM et al., 2007a, 2007b; VIANELLO et al., 2008; ASSUNÇÃO e OLIVEIRA, 2009; GAMA et al., 2011), entre outros. Em torno dessa problemática, que se pode nomear de incidência frequente e em todo o país, desenvolve-se a presente pesquisa que busca integrar duas áreas de conhecimento, a Linguística e a Fonoaudiologia, e suas respectivas subáreas: Ciências Fonéticas e Especialidade de Voz. O intuito é o de encontrar caminhos e respostas para as questões que envolvem o diagnóstico (avaliação) fonoaudiológico da voz, particularmente da voz do professor. Pesquisadores e clínicos da área de voz têm a sua disposição uma variedade de propostas de avaliação, fundamentadas em instrumental e terminologia de outras áreas (medicina, psicologia, música, artes, sociologia, linguística), muitas com alto reconhecimento internacional, tais como: a escala GRBAS (ISSHIKI et al., 1966, 1969; HIRANO, 1981) ou GRBASI (DEJONCKERE et al., 1996), na sua adaptação ao português brasileiro RASATI (PINHO e PONTES, 2008); SVEA - Swedish Voice Evaluation approach - (HAMMARBERG et al., 1980); Buffalo Voice Screening Profile (WILSON, 1987) para a avaliação infantil; CAPE-V- Consensus auditoryperceptual evaluation of voice (American Speech-Language-Hearing Association); no Brasil, as Escalas Brandi de Voz Falada (BRANDI, 1990, 1996, 2002) e, finalmente, o instrumento escocês de avaliação do perfil da qualidade vocal, Vocal Profile Analysis Scheme VPAS (LAVER et al., 1981), e sua adaptação ao português brasileiro, VPAS-PB (CAMARGO e MADUREIRA, 2008a).

23 23 Visando a descrever as alterações de caráter multidimensional da voz do professor, esta pesquisa contempla o modelo fonético de análise da qualidade vocal de autoria de LAVER (1980), os princípios da fonética experimental de LLISTERRI (1991) e da fonética acústica de FANT (1970). O modelo de LAVER (1980) deriva da classificação fonética tradicional, ao propor um sistema de descrição da qualidade vocal baseado na combinação de achados articulatórios, fisiológicos, acústicos e auditivos de mobilizações produzidas pelo aparelho fonador durante a fala; e centra-se na descrição de unidade analítica para avaliação da qualidade vocal: setting, doravante mencionado como ajuste, que corresponde à tendência de o falante manter uma postura fonatória ou articulatória por certo período de tempo no fluxo da fala. Com base no modelo fonético, LAVER et al. (1981) elaboraram o roteiro VPAS, que investiga a qualidade vocal como resultado da combinação de ajustes laríngeos (fonatórios), supralaríngeos (articulatórios), e de tensão muscular. Dessa forma, mudanças na dinâmica das estruturas do aparelho fonador ocasionam modificações na qualidade vocal que podem ser descritas pelo VPAS (CAMARGO, 2002; CAMARGO et al., 2004; LIMA et al., 2007). Nesta perspectiva, a adoção do modelo fonético e do roteiro VPAS, na presente pesquisa, pode proporcionar uma descrição mais detalhada e ampliada dos aspectos perceptivos da voz, identificando os mecanismos de sobrecarga do aparelho fonador em seus vários níveis de funcionamento, no grupo de professores estudado. Contemplando o panorama de pesquisas e retomando a observação do contato com os professores da rede pública de Sorocaba, verifica-se que o modelo fonético oferece várias possibilidades de contribuições para o contexto da avaliação

24 24 perceptivo-auditiva do falante (profissional ou não da voz). Neste sentido, a inspeção das amostras constantes no banco de dados da pesquisa de mestrado (LIMA, 2008) revelou que várias apresentavam ajustes de qualidade vocal no plano articulatório (mandíbula fechada, hipernasalidade, hiperfunção do trato vocal); foram referidas, porém, como tendo uma qualidade vocal normal, a partir dos instrumentos adotados (escala GRBASI). Sob essa perspectiva, a abordagem fonética da qualidade vocal pode contribuir, de forma significativa, para a prática fonoaudiológica. Tal ponto de vista favorece a reflexão sobre os vários graus de estados de alteração do mecanismo vocal, de caracterização do sotaque e/ou de consideração dos aspectos de expressão de atitudes e emoções, no campo de expressividade (MADUREIRA, 2008; MADUREIRA e CAMARGO, 2010), assim como a implicação entre ambas as áreas, ao compatibilizar os achados de qualidade e dinâmica vocal às atitudes e emoções transmitidas pela fala. Ao analisar os aspectos vocais perceptivos do grupo de professores pesquisados, a descrição de correlatos acústicos também mostra-se relevante. Afirmativa esta que se baseia na concepção de que a qualidade vocal é produto da interação de dois aspectos: o sinal acústico da voz e o próprio ouvinte (KREIMAN e GERRATT, 2000). Neste sentido, o sinal acústico evoca a qualidade vocal no ouvinte. Logo, os dados acústicos são tidos como primordiais, correspondentes ao detalhamento do sinal acústico processado pelo ouvinte (GERRATT e KREIMAN, 1995; KREIMAN e GERRATT, 1996). Do ponto de vista acústico, observa-se que a qualidade vocal engloba os efeitos perceptuais da curva espectral, e de suas mudanças no tempo, além de

25 25 flutuações periódicas de amplitude ou frequência fundamental e qualquer componente de ruído do sinal (PLOMP, 1976). Assim, nesta pesquisa de doutorado, avalia-se um conjunto de medidas acústicas que traduzem o aspecto multidimensional (de longo termo) da qualidade vocal de professores com alteração laríngea e distúrbio de voz. Aborda-se também a possibilidade de se trabalhar com trechos de fala representativos do falante/professor em seu quotidiano (fala lida, fala semiespontânea-entrevista e fala semiespontânea-simulação de aula). Tal fato é relevante na busca por aprofundamento das correspondências entre percepção e acústica do sinal vocal. O presente estudo fundamenta-se também nos princípios da fonética experimental (LLISTERRI, 1991), buscando integrar a Fonética Perceptiva e a Fonética Acústica por meio da adoção da teoria acústica da produção da fala (FANT, 1970). Essa teoria é fundamentada no modelo fonte-filtro para a produção das vogais, com possibilidades de correspondência aos ajustes de qualidade vocal, uma vez que enfocam as variações sofridas pela energia sonora ao longo de vários segmentos do aparelho fonador, o que corresponde aos ajustes das esferas do trato vocal, fonatória, de tensão muscular no plano perceptivo. O grupo de falantes/professores estudado foi selecionado com base em três experimentos: Teste de Percepção 1 (para definir a natureza das amostras de fala), Teste de Percepção 2 (para definir a duração das amostras de fala) e Teste de Percepção 3 (para selecionar as gravações com melhor qualidade de áudio), delimitando a população para pesquisa. Esses procedimentos fazem valer a exigência pela ciência de um tratamento metodológico cuidadoso na composição do banco de

26 26 dados, uma vez que, se aplicado um procedimento inadequado, este pode interferir de forma negativa nos resultados. No Brasil, diferentemente de outros países, o campo fonoaudiológico ainda não incorporou a motivação fonética na avaliação de voz. Contudo, há vários estudos que utilizaram VPAS para avaliar a qualidade vocal, revelando resultados promissores, fundamentados em correlações entre o plano acústico, perceptivo e fisiológico (GUEDES, 2003; MAGRI, 2003; ANDRADE, 2004; CAMARGO et al., 2004; PERALTA, 2005; CUKIER, 2006; BLAJ et al., 2007; LIMA et al., 2007; MAGRI et al., 2007; CAMARGO e MADUREIRA, 2010; CAMARGO et al., 2011a, RUSILO et al., 2011). Estudos desta natureza podem colaborar para o avanço das pesquisas com avaliação fonética da qualidade vocal, centradas na possibilidade de abordar os desafios que permeiam os experimentos com base em percepção auditiva. Destacamse aí: a qualidade das amostras analisadas (aspecto acústico, natureza, duração e qualidade do estímulo de áudio), a concepção geral e a aplicabilidade de experimentos de percepção, as formas de apresentação das amostras (testes de percepção) aos juízes, a interpretação das respostas destes últimos aos testes/experimentos, sua formação e o seu treinamento, os meios de avaliar o comportamento (dos julgamentos perceptivos) de um grupo de juízes a partir de testes estatísticos e a abordagem de um conjunto de medidas acústicas reveladoras do aspecto multidimensional da qualidade vocal. Nesse sentido, o uso do VPAS-PB e o diálogo interno do grupo de pesquisadores do LIAAC/PUC-SP (Laboratório Integrado de Análise Acústica e Cognição da PUC-SP) têm evidenciado a necessidade da formação em fonética, da

27 27 assimilação dos preceitos teóricos do modelo de descrição da qualidade vocal, e da convivência e treinamento no uso do roteiro VPAS-PB (HARA e VELOSO, 2003; CAMARGO e MADUREIRA, 2008a, 2008b). Diante do contexto ora explicitado, emergem as seguintes questões: A partir do referencial fonético, e com base na Fonética Experimental, como a investigação de qualidade vocal pode se beneficiar da adoção de Modelo Fonético? De que forma as amostras analisadas e a experiência dos juízes podem interferir nas descrições de qualidade e dinâmica vocal? Há possibilidade de composição de procedimentos do tratamento estatístico que contemplem as concordâncias e discordâncias dos juízes no uso da abordagem fonética de qualidade vocal? Os julgamentos de avaliação da qualidade e da dinâmica vocal são diferenciados entre os diversos estilos de fala para os mesmos falantes? A descrição de correlatos acústicos e perceptivos de qualidade e dinâmica vocal amplia a descrição das amostras vocais de um grupo de professores anteriormente analisados? Quais seriam os correlatos acústicos dos ajustes de qualidade vocal e de aspectos de dinâmica vocal de um grupo de professores da rede pública da cidade de Sorocaba? Buscando respostas para tais questões, a presente investigação tem como objetivo geral verificar a aplicabilidade de um roteiro de natureza fonética: Vocal Profile Analysis Scheme for Brazilian Portuguese (VPAS-PB), para a avaliação

28 28 perceptiva de qualidade e dinâmica vocal de amostras de fala de um grupo de professores com distúrbio de voz e alteração laríngea, provindos de duas escolas da rede pública do ensino fundamental e médio do município de Sorocaba (SP), bem como discutir a respectiva correspondência com os dados de análise acústica, de forma a: - descrever o perfil de qualidade vocal desse grupo de professores com alteração laríngea, em três estilos de fala, por meio de um roteiro VPAS-PB; - avaliar a formação de um grupo de juízes no uso do roteiro VPAS PB; - descrever um conjunto de procedimentos estatísticos que contemplem as concordâncias e discordâncias dos juízes no uso da abordagem fonética de qualidade vocal; - discutir as vantagens e desvantagens da adoção de modelo fonético de descrição da qualidade vocal; - avaliar a sensibilidade de um grupo de medidas acústicas para detecção de ajustes de qualidade vocal nos professores em foco; - investigar a correspondência entre as esferas acústica e perceptiva na investigação de qualidade vocal. Esta pesquisa filia-se ao LIAAC, o Grupo de Pesquisa de Estudos sobre a Fala, no escopo do projeto de pesquisa Avaliação Fonética da Qualidade Vocal, dentro da Linha de Pesquisa Linguagem e Patologias da Linguagem (situada no departamento de Linguística-PEPG LAEL), da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

29 29 2. REVISÃO DE LITERATURA - ABORDAGEM FONÉTICA DE QUALIDADE VOCAL NO CONTEXTO FONOAUDIOLÓGICO BRASILEIRO A correlação entre as esferas perceptiva e acústica e as respectivas contribuições para análise da qualidade vocal são discutidas neste capítulo. Este, por sua vez, é dividido em duas seções Qualidade vocal do ponto de vista perceptivo e Qualidade vocal do ponto de vista acústico, as quais justificam e fundamentam em suas articulações os métodos adotados e a discussão dos achados QUALIDADE VOCAL DO PONTO DE VISTA PERCEPTIVO O campo fonoaudiológico brasileiro é favorecido pela clássica divisão entre fala e voz, quase expressa, via de regra, nas escalas e roteiros de avaliação perceptivo-auditiva utilizados na área. O avanço das pesquisas fonoaudiológicas envolvendo a análise perceptivo-auditiva faz surgir a necessidade de transcender essa dicotomia entre fala e voz, na tentativa de resgatar a abordagem integrada do sinal sonoro (sinal vocal como parte integrante do sinal da fala) e de satisfazer a caracterização da ação e do desempenho do aparelho fonador na produção vocal. Por conseguinte, torna-se fundamental a integração dos conceitos de voz e fala de modo a subsumir as esferas perceptivo-auditiva, acústica e fisiológica, incluindo as informações de percepção e produção do sinal vocal (CAMARGO e MADUREIRA, 2009). Dessa forma elege-se, na presente pesquisa, como referencial teórico a abordagem fonética, que investiga a produção de sons pelo aparelho fonador em seus correlatos acústicos, perceptivos (auditivos) e fisiológicos (articulatórios). Nessa linha, CAMARGO (2002) afirma

30 30 que a descrição fonética pode colaborar para a mudança do panorama de distinção entre voz (qualidade vocal) e fala, situando-se, assim, esta elaboração teórica contrariamente a uma visão dicotômica. De acordo com o modelo fonético (LAVER, 1980), a qualidade vocal congrega mobilizações dos planos laríngeo (ajustes fonatórios), supralaríngeo (ajustes articulatórios) e de tensão muscular (ajustes de tensão) do aparelho fonador. Este mesmo teórico define, então, qualidade vocal como resultante de ajustes fonatórios, articulatórios e de tensão que caracterizam a fala de um indivíduo de maneira parcial ou total. MACKENZIE-BECK (2005) acresce a essa definição o aspecto respiratório, referindo que a definição de qualidade vocal compatibiliza todas as tendências de produção de fala de longo termo, características de um falante em particular, ou seja, o produto das atividades respiratória, laríngea e do trato vocal. Deve-se notar que a qualidade vocal é um dos veículos que favorecem as interações sociais, tanto em termos comunicativos quanto informativos. É ela, de fato, resultante da combinação entre o estado orgânico do falante (fatores intrínsecos) e os ajustes fonéticos (fatores extrínsecos) produzidos pelo aparelho fonador. São estes últimos (ajustes musculares de longo termo) de controle voluntário, codificados dentro de enquadramentos culturais, linguísticos e paralinguísticos e utilizados pelos falantes de maneira comunicativa. Desse modo, são controláveis os ajustes musculares, podendo ser aprendidos e modificados quando se faz necessário (MACKENZIE-BECK, 2005). No Brasil, vários estudos foram realizados sob a perspectiva fonética, com os autores apontando vantagens nesta abordagem da qualidade vocal (MADUREIRA, 1992; SPINA e CRISPIM, 1998; PEDRO, 1998; FOUQUET, 2001; CASSOL et al., 2001; CAMARGO, 2002; DENUNCI, 2003; GUEDES, 2003; HARA e VELOSO, 2003; MAGRI, 2003; CAMARGO et al., 2004; ANDRADE, 2004; MENDES, 2004; NUNES, 2005; PERALTA, 2005; VIOLA, 2006; CUKIER, 2006; LIMA et al., 2007; MAGRI et al., 2007; CAMARGO

31 31 e MADUREIRA, 2008a; CAMARGO e MADUREIRA, 2008b; CAMARGO e MADUREIRA, 2009; LIMA et al., 2009; CAMARGO e MADUREIRA, 2010; MADUREIRA e CAMARGO, 2010; CAMARGO et al., 2010, 2011a; FERNANDES, 2011). Para MADUREIRA (2006), a Fonética, além de promover o aperfeiçoamento da escuta, permite que se integrem informações de produção às de percepção, favorecendo a atuação do fonoaudiólogo quanto a este trazer aportes substanciais à clínica fonoaudiológica. Aportes que se aplicam seja ao lidar com os distúrbios da fala, seja ao avaliar a qualidade e dinâmica vocal, mas especialmente ao assessorar profissionais da voz. Nesse sentido, a Fonética oferece subsídios para a análise de fala, com base tanto no modelo e roteiro para a descrição das qualidades e da dinâmica da voz (LAVER, 1980; LAVER et al., 1981), quanto no estudo da interface que engloba da intenção à articulação (LEVELT, 1989) e mesmo da articulação à percepção (LINDBLOM, 1996). Desse modo, as funções comunicativas da qualidade vocal envolvem qualquer modificação fonética pretendida pelo falante ao passar determinada informação. Modificações essas que podem ser: - de curto termo, afetando alguns segmentos utilizados para regular o discurso, por meio de modificações no tom de voz; - ou de longo termo, usadas para sinalizar ao leitor a emoção ou o humor do falante (LYONS, 1977). Assim é que cada falante tende a usar, em longo termo, ou de forma recorrente, ajustes musculares particulares como parte de seu estilo habitual de fala (LAVER, 1979). Contudo, as características de qualidade vocal de natureza orgânica (fatores intrínsecos), e, portanto, de controle involuntário, não deixam de afetar o poder informativo da voz. Isso significa que os ouvintes são capazes de fazer inferências sobre os atributos físicos, psicológicos ou sociais de um determinado sujeito, justamente baseados no julgamento auditivo de sua voz. No caso de descrições de padrões habituais da qualidade vocal, relativas ao sotaque de uma região ou comunidade, MACKENZIE-BECK (2005)

32 32 sugere que essas características de qualidade vocal sejam consideradas de caráter informativo e não comunicativo, ainda que também sejam um produto de ajustes musculares do aparelho fonador. Dessa forma, a qualidade vocal oferece informações veiculadas permanentemente, de longo termo; e temporariamente (quase permanentes), de curto termo (LAVER, 1979; LAVER, 1980; LAVER, 2000; LAVER e MACKENZIE-BECK, 2007). De maneira mais permanente e fora do controle do falante, a voz transmite características como sexo, idade e estado físico (caso, por exemplo, de doenças respiratórias). Temporariamente controlável ou não, a voz veicula informações de ordem comunicativa e/ou emocional, a que corroboram as seguintes palavras de MACKENZIE-BECK (2005): a qualidade vocal comunica e informa. Outro ponto de destaque, no modelo fonético, refere-se à adoção de uma unidade analítica, o setting (o ajuste) que corresponde a uma tendência de o falante manter, por um certo período de tempo, uma postura fonatória, ou articulatória, ou de tensão. Além disso, o modelo estabelece um ajuste de referência: o ajuste neutro. O termo neutro refere o padrão intermediário de manifestação dos ajustes nos planos laríngeo, supralaríngeo e de tensão, que funciona como um sistema de referência para identificação dos ajustes que resultam de uma determinada descrição vocal. Nesse aspecto, o modelo fonético de descrição da qualidade vocal oferece várias contribuições relevantes para a avaliação da qualidade vocal, justamente por adotar uma unidade analítica, permitindo variadas combinações. O parâmetro utilizado como referência para os julgamentos não é a normalidade (dentro da clássica dicotomia normal x alterado), característica da maioria das escalas e protocolos fonoaudiológicos da área de voz, mas a referência a um estado intermediário de atividade (ajuste neutro), que permite graduar as manifestações de condições comunicativas, informativas, expressivas e, inclusive, das alterações de qualidade vocal.

33 33 Além disso, o modelo é fundamentado em três princípios. Os dois primeiros referemse à relação entre ajustes: - de compatibilidade, em que um ajuste exclui por antagonismo a execução do outro; - de interdependência, em que um ajuste interfere na produção de outro (facilitando ou alterando a realização desse outro), estando ambos relacionados ao funcionamento interdependente dos movimentos musculares do trato vocal. O terceiro referese à relação entre ajustes e segmentos e denomina-se princípio de susceptibilidade. Neste, um segmento (vogal e consoante) pode ser suscetível à interferência de um ajuste; isto é, ele refere o grau de vulnerabilidade dos segmentos em relação aos ajustes, principalmente aqueles segmentos tidos como chave para a detecção dos eventos da qualidade vocal (MACKENZIE-BECK, 2005). Dessa forma, quando os ajustes apresentam características não compartilhadas pelo segmento, este último torna-se mais susceptível à influência dos primeiros. Vale acrescentar que, em estudo recente com um grupo de professoras, FERNANDES (2011) descreveu uma relação de interdependência entre os ajustes de qualidade vocal e os elementos de dinâmica vocal. Observou também que há ajustes mais compatíveis com certas adaptações laríngeas, sendo possível detectar combinações de ajustes no trato vocal, na laringe e no nível de tensão muscular, que sinalizam quadros de alteração de voz no grupo pesquisado. Com relação às relações entre os ajustes de qualidade vocal e os aspectos de dinâmica vocal, a autora verificou os seguintes agrupamentos: voz soprosa, hiperfunção de trato vocal e loudness - variabilidade aumentada; falsete e pitch - extensão aumentada; voz áspera, escape de ar, laringe alta, pitch - variabilidade diminuída e pitch - extensão diminuída; hiperfunção laríngea, lábios estirados, pitch - variabilidade aumentada, taxa de elocução rápida e loudness habitual aumentado. Quanto aos ajustes de qualidade vocal, voz áspera e escape de ar, estes também se mostraram frequentemente associados.

34 34 Com base nessa perspectiva, o foneticista John Laver, junto a um grupo composto por duas fonoaudiólogas e um cientista de fala, apresentaram o roteiro denominado Vocal Profile Analyses Scheme VPAS (LAVER et al., 1981). Esse roteiro foi fruto de um projeto que teve a duração de três anos ( ), cujo objetivo foi desenvolver uma ferramenta de avaliação perceptivo-auditiva da qualidade vocal, que poderia ser usado tanto na clínica, quanto na pesquisa científica. O projeto envolveu sujeitos portadores de perda auditiva profunda, paralisia cerebral, síndrome de Down e doença de Parkinson. Dessa maneira, o roteiro VPAS compreende a avaliação perceptivo-auditiva da qualidade vocal por meio da análise de aspectos supralaríngeos, laríngeos e de tensão muscular, bem como a avaliação dos aspectos da dinâmica vocal, ou seja, dos demais elementos prosódicos da fala, tais como os parâmetros de pitch e loudness (avaliados quanto ao padrão habitual, à extensão e à variabilidade), a duração (continuidade e taxa de elocução), além do suporte respiratório. Dessa forma, o avaliador constrói por meio do VPAS um perfil vocal do que escuta na fala de um indivíduo de forma recorrente (LAVER et al., 1981; LAVER, 2000; LAVER e MACKENZIE-BECK, 2007). Vale salientar que LAVER (1980) considera a possibilidade de ocorrência de ajustes compostos (combinações de ajustes simples) para o plano fonatório. Dessa forma, a combinação dos ajustes de voz áspera (ajuste composto resultante da combinação de ajuste modal e fator aspereza) e de escape de ar (ajuste simples) compõe a característica de rouquidão como entendida por LAVER et al. (1981).Tal achado é compatível com a descrição de TITZE (1995), enquanto combinação das dimensões auditivas de aspereza e soprosidade. LAVER (1980) ainda reforça que a aspereza relaciona-se a um aumento de tensão laríngea, causado por onda glótica irregular, perturbações de frequência fundamental e característica sonora tida como desagradável.

35 35 Nos primórdios da avaliação vocal, não somente no Brasil, as avaliações perceptivoauditivas, tanto do ponto de vista da clínica, quanto do campo científico, em geral, eram baseadas em conceitos e descrições impressionísticas oriundas dos mais variados campos de conhecimento, acarretando uma grande diversidade atributiva à qualidade vocal: escura, brilhante, abafada, gutural, clara, aberta, assobiada, anasalada, branca, flutuante, infantil, com cor, cortante, desafinada, macia, mole, leve (BOONE, 1996). Com o objetivo de analisar o papel da matéria fônica na veiculação de efeitos de sentido, e as implicações metafóricas e estéticas da construção de sentido via som no discurso oral, MADUREIRA (1992) empregou o VPAS como instrumento de descrição da qualidade vocal em contexto de expressividade, no qual foi realizada uma análise dos recursos vocais de um locutor. A partir dessa pesquisa, a autora orientou vários trabalhos em avaliação fonética de qualidade vocal, tais como o de SPINA e CRISPIM (1998), no qual o VPAS foi utilizado como ferramenta auxiliar de análise de demarcação de fronteiras prosódicas mediais e finais em enunciados lidos. No mesmo grupo, PEDRO (1998) empregou esse roteiro como um instrumento de investigação das alterações de qualidade vocal ao longo dos enunciados. Tais trabalhos representaram o primeiro passo no sentido de inserir a noção de qualidade vocal de natureza fonética nos estudos do LIAAC e do PEPG LAEL/PUC-SP. A primeira publicação do VPAS no meio fonoaudiológico brasileiro foi realizada por CASSOL et al. (2001), em parceria com o PEPG LAEL/PUC-SP. O estudo teve o intuito de estudar a aplicabilidade clínico-fonoaudiológica do VPAS em vozes disfônicas. Concluiu-se que o VPAS seria adequado à classificação perceptiva da voz, enfocando aspectos anátomofisiológicos e acústicos da qualidade vocal, mostrando-se interessante e oportuno para todos os que pesquisam os aspectos comunicativos da fala e da voz. O roteiro de avaliação da qualidade vocal, Vocal Profile Analysis Scheme VPAS passa por atualizações frequentes (LAVER, 2000; LAVER e MACKENZIE-BECK, 2007).

36 36 Dessa forma, a fim de ser aplicado no caso de falantes brasileiros e, em razão da presença de características fonéticas específicas da nossa língua, esse roteiro passou por uma adaptação para o PB-Português Brasileiro, que resultou no Voice Profile Analysis Scheme for Brazilian Portuguese VPAS-PB (Anexo 1), realizado pelas autoras CAMARGO (2002), CAMARGO e MADUREIRA (2008a), o qual sofreu algumas mudanças de terminologia dos ajustes baseadas nas publicações de LAVER et al. (1981); LAVER (2000); MACKENZIE-BECK (2005); LAVER e MACKENZIE-BECK (2007) e dos próprios conhecimentos atuais da fisiologia do aparelho fonador. A literatura referente à aplicação do VPAS pode ser abordada em termos de estudos do distúrbio da voz (ou da qualidade vocal) e dos aspectos de voz profissional ou de descrições de populações sem distúrbios, em que pesem os aspectos expressivos, informativos e comunicativos da qualidade vocal. No que se refere aos distúrbios da voz, apresentam-se os seguintes estudos: CASSOL et al. (2001), FOUQUET (2001), CAMARGO (2002), DENUNCI (2003), GUEDES (2003), HARA e VELOSO (2003), ANDRADE (2004), CAMARGO et al. (2004), MENDES (2004), NUNES (2005), PERALTA (2005), CUKIER (2006), MAGRI et al. (2007), LIMA et al. (2009), FERNANDES (2011). Vale destacar que os dois últimos investigaram especificamente o objeto de interesse da presente investigação: a voz do professor. Nesse horizonte de investigações, pode-se verificar, de um lado, que parte dos estudos foi realizada com sujeitos que apresentavam alterações outras, para além do distúrbio de voz, tais como: - o de DENUNCI (2003) com crianças respiradoras orais, com indicação cirúrgica de tonsilectomia e adenoidectomia; - o de ANDRADE (2004) com disfágicos após acidente vascular encefálico - AVE (ou acidente vascular cerebral AVC); - o de MENDES (2004) com respiradores nasais e mistos com más-oclusões; - e o de CUKIER (2006) com asmáticos com disfunção paradoxal de pregas vocais (DPPV), sem DPPV e sem problemas respiratórios.

37 37 Por outro lado, pesquisas que investigaram os aspectos expressivos, informativos e comunicativos da qualidade e da dinâmica vocal foram feitas com sujeitos: (i) profissionais da voz, tais como: - com o locutor (MADUREIRA, 1992); - com o ator (VIOLA, 2006; MADUREIRA e CAMARGO, 2010); (ii) não profissionais da voz, em que são exemplares os falantes de João Pessoa (PB), em LIMA et al. (2007); e de outras localidades brasileiras, em SPINA e CRISPIM (1998) e PEDRO (1998). Esse panorama das pesquisas brasileiras com VPAS reforça a abrangência e a profundidade teórica do roteiro de avaliação fonética da qualidade e da dinâmica vocal. Destaque-se, neste documento, que a qualidade vocal é avaliada de forma a considerar a plasticidade e a flexibilidade do aparelho fonador. Nessa perspectiva, o estudo de LIMA et al. (2007) teve o objetivo de analisar a qualidade vocal nos planos acústico e perceptivo-auditivo, com o uso do VPAS, de falantes pessoenses (não profissionais da voz e sem alteração vocal). Os autores verificaram que há o predomínio de ajustes de corpo de língua recuado no sexo masculino, e de corpo de língua recuado e abaixado no feminino. Dessa forma, os dados do plano supralaríngeo representam um importante achado da dimensão de produção vocal, de forma que sua caracterização deve ser aprimorada na avaliação fonoaudiológica da voz, pois deve influenciar no planejamento terapêutico e, consequentemente, no tratamento e evolução do quadro clínico (MAGRI et al., 2007). Dificuldades de várias ordens, por parte do avaliador (juiz), ao investigar a voz de acordo com o VPAS, são apresentadas em algumas pesquisas (CASSOL et al., 2001; CAMARGO, 2002; HARA e VELOSO, 2003; NUNES, 2005), que apontam algumas questões essenciais a serem consideradas quando do uso do VPAS, dentre elas destacando-se a formação e a correspondente experiência dos examinadores.

38 38 Autores outros relatam as dificuldades dos juízes relacionadas ao julgamento do grupo de ajustes supralaríngeos, em relação (ou em detrimento) aos laríngeos, principalmente na região da língua (CASSOL et al., 2001; CAMARGO, 2002; NUNES, 2005). Para NUNES (2005), tal dificuldade ocorra talvez pelo fato de os fonoaudiólogos não dedicarem a devida atenção à musculatura oromiofuncional na avaliação da voz. Além disso, a autora salienta que são poucos os fonoaudiólogos com adequada experiência na utilização do roteiro VPAS. Ao avaliar os resultados de um projeto de implantação do roteiro de avaliação da qualidade vocal, com base em avaliadores atuantes em ambulatórios do Hospital Servidor Público Municipal de São Paulo, HARA e VELOSO (2003) verificaram que, além dos ajustes de língua, os de lábios e, de forma intermediária, os ajustes de mandíbula e de posição de laringe, impuseram um desafio aos examinadores. Para as autoras, a aplicação do VPAS é válida, dado que os juízes apresentaram evolução positiva relativamente ao domínio de conceitos de qualidade vocal do modelo fonético do LAVER (1980). Este traz a possibilidade de se avaliarem os efeitos das mobilizações simultâneas realizadas pelo aparelho fonador durante a sequência da fala. Segundo as autoras, as dificuldades encontradas pelos examinadores para o uso do VPAS podem ser superadas com o treinamento auditivo e uma consistente fundamentação teórica, como o reforçam CAMARGO e MADUREIRA (2008b), ao investigarem a validade e o consenso entre os examinadores sobre o uso do roteiro VPAS (LAVER, 2000). Desde 1979, LAVER refere que, a fim de que o avaliador possa aprender o sistema fonético de descrição da qualidade vocal, este precisa ser capaz de discriminar e identificar os diferentes elementos auditivos. Segundo o modelo, as qualidades analisadas podem ser reproduzidas por falantes anatômico e fisiologicamente normais. Com relação à confiabilidade dos juízes, autores oriundos de outras áreas de conhecimento da saúde (odontologia, por exemplo) têm desenvolvido estudos recentes nessa

39 39 direção, enfatizando a necessidade de calibração do desempenho dos examinadores, além do emprego de técnicas acuradas de análise estatística para aferir confiabilidade e concordância inter e intra-avaliadores (PERES et al., 2001). De acordo com ABERCROMBIE (1967) e LAVER (1994), a vinculação entre informações individuais e variáveis da qualidade vocal corresponde às funções paralinguísticas da qualidade vocal. Dessa forma, a qualidade vocal pode sofrer variações de acordo com o contexto de fala, isto é, a partir do estilo de fala eleito. A qualidade vocal do professor, ministrando uma aula aos alunos, certamente é distinta daquela que usaria numa entrevista de trabalho, ou daquela que ele utilizaria em situação de leitura, ou mesmo numa conversa coloquial. As diferenças de qualidade vocal em função da tarefa de fala (semiespontânea e lida) foram constatadas por LIMA et al. (2009), dentro de um grupo de amostras vocais de professores de uma escola da rede pública do ensino fundamental e médio do município de Sorocaba. Com relação à avaliação da qualidade vocal por meio do VPAS-PB, CAMARGO e MADUREIRA (2008b) elaboraram um corpus específico para registros de amostras justamente com a finalidade de avaliação fonética da qualidade vocal. A partir do referido corpus, foi composto um banco de dados de qualidades vocais, empregado em treinamento dos juízes neste roteiro, o qual foi utilizado na pesquisa de CAMARGO et al. (2010). O corpus em questão, fundamentado no princípio de susceptibilidade proposto por LAVER (1980), foi composto por 10 sentenças-chave, elaboradas com o uso de segmentos-chave, fundado na proposta de MACKENZIE-BECK (2005). No caso de assessoria vocal, o roteiro VPAS tem precisa aplicabilidade: pode auxiliar o ator ou dublador na criação de personagens, por exemplo, ao proporcionar-lhes uma ampla variedade de possibilidades de composição de ajustes (VIOLA, 2006). Aplicações bem sucedidas na medida em que favorecem a composição de perfis de qualidade e dinâmica vocal

40 40 veiculadoras a diferenciadas atitudes e sentimentos das personagens, reveladoras inclusive de padrões físicos, de variáveis sociais, econômicas e culturais. O uso do roteiro VPAS, muitas vezes, pode auxiliar no diagnóstico e na conduta terapêutica em situações em que não apenas a voz esteja afetada, como nos casos de disfagia após AVE (ANDRADE, 2004) e de disfunção paradoxal de pregas vocais (CUKIER, 2006). Assim, o roteiro de avaliação fonética da qualidade vocal VPAS possibilita uma multiplicidade de ações nos contextos tanto da clínica quanto da assessoria fonoaudiológica. Nesse sentido, a literatura citada reforça os benefícios e o enriquecimento que o modelo fonético poderá proporcionar a Fonoaudiologia desde que esta incorpore os princípios fonéticos na avaliação da qualidade vocal QUALIDADE VOCAL DO PONTO DE VISTA ACÚSTICO O presente estudo pauta-se na teoria acústica da produção da fala e, especialmente, no modelo fonte-filtro proposto por Gunnar Fant (1970), em que o sinal glótico (produzido pela vibração das pregas vocais-sinal da fonte) sofre efeitos ao longo do trato vocal supraglótico (sistema ressonador-ação de filtro), até a saída deste para o meio externo (efeito de radiação). Tal base teórica sustenta muitos dos procedimentos de análise acústica do sinal de fala e voz, propostos desde então, de forma a oferecer possibilidades de caracterização de sons das línguas e de variantes sonoras (BYRNE et al., 1994; SPINA e CRISPIM, 1998; VIOLA, 2006; LIMA et al., 2007; MADUREIRA e CAMARGO, 2010); além de investigações de distúrbios de voz e de fala (CAMARGO, 2002; CAMARGO et al., 2004; ANDRADE, 2004; PERALTA, 2005; NUNES, 2005; CUKIER, 2006; MAGRI et al., 2007; CAMARGO e MADUREIRA, 2009; RUSILO et al., 2011).

41 41 Além da extração de medidas acústicas relativas à frequência, à intensidade e à duração, os instrumentos de análise acústica oferecem a possibilidade de inspeção acústica de diversas modalidades de decomposição da onda sonora (espectrogramas, espectros e curvas de f0 e de intensidade) (CAMARGO e MADUREIRA, 2004). Dentre estas diversas possibilidades, figura o espectro médio de longo termo (ELT). O ELT consiste na representação da intensidade em diferentes faixas de frequências, ou seja, corresponde à média de uma série de espectros independentes de curto termo, aplicados a uma emissão de duração suficiente, que não seja influenciada por características particulares de segmentos (CAMARGO, 2002). Sua forma de traçado oblíquo distingue aspectos da qualidade vocal, da identidade do falante, indicando diferenças de sexo, de faixa etária, de vozes profissionais falada e cantada e disfônicas (PITTAM, 1987; LEINO, 1993; HAMMABERG e GAUFFIN, 1995; MENDOZA et al., 1996; NAVARRO, 2000; WHITE e SUNDBERG, 2000; BARRICHELO et al., 2001; CLEVELAND et al., 2001; HARTL et al, 2001; WHITE, 2001; LINVILLE e RENS, 2001; BELE, 2002; CAMARGO, 2002; SJÖLANDER, 2003; JÓNSDOTTIR et al., 2003; HARTL et al., 2003; KOVAČIĆ et al., 2003; CAMARGO et al., 2004; JORGE et al., 2004; LAUKKANEN et al., 2004b; MASTER, 2005; PINCZOWER e OATES, 2005; SOYAMA et al., 2005; TANNER et al., 2005; MASTER et al., 2006; CAMARGO e MADUREIRA, 2009; CAMARGO e MADUREIRA, 2010 e RUSILO et al., 2011). A aplicação clínica do ELT é reforçada como meio de documentação da caracterização vocal de falantes com e sem disfonia (CAMARGO e MADUREIRA, 2009; CAMARGO e MADUREIRA, 2010; RUSILO et al., 2011) e de profissionais da voz (LEINO, 1993; NAVARRO, 2000; BARRICHELO, 2001; KOVAČIĆ et al., 2003; JÓNSDOTTIR et al., 2003; PINCZOWER e OATES, 2005; MASTER, 2005; MASTER et al., 2006). Além disso, este instrumento é utilizado no tratamento de disfonias, como registro do processo de

42 42 evolução da reabilitação vocal, investigando a eficácia de técnicas de terapia vocal (MUNRO et al., 1996) e o monitoramento dos resultados de tratamentos de voz (NORDENBERG e SUNDBERG, 2003; LAUKKANEN et al., 2004b; CUKIER et al., 2005a; CUKIER et al., 2005b; e TANNER et al., 2005). Em termos de detalhamento, o gráfico de ELT apresenta, na faixa de frequência de 0 a 500 Hz, um pico de intensidade considerado como o trecho mais relevante da análise (KOVAČIĆ et al., 2003), e correspondente à frequência fundamental e à frequência do primeiro formante na fala e no canto (CLEVELAND et al., 2001). Na faixa de 1,0 khz e 4,0 khz, apresentam-se geralmente três picos de intensidade, em torno de 1,5 khz, 2,8 khz e 3,8 khz (PITTAM, 1987; CLEVELAND et al., 2001), representando consecutivamente o segundo, terceiro e quarto formantes (CLEVELAND et al., 2001; LINVILLE, 2002; XUE e DELIYSKI, 2001; XUE e HAO, 2003; KOVAČIĆ et al., 2003). Tais formantes correspondem às configurações do trato vocal supraglótico. É possível diferenciar o gênero dos falantes por meio do ELT, uma vez que se identifica, nos homens, um aumento da intensidade nas frequências abaixo de 160 Hz, o valor menor da frequência fundamental (MENDONZA et al., 1996) e os picos espectrais nas proximidades das frequências de 2,4 khz e 3,4 khz (NORDENBERG e SUNDBERG, 2003). Por outro lado, em mulheres, a faixa de frequências compreendidas entre 1,0 khz e 4,0 khz apresenta um aumento de 3dB em relação aos homens (NORDENBERG e SUNDBERG, 2003). Outras descrições indicam que, nas mulheres, o aumento de intensidade se dá nas faixas entre 0,8 khz e 5,0 khz, 0,9 khz e 3,3 khz e 1,0 khz e 4,0 khz (MENDONZA et al., 1996; e SOYAMA et al., 2005), justamente nos picos de frequência dos formantes (MENDONZA et al., 1996). Além disso, o declínio espectral é reduzido em relação aos homens (LÖFQVIST e MANDERSSON, 1987).

43 43 A idade do falante também pode ser afetar o declínio do espectro de longo termo (LINVILLE e RENS, 2001). Os idosos apresentam a intensidade dos três primeiros formantes reduzida em relação aos jovens; porém, há um aumento da intensidade na região da frequência fundamental (LINVILLE, 2002; XUE e HAO, 2003) e acima de 6,0 khz nas mulheres (SOYAMA et al., 2005). Em vozes profissionais, o ELT é empregado para descrever o formante do cantor (SUNDBERG, 1987) e o formante do falante (LEINO, 1993), que estão relacionados ao aumento de intensidade em determinadas frequências do sinal, os quais guardam relação com mecanismos de projeção da voz. O espectro de longo termo também é empregado na análise de línguas, uma vez que quando BYRNE et al. (1994) compararam 12 línguas, verificando pequenas variações na intensidade das frequências baixas. Quanto à taxa de elocução, seu aumento está relacionado à elevação da frequência fundamental, ao aumento da intensidade entre 1,0 khz e 2,0 khz e da média do espectro de longo termo, causada pela elevada tensão das pregas vocais e da pressão subglótica (FIGUEIREDO, 1993). HAMMARBERG e GAUFFIN (1995) descrevem correlação significante entre a voz soprosa e o declínio de ELT. Os autores observaram declínio abrupto do nível de intensidade espectral na banda de frequências 0-2,0 khz em relação à de 2,0-5,0 khz, enquanto o nível espectral na banda de 5,0-8,0 khz foi quase do mesmo nível que o da banda de 2,0-5,0 khz. Além disso, esse tipo de voz foi correlacionado a uma média de frequência fundamental elevada. A voz soprosa e hipofuncional caracteriza-se por declínio espectral abrupta após a região do primeiro formante e por um componente de ruído acima de 5,0 khz (HAMMARBERG et al., 1980; KITZING, 1986; FIGUEIREDO, 1993).

44 44 O ajuste de voz crepitante (vocal fry/ creaky) foi caracterizado por declínio espectral abrupto ao redor da frequência do terceiro formante, no nível espectral da frequência de banda 5,0-8,0 khz. Além disso, esse tipo de voz está correlacionado à baixa média de frequência fundamental (HAMMARBERG e GAUFFIN, 1995). Por outro lado, se a voz crepitante estiver relacionada aos ajustes de constrição faríngea, elevação laríngea e hiperfunção laríngea, há aumento da frequência do F1, redução da frequência de F2 nas vogais anteriores e da frequência do F4 em todas as vogais (LAUKKANEN et al., 2004a). Os ajustes de hiperfunção vocal são caracterizados, no espectro de longo termo, pela diminuição da intensidade do componente de frequência fundamental - primeiro harmônico (LAUKKANEN et al., 2004a) - e pelo nível de intensidade do espectro nas frequências mais baixas (entre 500 Hz e 1200 Hz), com o declínio espectral mais suave (FIGUEIREDO, 1993), e subsequente aumento de energia espectral nas demais faixas de frequências, principalmente entre 1,0 khz e 3,0 khz (LAUKKANEN et al., 2004a) e 2,0 khz e 5,0 khz (HAMMARBERG e GAUFFIN, 1995). Para HAMMARBERG e GAUFFIN (1995), o fator hiperfuncional está relacionado ao esforço vocal, com correlação significante no alto nível espectral em todas as três frequências de banda do ELT. Neste contexto, o nível elevado de pressão sonora, na frequência de banda de 2,0-5,0 khz, mostrou-se a correlação mais importante. Pesquisadores do LIAAC desenvolveram estudos que abordaram a correlação das esferas acústica e perceptivo-auditiva. Dentre essas pesquisas, a maior parte enfoca a associação entre as medidas acústicas do sinal sonoro e a descrição de ajustes supralaríngeos, laríngeos e de tensão por meio do roteiro VPAS (SPINA e CRISPIM, 1998; CAMARGO et al., 2004; ANDRADE, 2004; PERALTA, 2005; VIOLA, 2006; CUKIER, 2006; LIMA et al., 2007; MAGRI et al., 2007; MADUREIRA e CAMARGO, 2010; e RUSILO et al., 2011). Além disso, há trabalhos que investigaram a qualidade vocal com base na correlação das três

45 45 esferas de análise: acústica, perceptivo-auditiva e fisiológica (CAMARGO, 2002; NUNES, 2005; e CAMARGO e MADUREIRA, 2009). As referências bibliográficas relativas a este capítulo (seção 2.1. e 2.2.) foram resumidas no Anexo 2.

46 46 3. MÉTODOS 3.1. DESCRIÇÃO DO BANCO DE DADOS E DELINEAMENTO DO GRUPO ESTUDADO Este item é subdividido em sessões destinadas à abordagem relativa ao banco de dados, a partir do qual se desenvolve a presente pesquisa, bem como dos critérios de inclusão de amostras do presente estudo Descrição do Banco de Dados Esta pesquisa apresenta um delineamento transversal observacional, tendo sido previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUC-SP, sob o protocolo n.º 298/2008 (Anexo 3). O conjunto de amostras da pesquisa foi selecionado a partir do banco de dados coletado por equipe multidisciplinar, composta por três fonoaudiólogos, um médico otorrinolaringologista e um ortodontista. Este grupo realizou a avaliação dos professores de duas escolas da rede municipal do ensino fundamental e médio da cidade de Sorocaba (SP), no período de março a junho de 2007, tendo possibilitado o desenvolvimento de vários estudos com as informações oriundas de uma população de 95 professores (LIMA, 2008; CRESPO, 2009; MACHADO et al., 2009; CAPOROSSI e FERREIRA, 2011).

47 47 O processo de coleta do banco de dados compreendeu as seguintes etapas: a) aplicação do questionário Condição de Produção Vocal do Professor - CPV-P (adaptado de FERREIRA et al., 2007) por duas fonoaudiólogas, com assessoria de estudantes de iniciação científica do curso de Fonoaudiologia da PUC-SP (Anexo 4); b) coleta e análise das amostras de fala pelo grupo de três fonoaudiólogos com especialização em voz e experiência maior que cinco anos no uso da escala GRBASI (LIMA, 2008); c) aplicação do questionário para investigação das queixas autorreferidas de voz e disfunção temporomandibular- DTM (adaptado de BIANCHINI, 2000; FERREIRA et al., 2007) por uma das fonoaudiólogas; d) avaliação odontológica pelo ortodontista do grupo (MACHADO et al., 2009); e) avaliação fonoaudiológica de motricidade orofacial por uma das fonoaudiólogas (MACHADO et al., 2009); f) exame de videonasolaringoscopia para avaliar a presença ou ausência de alteração laríngea, pelo médico otorrinolaringologista do grupo com experiência de 23 anos em laringologia (CRESPO, 2009). Vale salientar que todos esses procedimentos foram realizados nas escolas pesquisadas durante o Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo HTPC dos professores, mediante autorização das escolas e aprovação por Comitê de Ética.

48 48 A presente pesquisa abrangeu professores que participaram dos seguintes procedimentos: questionário CPV-P, coleta e análise das amostras de fala e exame de videonasolaringoscopia. Dessa forma, o número de participantes que realizaram as três etapas de avaliação correspondeu a 54 professores, sendo 37 do sexo feminino e 17 do sexo masculino. Na primeira etapa, foram utilizadas as informações do questionário CPV P, adaptado de FERREIRA et al. (2007) - Anexo 4, especificamente as questões 4 a 14 e ainda 62, referentes à caracterização do professor e sua queixa vocal. Quanto à coleta das amostras de fala, os fonoaudiólogos utilizaram o microfone do tipo headset, da marca Plantronics, modelo GameCom PRO 1, a uma distância de aproximadamente 15 cm da comissura labial direita, acoplado a um notebook, da marca HP Pavillion ZE 4920 CEL M G. As vozes foram gravadas por meio do software SoundForge 7.0, da Sony, na frequência de amostragem Hz, 16 bits, extensão.wav. Como instrumento para análise das imagens videonasolaringoscópicas e classificação das alterações encontradas, empregou-se o Protocolo de Avaliação Laringoscópica (CRESPO, 2009, adaptado de OLIVEIRA, 1999), disponibilizado no Anexo 5. Do conjunto das gravações, selecionaram-se amostras de fala em três estilos: fala lida - FLD, fala semiespontânea-entrevista - FSE e fala semiespontâneasimulação de aula - FSA. A tarefa de leitura contemplou um trecho de texto padronizado (CAMARGO et al., 2003), disponível no Anexo 6. O trecho de fala semiespontânea-entrevista (FSE) foi coletado a partir da primeira pergunta da entrevista: Que fatores você acha que interferem na voz? Por quê? conforme

49 49 proposta de SIMÕES-ZENARI (2006). Finalmente, a simulação de aula consistiu na emissão de um trecho de aula com temática de escolha do professor (sem tempo determinado na resposta), a partir da solicitação do examinador. Além disso, foram utilizadas as informações referentes ao diagnóstico otorrinolaringológico (LIMA, 2008; CRESPO, 2009) e julgamentos de qualidade vocal por meio da escala GRBASI (LIMA, 2008) Critérios de Composição do Banco de Dados Do total de 54 participantes da pesquisa atual, foram selecionadas amostras de professores, todos do sexo feminino, com distúrbio de voz e alteração laríngea (por meio das informações da escala GRBASI e do diagnóstico otorrinolaringológico) e que realizaram a gravação nos três estilos de fala. Desse modo, das 37 professoras (participantes dos três procedimentos de avaliação), foram excluídas quatro diagnosticadas com ausência de alteração laríngea, totalizando amostras de fala de 33 professoras. Vale destacar que duas das professoras sem alteração laríngea (do banco de dados do mestrado) participaram de uma das etapas prévias de composição do atual universo de dados (Teste de Percepção 1) apesar de não integrarem a pesquisa. Grande parte dos estudos na área de voz do professor aborda exclusivamente populações do sexo feminino, tanto no âmbito nacional (SCALCO et al., 1996; TENOR et al., 1999; DRAGONE et al., 1999; SIMÕES et al., 2000; SIMÕES, 2001; SIMÕES-ZENARI, 2006; FERREIRA e BENEDETTI, 2007; e GIANNINI, 2010), quanto internacional (ROY et al., 2004; SLIWINSKA-

50 50 KOWALSKA et al., 2006). Além disso, ROY et al. (2004) verificaram que as mulheres, quando comparadas aos homens, apresentaram prevalência de distúrbios vocais durante a vida, assim como o ratificaram SMITH et al. (1998) e RUSSELL et al. (1998). Além desses critérios iniciais, foram realizadas, na presente pesquisa, três Tarefas de Percepção para composição do banco de dados do experimento de percepção de qualidade vocal com motivação fonética (item 3.3) e de análise acústica (item ), que correspondem às seguintes etapas prévias de composição do banco de dados: TAREFA DE PERCEPÇÃO 1: com o objetivo de definir a natureza das amostras de fala, ou seja, os estilos de fala (fala lida, fala semiespontânea- entrevista e semiespontânea-simulação de aula) a serem utilizados no experimento, e os níveis de interferências nos julgamentos dos aspectos de qualidade e dinâmica vocal. TAREFA DE PERCEPÇÃO 2: realizada para definir a duração das amostras de fala do experimento. TAREFA DE PERCEPÇÃO 3: desenvolvida com o intuito de selecionar as gravações com melhor qualidade de áudio, por meio da medida de relação sinal-ruído (SNR) do experimento.

51 Tarefa de Percepção 1 Com o propósito de definir os estilos de fala, a Tarefa de Percepção 1 compreendeu duas etapas. Na primeira etapa, foi realizada a seleção de oito amostras de fala (quatro de fala lida e quatro de fala semiespontânea-entrevista) de quatro professoras (nomeadas de P1 a P4). Todas as professoras tinham queixa vocal, sendo que duas apresentavam o diagnóstico otorrinolaringológico de alteração laríngea: P1- fenda em ampulheta, constrição medial e nódulos vocais e P2 - fenda em ampulheta e nódulos vocais. P3 e P4 apresentavam exames normais, isto é, sem alteração laríngea. A segunda etapa consistiu na edição das oito amostras de fala, em áudio, no software de livre acesso PRAAT versão (BOERSMA e WEENICK, 2001), tanto em estilo de fala lida (FLD), quanto em estilo de fala semiespontânea-entrevista (FSE). Posteriormente, as oito amostras foram aleatorizadas e submetidas a três juízes experientes no uso do roteiro VPAS-PB. Cada juiz usou um fone de ouvido acoplado a um notebook, onde eram expostos os estímulos, com intensidades de apresentação individualmente reguladas pelo juiz para seu conforto. Os juízes foram solicitados a indicar os ajustes de qualidade vocal e aspectos de dinâmica vocal em formulário específico (Anexo 7). Foi realizada análise intrafalantes e interfalantes dos julgamentos, apresentados no Quadro 1. A manifestação dos ajustes de qualidade vocal e dos 1 Disponível em: Acesso em: 26/08/2010.

52 52 aspectos de dinâmica vocal variou em função do contexto de avaliação (atividade de fala eleita), reforçando a importância da abordagem mais aprofundada dos efeitos de estilos de fala na avaliação da qualidade vocal (LIMA et al., 2009). Desta forma, optou-se por manter os três estilos de fala de cada participante. Quadro 1 - Julgamentos de qualidade vocal e de dinâmica vocal em estilos de fala lida (FL) e semiespontânea-entrevista (FSE) dos falantes P1 a P4. Ajustes de qualidade vocal Aspectos de dinâmica vocal P1 P2 P3 P4 FL FSE FL FSE FL FSE FL FSE Lábios estirados Labiodentalização Lábios Extensão aumentada Mandíbula extensão aumentada Ponta de língua avançada Constrição faríngea Laringe elevada Hiperfunção de trato vocal Hiperfunção laríngea Voz crepitante (i) (i) (i) (i) (i) (i) Escape de ar P P P P Voz áspera Quebras P P (i) Diplofonia P (i) Pitch habitual elevado Loudness habitual aumentado Loudness variabilidade aumentada Taxa de elocução rápida Suporte respiratório inadequado Legenda: intermitente (i) Presente P (sem graduação) Ausência do ajuste 1-2 grau 2-3 grau > 3 grau

53 Tarefa de Percepção 2 Com o intuito de definir a duração das amostras de fala, a Tarefa de Percepção 2 consistiu em três etapas de procedimentos metodológicos. A primeira etapa correspondeu à seleção de amostras de duas professoras, nomeadas P5 e P6, com alteração laríngea em dois estilos de fala, ou seja, na situação de fala lida e de fala semiespontânea-entrevista. Na segunda etapa, foi realizada a edição no software PRAAT das amostras de áudio selecionadas em conjuntos de amostras com durações diferenciadas (20 segundos, 30 segundos e 40 segundos). Na terceira etapa, a pesquisadora aleatorizou os seis estímulos sonoros de fala lida e seis de fala semiespontânea-entrevista. A Tarefa de Percepção 2 foi realizada em um dos laboratórios de informática da PUC-SP. Dez juízes (seis com formação em Fonoaudiologia e quatro com formação em Letras ou Música, distintos da Tarefa de Percepção 1) utilizaram fones de ouvido acoplados aos computadores, nos quais eram apresentados os estímulos, com intensidades de apresentação individualmente reguladas pelo juiz. Nesta tarefa, eles foram solicitados a indicar observações a respeito da qualidade vocal em formulário específico (Anexo 8). Vale salientar que os juízes receberam instruções e treinamento prévios ao início dos testes. A análise do conjunto de julgamentos revelou que, das 40 respostas, 22 foram consideradas equivalentes para apresentação de amostras com duração de 20 segundos, 11 respostas foram modificadas diante da apresentação de amostra de 30 segundos e apenas sete respostas sofreram modificação após a apresentação de

54 54 amostra com duração de 40 segundos. Dessa forma, optou-se pela duração das amostras de fala da pesquisa em 20 segundos Tarefa de Percepção 3 Com o objetivo de selecionar as gravações com melhor nível de relação sinal-ruído, a Tarefa de Percepção 3 compreendeu duas etapas. A primeira delas consistiu em extração de medidas da relação sinal-ruído mínimo, médio e máximo das vozes das 33 professoras por meio da fórmula referida abaixo, em que P representa a potência média e A é o valor quadrático médio (RMS) da amplitude. As potências (ou amplitudes) tanto do sinal, quanto do ruído deveriam ser medidas no mesmo ponto ou em pontos equivalentes em um mesmo sistema, e dentro de uma mesma largura de banda 2 : A extração das medidas foi realizada por meio do software PRAAT para os valores mínimo, médio e máximo da amplitude do sinal (sinalizados na Figura 1 respectivamente como Smin, Smed e Smax) por meio da curva de intensidade (Intensity) em um trecho da leitura do texto padronizado, a arara parecia estar animada, bem como o valor da amplitude na ausência de sinal, que correspondeu à amplitude de ruído (N). Dessa forma, com base nesses valores foi aplicada a fórmula da SNR (relação sinal-ruído). 2 Disponível em: Acesso em: 26/08/2010.

55 Valores da SNR 55 Figura 1 Traçado da forma da onda (janela superior) e contorno de intensidade (janela intermediária) de amostra representativa de trecho de leitura com indicação dos pontos de marcação do nível de intensidade do sinal mínimo (Smin= 49dB), médio (Smed=60dB) e máximo (Smax=76dB), bem como do nível de intensidade do ruído (N=34 db). A Figura 2 ilustra o conjunto de medidas de relação sinal-ruído, obtidas para as intensidades mínima, média e máxima de cada amostra do banco de dados, naquele momento (33 falantes). Figura 2 - Resultados das medições da SNR máxima, SNR média e SNR mínima das 33 amostras de fala. Medição da SNR SNR máxima SNR média SNR mínima professoras

56 56 A segunda etapa de elaboração da Tarefa de Percepção 3 correspondeu ao processo de seleção de 12 amostras de fala, sendo três com ajuste de voz modal, três com ajuste de voz áspera, três com ajuste de voz soprosa e três com ajuste de voz crepitante. Essa seleção foi baseada no julgamento de dois juízes-referência. O corpus consistiu em um trecho de fala lida: A arara parecia estar animada. A opção por contrapor o ajuste modal a três ajustes fonatórios com aperiodicidade visou a investigar o impacto do ruído da gravação na análise de vozes com sinais aperiódicos. Com base nas medições da primeira etapa deste teste, foi selecionado um conjunto de amostras representativas das seguintes qualidades vocais: ajustes modal, de voz áspera, de voz soprosa e de voz crepitante, sendo uma com relação sinal-ruído máxima; outra, com média; e outra ainda, com mínima. Dessa forma, as 12 amostras foram editadas no software PRAAT e sintetizadas no software Vegas Pro 8.0, em que se adicionaram dois níveis de ruído do tipo Pink noise (faixa de frequência de 68 Hz a 71 Hz), correspondentes aos níveis de ruído aferidos nos pontos máximo e médio das amostras. Assim, foram analisados um total de 36 estímulos sonoros: 12 amostras de fala sem ruído e 24 amostras sintetizadas, das quais 12 apresentavam nível de ruído equivalente àquele aferido no ponto máximo e 12, no ponto médio. O Teste de Percepção 3 foi realizado em um dos laboratórios de informática da PUC-SP. Os 36 estímulos sonoros foram apresentados por meio do script PRAAT Experiment MFC 3.2 aplicado ao software PRAAT para cada juiz individualmente. O script controla automaticamente os procedimentos de aleatorização das amostras e de veiculação da instrução do teste aos juízes (LUCENTE e BARBOSA, 2010).

57 57 Participaram do teste oito juízes, sete fonoaudiólogos e um linguista, todos eles alunos da PEPG LAEL, distintos das Tarefas de Percepção 1 e 2. Cada juiz usou um fone de ouvido acoplado a um computador, no qual eram apresentados os estímulos, com intensidades de apresentação individualmente reguladas. Os juízes foram solicitados a indicar opções em termos de qualidade vocal em formulário específico (Anexo 9). Foi realizada a comparação dos achados observados na avaliação dos juízes participantes da Tarefa de Percepção 3 com os dos juízes-referência, constantes no banco de dados, para 36 amostras de fala. Os resultados da tarefa revelaram que a maioria dos juízes apresentou respostas compatíveis com as dos juízes-referência, conforme mostra o Quadro 2, com leve aumento de número de erros, quando observado aumento do nível de ruído da emissão. Quadro 2 Comparação dos achados observados na avaliação dos juízes participantes da Tarefa de Percepção 3 com os dos juízes-referência (distribuídas em respostas erradas, quando a resposta do juiz não foi equivalente à do juiz-referência e certas, quando a resposta do juiz foi equivalente a do juizreferência) Respostas Amostras de fala sem ruído Amostras sintetizadas com ruído médio Amostras sintetizadas com ruído máximo Certas Erradas Certas Erradas Certas Erradas Juiz Juiz Juiz Juiz Juiz Juiz Juiz Juiz Os resultados da Tarefa de Percepção 3 demandaram a exclusão de amostras com nível de ruído máximo, totalizando oito estímulos que apresentavam SNR < 2 (julgamento em função dos dados da Figura 1).

58 58 Após as três etapas de testes perceptivos (Tarefas de percepção 1, 2 e 3), foram selecionadas, para o presente estudo, 75 amostras de fala (25 em estilo de fala lida, 25 em estilo de fala semiespontânea-entrevista e 25 em estilo de fala semiespontânea-simulação de aula) de 25 professores do sexo feminino, que apresentavam características perceptivas de voz e de diagnóstico otorrinolaringológico diversificados em torno da presença de alteração laríngea e distúrbio de voz como exposto no Anexo PROCEDIMENTOS DE EDIÇÃO E TRATAMENTO DAS AMOSTRAS DE FALA As 75 amostras de fala foram editadas em trechos com aproximadamente 20 segundos de duração (de acordo com os resultados da Tarefa de Percepção 2), extraídas das gravações de leitura do texto padronizado, da resposta à primeira pergunta da entrevista e da simulação da aula. As amostras foram etiquetadas enquanto enunciados referentes à fala lida (FL), à fala semiespontânea - entrevista (FSE), à fala semiespontânea - simulação de aula (FSA). Tais amostras foram analisadas do ponto de vista perceptivo-auditivo (VPAS-PB) e acústico (análise acústica de longo termo e aplicação do script SG Expression Evaluator BARBOSA, 2009), cujos procedimentos são descritos no tópico Vale salientar que as amostras de fala lida foram editadas por sequências de trechos de leitura. Esse procedimento também foi realizado com as amostras de fala semiespontâneaentrevista e semiespontânea-simulação de aula.

59 O EXPERIMENTO DE PERCEPÇÃO DE QUALIDADE VOCAL COM MOTIVAÇÃO FONÉTICA Os procedimentos de análise de dados contemplaram as esferas da análise perceptivo-auditiva e da análise acústica. Tais itens corresponderam aos procedimentos de análise de dados empregados nas 75 amostras de fala de 25 professores do sexo feminino com alteração laríngea e distúrbio de voz Procedimentos de Análise de Dados: Análise perceptivo-auditiva Para a análise perceptivo-auditiva, foi elaborado um experimento de percepção com o uso do script Experiment MFC 3.2 3, aplicável ao software PRAAT (versão 5143). Especificamente, o script Experiment MFC 3.2 foi utilizado como uma ferramenta para aleatorizar os estímulos a serem apresentados aos juízes (Anexo 11) para a tarefa de julgamento da qualidade vocal com motivação fonética. Na primeira tela, foi apresentada a instrução do teste. Nas outras janelas, acionadas pelo juiz, foram apresentados os 90 estímulos sonoros, 75 amostras de fala (de 25 falantes em três estilos) e 15 repetições (cinco de FL, cinco de FSE e cinco de FSA) dessas amostras, utilizadas para abordagem da fidedignidade das respostas dos juízes, num total de 20% de amostras - 15 repetições (GUIRARDELLO, 2005). 3 Em informática, o termo script é utilizado para designar uma sequência de comandos e tarefas a serem executadas. Na Linguística, especialmente na área de Ciências da Fala, o script é comumente utilizado para construir experimentos de percepção (LUCENTE e BARBOSA, 2010). Disponível em: Acesso em: 17/05/2011.

60 60 A Figura 3 ilustra uma das telas de apresentação do script, em que os botões 1 passada e 2 passada têm a função de repetição do estímulo em, no máximo, quatro vezes, e o botão OK permite o direcionamento do juiz para o estímulo seguinte. O juiz preencheu seu julgamento em um formulário de resposta impresso (Anexo 12), segundo o roteiro VPAS-PB (Anexo 1). Figura 3 Exemplo de tela do experimento de percepção (julgamento de qualidade vocal com motivação fonética) para o trecho 58. O experimento de percepção foi aplicado individualmente e foram utilizados como materiais fones de ouvido do tipo headset, da marca Plantronics, modelo GameCom PRO 1, acoplados a um notebook, da marca HP Pavillion ZE 4920 CEL M G. A duração do experimento correspondeu a aproximadamente quatro horas por juiz, distribuídas em quatro sessões, em dias distintos com duração de uma hora cada e intervalos (pausas) de cinco minutos após apresentação de conjunto de dez amostras, para descanso auditivo.

61 61 A seleção do grupo de juízes pautou-se em formação em Fonética, especificamente no roteiro VPAS-PB, com experiências e tempos de vivências diferenciados entre si, a fim de se discutirem as interferências da formação e experiência dos juízes no domínio da avaliação fonética de qualidade vocal. Vale salientar que os juízes foram diferentes daqueles das Tarefas de Percepção 1, 2 e 3. A seguir, no Quadro 3, são apresentadas as particularidades de cada um dos juízes ligados ao experimento de percepção da qualidade vocal com motivação fonética. O juiz 1 participou da disciplina específica sobre o tema, durante um ano (média de 150 horas), promovida para os alunos do 4º ano do Curso de Fonoaudiologia da PUC-SP. Os juízes 2 e 3 participaram de dois Workshops, com carga horária de 20 horas cada, promovido pela PEPG LAEL e LIAAC. O juiz 4 é pesquisador ministrante de Workshops em avaliação de qualidade vocal com motivação fonética (por meio do roteiro VPAS-PB), trabalhando com o instrumento há 13 anos. O Juiz 5 frequentou cerca de 10 horas de atividades de Workshop em avaliação da qualidade vocal com base no VPAS-PB. Vale destacar que o juiz 5 utiliza rotineiramente a avaliação perceptivo-auditiva em sua prática clínica, porém com base em outros instrumentos de avaliação. Para uniformização de procedimentos e respostas a eventuais dúvidas, a pesquisadora selecionou os cinco juízes (1 a 5) para participação no Workshop intitulado Roteiro VPAS-PB: treinamento auditivo, com duração de 15 horas. Vale salientar que o Juiz 5 não participou deste Workshop. Todos os juízes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 13).

62 62 Quadro 3 Caracterização dos juízes participantes desta pesquisa. Juízes da pesquisa Tempo de formação profissional (anos) Formação Juiz 1 4 Fonoaudióloga com mestrado em Fonoaudiologia Juiz 2 10 Fonoaudióloga com mestrado em Linguística Juiz 3 24 Fonoaudióloga com mestrado em Linguística Juiz 4 23 Fonoaudióloga com doutorado em Linguística Juiz 5 28 Fonoaudióloga doutoranda em Linguística Tempo de convivência com o VPAS- PB (anos) Tempo de formação no roteiro VPAS-PB Participação no Workshop roteiro VPAS-PB 1, 6 1,6 Sim 3 1, 6 Sim 1, 6 1,6 Sim Sim 6 meses 6 meses Não O Workshop Roteiro VPAS-PB: treinamento auditivo foi dividido em quatro etapas: a) Primeira etapa (duas horas de duração): revisão dos conceitos gerais sobre o modelo fonético de descrição da qualidade vocal e do roteiro VPAS-PB (Anexo 1); instruções com relação ao uso do roteiro (1ª passada/ 2ª passada e graduação dos ajustes); diferença entre ajustes simples e ajustes compostos; estratégias de escuta. O folheto referente à apresentação do material empregado nesta etapa é apresentado no Anexo 14. b) Segunda etapa (cinco horas de duração): atividades práticas com apresentação de ajustes de referência, ou seja, amostras de fala referentes à simulação dos ajustes constantes no roteiro VPAS-PB - CAMARGO e MADUREIRA (2008a), sendo parte de material instrutivo desenvolvido no LIAAC para promover a calibração dos

63 63 parâmetros avaliados entre os juízes. Outras amostras exploradas referiram-se a falantes de várias regiões do Brasil e de professores com e sem alteração vocal, constantes no banco de dados do LIAAC. Esta etapa teve como objetivo fornecer estímulos-âncora para as análises. c) Terceira etapa (quatro horas de duração): atividades dedicadas ao detalhamento da explanação do preenchimento do formulário de resposta (julgamentos de 12 amostras de fala em três estilos de fala: fala lida, fala semiespontânea-entrevista e fala semiespontâneasimulação de aula, não constantes no banco de dados do presente estudo). d) Quarta etapa (quatro horas de duração): apresentação dos resultados de análise da etapa anterior, avaliação e abordagem de concordâncias e discrepâncias entre análises. Com base no menor número de divergências observadas entre os resultados obtidos pelos examinadores e os julgamentos de referência do material instrutivo (julgamentos de dois juízes experientes no roteiro VPAS-PB, segundo CAMARGO e MADUREIRA, 2008a), as avaliações foram repetidas até que os critérios foram incorporados pela equipe. Para análise qualitativa, foram comparados os achados de qualidade vocal por meio da escala GRBASI, de trabalho anterior (LIMA, 2008), com os achados de qualidade vocal por meio do roteiro VPAS-PB da presente pesquisa. Vale ressaltar que esta comparação foi realizada com base nas amostras de fala semiespontânea -

64 64 entrevista, a qual foi analisada nos dois trabalhos. Os julgamentos do VPAS-PB foram considerados com base nas informações do juiz tido como mais experiente (juiz 4), dentre o grupo de cinco juízes participantes da etapa de análises. Os dados dos julgamentos pela escala GRBASI foram analisados por três juízes em consenso. A análise estatística foi conduzida para análises de julgamentos em modalidades intra e interjuízes, e descrita no item 3.4, adiante Procedimentos de Análise de Dados: Análise Acústica A análise acústica foi realizada em duas etapas, por um mesmo examinador, utilizando o mesmo computador, o mesmo dispositivo de som e as mesmas versões do software PRAAT e do script SG Expression Evaluator. Na primeira, foram gerados os traçados de espectro de longo termo (ELT), as linhas de declínio espectral por meio do software PRAAT. Na segunda etapa, as amostras foram submetidas ao script SG Expression Evaluator para extração de um conjunto de medidas acústicas, detalhado no item

65 Análise Acústica de Longo Termo A análise acústica de longo termo foi conduzida com base na geração dos espectros de longo termo, linhas de declínio espectral e medidas de declínio espectral a partir da opção Spectrum/LTAS pitch corrected. Para geração dos espectros de longo termo foram utilizados os seguintes parâmetros: f0 mínimo: 75 Hz, f0 máximo: 600 Hz; frequência máxima: 5,0 khz; largura de banda: 100 Hz; máximo fator de período: 1,3. A partir da geração do ELT, é possível realizar o traçado gráfico (opção Draw) e também extrair a medida de declínio espectral (opção Query/Get slope parâmetros banda inferior: 0,0 a 1,0 khz e banda superior 1,0 a 4,0 khz). O arquivo ELT gerado na primeira etapa de análise também permite extrair a linha de declínio espectral, por meio da opção Compute trend line com intervalo de frequências de 0 a 5,0 khz. Os traçados dos espectros de longo termo das 25 professoras que correlacionam os três estilos de fala estão disponíveis no Anexo 15. PRAAT Aplicação do Script SG Expression Evaluator ao Software O script SG Expression Evaluator, desenvolvido por BARBOSA (2009), e disponibilizado para uso nesta pesquisa (Anexo 16), foi aplicado ao software PRAAT para analisar os trechos de fala previamente editados para o conjunto de estímulos dos 25 falantes estudados (estilos de fala lida, semiespontânea-entrevista e semiespontânea-simulação de aula) e aferir automaticamente um conjunto de

66 66 parâmetros acústicos. Foram analisados 75 enunciados, num total de 25 minutos de gravação (cada enunciado teve 20 segundos de duração). Os parâmetros extraídos automaticamente pelo script SG Expression Evaluator são os seguintes: frequência fundamental f0 (mediana, semi-amplitude entre quartis, assimetria e quantil 99,5%), intensidade (assimetria), declínio espectral (média, desvio-padrão e assimetria) e ELT (desvio-padrão). O referido conjunto de medidas contempla índices absolutos e normalizados, de forma que a própria aplicação do script representa uma primeira abordagem estatística dos dados. Segue uma breve explicação de cada uma das medidas geradas pelo script: - mediana de f0 (frequência fundamental): medida que pode ser considerada como a f0 habitual do falante, uma vez que sua extração prevê a suavização de valores. É uma medida que evita erros de detecção do valor de f0 que podem ser frequentes, sobretudo os que mudam o valor para uma oitava abaixo ou acima; - semi-amplitude entre quartis de f0: medida de variação dos valores de f0, excluindo-se valores espúrios (por motivos de normalização, foi dividida pela metade, justificando a atribuição do termo semi-amplitude 4 ); - quantil 99,5% de f0: valores de frequência fundamental normalizados por meio do cálculo de Zscore da mediana (dobro), acrescido do valor de desvio-padrão. Esta medida busca, sem valores espúrios, detectar o limite superior de f0 do falante; - assimetria de f0: medida da assimetria de distribuição de f0, baseada na razão entre diferença entre média e mediana/semi-amplitude entre quartis de f0. Esta 4 Vale salientar que o termo amplitude refere-se ao tratamento de normalização (em termos da variação da medida) e não amplitude do sinal acústico.

67 67 medida busca saber a tendência em ter valores à esquerda (negativos) ou à direita da média (positivos). - assimetria de intensidade: medida de intensidade normalizada, baseada na proporção de intensidade no intervalo de frequências de 0, Hz/ Hz 5 ; - média de declínio espectral: média de valores da proporção de intensidade nos intervalos de 0-1,0 khz/1,0-4,0 khz. Considerada como importante medida do nível de tensão laríngea do estímulo aferido; - desvio-padrão de declínio espectral: medida do desvio-padrão de declínio espectral (acima explanada); - assimetria de declínio espectral: medida de assimetria de distribuição das medidas de declínio espectral (acima explanada); - desvio-padrão de espectro de longo termo (ELT): desvio-padrão das medidas normalizadas de intensidade ao longo de intervalos de frequências do espectro sonoro ANÁLISE ESTATÍSTICA A análise estatística foi dividida em etapas de abordagem de dados perceptivos, de dados acústicos e respectivas correlações. 5 Tal normalização permite que, mesmo amostras que não tenham sido captadas com fixação da distância entre boca e microfone, possam ser analisadas; justificativa importante para esclarecer a questão de não-fixação de distância entre boca-microfone.

68 68 Os procedimentos compõem uma bateria de testes estatísticos em desenvolvimento na PUC-SP, numa associação do LIAAC e do Departamento de Atuárias e Métodos Quantitativos da PUC-SP, cujo trabalho resultou nas publicações referentes à análise dos estímulos propostos especificamente para coletas de dados de qualidade vocal (CAMARGO et al., 2011a), do perfil de qualidade vocal de um grupo de professores (FERNANDES, 2011) e das correlações entre percepção e acústica da qualidade vocal (RUSILO et al., 2011) Dados da Análise Perceptivo-auditiva Para os resultados de percepção (experimento de percepção de qualidade vocal com motivação fonética), por cinco juízes, aos 75 estímulos constantes no banco de dados da presente pesquisa, foi aplicada uma sequência de testes estatísticos, a fim de se investigar a congruência de julgamentos dos juízes, que permitisse a investigação do perfil de qualidade vocal das amostras de fala investigadas. Numa primeira abordagem, o foco recaiu sobre o comportamento dos juízes e seus níveis de concordância. Na sequência, buscou-se compor uma metodologia de testes estatísticos que permitisse traçar o perfil de qualidade vocal das amostras estudadas e, consequentemente, a distribuição dos ajustes de qualidade vocal detectados no grupo estudado (frequência mínima, máxima, média e desvio-padrão dos ajustes de qualidade vocal: do trato vocal, fonatórios e de tensão, ocorrências intermitentes e aspectos de dinâmica vocal).

69 69 Os dados de julgamentos perceptivos de cinco juízes foram inicialmente explorados em análise interjuízes por meio do teste de Cochran, para homogeneidade de variâncias, com nível de confiança estabelecido em cerca de 95%, de forma a, inicialmente, verificar se havia algum representante (juiz) com maior variância no conjunto, o que indicaria que estaria separado dos demais. À medida que o juiz com maior variância (e, portanto, mais discrepante) era identificado, era imediatamente excluído da etapa seguinte de reaplicação do teste, até que se atingiram as duas menores variâncias do grupo, que representaram os dois juízes com maior confiabilidade em termos de julgamentos. Este procedimento foi repetido por meio do teste de Snedecor, com nível de confiança de 95%, que permitiu comparações das variâncias entre pares de juízes. O mesmo teste foi aplicado para análise intrajuízes para os julgamentos dos estímulos em repetição (15 estímulos 20% da amostra) para os mesmos juízes, buscando-se comparar os julgamentos gerais e aqueles resultantes de suas repetições no conjunto de estímulos da tarefa de percepção auditiva da qualidade vocal. Finalmente, usando a média de acertos, foi possível estabelecer uma graduação em termos da confiabilidade e da homogeneidade de julgamentos interjuízes. Tais dados são apresentados com base na proporção do percentual de acertos com o desvio-padrão para cada grupo. Utilizou-se nesta etapa o software Xlstat da Addinsoft Corp. Os julgamentos considerados como o perfil médio de qualidade vocal das amostras do grupo estudado foram analisados por meio da análise de cluster aglomerativa hierárquica discriminante, com uso do software Xlstat da Addinsoft Corp.

70 Dados de Análise Acústica As medidas acústicas extraídas por meio do script SG Expression Evaluator foram abordadas por meio de análise de multivariada. Para a análise do conjunto de medidas acústicas geradas pelo script Expression Evaluator, foram aplicadas a análise de cluster aglomerativa hierárquica e a análise discriminante por meio do software Xlstat da Addinsoft Corp. Além disso, analisaram-se os valores médios de declínio espectral extraídos manualmente para as amostras de fala nos três estilos de fala (FLD, FSE e FSA), por meio do teste ANOVA (significância em 0,05), com auxílio do software Excel Dados de análise integrada das esferas perceptivo e acústica Para a abordagem das correlações entre percepção e acústica da qualidade vocal foram aplicados os procedimentos de análise de correlação canônica dos julgamentos perceptivos de avaliação da qualidade vocal, por meio do roteiro VPAS- PB e, das medidas acústicas extraídas, pelo script SG Expression Evaluator. O software Xlstat da Addinsoft Corp foi novamente utilizado nesta etapa SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A síntese dos procedimentos metodológicos desta pesquisa é apresentada nas Figuras 4 e 5, por meio de fluxogramas.

71 71 Figura 4 - Fluxograma das Tarefas de percepção 1, 2 e 3 Banco de dados: amostras de 95 professores 54 professores: 37 do sexo feminino e 17 do masculino (excluídos quatro sujeitos sem alteração laríngea) Gravações de 33 professores do sexo feminino com alteração laríngea em três estilos de fala (FL, FSE e FSA) Tarefa de percepção 1: definição da natureza das amostras de fala Seleção de 8 amostras de fala: 4 FL e 4 FSE (4 professoras) Edição das amostras Aleatorização das amostras Aplicação da tarefa: análise realizada por 3 juízes roteiro VPAS-PB Análise intra e interfalantes Resultados: juízes alteraram seus julgamentos em função da natureza da amostra de fala Tarefa de percepção 2: definição da duração das amostras de fala Seleção das 4 amostras: 2 FL e 2 FSE (2 professoras) Edição das amostras com durações diferenciadas (20s, 30s e 40s), e aleatorização. Aplicação da tarefa: análise realizada em formulário específico por 10 juízes com uso do VPAS Análise Descritiva Resultados: o aumento da duração das amostras não teve impacto nos julgamentos de qualidade vocal Tarefa de percepção 3: seleção das gravações com melhor qualidade de áudio Extração das medidas da SNR mínimo, médio e máximo Seleção de 12 amostras: 3 representativas de cada ajuste: voz modal, áspera, soprosa e crepitante com SNR máxima, médio e mínima Edição e Síntese das amostras: 12 sem ruído, 12 com ruído no ponto máximo e 12, no ponto médio Construção do script MFC Aplicação da tarefa: análise realizada por 8 juízes preenchendo formulário específico para indicar opções em termos de qualidade vocal Comparação dos achados dos 8 juízes com as dos juízes-referência Resultados: a maioria dos juízes apresentaram respostas compatíveis com as dos juízes-referência Resultados: Exclusão de 8 estímulos com SNR<2 Grupo de 25 professoras: 75 amostras de fala (25 FL, 25 FSE e 25 FSA)

72 72 Figura 5 - Fluxograma do experimento de percepção de qualidade vocal com motivação fonética 25 professoras: 75 amostras de fala (25 FL, 25 FSE e 25 FSA) 15 repetições 20% Construção do script Experiment MFC 3.2 com 90 estímulos Seleção do grupo de juízes - tempo de formação profissional - formação específica no roteiro VPAS-PB Workshop para os juízes: VPAS-PB 4 etapas: Teórico-práticas 15 horas Experimento de percepção de qualidade vocal por meio do roteiro VPAS-PB: Juízes responderam em formulário específico

73 73 4. RESULTADOS Os resultados são expostos enquanto abordagem dos dados de julgamentos perceptivo-auditivos da qualidade vocal, de análise acústica e das correlações entre percepção e acústica da qualidade vocal ANÁLISE PERCEPTIVO-AUDITIVA: ROTEIRO VPAS-PB Este tópico foi dividido em termos da análise do comportamento do grupo de juízes e da apresentação do perfil de qualidade vocal das amostras do grupo estudado Análise do Comportamento dos Juízes Os dados de percepção auditiva são apresentados de início relativamente à análise de concordância e confiabilidade inter e intrajuízes. Além de propiciar a

74 74 classificação dos juízes em função de sua experiência, ela possibilita que se realize a indicação do perfil de qualidade vocal da população estudada. Os dados de análise estatística (teste de Cochran e Snedecor), para os julgamentos perceptivos de cinco juízes (nomeados J1, J2, J3, J4 e J5), revelam que a maior variância ocorreu para o J5, considerada distanciada, em termos dos julgamentos, dos demais juízes. Na sequência de retestes, os quatro outros juízes não formaram um grupo homogêneo nas análises, exceto pelo fato de que as repetições de estímulos foram julgadas de forma similar nas duas apresentações. Dessa forma, relativamente às repetições de estímulos, as médias intrajuízes acompanharam as proporções em termos de homogeneidade entre os quatro juízes (J1 a J4) e segregação do J5. Os índices de acertos e intervalos de confiança (limites inferior e superior), com base na análise intrajuízes, são apresentados nas Tabelas 1 e 2. Os acertos foram considerados em função da abrangência dos resultados nos julgamentos perceptivos. Tabela 1 - Valores de congruência (acerto) de julgamentos intrajuízes (J1 a J5) para os resultados totais de julgamentos (%). Limite Inferior Acerto Limite Superior J1 90,93 92,72 94,51 J2 92,59 94,20 95,81 J3 90,93 92,72 94,51 J4 94,14 95,56 96,97 J5 87,40 89,51 91,62 Legenda: Resultados totais- todos os ajustes no roteiro VPAS-PB (graus 0 a 6)

75 75 Tabela 2 - Valores de congruência (acerto) de julgamentos intrajuízes (J1 a J5) para os resultados não nulos de julgamentos. Limite Inferior Acerto Limite Superior J1 48,64 56,93 65,23 J2 43,22 53,00 62,78 J3 36,52 45,87 55,23 J4 58,86 67,57 76,28 J5 57,69 63,83 69,97 Legenda: Resultados não nulos- os ajustes julgados no roteiro VPAS-PB (graus 1 a 6) A Figura 6, abaixo, apresenta a distribuição de valores de congruência de julgamentos intrajuízes para os resultados totais e não nulos: Figura 6 - Distribuição de valores de congruência de julgamentos intrajuízes para os resultados totais e não nulos. Da análise dos dados de comparação de julgamentos intrajuízes, destaca-se que J4 apresentou o maior índice de acertos em resultados totais e não nulos, seguido de J2, e o par J1-J3; por sua vez, J4 foi considerado o juiz mais experiente e congruente nas análises. Os índices de acertos e intervalos de confiança (limites superior e inferior), com base na análise interjuízes, são apresentados nas Tabelas 3 e 4. Os acertos foram considerados em função da abrangência de resultados nos julgamentos perceptivos.

76 76 Tabela 3 - Valores de congruência de julgamentos interjuízes para os resultados totais de julgamentos (%). Limite Inferior Acerto Limite Superior J1-J2 81,20 82,37 83,54 J1-J3 80,29 81,48 82,68 J1-J4 79,22 80,44 81,67 J1-J5 68,31 69,73 71,14 J2-J3 84,07 85,16 86,26 J2-J4 82,79 83,93 85,06 J2-J5 70,82 72,20 73,58 J3-J4 82,26 83,41 84,55 J3-J5 69,79 71,19 72,58 J4-J5 70,57 71,95 73,33 Legenda: Resultados totais- todos os ajustes no roteiro VPAS-PB (graus 0 a 6) Tabela 4 - Valores de congruência de julgamentos interjuízes para os resultados não nulos de julgamentos (%). Pares de juízes Limite Inferior Acerto Limite Superior J1-J2 8,09 10,19 12,29 J1-J3 7,63 9,64 11,65 J1-J4 8,49 10,51 12,53 J1-J5 8,58 10,18 11,79 J2-J3 8,00 10,30 12,60 J2-J4 7,43 9,58 11,73 J2-J5 8,06 9,70 11,35 J3-J4 7,44 9,56 11,67 J3-J5 6,54 8,04 9,53 J4-J5 9,32 11,04 12,76 Legenda: Resultados não nulos- os ajustes julgados no roteiro VPAS-PB em graus 1 a 6 A Figura 7, a seguir, apresenta a distribuição de valores de congruência de julgamentos interjuízes (em pares) para os resultados totais e não nulos:

77 77 Figura 7 - Distribuição de valores de congruência de julgamentos interjuízes para os resultados totais e não nulos. Legenda: 1 =J1-J2; 2 = J1-J3; 3 = J1-J4; 4 => J1-J5; 5 = J2-J3; 6 = J2-J4; 7 =J2-J5; 8 => J3-J4; 9 => J3-J5;10 => J4-J5 A Tabela 5, abaixo, apresenta as distâncias e produtos relativos de julgamentos interjuízes (em pares) para os resultados de julgamentos perceptivos: Tabela 5 - Distâncias e produtos relativos dos julgamentos interjuízes. Pares de juízes Distâncias relativas Produtos relativos J1-J2 1 6 J1-J J1-J4 2 6 J1-J J2-J J2-J4 1 2 J2-J J3-J J3-J J4-J A abordagem de distâncias e de produtos relativos permitiu estimar que os julgamentos foram mais próximos entre os juízes J2-J4, J1-J2, J1-J4, e J3-J5. Diante da bateria de dados apresentados, os juízes foram qualificados de acordo com sua experiência na seguinte ordem (decrescente): J4, J2, J1, J3 e J5.

78 78 Como última etapa de análise dos julgamentos de qualidade vocal, por meio do roteiro VPAS-PB, os juízes foram avaliados com base na média de acertos, resultando na distribuição apresentada na Figura 8, a seguir: Figura 8 - Distribuição dos intervalos de confiança nos julgamentos com base nas médias de cada juiz (J1 a J5). Os resultados da Figura 8 revelam que os juízes são coincidentes entre si, exceto o juiz 5. Sendo eliminados os julgamentos de J5, os demais formaram um grupo mais homogêneo, o que foi considerado para compor o julgamento médio dos perfis de qualidade vocal das amostras de fala estudadas Perfil de Qualidade Vocal das Amostras Estudadas A ocorrência geral de ajustes de qualidade vocal no grupo estudado é apresentada nas Tabelas 6,7 e 8, em termos de frequência mínima, máxima, média e desvio-padrão dos ajustes de qualidade vocal (do trato vocal, fonatórios e de tensão), ocorrência intermitentes e aspectos de dinâmica vocal do grupo estudado.

79 79 Tabela 6 - Valores de frequência mínima, máxima, média e desvio-padrão dos ajustes de qualidade vocal (do trato vocal e de tensão muscular) do grupo estudado. Ajustes de qualidade vocal Mínimo Máximo Média Do trato vocal Desviopadrão Lábios Arredondados 0,000 0,595 0,013 0,082 Lábios Estirados 0,000 1,597 0,255 0,402 Labiodentalização 0,000 0,604 0,051 0,163 Lábios Extensão Diminuída 0,000 1,581 0,162 0,294 Lábios Extensão Aumentada 0,000 0,604 0,040 0,131 Mandíbula Fechada 0,000 3,400 0,843 0,611 Mandíbula Aberta 0,000 0,600 0,027 0,106 Mandíbula Protraída 0,000 0,000 0,000 0,000 Mandíbula Extensão Diminuída 0,000 1,410 0,475 0,357 Mandíbula Extensão Aumentada 0,000 1,216 0,032 0,160 Ponta Língua Avançada 0,000 2,201 0,276 0,407 Ponta Língua Recuada 0,000 0,403 0,008 0,052 Corpo de Língua Avançada 0,000 0,801 0,108 0,186 Corpo de Língua Recuada 0,000 1,379 0,330 0,356 Corpo de Língua Elevado 0,000 2,206 0,558 0,486 Corpo de Língua Abaixado 0,000 0,408 0,030 0,103 Corpo de Língua Extensão Diminuída 0,000 1,008 0,278 0,298 Corpo de Língua Extensão Aumentada 0,000 0,000 0,000 0,000 Constrição Faríngea 0,000 3,004 0,682 0,527 Expansão Faríngea 0,000 0,000 0,000 0,000 Escape de Ar Nasal 0,000 1,196 0,027 0,165 Nasal 0,000 3,193 0,203 0,527 Denasal 0,000 0,408 0,027 0,090 Laringe Elevada 0,000 3,397 1,134 0,732 Laringe Abaixada 0,000 0,000 0,000 0,000 De tensão Hiperfunção do Trato Vocal 0,000 2,991 1,033 0,532 Hiperfunção Laríngea 0,401 4,002 2,097 0,754 Hipofunção Laríngea 0,000 0,200 0,003 0,023

80 80 Tabela 7 - Valores de frequência mínima, máxima, média e desvio-padrão dos ajustes de qualidade vocal (fonatórios) e ocorrência intermitentes do grupo estudado. Ajustes de qualidade vocal Mínimo Máximo Médio Desvio-padrão Fonatórios Modal 0,000 0,000 0,000 0,000 Falsete 0,000 0,198 0,003 0,023 Crepitância 0,000 0,000 0,000 0,000 Voz Crepitante 0,000 1,202 0,349 0,342 Escape Ar 0,000 1,000 0,487 0,285 Voz Soprosa 0,000 1,008 0,159 0,242 Voz Áspera 0,000 4,200 1,764 1,031 Ocorrências intermitentes Quebras 0,000 0,405 0,089 0,133 Tabela 8 - Valores de frequência mínima, máxima, média e desvio-padrão dos aspectos de dinâmica vocal do grupo estudado. Ajustes de qualidade vocal Mínimo Máximo Médio Desviopadrão Aspectos da dinâmica vocal Pitch Habitual Elevado 0,000 2,610 0,812 0,704 Pitch Habitual Abaixado 0,000 1,399 0,147 0,310 Pitch Extensão Diminuída 0,000 1,199 0,578 0,309 Pitch Extensão Aumentada 0,000 0,595 0,032 0,109 Pitch Variabilidade Diminuída 0,000 3,192 1,196 0,651 Pitch Variabilidade Aumentada 0,000 1,008 0,053 0,172 Loudness Habitual Diminuído 0,000 1,199 0,317 0,333 Loudness Habitual Aumentado 0,000 3,608 0,674 0,709 Loudness Extensão Diminuído 0,000 0,997 0,365 0,297 Loudness Extensão Aumentado 0,000 0,793 0,061 0,166 Loudness Variabilidade Diminuído 0,000 2,177 0,565 0,455 Loudness Variabilidade Aumentado 0,000 2,387 0,496 0,589 Tempo Continuidade Interrompida 0,000 1,008 0,048 0,164 Taxa de Elocução Rápida 0,000 3,799 0,758 0,948 Taxa de Elocução Lenta 0,000 1,404 0,165 0,342 Suporte Respiratório Aumentado 0,000 0,400 0,005 0,046 Suporte Respiratório Inadequado 0,595 3,593 1,692 0,601 Suporte Respiratório Presente 0,000 0,000 0,000 0,000

81 81 Os dados expostos nas Tabelas 6, 7 e 8 indicam que os ajustes mais frequentes no grupo estudado, em ordem decrescente de ocorrência, foram: ajutes de hiperfunção laríngea, voz áspera, laringe elevada, hiperfunção do trato vocal, mandíbula fechada, constrição faríngea, corpo de língua elevado e escape de ar. Quanto aos aspectos da dinâmica vocal, em ordem decrescente de frequência, destacaram-se: suporte respiratório inadequado, diminuição da variabilidade de pitch, pitch habitual elevado, loudness habitual elevado, taxa de elocução rápida e variabilidade de loudness diminuída. Com base nos critérios e resultados expostos em no item 4.1.2, foram considerados os julgamentos da qualidade vocal com motivação fonética, nas Figuras 9 e 10, abaixo:

82 82 Figura 09 - Dendograma referente à análise de cluster aglomerativa hierárquica dos dados para os julgamentos de ajustes de qualidade vocal e aspectos da dinâmica. Dendrograma Corpo de Língua Elevado Repeticao Loudness Varibilidade Aumentado Mandíbula Fechada Loudness Aumentado Taxa de Elocução Rápida Pitch Elevado Laringe Elevada Hiperfunção do trato vocal Constrição Faríngea Loudness Extensão Diminuída Pitch Extensão Diminuída Loudness diminuído Corpo de Língua Extensão Diminuída Mandíbula Extensão Diminuída Loudness Variabilidade Diminuída Pitch Variabilidade Diminuída Voz Aspera Hiperfunção Laríngea Suporte Respiratório Inadequado Nasal Ponta de Língua Avançado Pitch abaixado Escape Ar Taxa de Elocução Lenta Lábios Extensão Diminuída Voz Crepitante Lábios Estirados Tempo continuidade interrompida Loudness Extensão Aumentada Expansão Faríngea Mandíbula Protraída Laringe Abaixada Modal Crepitância Suporte Respiratório presente Falsete Hipofunção Laríngea Suporte Respiratório Adequado Corpo de Língua Extensão Aumentada Lábios Arredondados Corpo de Língua Abaixado Denasal Mandíbula Aberta Ponta de Língua Recuada Escape de Ar Nasal Quebras Pitch Extensão Aumentada Mandíbula Extensão Aumentada Lábios Extensão Aumentada Labiodentalização Pitch Variabilidade Aumentada Corpo de Língua Avançado Voz Soprosa Corpo de Língua Recuado Dissimilaridade

83 F2 (34,23 %) 83 Figura 10 - Diagrama cicular referente à análise discriminante para os julgamentos de ajustes de qualidade vocal e aspectos da dinâmica. Variáveis (eixos F1 e F2: 73,36 %) 1 Corpo de Língua Recuado Mandíbula Extensão Diminuída 0,75 0,5 0,25 0-0,25-0,5 Mandíbula Fechada Corpo de Língua Elevado Corpo de Língua Extensão Diminuída Mandíbula Aberta Lábios Extensão Diminuída Loudness Varibilidade Aumentada Loudness Variabilidade Diminuída Loudness Extensão Diminuída Suporte Respiratório Inadequado Lábios Extensão Aumentada Laringe Elevada Suporte Respiratório Adequado Voz Áspera Hiperfunção Trato Vocal Denasal Escape Ar Ponta de Língua Avançada Pitch Extensão Aumentada Mandíbula Extensão Aumentada Tempo - continuidade interrompida Corpo de Língua Abaixado Constrição Faríngea Escape de Ar Nasal Loudness Habitual Aumentado Corpo de Língua Avançada Ponta de Língua Recuada Lábios Arredondados Hipofunção Laríngea Voz Soprosa Taxa de Elocução Lenta Taxa de Elocução Rápida Pitch Habitual Abaixado Voz Crepitante Quebras Nasal Pitch Variabilidade Aumentada Loudness Habitual Diminuída -0,75 Labiodentalização Pitch Habitual Elevado Pitch Variabiilidade Diminuída Lábios Estirados Pitch Extensão Diminuída Hiperfunção Laríngea ,75-0,5-0,25 0 0,25 0,5 0,75 1 F1 (39,13 %) Legenda: Ajustes de qualidade vocal Aspectos de dinâmica vocal

84 84 As informações referentes ao perfil de qualidade vocal e aspectos da dinâmica vocal são expostos no Quadro 4, com base na comparação aos julgamentos pela escala GRBASI, em trabalho anteriormente desenvolvido (LIMA, 2008), com as informações do mesmo banco de dados utilizado na presente pesquisa. Quadro 4 - Achados referentes aos julgamentos do juiz 4 (juiz mais experiente) a respeito do perfil de qualidade vocal e aspectos da dinâmica vocal do grupo estudado com base na comparação aos julgamentos pela escala GRBASI em trabalho anteriormente desenvolvido (LIMA, 2008) com as informações do mesmo banco de dados utilizados na presente pesquisa. Falante VPAS-PB GRBASI Ajustes de qualidade vocal Aspectos da Presença/ ausência Parâmetros dinâmica vocal de alteração P1 MED, CLED, CF (i), LGE, HILG PHE,TER A G0R0B0A0S0I0 P2 LED, CF, HILG, VA, EA SRI A G0R0B0A0S0I0 P3 LED, CF, HILG,VA,EA SRI P G0R0B0A0S1I0 P4 MF, PLR, HILG,VA, EA, QB, TER P G1R1B1A0S0I0 VC(i) P5 N, CF (i), HILG, VA, QB TER (i), PVD P G1R0B0A0S1I0 P6 HILG,VS, VA (i) SRI A G0R0B0A0S0I0 P7 CF, HILG, VA (i), VC (i) A G0R0B0A0S0I0 P8 LD, LGE, HILG TER, SRI A G0R0B0A0S0I0 P9 N,VA, EA (i) PHE, SRI A G0R0B0A0S0I0 P10 LGE, HILG, VA, EA, VC (i) PHA, TER A G0R0B0A0S0I0 P11 MF, CLED, HILG, VC(i) PED, PVD, SRI A G0R0B0A0S0I0 P12 LGE, HILG, VA PHA, PVD, SRI P G1R1B0A0S0I1 P13 PLA, HILG, VA, EA, VC (i) PHA, PVD, PED, TER P G2R2B1A0S1I0 P14 LE, LGE, HILG, VA, EA PHE (i), TER (i) P G2R1B1A0S0I0 P15 N, EAN, HILG, VA, EA CI, SRI P G2R1B2A0S0I0 P16 PLA, HILG, VA, VC (i) SRI, LHA, LVD, P G2R2B2A0S0I0 PVD P17 LGE,HILG, VA, EA, VC PHD A G0R0B0A0S0I0 P18 PLA, N, HILG, VA, EA, QB TER, PED, PVD, LVA P G2R2B1A0S1I0 P19 N(i), HILG, VA, EA, VC (i), QB PED, PVD, SRI P G2R2B0A0S0I0 P20 MF, LGE,HILG,VA LHA, PED, P G1R1B1A0S1I0 PVD P21 PLA,VA (i), EA, VC (i) PHD, PED, PVD A G0R0B0A0S0I0 P22 CLA, CLAB, HILG, VA, EA, QB PHD, SRI A G0R0B0A0S0I0 P23 LE, MED, CLED, LGE, PED, PVD P G1R1B1A0S0I0 HILG, VA, EA P24 LGE MF, HILG, VA, EA LHA, PHA, A G0R0B0A0S0I0 LHA, P25 LE, CF, PLR, HILG,VA, EA PVD A G0R0B0A0S0I0

85 85 Legenda: CF- constrição faríngea; CI - continuidade interrompida; CLA- corpo de língua avançado; CLAB- corpo de língua abaixado; CLED- corpo de língua com extensão diminuída; EA- escape de ar; EAN- escape de ar nasal; HILG- hiperfunção laríngea; LD- labiodentalização; LE - lábios estirados; LED- lábios extensão diminuída; LGE- laringe elevada; LHA- loudness habitual aumentado; LVAloudness com variabilidade aumentada; LVD- loudness com variabilidade diminuída; MEDmandíbula com extensão diminuída; MF- mandíbula fechada; N- nasal; PED- pitch com extensão diminuída; PHE- pitch habitual elevado; PHA- pitch habitual abaixado; PVD- pitch com variabilidade diminuída; PLA- ponta de língua avançada; PLR- ponta de língua recuada; QB- quebras; SRI- suporte respiratório inadequado; TER- taxa de elocução rápida; VA- voz áspera; VC- voz crepitante; VS- voz soprosa; (i)- intermitente 4.2. ANÁLISE ACÚSTICA: INPEÇÃO ACÚSTICA E MEDIDAS DE FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL, INTENSIDADE, DECLÍNIO ESPECTRAL E ESPECTROS DE LONGO TERMO Os resultados da análise acústica são apresentados em termos da apresentação dos traçados de espectros de longo termo e de linhas de declínio espectral e da análise do conjunto de medidas acústicas relativas à f0, intensidade, declínio espectral e ELT Dados de análise acústica de longo termo Os traçados dos espectros de longo termo e das linhas de declínio espectral para cada falante do grupo, estudado em tarefas de fala distintas (lida- FLD - linha

86 86 contínua azul; semiespontânea-entrevista- FSE- linha contínua preta; e semiespontânea-simulação de aula- FSA- linha contínua vermelha), são apresentados no Anexo 15. Os resultados das medidas de declínio espectral para cada uma das tarefas de fala são apresentados na Tabela 9 e na Figura 11, abaixo: Tabela 9 - Valores de declínio espectral para amostras de fala em situação de leitura, fala semiespontânea-entrevista e fala semiespontânea-simulação de aula. Declínio espectral Média (db) Desvio-padrão P valor f F crítico Leitura 10,62 1,14 0,008* 5,11 3,12 Semiespontâneaentrevista Semiespontâneasimulação de aula * Significância estatística (p<0,05) 12,46 1,96 10,74 1,87 Os testes realizados por pares de estilos de fala revelaram diferenças significativas para comparações entre leitura x entrevista (p=0,002; F=10,60; Fcrítico=4,04) e entre entrevista x simulação de aula (p=0,01; F= 6,54; Fcrítico=4,04).

87 87 Figura 11 Distribuição dos valores de declínio espectral para cada tarefa de fala (leitura, semiespontânea-entrevista, semiespontânea-simulação aula). 20,00 18,00 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P09 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 leitura Semiespontânea-entrevista Semiespontânea - simulação aula Dados de Análise Acústica por meio Script SG Expression Evaluator As informações referentes às medidas acústicas de f0, intensidade, declínio espectral e ELT são apresentadas de forma detalhada no Anexo 17, com base nos estilos de fala e nas repetições de estímulos. As Figuras 12 e 13 apresentam respectivamente o dendograma resultante da análise de cluster aglomerativa hierárquica, e o digrama circular resultante da análise discriminante dos dados acústicos de f0, intensidade, declínio espectral e ELT gerados pelo script SG Expression Evaluator.

88 Mediana de f0 Assimetria de intensidade Assimetria de f0 Média de declínio espectral Desvio padrão de declíno espectral quantil 99,5% de f0 Semi-amplitude entre quartis de f0 Assimetria de declínio espectral Desvio padrão de ELT Dissimilaridade 88 Figura 12 - Dendograma referente à análise de cluster aglomerativa hierárquica dos dados acústicos de f0, intensidade, declínio espectral e ELT, gerados pelo script SG Expression Evaluator. Dendrograma

89 F2 (20,25 %) 89 Figura 13 - Diagrama circular referente à análise discriminante das medidas acústicas de f0, intensidade, declínio espectral e ELT, gerados pelo script SG Expression Evaluator. Variáveis (eixos F1 e F2: 55,82 %) 1 0,75 0,5 Desvio padrão de declínio espectral Média de declínio espectral 0,25 0 Assimetria intensidade Desvio padrão ELT Assimetria de f0-0,25 assimetria declínio espectral -0,5 Semi-amplitude quartisf0 Mediana de f0-0,75 quantil 99,5% de f ,75-0,5-0,25 0 0,25 0,5 0,75 1 F1 (35,57 %) 4.3. CORRELAÇÕES ENTRE PERCEPÇÃO E ACÚSTICA DA QUALIDADE E DINÂMICA VOCAL As informações referentes à análise de correlação canônica dos dados perceptivos de avaliação da qualidade vocal, por meio do roteiro VPAS-PB, e das

90 F2 (14,00 %) 90 medidas acústicas extraídas pelo script SG Expression Evaluator, são apresentadas na Figura 14, abaixo: Figura 14 - Diagrama circular referente à análise de correlação canônica dos dados perceptivos e das medidas acústicas. Variáveis (eixos F1 e F2: 29,00 %) 1 Voz Crepitante Tempo de continuidade interrompida Pitch Habitual elevado Suporte respiratório inadequado Voz Soprosa 0,25 Corpo de Língua Recuado Assimetria intensidade Loudness extensão diminuída Assimetria f0 Assimetria de declínio espectral Labíos Extensão Aumentada Hiperfunção do trato vocal Mandíbula Aberta Labiodentalização Quebras 0,75 0,5-0,25-0,5 Corpo de Língua Abaixado -0,75 Loudness Habitual aumentado Média de declínio espectral Desvio padrão de declínio espectral Taxa de elocução lenta Nasal Hipofunção Laríngea Lábios Extensão Dimuída Mandíbula Extensão Aumentada Pitch extensão aumentada Escape Quantil de Ar 99,5% f0 Corpo de Língua Denasal Avançado Mandíbula Fechada Semi-amplitude quartisf0 Corpo de Língua Elevado Corpo de Língua Extensão pitch extensão diminuída Diminuída Ponta Língua Avançada Loudness variabilidade aumentada Ponta Língua Recuada Laringe Elevada Pitch Habitual abaixado Mandíbula Extensão Pitch variabilidade Diminuída diminuída Loudness variabilidade diminuída Constrição Faríngea Hiperfunção Laríngea Suporte respiratório aumentado Desvio padrão de ELT Lábios Estirados Pitch variabilidade aumentada Loudness Habitual Escape de ar Nasal diminuído Mediana f0 Voz Áspera Taxa de elocução rápida ,75-0,5-0,25 0 0,25 0,5 0, F1 (15,01 %) Legenda: ajustes de qualidade vocal medidas acústicas

91 91 5. DISCUSSÃO: CORRELAÇÕES ENTRE PERCEPÇÃO E ACÚSTICA DA QUALIDADE VOCAL DE UM GRUPO DE PROFESSORES - UM OLHAR SOB A PERSPECTIVA FONÉTICA O conjunto de procedimentos adotados nesta pesquisa para delimitação dos falantes do grupo estudado, a partir do banco de dados de vozes de professores da rede pública da cidade de Sorocaba (SP), encontrou respaldo nos princípios das Ciências Fonéticas, especialmente do modelo fonético de descrição da qualidade vocal. Em oposição a descrições impressionísticas, LAVER (1980) apresentou seu modelo de caráter científico, como uma perspectiva de ancoramento teórico às descrições de qualidade vocal. Destacou as características de base analítica (contrapondo-se à holística), por meio da adoção de uma unidade de análise: o ajuste; e integrativa, pela possibilidade de combinações dos ajustes entre si e das correlações à fisiologia e à acústica vocal; assim como a caracterizou como replicável (com demanda de formação dos juízes). Diante de um modelo dessa natureza, o banco de dados disponibilizado na presente pesquisa apresenta-se como dispondo de rico material em termos de estilos de fala, da qualidade dos registros e da característica singular quanto à coleta de vozes dos professores situados em seu ambiente de trabalho. Desta conjunção feliz de fatores, ganha destaque a abordagem de aspectos linguísticos, paralinguísticos e extralinguísticos da qualidade vocal. (MACKENZIE-BECK, 2005). Além disso, o banco de dados em questão havia sido anteriormente explorado por um grupo de pesquisadores (LIMA, 2008; CRESPO, 2009; MACHADO et al., 2009; CAPOROSSI e FERREIRA, 2011), de forma que torna-se esperado - que a análise conduzida nesta investigação deva trazer uma complementação consistente às informações anteriormente vinculadas à qualidade vocal da população em foco.

92 92 Em termos dos procedimentos de delimitação do grupo estudado, vale ressaltar que a exploração de diferentes tarefas de fala (Teste de percepção 1) e seu impacto nos julgamentos de qualidade vocal colaboram para a discussão dos dados de análise acústica de longo termo quanto às diferenças entre estilos de fala (lida, semiespontânea-entrevista e semiespontâneasimulação de aula). Tal nível de análise visa a contribuir com indicações promissoras sobre o comportamento vocal de professores de ensino fundamental e médio. Os experimentos do Teste de percepção 2 colaboraram para o estabelecimento de limites de duração de amostras com a finalidade de julgamento perceptivo-auditivo da qualidade vocal tema amplamente debatido em termos de abordagens acústicas de longo termo do sinal vocal (HILLER et al., 1984; PITTAM, 1987; e PITTAM e MILLAR, 1988). Nesse sentido, MACKENZIE-BECK (2005) refere que as amostras devem apresentar no mínimo 40 segundos de fala contínua. Além disso, aponta que, embora seja possível julgar os settings de fonação a partir de amostras com duração menor que 40 segundos, sua experiência sugere que são necessárias amostras de fala com duração maior, para que haja a abstração de settings básicos do trato vocal de longo termo, a partir das flutuações segmentais da fala. Esse achado vem ao encontro dos experimentos realizados com amostras de diferentes durações para a extração de medidas acústicas relacionadas, e seus resultados sugerem que algumas medidas apenas se estabilizam quando a duração de uma amostra excede segundos (HILLER et al., 1984). Por outro lado, há que se considerar que variações de qualidade vocal podem ocorrer como sinalização de expressão de atitudes e emoções (MADUREIRA, 2008; MADUREIRA e CAMARGO, 2010), de forma que trechos de maior duração podem não ser passíveis de classificação única, dada a presença de ajustes intermitentes ou alternantes no trecho. Além disso, no presente estudo, levou-se em conta a condição de conforto dos juízes para execução de tarefa de percepção auditiva de uma grande quantidade de estímulos.

93 93 Por fim, a exploração dos dados do Teste de percepção 3 colaboraram para a compreensão das particularidades da interação da percepção de sinais aperiódicos em condições variadas de gravação, especialmente naquelas com relações sinal/ruído comprometidas. Desta forma, com o devido respaldo das Ciências Fonéticas e dos princípios da fonética experimental (LLISTERRI, 1991), buscou-se conduzir um estudo na interface da fonética perceptiva e da fonética acústica. O contato do grupo de pesquisadores com o roteiro VPAS, em sua versão para o Português Brasileiro (VPAS-PB), tem revelado a importância da formação em Fonética, da adequada compreensão de preceitos teóricos como a susceptibilidade dos segmentos aos efeitos de longo termo da qualidade vocal, da convivência a uma unidade de referência: o ajuste neutro, que não se apresenta como parâmetro de normalidade. O ajuste neutro é adotado como uma unidade de referência para se graduar as manifestações de ajustes de qualidade vocal nos planos laríngeo, supralaríngeo e de tensão, bem como dos aspectos de dinâmica vocal. Neste ponto, cabe destacar que o presente trabalho não contou com um conjunto de estímulos desenvolvido para a finalidade de composição de corpus de qualidade vocal: dez sentenças-chave (CAMARGO e MADUREIRA, 2008a; CAMARGO et al., 2011a), de forma que alguns segmentos-chave que poderiam colaborar na análise de ajustes de qualidade vocal poderiam não se fazer presentes em alguns dos estímulos. Este foi um ponto que colaborou para o estabelecimento de critérios para a seleção dos estímulos do banco de dados que comporiam o corpus do presente estudo. A opção por incluir diferentes tarefas (estilos) de fala também contempla a tentativa de obter representatividade do maior número de segmentos-chave para identificação da qualidade vocal (CAMARGO et al., 2011a). Além disso, deve-se mencionar que a qualidade vocal apresenta funções comunicativas e

94 94 informativas, o que torna a tarefa de qualificar as vozes de professores um exercício cuidadoso em termos da representatividade das amostras coletadas. Diante deste panorama, a formação de juízes mostra-se fundamental no sentido de que a avaliação seja conduzida com motivação fonética, evitando-se que o VPAS-PB seja aplicado como um roteiro em formato check-list, situação em que a característica analítica e integrativa do modelo de descrição de qualidade vocal se perderia. A opção por compor um grupo de juízes com experiências variadas em termos do tempo de exposição ao roteiro, do histórico de formação e da participação em treinamento prévio à aplicação da tarefa de percepção de qualidade vocal desta pesquisa, teve como objetivo justamente discutir as demandas de formação de juízes para o método em questão. Neste aspecto, o tópico referente à experiência de juízes tem sido amplamente debatido na literatura, especialmente quanto à possível subjetividade das análises (KREIMAN e GERRATT, 1996). Neste estudo, foi possível resgatar o tempo de formação e a atuação de juízes, de acordo com a classificação estabelecida em termos da sua experiência pelos dados de análise estatística dos resultados do roteiro VPAS-PB. O grau de experiência esteve relacionado ao tempo de atividade com o roteiro, em ordem decrescente: treze anos (Juiz 4); três anos (Juiz 2); um ano e seis meses (Juízes 1 e 3); seis meses (Juiz 5). Neste aspecto, alguns autores dedicam-se há muito tempo a uma análise crítica sobre os métodos de avaliação perceptiva da qualidade vocal (KREIMAN, 1997; KREIMAN e GERRATT, 1996, 1997, 2000). KREIMAN e GERRATT (2000) apresentaram uma ampla revisão de investigações em qualidade vocal, chegando a trabalhar com o banco de dados de alguns dos estudos referenciados. Debateram especialmente sobre as controvérsias e concordâncias em termos dos dados das pesquisas apresentadas. Sugeriram ainda que todo o método de exploração perceptiva da qualidade vocal deveria estar fundamentado em modelo teórico, especialmente aqueles de padrões de reconhecimento auditivo de sinais complexos.

95 95 Finalmente, chamaram a atenção sobre a existência de uma tendência recorrente que faz confundir qualidade com descrições de frequência e intensidade vocal. Neste ponto, cabe salientar que, no roteiro VPAS-PB, tais tópicos estão devidamente separados nos domínios de ajustes de qualidade vocal e aspectos da dinâmica vocal (CAMARGO e MADUREIRA, 2008a). Na amostra de cinco juízes, pudemos identificar fatores importantes na definição da experiência dos juízes: o tempo de convivência com o instrumento VPAS e a formação específica em abordagem fonética da qualidade vocal. Os procedimentos estatísticos adotados permitiram estabelecer uma escala de experiência dos juízes, que coincidiu com aspectos da formação e do tempo de atividade em avaliação fonética da qualidade vocal. Vale ressaltar que a aplicação do roteiro deu-se depois de uma etapa de treinamento dos juízes (à qual apenas um não compareceu - o Juiz 5), buscando-se atingir um nível de calibração com auxílio de estímulos-âncora, procedimento esse também defendido por KREIMAN e GERRATT (2000). A opção pelo método de interpretação dos achados de percepção do grupo inicial de cinco juízes também se apresentou como um desafio. A fim de se discutirem as particularidades e, especialmente, a complexidade de análises de base perceptiva por grupos de juízes, optou-se por não trabalhar com análises de consenso ou de avaliação de fidedignidade de respostas de juízes, que levassem à opção por um dos juízes. Diante da demanda de discussão das vantagens e desvantagens da adoção de modelo fonético de descrição da qualidade vocal, decidiu-se estudar de forma mais detalhada o conjunto dos julgamentos perceptivos dos cinco juízes iniciais, até que fosse possível definir uma bateria de testes que permitisse a definição do perfil de qualidade vocal médio do grupo de amostras de vozes analisadas.

96 96 Nesta etapa, a tentativa inicial deu-se por meio de análises de correlações múltiplas, tais como análises de cluster aglomerativa hierárquica, análise discriminante e análise de correlação canônica. Após exploração global dos julgamentos e a análise do comportamento geral dos juízes, foi possível desenvolver a sequência de testes, que resultou na definição dos juízes, cujos julgamentos pautaram-se nos princípios do modelo fonético. Vale salientar que esta avaliação não teve como intuito qualificar juízes em termos de suas habilidades perceptivoauditivas, mas de seu desempenho em termos da tarefa proposta: a de avaliação fonética da qualidade vocal. Nesse sentido, ressalte-se que todos os juízes são uníssonos eu sua formação e atuação, ou seja, formação específica concernentemente aos instrumentos utilizados e utilização de instrumentos de avaliação perceptiva em sua prática clínica cotidiana. Tais cuidados nos procedimentos de pesquisa trazem à cena a complexidade inerente aos estudos que enfocam respostas de juízes, em variadas modalidades de percepção. No tocante à percepção vocal, KREIMAN e GERRATT (2000) criticam a forma como a análise estatística vem sendo conduzida em muitos estudos, em que algumas correlações assinaladas podem ser efeitos de artefatos dos testes e de particularidades das amostras. Além disso, problematizam a abrangência que alguns autores atribuem aos seus achados de significância estatística. Reforçam que, em muitos casos, o nível de significância do evento não reflete a sua magnitude. Assim é que, na presente investigação de doutorado, as várias etapas de estudo do comportamento dos juízes e de abordagens sucessivas em termos de seu comportamento intrínseco (consistência entre repetições de tarefa) e extrínseco (em relação aos demais juízes, ou mais precisamente, a cada um dos demais juízes) pode tornar-se uma contribuição importante para a continuidade da exploração dos estudos de percepção auditiva da qualidade vocal.

97 97 Desta forma, o perfil de qualidade vocal e de dinâmica vocal traçado para este estudo contemplou o conjunto de análises de quatro juízes que atingiram nível de distribuição de variâncias e intervalos de confiança dos julgamentos similares entre si. Outro ponto de destaque refere-se ao fato de que os quatro juízes que compuseram o perfil médio de qualidade vocal do conjunto de amostras estudadas não tiveram um comportamento similar, quando analisados numa abordagem interjuízes; porém, foram consistentes em seus julgamentos para amostras repetidas. Desta forma, apesar de o grupo não ser absolutamente homogêneo, seus julgamentos mostram-se consistentes em momentos distintos. As informações de análises intrajuízes também foram interessantes para trazer à tona a comparação de um grupo de juízes aos julgamentos de um juiz com maior experiência no instrumento, que poderia ser considerado como juiz-referência, procedimento utilizado em outras etapas de estudos com base em julgamentos do VPAS-PB (HARA e VELOSO, 2003; CAMARGO e MADUREIRA, 2008b; RUSILO et al., 2011; FERNANDES, 2011) e, especialmente quando se enfoca diretamente a questão da formação dos juízes (HARA e VELOSO, 2003; CAMARGO e MADUREIRA, 2008b). Neste ponto da discussão, pode-se afirmar que os dados coletados reforçam que o tempo de formação no método, especialmente aquele dispendido em análises de amostras e discussão de aspectos como a graduação de ajustes é fundamental. Os dados de análise interjuízes, em que algumas discrepâncias ocorreram, reforçam que a ampliação do período de formação, ou, mais precisamente, a atualização constante e o trabalho contínuo junto aos juízes, torna-se fundamental para se criar um grupo coesamente qualificado para conduzir análises fonéticas da qualidade vocal. Outro ponto a se indicar para delineamento de futuros estudos no tema refere-se à ampliação do grupo de juízes.

98 98 Quanto ao perfil de qualidade vocal do grupo de falantes, vale indicar que os achados foram compatíveis com os quadros de alteração laríngea, conforme critérios de inclusão na amostra. Neste aspecto, a questão da compatibilidade dos ajustes e da sua interdependência, enquanto princípios que regem a relação entre os diversos ajustes de qualidade vocal (Laver, 1980), pode ser destacada. A prevalência de ajustes fonatórios (voz áspera e escape de ar), de tensão (hiperfunção laríngea e de trato vocal) e do trato vocal (laringe elevada, mandíbula fechada, constrição faríngea e corpo de língua elevado) em associação a aspectos da dinâmica vocal concernentes a suporte respiratório inadequado, variabilidade de pitch e loudness diminuída, pitch e loudness habitual elevados e aumento da taxa de elocução propiciam uma cuidadosa leitura e mapeamento de ocorrências que são típicas de quadros de distúrbio de voz por alterações laríngeas. Nesse sentido, a combinação de ajustes fonatórios de voz áspera e escape de ar caracteriza a situação nomeada pelo conhecido termo rouquidão (LAVER, 1980), nas demais escalas de diferencial semântico utilizadas em avaliações de qualidade vocal, como é o caso da GRBASI, utilizada anteriormente para o banco de dados em questão (LIMA, 2008). Os ajustes de tensão associam-se a vários ajustes do trato vocal, tais como a mandíbula fechada, o que favorece a posição elevada de laringe e o aumento da força adutora de pregas vocais (PINHO e PONTES, 2008), bem como o desequilíbrio funcional de toda a musculatura extrínseca da laringe (FERREIRA et al., 2003; ORTIZ et al., 2004). Nessa perspectiva, ao investigar a presença e possível correlação entre a alteração vocal e a disfunção temporomandibular (DTM), MACHADO et al. (2009) verificaram a presença de correlação significante entre a avaliação perceptivo-audtiva (GRBASI) e a avaliação de motricidade orofacial para DTM para o mesmo grupo de professores participantes do presente estudo. VAN LIERDE et al. (2004) também observaram presença de DTM em sujeitos com grave tensão laríngea e que utilizavam a voz profissionalmente.

99 99 Os ajustes de constrição faríngea e de elevação da laringe levam à diminuição da extensão do trato vocal, favorecendo a sobrecarga de mecanismos fonatórios e influenciando os aspectos da dinâmica vocal, tais como o deslocamento superior da f0 e da intensidade do sinal (traduzidos no roteiro VPAS-PB enquanto pitch e loudness habituais). Sabe-se que a emissão em limites superior ou inferior da extensão vocal gera sobrecarga nos mecanismos fonatórios e atenua as variações naturais que poderiam ocorrer (achados de diminuição da variabilidade de pitch e loudness) (BEHLAU et al., 2001). Outro achado interessante foi a taxa de elocução aumentada, que também é considerada como um fator de hiperfunção vocal (FIGUEIREDO, 1993). Na pesquisa realizada por CRESPO (2009), a respeito das alterações laríngeas no grupo de professores estudado, verificou-se alto índice de ocorrência associada de constrição supraglótica e de fendas triangulares médio-posteriores, o que vem ao encontro dos achados perceptivos de qualidade vocal de ajustes de hiperfunção laríngea (84,61%) na etapa atual de estudos. Neste aspecto, destaca-se que a aplicação do VPAS-PB propiciou uma descrição ampliada de aspectos de qualidade e de dinâmica vocal para a situação a que se destinava, a de caracterização de quadro de distúrbio de voz com componente de alteração laríngea primária ou secundária à demanda vocal, respectivamente denominadas disfonias funcionaisestruturais e orgânico-funcionais (PINHO et al., 2011). Como reforço à argumentação, vale mencionar que o levantamento de qualidade vocal em um grupo de 60 falantes sem referência a queixas vocais (RUSILO et al., 2011) revelou predomínio de ajuste modal (ausente no grupo do presente estudo), ponta de língua avançada, voz crepitante, hiperfunção de laringe, voz áspera e extensão limitada de mandíbula. Tais aspectos reforçam as particularidades da qualidade vocal em grupos com características e demandas vocais distintas, uma vez que o grupo do estudo de RUSILO et al. (2011) continha alguns professores universitários, porém

100 100 de contexto distinto daquele do presente estudo- ensino fundamental e médio. Pode-se indagar se os achados de ajustes de voz áspera, hiperfunção de laringe e extensão diminuída de mandíbula seriam um esboço de um futuro quadro de distúrbio de voz por alguns falantes do grupo do estudo de RUSILO et al. (2011); entretanto, a divergência com maior incidência de ajuste modal parece estabelecer um limite entre os grupos. Neste momento de comparações de achados de diferentes estudos, cabe acrescentar à discussão achados recentes de FERNANDES (2011), em que se avaliou a qualidade vocal, do ponto de vista fonético, das vozes de um banco de dados de professores da rede pública da cidade de São Paulo, utilizado anteriormente na pesquisa de GIANNINI (2010), estudo casocontrole para distúrbio de voz. As diferenças ocorreram em termos dos ajustes mandíbula fechada, constrição faríngea e corpo de língua elevado, não detectados em escala tão ampla quanto no presente estudo. Além disso, houve concordância quanto aos achados de dinâmica vocal, exceto pelo fato de FERNANDES (2011) ter encontrado pitch habitual abaixado. Como próxima etapa de discussão dos achados da percepção, vale retomar a comparação dos dados de julgamentos de qualidade vocal com base na escala GRBASI e no roteiro VPAS-PB (Quadro 4). Como primeiro ponto de observação, vale destacar que apesar de a escala GRBASI indicar vários casos de ausência de alterações glóticas, o roteiro VPAS- PB não indicou a ocorrência de ajuste neutro laríngeo (modal). Nessa perspectiva, foi observado num grupo de professores com ausência de alteração vocal na GRBASI (13 professores); porém, com indicativos de ajustes de hiperfunção laríngea (11 professores, 84,61%), de voz áspera (10 professores, 76,92%) e de constrição faríngea (4 professores, 30,76%), segundo o roteiro VPAS-PB. O ajuste de voz áspera foi encontrado de forma intermitente (3 professores, 30%) e também em associação com o ajuste de escape de ar (8 professores, 80%), como mostra o Quadro 4. Tais achados são similares aos de FERNANDES (2011). Acredita-se que alguns aspectos da graduação de ajustes, e o fato de o roteiro VPAS-

101 101 PB permitir graduar ajustes intermitentes possivelmente ocorridos com finalidades linguísticas e paralinguísticas, tenham ambos colaborado para estes achados. Outra contribuição das informações do roteiro VPAS-PB, enquanto possibilidade de detalhamento de ajustes de qualidade vocal e de aspectos da dinâmica vocal, refere-se à diferenciação da descrição de vozes até então similares na escala GRBASI. Tal constatação foi possível tanto para falantes com nível zero de alteração vocal (G), como P5 a P11, como em falantes com alteração (exemplo: G1 para P4 e P23). Tais informações reforçam o valor da descrição fonética da qualidade vocal no sentido de propiciar a detecção de ocorrências que permitam traçar um panorama mais amplo do uso que o falante faz de seu aparelho fonador no ato da fala. Este tipo de análise favorece a reflexão sobre vários graus de estados de alteração do mecanismo vocal e /ou de abordagem de aspectos de expressão de atitudes e emoções (no campo da expressividade) e, especialmente, da implicação entre estas duas áreas. Uma próxima e benéfica incursão a estes aspectos seria a de dimensionar os achados de qualidade e dinâmica vocal às atitudes e atos de fala, de forma a se conhecer um pouco do impacto do distúrbio de voz na expressividade da fala de professores do ensino fundamental e médio (CHIEPPE, 2004; ARRUDA, 2004; VILLAS BOAS, 2009). Retomando as bases teóricas do modelo de descrição da qualidade vocal (LAVER, 1980, 2000; MACKENZIE-BECK, 2005) e as tendências de estudos que reforçam o caráter multidimensional da qualidade vocal (KREIMAN e GERRATT, 2000; CAMARGO e MADUREIRA, 2010; FERNANDES, 2011; RUSILO et al., 2011), resta a discussão da combinação de ajustes de qualidade vocal, de acordo com as modalidades de análise estatística multifatorial. As análises revelaram sobreposição de uma quantidade expressiva de ajustes, de forma que não houve a formação de subclasses bem definidas, provavelmente pela combinação recorrente de vários dos ajustes de qualidade vocal e aspectos de dinâmica vocal

102 102 enfocados. Algumas combinações de ajustes que mostraram concentração extremas na distribuição do diagrama circular da Figura 10 foram: ajustes de mandíbula-extensão diminuída, hiperfunção de trato vocal, mandíbula fechada, corpo de língua elevado e recuado, loudness habitual aumentado e suporte respiratório inadequado num extremo do diagrama, e no outro, hiperfunção laríngea, pitch habitual elevado, variabilidade de pitch diminuída, lábios estirados, labiodentalização e pitch - extensão diminuída. Os dois extremos congregam vários ajustes de qualidade vocal e aspectos da dinâmica vocal mais frequentes no grupo estudado. Outro aspecto interessante foi o de observar a tendência evidenciada em cada um destes subgrupos descritos: no primeiro, a tendência foi de diminuição da dimensão de cavidade oral e da orofaringe, ou seja, a presença de ajustes do trato vocal definidos como transversais ou latitudinais (LAVER, 1980). No segundo grupo, as ações congregaram ajustes supralaríngeos que encurtam o trato vocal no plano longitudinal (LAVER, 1980) e se associam a ajustes de tensão (hiperfunção laríngea) e a aspectos de dinâmica vocal relacionados à elevação de pitch e à diminuição de sua extensão e variabilidade. As ações de cada subgrupo estão relacionadas entre si. Além disso, os dois extremos revelaram que a mobilização deste grupo é vigorosa no sentido de ações que levam à redução da dimensão das cavidades supraglóticas e à redução da extensão do trato vocal. Verifica-se, ainda, um consequente aumento do nível de hiperfunção laríngea, o que afeta os mecanismos glóticos, tanto em termos do fechamento mais vigoroso, como da modificação do modo vibratório das pregas vocais, com tendência à elevação de f0 e restrição da extensão e da variabilidade de f0, bem como redução da variabilidade de intensidade (loudness pelo aspecto perceptivo do roteiro) e de seu aumento no plano habitual.

103 103 Estudos anteriores como MACHADO et al. (2009), CRESPO (2009) e FERNANDES (2011) esboçaram tais relações; contudo, neste grupo, as mobilizações revelaram-se mais vigorosas, especialmente em termos das associações detectadas. A descrição dos ajustes de qualidade vocal e a dos aspectos de dinâmica vocal levaram à compreensão do perfil vocal do grupo estudado, ao permitir mapear as combinações dos ajustes de qualidade vocal. Isso tudo pode permitir que o fonoaudiólogo se fique a par da disposição e do funcionamento dos articuladores do professor durante a fala, em quadros de presença ou ausência de alteração laríngea. Este achado pode contribuir para a atuação fonoaudiológica, no sentido de que o profissional, ao desenvolver ações junto, por exemplo, a um grupo de professores, poderá se concentrar na problemática de suavização dos efeitos de ajustes da qualidade vocal e dos aspectos da dinâmica vocal que possam ser característicos ou indicativos de tendências de um quadro de distúrbio de voz. Desta forma, os mecanismos de sobrecarga do aparelho fonador em seus vários níveis de atividade foram detectados por meio da análise perceptivo-auditiva (VPAS-PB). Resta-nos prosseguir na busca por correspondências no plano da acústica do sinal vocal, como forma de respaldar a complementaridade das investigações perceptiva e acústica da qualidade vocal. A justificativa para a descrição complementar de dados acústicos da qualidade vocal reside no fato de que qualidade vocal é uma interação entre a acústica do sinal vocal e um ouvinte (KREIMAN e GERRATT, 2000, p. 73), de maneira que as descrições acústicas são tidas como essenciais para dimensionar o impacto que o sinal vocal promove no ouvinte. Além disso, as esferas acústica e fisiológica são fontes de descrição dos ajustes de qualidade vocal no modelo fonético (LAVER, 1980). Como incursão inicial aos aspectos da acústica do sinal vocal, esta discussão foca a análise de longo termo, especialmente pela sua particularidade em refletir diversos aspectos da qualidade vocal em caráter recorrente. Além disso, o declínio do espectro de longo termo

104 104 (também conhecido como slope espectral) sofre forte influência do mecanismo laríngeo, inclusive de seu grau de tensão (HAMMARBERG e GAUFFIN, 1995; LAUKKANEN et al., 2004a). A abordagem dos espectros de longo termo, de traçados e valores de declínio espectral foram considerados em função da tarefa de fala eleita para análise, nas categorias fala lida, semiespontânea-entrevista, semiespontânea-simulação de aula. Um aspecto importante da análise de longo termo é a variação da intensidade do sinal por diferentes e sucessivos intervalos de frequência. Nesse sentido, a comparação do nível de intensidade por intervalos de frequência revela que, na voz soprosa, tende a ocorrer declínio abrupto de intensidade entre 0,0-2,0 khz em relação ao intervalo de 2,0-5,0 khz, enquanto o nível de intensidade entre 5,0-8,0 khz tende a ser similar ao de 2,0-5,0 khz (HAMMARBERG e GAUFFIN, 1995). Além disso, características referentes à hiperfunção ou hipofunção laríngea podem ser mapeadas, de maneira que, na voz com hiperfunção, ocorre diminuição da intensidade da frequência fundamental (LAUKKANEN et al., 2004a) e do espectro nas frequências mais baixas (entre 500 Hz e 1200 Hz), com declínio de forma menos abrupta (FIGUEIREDO, 1993) e subsequente aumento de energia espectral nas demais faixas de frequências superiores, principalmente entre o intervalo de 1,0 khz e 3,0 khz (LAUKKANEN et al., 2004a) e aquele de 2,0 khz e 5,0 khz (HAMMARBERG e GAUFFIN, 1995). A inspeção dos espectros de longo termo revelou que poucos falantes apresentaram traçados congruentes para as três tarefas de fala (ANEXO 15). A maioria (68%) revelou diferenças que se destacaram por diminuição do declínio espectral, e, portanto aumento do nível de hiperfunção laríngea, o que é compatível com achado frequente nos julgamentos por meio do roteiro VPAS-PB. Tais diferenças foram reveladas por maior nível de hiperfunção laríngea (com correspondentes valores menores de declínio espectral) para as situações de

105 105 simulação de aula (28%) e de entrevista (24%). A leitura revelou-se como o comportamento com menor índice de hiperfunção laríngea. Além disso, 16% dos falantes analisados apresentaram o índice rebaixado tanto para entrevista e simulação de aula, em níveis similares. Outro achado interessante foi o incremento de intensidade em faixas de frequência superiores a 2,0 khz (44%), sugerindo ajustes de voz soprosa e/ou escape de ar. O espectro de longo termo também permite traçar uma estimativa do nível de intensidade geral da emissão. O grupo que revelou valores superiores foi o de amostras representativas do estilo leitura (48%), seguido daquele contendo as amostras de simulação de aula (32%). A fala semiespontânea-entrevista figurou como a mais intensa em 8% das amostras. As demais amostras (12%) apresentaram níveis similares de intensidade nas três tarefas de fala. Pelo acima exposto, diante das tarefas de fala investigadas, pode-se afirmar que as tarefas de fala semiespontânea (nas modalidades entrevista e simulação de aula) revelaram maiores índices de hiperfunção laríngea em comparação à tarefa de leitura, apesar de os professores estudados apresentarem maior intensidade vocal nas tarefa de leitura (Figura 11 e Tabela 9). A inspeção individual dos traçados espectrais propiciou mapear tais comparações entre as diversas tarefas no mesmo falante. Entretanto, a abordagem das médias de declínio espectral extraídas revelaram que os menores valores do grupo e, portanto, os maiores níveis médios de hiperfunção ocorreram para o grupo de emissões referentes às tarefas de leitura e de fala semiespontânea- simulação de aula. Algumas combinações de medidas acústicas de f0, intensidade, declínio espectral e espectro de longo termo (ELT) que mostraram concentração extremas na distribuição do diagrama circular da Figura 13, foram: média e desvio-padrão de declínio espectral e desvio-

106 106 padrão de ELT, num extremo do diagrama; e no outro, mediana de f0 e quantil de 99,5% de f0, à semelhança de achados de dendograma na Figura 12. Diante dos aspectos abordados nesta investigação com base na percepção e na acústica do sinal vocal, resta a demanda de encerrar este tópico de discussão com a abordagem dos correlatos da qualidade vocal. Para tanto, discutem-se as informações de correspondências de achados das respectivas análises por meio da análise canônica. As medidas de f0 (mediana) e de ELT (desvio-padrão) estiveram próximas a ajustes fonatórios, tais como voz áspera e escape de ar (Figura 14). Tais ajustes resultam de aperiodicidade do sinal vocal, o que pode comprometer os níveis de f0 habitual, bem como os aspectos de declínio espectral há pouco mencionados (HAMMARBERG e GAUFFIN, 1995; LAUKKANEN et al., 2004a). As medidas de f0 (assimetria e semiamplitude entre quartis), bem como a intensidade (assimetria) agruparam-se a ajustes de laringe elevada, extensão diminuída de mandíbula e variabilidade diminuída de loudness (Figura 14). As medidas de f0 (quantil 99,5%) e de declínio espectral (média, desvio-padrão e assimetria) estiveram próximas ao grupo com a maior concentração de ajustes. Dentre os mais frequentes destes, destacam-se: hiperfunção laríngea, hiperfunção de trato vocal, constrição faríngea, mandíbula fechada e corpo de língua elevado, além dos aspectos de dinâmica vocal relativos a suporte respiratório inadequado, pitch e loudness habitual elevados, pitch e loudness variabilidade aumentado (Figura 14). Detectam-se, neste grupo, ajustes relacionados à hiperfunção de laringe e a várias ações que com esta se combinam, tais como: hiperfunção de trato vocal e ajustes que, por sua vez, sugerem tendências à diminuição da dimensão das cavidades ressoadoras supraglóticas, como aqueles referentes a corpo de língua, à faringe e à mandíbula (CAMARGO e MADUREIRA, 2010; RUSILO et al., 2011).

107 107 Da conjunção dessas ações, os mecanismos de controle de f0 e de intensidade, bem como aspectos da dinâmica respiratória, complementam a descrição de correlatos perceptivos e acústicos do quadro de distúrbio de voz de natureza orgânico-funcional e orgânico-estrutural (PINHO et al., 2011). Desta exposição de argumentos, destaca-se uma congruência em termos de mecanismos detectados por meio da análise integrada (perceptiva e acústica) como forma de reforçar o caráter multidimensional da qualidade vocal e a demanda de aprofundamento de tais correlações em diferentes populações. A adoção do referencial das Ciências Fonéticas propiciou a condição de detalhamento de eventos relacionados à qualidade vocal no grupo de professores avaliados com distúrbios de voz.

108 CONCLUSÕES O roteiro de avaliação da qualidade vocal com motivação fonética VPAS-PB mostra-se plenamente aplicável à avaliação da qualidade vocal do grupo de professores do presente estudo, uma vez que os achados de qualidade vocal e de dinâmica vocal compatibilizam-se com os quadros verificados de alteração laríngea e distúrbio de voz, conforme critérios de inclusão na amostra. Dessa forma, é possível, nesta investigação, identificar combinações de ajustes supralaríngeos, laríngeos e de tensão muscular, além de aspectos de dinâmica vocal, que sinalizam quadros de distúrbio de voz no grupo estudado. Nesse sentido, os ajustes mais frequentes, em ordem decrescente de ocorrência, são os seguintes: ajustes de hiperfunção laríngea, voz áspera, laringe elevada, hiperfunção do trato vocal, mandíbula fechada, constrição faríngea, corpo de língua elevado e escape de ar. Quanto aos aspectos da dinâmica vocal (em ordem decrescente), pode-se determinar: suporte respiratório inadequado, diminuição da variabilidade de pitch, pitch habitual elevado, loudness habitual elevado, taxa de elocução rápida e variabilidade de loudness diminuída. Além disso, é possível também verificar os ajustes recorrentes no fluxo da fala dos professores em diferentes estilos. A descrição dos ajustes de qualidade vocal e de aspectos de dinâmica vocal leva-nos à compreensão do padrão vocal do grupo e permite traçar um perfil de associação dos ajustes de qualidade vocal e aspectos da dinâmica vocal. Esse achado pode contribuir para a clínica fonoaudiológica, no sentido de que o fonoaudiólogo, ao atender um professor, ficará mais atento para tentar suavizar os efeitos de ajustes de qualidade vocal que possam sinalizar um risco ao desenvolvimento de distúrbio de voz ou à sua intensificação.

109 109 A descrição de correlatos acústicos de ajustes de qualidade vocal e de aspectos da dinâmica vocal revela a integração de níveis da atividade trato vocal supraglótico, fonatório e do estado de tensão do trato vocal para os três estilos de fala investigados (FL, FSE e FSA), especialmente por agrupamentos de medidas de f0 e ELT; f0 e intensidade e f0 e declínio espectral. Esses dados reforçam o caráter multidimensional da qualidade vocal e a demanda de aprofundamento de tais correlações em diferentes populações. Para análise do comportamento (concordâncias e discordâncias) dos julgamentos dos cinco juízes são aqui adotados procedimentos estatísticos: análises de correlações múltiplas, tais como análises de cluster aglomerativo-hierárquica, análise discriminante e análise de correlação canônica. Após essas análises, é que se torna possível desenvolver a sequência de testes que resultam na definição dos juízes, cujos julgamentos pautam-se nos princípios de modelo fonético. Dessa forma, os dados desta análise apontam que o tempo de formação no método, especialmente aquele dispendido em análises de amostras, bem como a discussão de aspectos como a graduação de ajustes, são fundamentais para a calibração dos julgamentos perceptivoauditivos no VPAS-PB. Nesse sentido, as discrepâncias dos achados de análise interjuízes indicam a necessidade de ampliação do período de formação, ou, mais precisamente, a atualização constante e o trabalho contínuo junto aos juízes para se criar um grupo qualificado na condução de análises fonéticas da qualidade vocal.

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120 120 Nunes RB. Análise da voz e do comportamento do trato vocal supraglótico por meio visual, perceptivo-auditivo e acústico em mulheres disfônicas com diferentes configurações glóticas. [Dissertação de mestrado]. São Paulo: PUC-SP; Oliveira DL. Processo de trabalho e saúde na escola: um estudo de caso com professores do ensino fundamental da escola municipal General Mourão Filho em Duque de Caxias [Dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; Oliveira IB. Desempenho Vocal do Professor: Avaliação Multidimensional.. doutorado]. São Paulo: PUC-Campinas; [Tese de Ortiz E, Lima EA, Costa EA. Saúde vocal de professores da Rede Municipal de Ensino de uma cidade do interior de São Paulo. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho. 2004; 2(4): Pedro CC. Usos linguísticos de settings de qualidade de voz. [Trabalho de iniciação científica]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Peralta JS. A investigação da qualidade vocal de crianças deficientes auditivas: correlatos acústicos de longo termo e perceptivo-auditivos. [Monografia de conclusão de curso]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Peres MA, Traebert J, Marcenes W. Calibração de examinadores para estudos epidemiológicos de cárie dentária. Caderno Saúde Pública. 2001; 17(1): Pinczower R, Oates J. Vocal projection in actors. The long-term average spectral features that distinguish comfortable acting voice from voicing with maximal projection in male actors. J Voice. 2005; 19(3): Pinho SMR, Pontes PAL. Músculos intrínsecos da laringe e dinâmica vocal. Rio de Janeiro: Revinter; Pinho SMR, Camargo Z, Sakae F, Pontes PAL. Disfonias funcionais: classificação, diagnóstico e tratamento. In: Caldas S, Melo JF, Martins RH, Selaimen S, Organizadores. Tratado de Otorrinolaringologia. 2ª ed. São Paulo: Roca; 2011: Pittam J. Discrimination if five voice qualities and prediction to perceptual ratings. Phonetica 1987; 44:

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122 122 Silvany Neto AM, Araújo TM, Dutra FR, Azi GR, Alves RL, Kavalkievicz C; Reis EJBF. Condições de Trabalho e Saúde dos Professores da rede particular de ensino de Salvador, Bahia. Revista Baiana de Saúde Pública. 2000: 24(1-2): Simões M, Latorre MRDO, Bitar ML. Uso Profissional da Voz por Educadores de Creches Achados Preliminares. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2000; 5(7): Simões M. Prevalência de disfonia e estudo de seus fatores associados em educadoras de creche [dissertação de mestrado] São Paulo: Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Simões M. A voz do professor histórico da produção cientifica de fonoaudiólogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional. In: Ferreira LP, Oliveira, SMRP. Voz profissional: Produção Científica da Fonoaudiologia Brasileira. 1ª ed. São Paulo: SBFa; 2004: Simões-Zenari MS. Voz de educadoras de creche: análise dos efeitos de um programa de intervenção fonoaudiológica [tese de doutorado] São Paulo: Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; Sjölander P. Perceptual relevance of the 5kHz spectral region to sex identification in children s singing voices. In: Proceeding of the Stockholm Music Acoustics Conference; 2003; Stockholm, Suécia. Stockholm: Royal Swedish Academy of Music; 2003: Sliwinska-Kowalska M, Niebudek-Bogusz E, Fiszer M, Los-Spychalska T, Kotylo P, Sznurowska-Przygocka B, Modrzewska M. The prevalence and risk factors for occupational voice disorders in teachers. Folia Phoniatr Logop. 2006; 58(2): Smith E, Gray SD, Dove H, Kirchner L, Heras H. Frequency and effects of teachers voice problems. J Voice. 1997; 11(1): Smith E, Lemke J, Taylor M, Kirchner HL, Hoffman H. Voice problems among teachers: differences by gender and teaching characteristics. J Voice. 1998; 12(3): Souza CL, Carvalho FM, Araújo TM, Reis EJB, Lima VMC, Porto LA. Fatores associados a patologias de cordas vocais em professores. Revista de Saúde Pública. 2011; 45: Soyama CK, Espassatempo CL, Gregio FN, Camargo Z. Qualidade vocal na terceira idade: parâmetros acústicos de longo termo de vozes masculinas e femininas. Rev CEFAC. 2005; 7(2):

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125 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Cuenca AMB, Andrade MTD, Noronha DP, Ferraz MLEF. Guia de apresentação de tese. 2.ed. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 2006.

126 126 ANEXOS

127 127 ANEXO 1 QUALIDADE VOCAL PRIMEIRA PASSADA SEGUNDA PASSADA Neutro A. ELEMENTOS DO TRATO VOCAL 1.Lábios Não neutro AJUSTE Moderado Extremo Arredondados/protraídos Estirados Labiodentalização Extensão diminuída Extensão aumentada Fechada 2. Mandíbula Aberta Protraída Extensão diminuída Extensão aumentada 3.Língua ponta/lâmina Avançada Recuada 4. Corpo de língua Avançado Recuado Elevado Abaixado Extensão diminuída Extensão aumentada 5.Faringe Constrição 6.Velofaringe Expansão Escape nasal audível Nasal Denasal 7. Altura de laringe Elevada Abaixada B. TENSÃO MUSCULAR GERAL 8. Tensão do trato vocal Hiperfunção Hipofunção 9. Tensão laríngea Hiperfunção Hipofunção C. ELEMENTOS FONATÓRIOS 10. Modo de fonação Modal Falsete Crepitância/ vocal fry Voz crepitante 11. Fricção laríngea Escape de ar Voz soprosa 12.Irregularidade laríngea AJUSTE Presente Graus de escala Neutro Não Moderado Extremo Neutro Voz áspera Ocorrências em curto termo ( )quebras ( ) instabilidades ( ) diplofonia ( ) tremor Para ajustes de ocorrência intermitente assinalar (i)

128 128 DINÂMICA VOCAL Neutro AJUSTE Moderado Extremo D. ELEMENTOS PROSÓDICOS Habitual Elevado 13.Pitch (f0) Abaixado 14.Loudness (intensidade) 15. Tempo Continuidade Extensão Variabilidade Habitual Extensão Variabilidade Diminuída Aumentada Diminuída Aumentada Aumentado Diminuído Diminuída Aumentada Diminuída Aumentada Interrompida Taxa de elocução 16.OUTROS ELEMENTOS Suporte respiratório Rápida Lenta Adequado Inadequado Presente

129 PEDRO (1998) Falante masculino Perceptiva Com experiência e formação específica continua 129 ANEXO 2 Dados referentes às pesquisas que utilizaram o VPAS como instrumento de análise perceptiva, quanto ao tipo de população estudada, número de sujeitos, sexo, idade, corpus de análise, ambiente de coleta de dados, tipo de análise e formação dos juízes no uso do roteiro. Na presença de dados não informados representamos com um símbolo (um traço) a falta deles. AUTOR ANO MADUREIRA (1992) TIPO DE POPULAÇÃO Nº DE SUJEITOS SEXO IDADE (anos) CORPUS de Análise AMBIENTE DE COLETA DE DADOS TIPO DE ANÁLISE EXPERIÊNCIA/ FORMAÇÃO ESPECÍFICA VPAS locutor 1 Discurso oral Perceptiva Com experiência e formação específica CASSOL (1997) CASSOL et al. (2001) SPINA e CRISPIM (1998) Disfônicos (fita do Livro Behlau e Pontes, 1995) 20 e Vogal sustentada, Contagem de 1 a 10, meses do ano, dias da semana Perceptiva Falante masculino 1 Perceptiva e Acústica Com experiência e formação específica FOUQUET (2001) Crianças disfônicas e sem queixa vocal CAMARGO Disfônicos e um (2002) sujeito sem disfonia DENUNCI (2003) Crianças com indicação cirúrgica de tonsilectomia e adenoidectomia GUEDES (2003) Disfônicos (maioria eram HARA e VELOSO (2003) 28 8 a 12 Perceptiva Com experiência 5 51 a 72 Vogal sustentada e fala lida (sentenças-veículo e texto) Com tratamento acústico 38 e 3,5 a 11,5 Fala espontânea Sem tratamento acústico a 70 Fala espontânea Sem tratamento acústico professores) Disfônicos 12 Com tratamento acústico Perceptiva, Fisiológica e Acústica Com experiência e formação específica Perceptiva Com experiência Perceptiva Com experiência Perceptiva Com experiência MAGRI et al (2007) Disfônicos (maioria eram professores) LEGENDA: Sexo: Masculino ( ), Feminino ( ) e 65 anos Perceptiva e Acústica Com experiência

130 Análise Perceptiva e Acústica Perceptiva e Acústica Análise perceptiva, acústica e fisiológica continuação 130 ANEXO 2 AUTOR ANO VILARIM (2003) CAMARGO et al (2004) TIPO DE POPULAÇÃO Disfônicos e um sem disfonia ANDRADE (2004) Disfágicos pós Acidente Vascular Cerebral (AVC) MENDES (2004) respiradores nasais e mistos com másoclusões NUNES (2005) Falantes com queixa vocal e alteração vocal PERALTA (2005) Crianças com deficiência auditiva com prótese auditiva Nº DE SUJEITOS SEXO IDADE (anos) CORPUS AMBIENTE DE COLETA DE DADOS TIPO DE ANÁLISE 6 37 e 63 Perceptiva e Acústica 3 e 46 a 80 Perceptiva e Acústica e 20 anos a 45 anos EXPERIÊNCIA/ FORMAÇÃO ESPECÍFICA VPAS Com experiência Com experiência Perceptiva Com experiência Fonação sustentada e fala encadeada Perceptiva, Fisiológica e Acústica 5 e 9 a 11 Perceptiva e Acústica VIOLA (2006) Ator profissional 1 Poema Perceptiva e Acústica Com experiência Com experiência CUKIER (2006) Com DPPV, sem DPPV e sem problemas respiratórios LIMA et al. (2007) Falantes de João Pessoa CAMARGO e MADUREIRA (2008a) CAMARGO e MADUREIRA (2008b) CAMARGO e MADUREIRA (2009) 25 Vogal [a], Pai nosso, sentenças-veículo 20 e 21 a 27 Fala lida (texto) e fala semiespontânea Falantes em geral 14 Sentenças chaves que integra o corpus do material do roteiro VPAS-PB dessas autoras Falantes em geral 2 e 20 e 40 Fala semi espontânea e trecho de locução Disfônicos e um sujeito sem disfonia 4 51 a 72 Seqüencias de [a/a/a] e Fala encadeada (leitura) Com tratamento acústico Com tratamento acústico Com tratamento acústico Com tratamento acústico Com tratamento acústico Com experiência Com experiência Análise Perceptiva Com experiência e formação específica Análise Perceptiva Com experiência e formação específica Com experiência formação específica continua LEGENDA: Sexo: Masculino ( ), Feminino ( )

131 TIPO DE ANÁLISE Análise perceptiva e perceptivaaudiovisual Análise Perceptiva Análise Perceptiva e Acústica continuação Com experiência e formação específica Com experiência e formação específica Com experiência e formação específica Com experiência e formação específica Com experiência e formação específica continua 131 ANEXO 2 AUTOR ANO TIPO DE POPULAÇÃO Nº DE SUJEITOS SEXO DE COLETA DE IDADE CORPUS AMBIENTE DADOS EXPERIÊNCIA/ FORMAÇÃO ESPECÍFICA VPAS LIMA et al.(2009) professoras 4 35 a 40 Fala semi espontânea e fala encadeada (leitura) CAMARGO e MADUREIRA (2010) MADUREIRA e CAMARGO (2010) Falantes em geral 38 e Sentenças chaves que integra o corpus do material do roteiro VPAS-PB dessas autoras e fala semi-espontânea Sem tratamento acústico Com tratamento acústico Análise Perceptiva Análise acústica Ator profissional 1 Poema Análise Perceptual e Acústica Prosódica e Teste de Avaliação do estado afetivo MELO e CAMARGO (2010) CAMARGO et al. (2011) Falantes em geral 23 e 19 a 58 Sentenças chaves que integra o corpus do material do roteiro VPAS-PB dessas autoras e fala semi-espontânea Falantes em geral 60 e 19 a 58 (média de 39,7 anos) RUSILO et al. (2011) Falantes em geral 60 e 19 a 58 (média de 39,7 anos) LEGENDA: Sexo: Masculino ( ), Feminino ( ) 10 sentenças chaves do material instrutivo VPAS-PB e fala semi-espontânea 10 sentenças chaves do material instrutivo VPAS-PB e fala semi-espontânea Com tratamento acústico Com tratamento acústico Com tratamento acústico

132 TIPO DE ANÁLISE continuação 132 ANEXO 2 AUTOR ANO TIPO DE POPULAÇÃO Nº DE SUJEITOS SEXO IDADE CORPUS AMBIENTE DE COLETA DE DADOS EXPERIÊNCIA/ FORMAÇÃO ESPECÍFICA VPAS FERNANDES (2011) professores 60 Semi-espontânea Sem tratamento acústico Análise Perceptiva Com experiência e formação específica LEGENDA: Sexo: Masculino ( ), Feminino ( )

133

134 134 ANEXO 4 CONDIÇÃO DE PRODUÇÃO VOCAL PROFESSOR (CPV-P) Adaptado de Ferreira et al (2007) Prezado professor: O questionário abaixo tem como objetivo fazer um levantamento das condições da voz do professor. Por gentileza, responda todas as questões fazendo um x no local indicado ou completando, quando solicitado. I IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO 1 Código do entrevistado (não preencher):... 2 Data: / / II IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO 3 Nome: 4 Data de nascimento: / / 5 Sexo: 0. ( ) feminino 1. ( ) masculino 6 Estado Civil: 1. ( ) solteiro 3. ( ) separado, desquitado ou divorciado 2. ( ) casado ou qualquer forma de união 4. ( ) viúvo 7 Escolaridade: 1. ( ) superior completo; curso: 4. ( ) médio completo 6. ( ) fundamental completo 2. ( ) superior em andamento; curso: 5. ( ) médio incompleto 7. ( ) fundamental incompleto 3. ( ) superior incompleto 8. ( ) outro: III SITUAÇÃO FUNCIONAL 8 Há quanto tempo você é professor? 9 Em quantas escolas você já trabalhou em toda sua carreira? 10 Em quantas escolas você trabalha atualmente? 11 Além da escola, trabalha em outro local? 0. ( ) não 1. ( ) sim Se sim; onde trabalha e o que faz? 12 Há quanto tempo você atua nesta escola? 13 Qual(is) atividade(s) você desempenha atualmente na escola? 1. ( ) leciona 5. ( ) responsável pelo planejamento pedagógico 2. ( ) faz trabalho administrativo 6. ( ) é responsável pela biblioteca 3. ( ) cuida do recreio/entrada 7. ( ) outro. Qual? 4. ( ) atende público 14 Quantas horas por semana você permanece com os alunos? 1. ( ) menos de 10 horas por semana 4. ( ) de 30 a 40 horas por semana 2. ( ) de 10 a 20 horas por semana 5. ( ) mais de 40 horas por semana 3. ( ) de 20 a 30 horas por semana 15 Seu ambiente de trabalho é calmo? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 16 Você tem bom relacionamento com: 1. seus colegas 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. a direção da escola 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 3. os alunos 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4. os pais dos alunos 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 17 Você tem liberdade para planejar e desenvolver as atividades?

135 ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 18 Há supervisão constante? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 19 O ritmo de trabalho é estressante? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 20 Você tem tempo para desenvolver todas suas atividades na escola? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 21 Você costuma levar trabalho para casa? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 22 Existe local adequado para descanso dos professores na escola? 0. ( ) não 1. ( ) sim 23 Em caso de necessidade, você tem facilidade para se ausentar da sala? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Quanto ao ambiente físico da escola: 24 A escola é ruidosa? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 25 Se o local é ruidoso, o barulho vem: 1. ( ) do pátio da escola 4. ( ) de obras na escola 7. ( ) de aparelho de som / TV 2. ( ) da própria sala 5. ( ) da rua 8. ( ) outros: 3. ( ) de outras salas 6. ( ) da voz das pessoas 26 O ruído observado é forte? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 27 O ruído observado é desagradável? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 28 A acústica da sala é satisfatória? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei A sala tem eco? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 29 Há poeira no local? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, de que tipo? 30 Há fumaça no local? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, de que tipo? 31 Há umidade no local? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 32 A temperatura da escola é agradável? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Por que? 33 O tamanho da sala é adequado ao número de alunos? 0. ( ) não 1. ( ) sim 34 Há espaço suficiente para sua movimentação? 0. ( ) não 1. ( ) sim 35 Os móveis (lousa, mesa) são adequados à sua estatura? 0. ( ) não 1. ( ) sim 36 Você realiza esforço físico intenso? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 37 Você carrega peso com freqüência? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 38 O local tem iluminação adequada? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 39 A limpeza da escola é satisfatória? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 40 Há condição de higiene adequada nos 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei banheiros? 41 Os produtos utilizados na limpeza da 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei escola lhe causam irritação? Se sim, descreva que tipo de irritação: 42 Há comprometimento de todos os 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei funcionários com a manutenção e organização da escola? 43 Há material adequado para a execução 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei do seu trabalho? 44 Há material suficiente? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 45 Você tem satisfação no desempenho 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei da sua função na escola? 46 Você considera seu trabalho:

136 monótono 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. repetitivo 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 47 O estresse está presente no seu trabalho? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 48 Assinale quais das situações de violência relacionadas abaixo já ocorreram na escola e com que freqüência: 1. depredações 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. roubo de objetos pessoais 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 3. roubo de material da escola 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4. ameaça ao professor 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 5. intervenção da polícia 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 6. manifestação de racismo 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7. indisciplina em sala de aula 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 8. brigas 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 9. agressões 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 10. tiros 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 11. insultos 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 12. violência à porta da escola 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 13. violência contra os funcionários 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 14. problemas com drogas 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 15. pichações 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 49 Você acha que os fatores do ambiente 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei de trabalho interferem na sua vida pessoal ou em sua saúde? 50 Quanto tempo, em média, você leva (independentemente do transporte): 1. de casa para o trabalho? 2. do trabalho para casa? 3. de um trabalho para outro (caso trabalhe em mais de um lugar)? IV ASPECTOS GERAIS DE SAÚDE 51 Em relação ao seu estado geral de saúde, você costuma ter: 1. problemas digestivos 1.1. azia 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 1.2. refluxo 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 1.3. gastrite 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 1.4. outro: 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. problemas hormonais 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, qual/quais? 3. problemas na coluna 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, qual/quais? 4. problemas dentários 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, qual/quais? 5. problemas circulatórios 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, qual/quais? 6. problemas emocionais 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, qual/quais? Se sim, faz tratamento? 0. ( ) não 1. ( ) sim, psiquiátrico 2. ( ) sim, psicoterápico 3. ( ) outro 7. problemas respiratórios 7.1. rinite 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei

137 sinusite 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7.3. amigdalite 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7.4. faringite 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7.5. laringite 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7.6. bronquite 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7.7. asma 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7.8. resfriados 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7.9. outros 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, qual/quais? 8. problemas de audição 8.1. dificuldade para ouvir 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 8.2. dor de ouvido 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 8.3. incômodo a sons ou ruídos 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 8.4. zumbido 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 8.5. tonturas/vertigens 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 9. outros problemas de saúde 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, qual/quais? 52 Você apresenta problema na fala? 0. ( ) não 1. ( ) sim Se sim, que problema é esse? 53 Quanto à sua menstruação 1. você tem tensão pré-menstrual 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. o ciclo é regular 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 3. você está na menopausa 0. ( ) não 1. ( ) sim 2. ( ) não menstruo por outras razões 4. você faz reposição hormonal 0. ( ) não 1. ( ) sim 54 Você toma medicamentos? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se assinalou sempre na questão anterior, informe quais são e para que servem os medicamentos que toma? V - HÁBITOS 55 Você fuma? 0. ( ) não 1. ( ) sim Se sim, 1. Quantos cigarros consome por dia, em média? 2. Há quanto tempo tem este hábito? 56 Você já fumou? 0. ( ) não 1. ( ) sim Se sim, 1 Fumava quantos cigarros por dia? 2 Há quanto tempo parou? 57 Você consome bebida alcoólica? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, 1. Que tipo de bebida? 2. Quanto consome, em média, por semana? 58 Você costuma beber água durante o dia? 0. ( ) não 1. ( ) sim

138 Além de água, você costuma beber outros líquidos (café, chá, suco, refrigerantes, etc.) durante o dia? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. Quantos copos ingere, em média, de água ou outros líquidos por dia? 3. Você costuma beber água/líquidos gelados? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 59 Quanto aos seus hábitos alimentares: 1. Quantas refeições você faz por dia? 2. Você costuma se alimentar em horários regulares? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 3. Você evita algum tipo de alimento? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Se sim, qual (is) dos alimentos relacionados abaixo você costuma evitar? 3.1.( ) alimentos duros (por exemplo, carne, cenoura 3.3. ( ) alimentos condimentados (muito temperados) crua) 3.2.( ) alimentos gordurosos 3.4. ( ) alimentos derivados do leite 3.5.( ) outros, qual/is? 4. Ao abrir a boca ou mastigar, você nota: 4.1. estalos 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4.2. sensação de areia 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4.3. desvio de queixo 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4.4. dificuldade para abrir a boca ou 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei morder o alimento 5. Quanto tempo antes de dormir você faz sua última refeição? 1. ( ) até 30 minutos 2. ( ) entre 31 e 60 minutos 3. ( ) mais de uma hora 60 Quanto ao seu sono: 1. Quantas horas, em média, você dorme à noite? 2. Você costuma acordar durante a 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei noite? 3. Você acorda descansado? 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 61 Em relação às atividades de lazer, assinale a freqüência com que costuma freqüentar os locais abaixo: 1. clube 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. casa de amigos 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 3. shopping center 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4. igreja 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 5. parques 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 6. cinema ou teatro 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7. barzinhos 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 8. locais para dançar 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 9. academia de ginástica 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 10. praia / sítio 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 11. outros 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei VI ASPECTOS VOCAIS 62 Você tem ou já teve alteração na sua voz? 0. ( ) não 1. ( ) sim, tive 2. ( ) sim, tenho 63 Se você tem alteração na voz, há quanto tempo esta alteração está presente? 1. ( ) 0 a 5 meses 2. ( ) 6 meses a 11 meses 3. ( ) 1 a 2 anos 4. ( ) 3 a 4 anos 5. ( ) mais de 4 anos 64 Se você teve/tem alteração de voz, em sua opinião, o que a causou: 1. ( ) uso intensivo da voz 6. ( ) exposição ao frio

139 ( ) infecção respiratória 7. ( ) exposição ao barulho 3. ( ) alergia 8. ( ) não houve causa aparente 4. ( ) estresse 9. ( ) não sei 5. ( ) gripe constante 10. ( ) outros, qual/quais? 65 Se você tem/teve alteração de voz, realizou/realiza tratamento especializado para este problema? 0. ( ) não 1. ( ) sim, já realizei 2. ( ) sim, realizo Se sim, que tipo(s) de tratamento(s) realizou? 1. ( ) terapia fonoaudiológica 3. ( ) cirurgia 2. ( ) uso de medicamentos. 4. ( ) outros. Quais? 2.1. Se sim, qual/quais? 66 Se você teve/tem alteração de voz, o início do problema foi: 1. ( ) brusco 2. ( ) progressivo 3. ( ) vai e volta 67 Se você teve/tem alteração de voz, esta tem: 1. ( ) se mantido igual 2. ( ) melhorado 3. ( ) piorado 68 Se você teve/tem alteração de voz, como a definiria? 1. ( ) alteração discreta 2. ( ) alteração moderada 3. ( ) alteração severa 4. ( ) não sei 69 Sua voz ao longo do dia costuma estar: 1. ( ) rouca pela manhã e vai melhorando 4. ( ) rouca de manhã, vai melhorando e à noite volta a piorar 2. ( ) melhor de manhã e vai piorando 5. ( ) a noite a voz não sai 3. ( ) de manhã a voz não sai 70 Como as pessoas reagem quando escutam você falando? 1. ( ) referem alteração de voz 5. ( ) confundem sua idade constante 2. ( ) se espantam com sua voz 6. ( ) perguntam qual é o problema 3. ( ) não entendem o que você diz 7. ( ) nenhuma reação 4. ( ) confundem seu sexo 8. ( ) outros. Quais? 71 Quais sintomas vocais você tem atualmente? 1. rouquidão 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. perda da voz 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 3. falha na voz 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4. falta de ar 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 5. voz fina 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 6. voz grossa 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7. voz variando grossa / fina 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 8. voz fraca 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 9. outros 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Quais? 72 Quais sensações relacionadas à garganta e à voz você tem atualmente? 1. picada na garganta 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. areia na garganta 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 3. bola na garganta 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4. pigarro 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 5. tosse seca 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei

140 tosse com catarro 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7. dor ao falar 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 8. dor ao engolir 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 9. dificuldade para engolir 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 10. ardor na garganta 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 11. secreção / catarro na garganta 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 12. garganta seca 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 13. cansaço ao falar 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 14. esforço ao falar 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 15. outros 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei Quais? 73 Já faltou ao trabalho devido alterações na voz? 0. ( ) não 1. ( ) sim; quantas vezes? quantos dias, em média, ficou afastado? 74 Você está satisfeito com sua voz? 0. ( ) não 1. ( ) sim Se não está satisfeito com sua voz, o que mudaria? 75 Você já recebeu alguma orientação sobre cuidados com a voz? 0. ( ) não 1. ( ) sim 76 O que você costuma fazer quando sua voz está alterada? 77 Quanto aos seus hábitos vocais no trabalho, você costuma: 1. poupar a voz quando não está com os 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei alunos 2. gritar 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 3. falar muito 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4. falar em lugar aberto 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 5. falar realizando atividades físicas 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 6. falar carregando peso 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7. beber água durante uso da voz 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 78 Fora do trabalho, você realiza outras atividades que exigem o uso da voz? 1. cantar em coral 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 2. cantar profissionalmente 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 3. cantar em igreja 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 4. fazer leituras públicas 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 5. participar de debates 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 6. cuidar de alunos 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 7. trabalhar com vendas 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 8. fazer gravações 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 9. dar aulas particulares 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 10. falar ao telefone 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 11.outros 0. ( ) nunca 1. ( ) raramente 2. ( ) às vezes 3. ( ) sempre 4. ( ) não sei 79 Existem casos de alteração de voz na sua família? 0. ( ) não 1. ( ) sim 1.Se sim, quem? 2.Se sim, qual o problema? 3 Se sim, passou por cirurgia? 0. ( ) não 1. ( ) sim

141 141 Gostaria de acrescentar algum comentário? Agradecemos sua colaboração!

142 142 ANEXO 5 Protocolo de Avaliação Laringoscópica (Adaptado de Oliveira, 1999) Prezado Avaliador A seguir você irá analisar 64 imagens de laringe quanto a presença das alterações listadas abaixo. Assinale com um X a presença ou ausência deles. Quando presente um determinado aspecto, o tipo e em alguns casos, o grau deverão ser explicitados. Cada imagem deverá ser avaliada de acordo com a numeração que aparecerá no vídeo. Utilize, sempre que considerar necessário, o item observação, para comentários adicionais. Quando concluir a análise de cada imagem, discutir com um grupo de juízes o consenso das respostas. Agradeço mais uma vez a sua disponibilidade. Atenciosamente, Cássio Crespo 1. Quanto a presença de fenda Tipo 2. Quanto a presença de constrição Tipo 3. Quanto a presença de lesão de massa Tipo 4. Quanto a presença de sinais de RGE Tipo 5. Outros achados (descrever) Imagem #

143 143 ANEXO 6 TEXTO PADRONIZADO (CAMARGO et al., 2003) Há um tempo atrás, li uma lenda sobre a jornada de um grupo de pássaros à procura do rei ideal. Para líder do grupo, os pássaros escolheram a águia que era admirada pelas aves por ter vencido o medo de voar a lugares desconhecidos. No dia marcado para o início da viagem, ela reuniu o grupo e procurou motivá-lo a percorrer o caminho. O papagaio, adornado com seu colar de fogo, foi o primeiro a declarar que estava pronto para partir. A arara parecia estar animada e convocou a todos para iniciar a marcha. Sua alegria contagiou o tímido pato, a bela patativa, o valente falcão, a educada codorna, o sabiá branco, o querido uirapuru, a aplicada coruja, o delicado canário, o orgulhoso pavão, a elegante garça, o esperto bicudo, a meiga rolinha, o delicado pardal e o animado pombo. A águia sabia que o trajeto era difícil, e que o rei só seria encontrado por aquele que tomasse o rumo correto. A sábia águia já havia percorrido o caminho e descobrira que só aquele que segue em direção aos vales do amor e da humildade encontra a realeza dentro de si. Um pássaro em viagem representa o homem com sua fraquezas, ideais e qualidades em busca do criador.

144 144 ANEXO 7 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E FILOSOFIA ROTEIRO DE ATIVIDADE PRÁTICA EM LABORATÓRIO Juiz: Data: Julgamentos perceptivo-auditivos da qualidade vocal e dinâmica vocal VPAS Trechos no. Ajustes de qualidade vocal Ajustes de dinâmica vocal Outras ocorrências

145 145 ANEXO 8 TAREFA PERCEPTIVA REFERENTE AO PROJETO DE PESQUISA: AVALIAÇÃO DE QUALIDADE VOCAL DE PROFESSORES COM BASE EM PROTOCOLO DE NATUREZA FONÉTICA Folha de resposta: Escute o trecho 1.wav e indique suas observações a respeito da qualidade vocal. Se necessitar, você pode escutar mais de uma vez a amostra: Escutando o trecho 2.wav, você: ( ) mantém a descrição anterior ( ) modifica a descrição quanto a: Escutando o trecho 3.wav, você: ( ) mantém a descrição anterior ( ) modifica a descrição quanto a: Escute o trecho 4.wav e indique suas observações a respeito da qualidade vocal. Se necessitar, você pode escutar mais de uma vez a amostra: Escutando o trecho 5.wav, você: ( ) mantém a descrição anterior ( ) modifica a descrição quanto a: Escutando o trecho 6.wav, você: ( ) mantém a descrição anterior ( ) modifica a descrição quanto a: Escute o trecho 7.wav e indique suas observações a respeito da qualidade vocal. Se necessitar, você pode escutar mais de uma vez a amostra:

146 146 Escutando o trecho 8.wav, você: ( ) mantém a descrição anterior ( ) modifica a descrição quanto a: Escutando o trecho 9.wav, você: ( ) mantém a descrição anterior ( ) modifica a descrição quanto a: Escute o trecho 10.wav e indique suas observações a respeito da qualidade vocal. Se necessitar, você pode escutar mais de uma vez: Escutando o trecho 11.wav, você: ( ) mantém a descrição anterior ( ) modifica a descrição quanto a: Escutando o trecho 12.wav, você: ( ) mantém a descrição anterior ( ) modifica a descrição quanto a:

147 147 Data: Juiz: ANEXO 9 TAREFA PERCEPTIVA REFERENTE AO PROJETO DE PESQUISA: AVALIAÇÃO DE QUALIDADE VOCAL DE PROFESSORES COM BASE EM PROTOCOLO DE NATUREZA FONÉTICA INSTRUÇÃO: Você escutará os estímulos sonoros e será solicitado a indicar opções em termos de qualidade vocal. Poderá assinalar mais de uma alternativa de resposta referente aos ajustes de qualidade vocal. Folha de resposta: Identifica no trecho 1.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 2.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 3.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 4.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 5.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas

148 148 Identifica no trecho 6.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 7.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 8.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 9.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 10.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 11.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 12.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 13.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas

149 149 Identifica no trecho 14.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 15.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 16.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 17.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 18.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 19.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 20.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 21.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante

150 150 ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 22.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 23.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 24.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 25.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 26.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 27.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 28.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 29.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera

151 151 ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 30.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 31.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 32.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 33.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 34.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 35.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas Identifica no trecho 36.wav ajuste(s) de qualidade vocal referente(s) a: ( ) escape de ar ( ) voz áspera ( ) voz crepitante ( ) nenhuma das alternativas

152 152 Idade Tempo de magistério (anos) Carga Horária (horas por semana) Queixa vocal ANEXO 10 Diagnóstico Otorrinolaringológico P a 20 Sim, tive refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior e convexidade P a 40 Sim, tive fenda triangular médio posterior, contrição supraglótica Antero-posterior e medial, refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior P a 40 Sim, tenho fenda triangular posterior, contrição supraglótica medial, Edema, refluxo laringofaríngeo do tipo convexidade P a 40 Não nódulos, refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior e convexidade P a 40 Sim, tenho fenda ampulheta, constricção supraglótica medial, cisto, refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior e convexidade P a 40 Sim, tive fenda triangular médio posterior, contricção supraglótica Antero-posterior e medial, refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior e convexidade P a 30 Não fenda triangular médio posterior, constricção supraglótica medial, refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior P a 40 Não fenda triangular médio posterior, constricção supraglótica medial, espessamento e refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior e convexidade P a 20 Sim, tenho fenda ampulheta e nódulos P a 30 Não constricção medial e refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior e convexidade P a 30 Sim, tive refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior continua

153 153 ANEXO 10 continuação Idade Tempo de magistério (anos) Carga Horária (horas por semana) Queixa vocal Diagnóstico Otorrinolaringológico P a 30 Não constricção Antero-posterior, espessamento, edema, refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior e convexidade P a 30 Não fenda fusiforme anterior, constricção medial e Antero-posterior P a 30 Não constricção Antero-posterior, refluxo laringofaríngeo do tipo convexidade P a 30 Sim, tenho fenda irregular, constricção medial, pólipo (cordite, vasculodisgenesia, hematoma), refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior P a 30 Sim, tive constricção medial e Antero-posterior, refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior P a 30 Sim, tive constricção Antero-posterior, refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior e convexidade P a 40 Sim, tenho fenda ampulheta, constricção medial, nódulos P a 40 Sim, tive fenda irregular, constricção medial, sulco, refluxo laringofaríngeo do tipo convexidade P a 30 Sim, tenho constricção medial e Antero-posterior, refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior e convexidade P a 30 Sim, tive refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior P a 30 Sim, tive constricção medial e Antero-posterior, refluxo laringofaríngeo do tipo convexidade P Mais de 40 Sim, tive refluxo laringofaríngeo do tipo convexidade P a 30 Sim, tive refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior P a 40 Não refluxo laringofaríngeo do tipo espessamento posterior

154 ANEXO

155 ANEXO

156 156 ANEXO 12 Juiz: Data: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E FILOSOFIA Julgamentos perceptivo-auditivos da qualidade vocal VPAS (na primeira passada, você poderá marcar um X em mais de um item. No caso de ajuste neutro, não é necessário indicar opção na coluna primeira passada. Trechos nº Primeira passada Qualidade vocal caracterizada por ajuste (s) das categorias: ( ) trato vocal ( ) de tensão ( ) fonatório Segunda passada Qualidade vocal caracterizada por ajuste(s) específico(s) de: ( em graduações) Outras ocorrências (dinâmica vocal) ( ) trato vocal ( ) de tensão ( ) fonatório ( ) trato vocal ( ) de tensão ( ) fonatório ( ) trato vocal ( ) de tensão ( ) fonatório ( ) trato vocal ( ) de tensão ( ) fonatório

157 157 ANEXO 13 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos Juízes Caro(a) Senhor(a) Eu, Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva, fonoaudiólogo(a), portadora do CPF , RG , estabelecido(a) na Rua Vanderlei, nº 637, ap 44, CEP , na cidade de São Paulo, cujo telefone de contato é (11) , vou desenvolver a pesquisa cujo título é Avaliação de qualidade vocal com motivação fonética: Análise integrada de dados de percepção e acústica. O objetivo deste estudo é verificar a aplicabilidade de um roteiro de natureza fonética Vocal Profile Analysis Scheme for Brazilian Portuguese (VPAS-PB) para a avaliação de qualidade e dinâmica vocal de professores com alteração laríngea de duas escolas da rede pública do ensino fundamental e médio do município de Sorocaba SP. Solicito sua participação voluntária no processo de avaliação fonética da qualidade vocal por meio do roteiro Voice Profile Analysis Scheme for Brazilian Portuguese PB de um conjunto de 75 amostras de fala. Não existe outra forma de obter dados com relação ao procedimento em questão e que possa ser mais vantajoso. Informo que o Sr(a). tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo, a esclarecimento de eventuais dúvidas. Se tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva, pelo telefone (11) Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo. Garanto que as informações obtidas serão mantidas em sigilo, não sendo divulgado a identificação de nenhum dos participantes. O Sr(a). tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais da pesquisa e caso seja solicitado, darei todas as informações necessárias. Não existirá despesas ou compensações pessoais para o participante em qualquer fase do estudo. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa. Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente para pesquisa e os resultados serão veiculados através de artigos científicos em revistas especializadas e/ou encontros científicos e congressos, sem nunca tornar possível sua identificação. Anexo está o consentimento livre e esclarecido para ser assinado caso não tenha ficado qualquer dúvida.

158 158 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Acredito ter sido suficiente as informações que li ou que forma lidas para mim, descrevendo o estudo Avaliação de qualidade vocal com motivação fonética: Análise integrada de dados de percepção e acústica. Eu discuti com a fonoaudióloga Maria Fabiana Bonfim de Lima Silva sobre a minha decisão em participar nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, bem como de seus desconfortos e riscos, a garantia de confiabilidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer tempo. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido. São Paulo, de de Assinatura do juiz Nome: Endereço: RG: Fone: Assinatura do(a) pesquisador(a)

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