Grupo de pesquisa: Gestão do Agronegócio Apresentação do trabalho em pôster. Autores do Artigo:

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1 Autores do Artigo: Niraldo José Ponciano Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - CCTA Laboratório de Engenharia Agrícola - LEAG Avenida Alberto Lamego, Campos dos Goytacazes RJ ponciano@uenf.br Paulo Marcelo de Souza Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - CCTA Laboratório de Engenharia Agrícola - LEAG Avenida Alberto Lamego, Campos dos Goytacazes RJ Endereço eletrônico: pmsouza@uenf.br Henrique Tomé da Costa Mata Universidade Estadual de Santa Cruz UESC Departamento de Ciências Econômicas Rod. Ilhéus-Itabuna, km 16, , Ilhéus, BA. Endereço eletrônico: hnrmata@uesc.br Edenio Detmann Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - CCTA Laboratório de Engenharia Agrícola - LEAG Avenida Alberto Lamego, Campos dos Goytacazes RJ Endereço eletrônico: detmann@uenf.br José Pacelli Sarmet Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - CCTA Laboratório de Engenharia Agrícola - LEAG Avenida Alberto Lamego, Campos dos Goytacazes RJ Endereço eletrônico: jps@uenf.br Grupo de pesquisa: Gestão do Agronegócio Apresentação do trabalho em pôster

2 ANÁLISE DOS INDICADORES DE RENTABILIDADE DA PRODUÇÃO DE MARACUJÁ NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Niraldo José Ponciano 1 Paulo Marcelo de Souza 2 Henrique Tomé da Costa Mata 3 Edenio Detmann 4 José Pacelli Sarmet 5 RESUMO O trabalho tem como objetivo analisar a produção de maracujá na propriedade rural. Especificamente ele vai analisar os custos e a rentabilidade dos investimentos realizados para a produção. O problema básico na produção de maracujá é, de um lado, o desconhecimento da rentabilidade dessa atividade e, de outro lado, a insistência dos agricultores, na utilização de manejos inadequados no processo produtivo. Aliado a esses fatores tem-se baixa produtividade, ineficiência dos recursos de produção e instabilidade dos preços do produto no processo de comercialização entre outros fatores que resultam em reflexos diretos na baixa lucratividade desse empreendimento. Palavras Chave: Maracujá, agricultura familiar, análise econômica, custo de produção. 1. INTRODUÇÃO O Estado do Rio de Janeiro possui uma pequena extensão territorial (cerca de 0,5% do território nacional), elevada densidade populacional e índices relativamente favoráveis de renda média familiar per capita. São fatores que contribuem para que o Estado apresente-se como o segundo maior mercado consumidor do País, atrás apenas do Estado de São Paulo. Por um lado, essas características criam um grande desafio para os agricultores fluminenses produzir alimentos em volume e qualidade suficientes para atender essa crescente demanda. Por outro lado, o interesse por parte de outros Estados em disputar esse espaço é cada vez mais crescente, tornando esse mercado bastante concorrido, exigindo assim, modernização, eficiência e competitividade dos agricultores locais. A agricultura da Região Norte do Estado do Rio de janeiro que se baseava em um número limitado de produtos, entre os quais se destacam, como principais atividades, a canade-açúcar e a pecuária bovina. Nas últimas décadas, com a perda de competitividade para outros estados, essas atividades vêm perdendo importância em termos de geração de renda e de emprego no meio rural. Nesse sentido, concorrer no mercado agrícola, sobreviver e ser bem sucedido é o grande desafio da agricultura familiar dessa Região. Atividades que combinem rentabilidade em pequenas propriedades representam aquelas mais apropriadas. De fato, esta situação vem ocorrendo, uma vez que um número considerável de pequenos produtores tem explorado a fruticultura irrigada como alternativa de diversificação da produção e otimização de renda em suas propriedades. 1 Professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes, RJ. ponciano@uenf.br 2 Professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes, RJ. pmsouza@uenf.br 3 Professor da Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA. hnrmata@uesc.br 4 Professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes, RJ. detmann@uenf.br 4 Agrônomo da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes, RJ. jps@uenf.br 1

3 O trabalho teve como objetivo determinar os indicadores de resultados econômicos da produção de maracujá. Adicionalmente, buscou-se analisar a racionalização e o acompanhamento dos custos de produção no planejamento e no balizamento dos preços de comercialização, bem como determinar por meio das análises de sensibilidade e de risco, maior eficiência na tomada de decisão por parte dos produtores de maracujá da região Norte Fluminense. 2. PANORAMA DA PRODUÇÃO DE MARACUJÁ A produção mundial de maracujá está concentrada em onze países (Brasil, Peru, Venezuela, África do Sul, Sri Lanka, Austrália, Nova Guiné, Ilhas Fiji, Havaí, Formosa e Quênia) que são responsáveis por cerca de 85% da produção mundial. O Brasil é o principal produtor mundial de maracujá, a evolução desta cultura, no País, foi bastante rápida, uma vez que era plantada inicialmente para uso medicinal, e somente na década de 70, que começou a ser cultivada em escala industrial. O maracujá tem se tornado uma das frutas de grande relevância para a economia brasileira. De acordo com dados do IBGE, no período de 1990 a 2002, a área média colhida com maracujá no Brasil foi de ,77 hectares por ano, com um rendimento médio de 13,91 toneladas por hectare, perfazendo uma produção média anual de ,11 toneladas de frutos. A preferência tem sido pelo cultivo do maracujá azedo ou amarelo. Os Quadros 1 e 2 apresentam a produção e a produtividade de maracujá no Brasil, nos principais estados produtores e na Região Norte Fluminense, que é a nossa área específica de estudo. Em termos de Estados, no período de 1990 a 2002, destacaram-se como maiores produtores de maracujá, nessa ordem, Pará (23,70%), Bahia (18,75%), São Paulo (15,98%), Sergipe (11,10%), Rio de Janeiro (5,68%) e Minas Gerais (5,04%). Nota-se que o Estado do Pará, que ainda possui a maior média de produção ao longo de todo o período analisado, e que em 1992 chegou a produzir toneladas (47,86% da produção nacional), entretanto sua produção de maracujá entrou em decadência a partir da segunda metade da década de 90, sequer está entre os cinco principais estados produtores nos últimos quatro anos. Sua produção média anual nestes últimos quatro anos é de apenas ton./ano (6,21% da produção brasileira). No entanto, a maior produtividade média (21,90 ton./ha) ocorreu no Estado de São Paulo. Destes Estados, Minas Gerais e Bahia possuem as menores produtividades, 10,71 e 10,78 ton./ha, respectivamente. A Região Norte Fluminense tem se destacado na produção de maracujá, no período de 1990 a 2002, sua produção média foi de ,81 toneladas por ano (75,26% da produção do Estado do Rio de Janeiro). Apesar dos técnicos considerarem sua produtividade média muito baixa, conforme se pode observar no Quadro 2, essa Região apresenta uma produtividade média de 18,78 toneladas por hectare por ano, em termos relativos é inferior apenas para a produtividade do Estado de São Paulo que é de 21,90 toneladas por hectare por ano. O mercado para maracujá apresenta-se em franca expansão, tanto em termos de consumo da fruta fresca quanto de suco. O consumo in natura cresceu substancialmente nas últimas duas décadas, em, praticamente, todas as regiões do País. O suco de maracujá destaca-se como um dos mais importantes, ocupando o segundo lugar na produção nacional, atrás do suco de laranja. Assim, o cultivo de maracujá mostra-se bastante atraente, seja para consumo natural e, principalmente, para processamento em sucos e em ingrediente de outros produtos agroindustriais. 2

4 Quadro 1- Produção de maracujá nos principais estados, em toneladas, Ano Brasil Pará Sergipe Bahia Minas Gerais São Paulo Rio de Janeiro Reg. Norte Fluminense , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,00 Média , , , , , , , ,81 Fonte: IBGE Produção Agrícola Municipal. Quadro 2- Produtividade de maracujá nos principais estados, em ton. por ha, Ano Brasil Pará Sergipe Bahia Minas Gerais São Paulo Rio de Janeiro Reg. Norte Fluminense ,54 22,49 11,28 11,01 12,39 30,14 25,84 28, ,31 22,52 10,41 11,04 6,95 25,38 21,82 23, ,93 24,60 11,09 10,84 7,86 21,82 18,49 19, ,63 16,36 12,31 10,03 11,76 21,30 19,13 19, ,99 17,28 16,51 9,03 15,79 22,92 3,60 2, ,91 17,50 12,63 9,78 13,79 23,50 3,47 2, ,19 12,91 11,97 9,97 5,67 22,32 23,12 23, ,34 12,80 11,41 10,13 8,43 22,56 22,32 23, ,97 12,16 10,30 10,00 9,80 21,63 18,41 18, ,84 8,96 11,13 10,14 10,97 19,86 17,98 18, ,10 8,33 11,34 13,07 11,74 20,84 18,33 18, ,15 9,09 8,80 11,82 11,64 19,14 17,21 16, ,76 10,49 9,12 13,09 13,19 17,97 22,03 24,68 Média 13,91 17,10 11,45 10,78 10,71 21,90 18,23 18,78 Fonte: Cálculos dos autores conforme dados do IBGE. 2. MATERIAL E MÉTODOS 3

5 2.1. Custo de produção No cálculo do custo de produção deve constar como informação básica a combinação de insumos, de serviços e de máquinas e implementos utilizados ao longo do processo produtivo. Para um dado padrão tecnológico a quantidade de cada item em particular, por unidade de área resulta num determinado nível de produtividade. Os coeficientes técnicos de produção nada mais são do que essas quantidades de insumos consumidas por hectare da cultura, podendo ser expressas em tonelada, quilograma ou litro (corretivos, fertilizantes, sementes e defensivos), em horas (máquinas e equipamentos) e em dia de trabalho. A produção agrícola se desenvolve em etapas distintas no tempo, por exemplo, preparo do solo, plantio, tratos culturais e colheita. O longo período para que essas etapas sejam realizadas faz com que os gastos com insumos e com serviços sejam incorporados à lavoura em diferentes momentos, ao longo do processo produtivo. Como não se deve mensurar valores monetários em tempos distintos deve ser feita a devida adequação. Assim, realizando os cálculos a partir dos preços praticados na época oportuna de utilização, determina-se o custo efetivamente incorrido pelo produtor. Os procedimentos metodológicos para cálculo do custo seguem duas vertentes analíticas: o custo total de produção e o custo operacional de produção. No contexto da avaliação econômica da empresa, o custo de produção é a remuneração de todos os fatores utilizados no processo produtivo. Representa a compensação que os donos dos fatores de produção, utilizados por uma empresa para produzir determinado bem, devem receber para que eles continuem fornecendo esses fatores à empresa. Nos próximos itens, faz-se breve discussão a respeito das metodologias para cálculo do custo de produção, tendo por base os textos de PIZARRO e BRESSLAU (2001) e GOMES et al. (1989), e após uma descrição resumida de algumas medidas de resultado econômico Estrutura de custo total de produção O custo total de produção subdivide-se em custos fixos e variáveis. Os custos variáveis são dependentes da quantidade produzida, podendo ser evitados no curto prazo com a paralisação da produção. São denominados custos fixos os itens de custo que não se alteram no curto prazo, e independem do nível de produção. No longo prazo, entretanto, esses custos não existem, uma vez que todos os insumos podem ter seu uso alterado 6. O custo total é obtido pela soma do custo fixo total e com o custo variável total. No curto prazo, ele irá aumentar somente com o aumento do custo variável total, uma vez que o custo fixo total é um valor constante. Como destacado por ARRUDA e CORRÊA (1992), os custos fixos representam grande parcela dos custos totais das atividades agropecuárias, tendo, por isso, importância significativa na determinação dos resultados econômicos da atividade. Os principais itens que compõem o custo fixo total são: a depreciação, os gastos com mão-de-obra permanente, o custo de oportunidade, os seguros, os impostos e os juros. Desses itens, admite-se que a depreciação e o custo de oportunidade do capital estável e da terra careçam de maiores explicações, uma vez que os demais são de compreensão imediata. A depreciação corresponde a um custo indireto requerido para acumular fundos para substituição do capital investido em bens produtivos de longa duração, inutilizados pela idade, uso e obsolescência. Pode-se dizer que ela: i) representa a perda em valor do capital pelo 6 Por definição, o curto prazo representa o período de tempo no qual pelo menos um insumo é fixo, ao passo que, no longo prazo, todos os fatores utilizados são variáveis. Desse modo, somente no curto prazo existem custos fixos, pois no longo prazo todos os insumos são variáveis e, por conseguinte, só existem custos variáveis. 4

6 desgaste físico ocorrido durante o processo produtivo; ii) é um procedimento contábil para distribuir o valor inicial do capital durante sua vida útil produtiva. No caso da fruticultura, especificamente, todo o capital imobilizado em benfeitorias, equipamentos de irrigação, máquinas e implementos estão sujeito à depreciação. Há várias formas de se calcular a depreciação, podendo ela ser obtida através de métodos como o linear, o do saldo decrescente, o da soma dos números naturais e o método do fundo de formação de capital (NORONHA, 1987). Dentre esses métodos, o mais simples, e mais freqüentemente empregado, é o da depreciação linear, calculado por meio da expressão: Vi V f Dt = N em que D t é a depreciação em qualquer ano t, V i o valor do capital inicial, V f o valor residual e N o número de anos de vida útil do ativo. Todo o capital investido na empresa seja ele próprio ou tomado em empréstimo tem um custo de oportunidade, uma vez que seu uso na empresa implica deixar de empregá-lo noutra atividade alternativa. Por definição, o retorno potencial desse capital na melhor alternativa possível de utilização forneceria uma medida desse custo de oportunidade. Como essa estimativa nem sempre é fácil, é expediente comum estimar o custo de oportunidade a partir do retorno que o capital teria se, em vez de aplicado na empresa, fosse investido no mercado financeiro como, por exemplo, na caderneta de poupança. O custo de oportunidade do capital estável e o custo de oportunidade da terra são itens componentes do custo fixo. O capital estável consiste de todos os recursos produtivos que podem ser utilizados por vários períodos ou ciclos de produção. Seu custo de oportunidade é obtido pela seguinte fórmula: Vi + V f Cop = i 2 em que C op representa o custo de oportunidade, V i o valor do capital inicial, V f o valor residual e i a taxa anual real de juros. Ainda que seja de posse do empresário, a terra apresenta um custo de oportunidade, uma vez que poderia estar sendo empregada em outra atividade ou mesmo arrendada a outro produtor 7. O custo de oportunidade da terra pode ser estimado com base no seu valor de venda, no valor de arrendamento, e no ganho associado ao melhor uso alternativo. No caso da estimação baseada no valor de venda da terra, parte-se do pressuposto de que o capital empatado no recurso terra poderia ser investido no mercado financeiro, rendendo juros. Esses juros, que representariam o custo de oportunidade da terra, são calculados pela expressão: Cop = V i em que C op representa o custo de oportunidade da terra, V o valor de venda no mercado local e i taxa real anual de juros. O raciocínio embutido na estimação feita a partir do valor de arrendamento é que a terra que está sendo empregada na atividade poderia estar sendo arrendada para terceiros. Portanto, a renda que se deixa de obter por não arrendá-la equivaleria a seu custo de oportunidade. A idéia de estimar o custo de oportunidade da terra a partir do ganho associado ao melhor uso alternativo parte da própria noção de custo de oportunidade. Por definição, o custo de oportunidade de um recurso seria representado pelo retorno advindo de sua aplicação no melhor uso alternativo. Por esse método, seria necessário estimar a rentabilidade para as demais 7 Admitindo-se que a terra seja utilizada adequadamente, obedecendo aos princípios de conservação, sua capacidade produtiva deve manter-se inalterada no tempo, razão pela qual ela não deve ser alvo de depreciação. 5

7 explorações, o que, sendo complexo, contribui para que os outros dois métodos sejam mais comumente utilizados. São custos variáveis os custos relacionados com a aquisição e aplicação do capital circulante, com a manutenção e conservação do capital estável do empreendimento, bem como aos gastos relativos à contratação de mão-de-obra temporária. Mais especificamente, são itens que compõem o custo variável total o valor de mercado do capital circulante, o pagamento da mão-de-obra temporária, os custos incorridos na manutenção e conservação do capital estável, e o custo de oportunidade do capital circulante e da mão-de-obra. Por definição, o capital circulante é aquele que é consumido totalmente durante um ciclo de produção. Assim sendo, o valor desse capital deverá ser totalmente pago pela exploração que o utilizou. O custo representado pelo capital circulante, de que são exemplos as sementes, os fertilizantes, as rações, etc, nada mais é do que o valor de mercado desses itens. Sempre que o capital circulante mantiver-se empatado por um certo período, sem ser imediatamente recuperado, haverá um custo de oportunidade associado a sua imobilização no empreendimento. Uma fórmula simplificadora para o custo de oportunidade do capital circulante é a seguinte: V m Cop= x i 2 em que: C op é o custo de oportunidade do capital circulante; V m seu valor de mercado e i a taxa real anual de juros. O custo de manutenção refere-se aos itens necessários ao funcionamento do capital, constituindo-se de gastos com máquinas, como combustíveis, operadores, lubrificantes, eletricidade, etc. Já o custo de conservação do capital estável é representado pelos reparos ou reformas regulares para que o capital apresente condições técnicas adequadas de uso. Referese a gastos incorridos em substituições de peças, revisões técnicas, etc., no caso de máquinas, e gastos feitos em reformas, pinturas, etc., no caso de benfeitorias. Em se tratando de mão-de-obra temporária, os salários pagos constituem-se num item de custo variável, que pode, portanto, ser suprimido na hipótese de paralisação da produção. Tal como ocorre com o capital circulante, os recursos imobilizados em salários de trabalhadores podem apresentar um custo de oportunidade, sempre que houver um lapso de tempo entre o pagamento desses salários e o advento das receitas do empreendimento. O procedimento do cálculo desse custo é o mesmo utilizado para o capital circulante Estrutura de custo operacional de produção A finalidade do uso do custo operacional é mostrar, caso a empresa não tenha remuneração igual ou superior ao custo alternativo, se e quanto ela tem de resíduo que remunera em parte o capital, o tempo, a administração e os recursos auto-renováveis. O custo operacional pode dividir-se em custo operacional efetivo e custo operacional total. O custo operacional efetivo pode ser definido como o custo de todos os recursos de produção que exigem desembolso por parte da empresa para sua recomposição. Corresponde apenas aos gastos efetivamente incorridos na condução da atividade, ou seja, apenas aos itens de custo considerados diretos 8 (mão-de-obra, fertilizantes, defensivos, energia, combustível, manutenção, reparos, impostos e taxas, assistência técnica). 8 Os custos diretos, explícitos ou contábeis são referentes a todos os pagamentos feitos pelo uso dos recursos comprados ou alugados. Os custos de fatores que a empresa já possui, e que por essa razão freqüentemente não são contabilizados, correspondem aos custos indiretos, implícitos ou econômicos. 6

8 O custo operacional total envolve, além dos custos diretos, o valor da mão-de-obra familiar que, mesmo não sendo remunerada, é imprescindível à condução do empreendimento, e as depreciações, que equivalem a apenas uma parcela dos custos indiretos. Do ponto de vista teórico, o custo operacional total define o custo incorrido pelo produtor no curto prazo para produzir e para repor a sua maquinaria e continuar produzindo Medidas de resultado econômico A partir dos itens de custo considerados, podem ser calculados alguns indicadores que permitem descrever e analisar as condições econômicas da empresa, fornecendo subsídios para melhor eficiência em sua administração. São eles a margem bruta, a renda líquida operacional e o lucro. A margem bruta é uma medida de resultado econômico que pode ser usada quando o produtor apresentar os recursos de produção disponível e necessitar tomar decisões sobre como utilizar, eficazmente, esses fatores. A margem bruta pode ser definida em relação ao custo operacional e em relação ao custo total de produção. A Margem Bruta em relação ao custo operacional total é o resultado que sobra após o produtor pagar todas as despesas operacionais, considerando determinado preço unitário de venda e o rendimento do sistema de produção para a atividade. Corresponde à diferença entre a receita bruta, equivalente à multiplicação da quantidade produzida pelo preço do produto, e o custo operacional total. Analogamente, a margem bruta em relação ao custo total de produção é obtida subtraindo-se, da receita bruta, o custo total de produção. Neste caso, indica qual a margem disponível para remunerar o risco e a capacidade empresarial do proprietário. A renda líquida operacional ou lucro operacional mede a lucratividade da atividade no curto prazo, mostrando as condições financeiras e operacionais da atividade agropecuária. A renda líquida operacional é obtida pela diferença entre a receita bruta e o custo operacional total, sendo destinada à remuneração do capital fixo (em terra, benfeitorias, equipamentos, animais e forrageiras não anuais) e do empresário. Finalmente, a renda líquida total, ou lucro, é obtido subtraindo-se, da renda bruta, o custo total incorrido na produção. Quando a renda líquida total é positiva, tem-se uma situação de lucro supernormal, visto que todos os custos de produção estão sendo cobertos, restando um resíduo que pode ser empregado na expansão do empreendimento. Situações de renda líquida total nula caracterizam lucro normal, e implicam que a atividade estará cobrindo todos os seus custos, sendo capaz de refazer seu capital fixo no longo prazo. Finalmente, uma atividade com renda líquida total negativa estaria em situação de prejuízo econômico, sem condições de se manter em operação por períodos mais longos. Neste caso, se os custos variáveis estiverem sendo cobertos, a atividade poderia manter-se em operação, mas apenas por determinado período, já que isso implicaria em descapitalização, e conseqüente inviabilização do empreendimento no longo prazo Avaliação da viabilidade econômica A análise da viabilidade financeira foi realizada em duas etapas, a primeira delas consistindo na construção dos fluxos de caixa que, uma vez obtidos, possibilitaram o cálculo dos indicadores de rentabilidade das atividades consideradas. Os fluxos de caixa são valores monetários que representam as entradas e saídas dos recursos e produtos por unidade de tempo, os quais compõem uma proposta ou um projeto de investimento. São formados por fluxos de entrada (receitas efetivas) e fluxos de saída (dispêndios efetivos), cujo diferencial é denominado fluxo líquido (NORONHA, 1987). 7

9 Todos os preços empregados na análise econômica sejam de produtos ou de insumos, foram coletados na própria região, para refletir o real potencial econômico das alternativas testadas. Foram utilizados, como indicadores de resultado econômico, o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR) que têm, como vantagem, o fato de que considerarem o efeito da dimensão tempo dos valores monetários. O VPL consiste em transferir para o instante atual todas as variações de caixa esperadas, descontá-las a uma determinada taxa de juros, e somá-las algebricamente. VPL = I + FC n t t t = 1 (1 + K) O VPL é o valor presente líquido; I é o investimento de capital na data zero, FC t representa o retorno na data t do fluxo de caixa; n é o prazo de análise do projeto; e, k é a taxa mínima para realizar o investimento, ou custo de capital do projeto de investimento. A TIR de um projeto é a taxa que torna nulo o VPL do fluxo de caixa do investimento. É aquela que torna o valor presente dos lucros futuros equivalentes aos dos gastos realizados com o projeto, caracterizando, assim, a taxa de remuneração do capital investido. FC 0 = I + (2) n t t t= 1 (1 + TIR) (1) 2.4. A tomada de decisão sob condições de risco Além da produtividade, outros elementos que afetam o orçamento possuem probabilidade de variarem, como por exemplo, os preços dos insumos e produtos. É difícil de prever a que níveis estarão os preços um ano ou vários mais tarde ou é difícil estimar os custos de oportunidade de um determinado insumo. Para estimar a amplitude desses preços usamos o método da análise de sensibilidade. A análise de sensibilidade consiste em medir em que magnitude uma alteração prefixada em um ou mais fatores do projeto altera o resultado final. Esse procedimento permite avaliar de que forma as alterações de cada uma das variáveis do projeto podem influenciar na rentabilidade dos resultados esperados (BUARQUE, 1991). O procedimento básico para se fazer uma análise de sensibilidade consiste em escolher o indicador a sensibilizar; determinar sua expressão em função dos parâmetros e variáveis escolhidas; por meio de um programa de computação obtêm os resultados a partir da introdução dos valores dos parâmetros na expressão; faz-se a simulação mediante variações num ou mais parâmetros e verifica-se de que forma e em que proporções essas variáveis afetam os resultados finais em termos de probabilidade. Para avaliar o risco envolvido nos diversos sistemas, foi empregada a técnica da simulação de Monte Carlo. O princípio básico dessa técnica reside no fato de que a freqüência relativa de ocorrência do acontecimento de certo fenômeno tende a aproximar-se da probabilidade de ocorrência desse mesmo fenômeno, quando a experiência é repetida várias vezes assumem valores aleatórios dentro dos limites estabelecidos (HERTZ, 1964). Exemplos de utilização dessa técnica para a abordagem do risco em atividades agrícolas podem ser encontrados em vários trabalhos, como os de ARAÚJO e MARQUES (1997), SHIROTA et al. (1987), NORONHA e LATAPIA (1988), BISERRA (1994) e ALMEIDA et al (1985). De acordo com NORONHA (1987), a seqüência de cálculos para a realização da simulação de Monte Carlo é a seguintes: (1) Identificar a distribuição de probabilidade de cada uma das variáveis relevantes do fluxo de caixa do projeto; (2) Selecionar ao acaso um valor de cada variável, a partir de sua distribuição de probabilidade; (3) Calcular o valor do 8

10 indicador de escolha cada vez que for feito o sorteio indicado no item 2; (4) Repetir o processo até que se obtenha uma confirmação adequada da distribuição de freqüência do indicador de escolha. Essa distribuição servirá de base para a tomada de decisão. A Figura 1, adaptada de CASAROTTO FILHO e KOPITTKE (2000), ilustra o processo de simulação de Monte Carlo para uma situação de quatro variáveis. Dada a impossibilidade de se estudar a distribuição de probabilidade de todas as variáveis, a melhor alternativa consiste em identificar, mediante análise de sensibilidade, aquelas que têm maior efeito sobre o resultado financeiro do projeto. Outro aspecto é que, embora existam, estatisticamente, vários tipos de distribuições de probabilidade, a tarefa de identificar a distribuição específica de uma determinada variável é freqüentemente custosa. Em face da dificuldade envolvida na identificação das distribuições de probabilidade de cada uma das variáveis mais relevantes, é procedimento usual empregar a distribuição triangular, como se fez no presente trabalho. Essa distribuição é definida pelo nível médio mais provável ou moda (m), por um nível mínimo (a) e um nível máximo (b) que é importante quando não se dispõe de conhecimento suficiente sobre as variáveis. Início Resolução determinística E stim ar distribuição m ais adequada a cada variável Seleç ão da variável 1 Seleção da variável 2 Repete -s e n v e z Seleção da variável 3 Cálculo do indicador de rentabilidade Seleção da variável 4 G era distribuição do indicador Fim Fonte: CASAROTTO FILHO e KOPITTKE (2000). Figura 1 Processo de simulação de Monte Carlo para uma situação de quatro variáveis 9

11 Por meio da utilização do programa Excel, propõe-se uma distribuição de probabilidade para cada uma das variáveis, nesse caso a distribuição triangular. Mediante a geração de números aleatórios, valores são obtidos para essas variáveis, daí resultando vários fluxos de caixa e, conseqüentemente, vários indicadores de resultados para o projeto. Pela repetição desse procedimento um número significativo de vezes, gera-se a distribuição de freqüências do indicador do projeto, que permite aferir a probabilidade de sucesso ou insucesso do mesmo Fonte dos dados Os dados de coeficientes técnicos e os dados de preço, utilizados no fluxo de caixa foram obtidos a partir de experiências de produção desenvolvidas em localidades específicas da região Norte do Estado do Rio de Janeiro. Na obtenção dessas informações, foi de fundamental importância o auxílio dos técnicos da EMATER, conhecedores da realidade local. O Quadro 3 apresenta a descrição e a organização dos itens que compõem os coeficientes técnicos e o custo de produção da cultura do maracujá. A partir das bases conceituais estabelecidas, foi construída essa estrutura de custo, o demonstrativo da geração do resultado econômico, bem como planilhas para o cálculo dos custos primários, margem de contribuição, custos totais e preços unitários dos produtos, com a finalidade de mostrar a importância, em especial para o planejamento e acompanhamento da geração de resultados correntes e, por outro lado, para a determinação de bases de referência sólidas face ao processo de fixação de preços de venda para os produtos. 10

12 Quadro 3 - Organização dos itens de coeficientes técnicos e de custo de produção de maracujá ITENS DE COEFICIENTES TÉCNICOS ITENS DE CUSTO DE PRODUÇÃO 1. MUDAS A - CUSTOS FIXOS 2 FERTILIZANTES 1. Depreciação Nitrogênio (uréia) 1.1. Terra Matéria orgânica 1.2. Equipamento de irrigação Calcário 1.3. Outros equipamentos Cloreto de potássio 1.4. Espaldeiramento Super fosfato simples 1.5. Capital investido na cultura FTE BR Custo de oportunidade 3 DEFENSIVOS 2.1. Terra Formicidas e cupinicidas 2.2. Equipamento de irrigação Espalhante adesivo 2.3. Outros equipamentos Inseticidas e acaricidas 2.4. Espaldeiramento Fungicidas e herbicidas 2.5. Capital investido na cultura 4 OUTROS INSUMOS E SERVIÇOS Energia B - CUSTOS VARIÁVEIS Análise de solo 1. Capital circulante Pulverizador 1.1. Fertilizantes Sacarias e embalagens Nitrogênio (uréia) Fretes Cloreto de potássio Estacas ou mourões de 2,60 metros Super fosfato simples Arame ovalado 1.2. Defensivos Barbante Espalhante adesivo 5 OPERAÇÕES MACANIZADAS Inseticidas e acaricidas Aração Fungicidas Calagem Herbicidas Gradagem 1.3. Outros insumos e serviços 6 MÃO-DE-OBRA Energia Calagem Fretes Coveamento 1.4. Mão-de-obra Plantio e replantio Roçada e capina Roçada e capina Polinização Desbrota/poda/condução Irrigação Polinização Serviços de colheita e embalagens Irrigação Controle fitossanitário Montagem de espaldeiramento Adubação de cobertura Serviços de colheita e embalagens 1.5. Outros Controle fitossanitário Administração Adubação de cobertura Impostos e taxas 7. EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO 2. Custo de oportunidade do capital 8. TERRA circulante 9. OUTROS Administração, impostos e taxas C - CUSTO TOTAL (A + B) PRODUTIVIDADE PREÇO DO MARACUJÁ 11

13 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A planilha de custo busca contemplar todos os itens de dispêndio, explícitos ou não, que são assumidos pelo produtor, desde as fases iniciais de correção e preparo do solo até a fase inicial de comercialização do produto. Neste caso específico, o cálculo do custo de produção de maracujá foi associado ao nível médio de tecnologia e preços de fatores utilizados na Região Norte Fluminense em Assim, o custo é obtido mediante a multiplicação da matriz de coeficientes técnicos pelo vetor de preços dos fatores, conforme está apresentado no quadro 4. Quadro 4- Coeficientes técnicos e fluxo de caixa da cultura do maracujá na Região Norte Fluminense, em ESPECIFICAÇÃO UNIDA- DE Qde. ANO 1 PREÇO ANO 1 VALOR ANO1 Qde. ANO 2 PREÇO ANO 2 VALOR ANO2 1 MUDAS MIL 0,90 160,00 144,00 0,00 0,00 0,00 2 FERTILIZANTES NITROGÊNIO (UREIA) T 0,40 800,00 320,00 0,45 800,00 360,00 MATÉRIA ORGÂNICA M3 20,00 30,00 600,00 0,00 0,00 0,00 CALCÁRIO T 3,00 80,00 240,00 0,00 0,00 0,00 CLORETO DE POTÁSSIO T 0,60 620,00 372,00 0,75 620,00 465,00 SUPER FOSFATO SIMPLES T 0,25 460,00 115,00 0,40 460,00 184,00 FTE BR 12 SC/25KG 2,00 34,00 68,00 0,00 0,00 0,00 3 DEFENSIVOS FORMICIDAS E CUPINICIDAS KG 3,00 11,00 33,00 0,00 0,00 0,00 ESPALHANTE ADESIVO L 2,50 7,50 18,75 2,50 7,50 18,75 INSETICIDAS E ACARICIDAS L 3,00 40,00 120,00 2,00 40,00 80,00 FUNGICIDAS KG 10,00 30,00 300,00 6,00 30,00 180,00 HERBICIDAS L 6,00 15,00 90,00 2,00 15,00 30,00 4 OUTROS INSUMOS E SERVIÇOS ENERGIA KW/H 944,44 0,18 170, ,18 81,00 ANÁLISE DE SOLO UD 1,00 20,00 20,00 0,00 0,00 PULVERIZADOR UD 2,00 95,00 190,00 0,00 0,00 0,00 SACARIAS E EMBALAGENS MIL 0,30 50,00 15,00 0,00 0,00 0,00 FRETES T 18,00 18,00 324,00 32,00 18,00 576,00 ESTACAS DE 2,60 METROS DÚZIA 52,00 76, ,00 0,00 0,00 0,00 ARAME OVALADO KM 3,50 120,00 420,00 0,00 0,00 0,00 BARBANTE KG 3,00 4,10 12,30 0,00 0,00 0,00 5 OPERAÇÕES MACANIZADAS ARAÇÃO H/T 4,00 35,00 140,00 0,00 0,00 0,00 CALAGEM H/T 2,00 35,00 70,00 0,00 0,00 0,00 GRADAGEM H/T 4,00 35,00 140,00 0,00 0,00 0,00 6 MÃO-DE-OBRA CALAGEM D/H 1,00 15,00 15,00 0,00 0,00 0,00 COVEAMENTO D/H 14,00 15,00 210,00 0,00 0,00 0,00 PLANTO E REPLANTIO D/H 3,00 15,00 45,00 0,00 0,00 0,00 Continuação 12

14 Quadro 4- Continuação ESPECIFICAÇÃO UNIDA- DE Qde. ANO 1 PREÇO ANO 1 VALOR ANO1 Qde. ANO 2 PREÇO ANO 2 VALOR ANO2 ROÇADA E CAPINA D/H 6,00 15,00 90,00 4,00 15,00 60,00 DESBROTA/PODA/CONDUÇÃO D/H 29,00 15,00 435,00 0,00 0,00 0,00 POLINIZAÇÃO D/H 30,00 15,00 450,00 40,00 15,00 600,00 IRRIGAÇÃO D/H 10,00 15,00 150,00 5,00 15,00 75,00 MONTAGEM ESPALDEIRAMENTO D/H 30,00 15,00 450,00 0,00 0,00 0,00 COLHEITA E EMBALAGENS D/H 40,00 15,00 600,00 80,00 15, ,00 CONTROLE FITOSSANITÁRIO D/H 20,00 15,00 300,00 13,00 15,00 195,00 ADUBAÇÃO DE COBERTURA D/H 12,00 15,00 180,00 4,00 15,00 60,00 7. EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO KIT 1, , ,70 0,00 8. TERRA HÁ 1, , ,33 9 OUTROS ADMINISTRAÇÃO % 1,00 3,00% 182,70 1,00 3,00% 182,70 IMPOSTOS E TAXAS % 1,00 2,30% 140,07 1,00 2,30% 140,07 1. PRODUTIVIDADE E RECEITA KG e R$ ,00 0, , ,00 0, ,00 2. VALOR RESIDUAL DA TERRA 2.708,33 3. VALOR RESIDUAL DO EQUIP. DE IRRIGAÇÃO 2.303,13 4. VALOR RESIDUAL DO ESPALDEIRAMENTO 3.867,44 FLUXO DE CAIXA , ,39 Fonte: Dados levantados na Região Norte Fluminense em Observa-se que o fluxo de caixa é medido em valores (R$), estes valores resultaram das entradas e saídas dos recursos e produtos ao longo do ciclo de produção de maracujá que foram de dois anos. Nota-se que no segundo ano (último ano do horizonte de planejamento) foi feito a liquidação do projeto. Os insumos que ainda não foram exauridos são contabilizados como receitas neste último ano. Dessa forma, os valores residuais da terra (R$2.708,33), do equipamento de irrigação (R$2.303,13) e do espaldeiramento (R$3.867,44) entraram como receitas no fluxo de caixa. O dimensionamento e o controle dos custos somados com a estrutura de receitas são fundamentais para se obter o resultado econômico, o que propicia a análise econômica da atividade produtiva, bem como uma série de informações de muita utilidade para o controle de custos em vários níveis, para o processo decisório estratégico empresarial e, fundamentalmente, para a escolha e construção de sistemas de determinação de custos de referência para a fixação de preços de vendas para os produtos. Assim, deve-se entender a estrutura de custos e o demonstrativo de receitas, como instrumentos ex-ante para decisões estratégicas e ex-post para revisões corretiva-estratégicas dos resultados das atividades produtivas analisadas. A partir do monitoramento desses custos de produção é possível o acompanhamento da evolução da participação dos diferentes itens de custos no conjunto das atividades da propriedade; a ordenação e a definição de estratégias específicas para a administração de todo o empreendimento; o nível estimado do resultado econômico obtido e, finalmente, informações acerca da possibilidade de se obter maior eficiência dos recursos produtivos. O quadro 5 mostra que a planilha está organizada de maneira a separar os componentes de acordo com sua natureza contábil e econômica. Em termos contábeis, os 13

15 custos variáveis são separados em despesas de custeio e manejo da lavoura, despesas de póscolheita e despesa financeira, esta última incidente sobre o capital de giro utilizado. Os custos fixos são diferenciados em depreciação do capital fixo e demais custos fixos envolvidos na produção e remuneração dos fatores terra e capital fixo. Quadro 5 Custo de produção de maracujá na Região Norte Fluminense, em CUSTO DE PRODUÇÃO R$ % A-CUSTOS FIXOS 6.938,30 53,30 1. Depreciação 6.390,18 49, Terra 0,00 0, Equipamento de irrigação 505,57 3, Outros equipamentos 82,00 0, Espaldeiramento 966,86 7, Capital investido na cultura 4.835,75 37,15 2. Custo de oportunidade 548,13 4, Terra 162,4998 1, Equipamento de irrigação 89,37 0, Outros equipamentos 6,15 0, Espaldeiramento 145,03 1, Capital investido na cultura 145,07 1,11 B- CUSTOS VARIÁVEIS 6.078,3 46,70 1. Capital circulante 5.734,27 44, Fertilizantes nitrogênio (uréia) 360,00 2,77 cloreto de potássio 465,00 3,57 super fosfato simples 184,00 1, Defensivos espalhante adesivo 18,75 0,14 inseticidas e acaricidas 80,00 0,61 fungicidas 180,00 1,38 herbicidas 30,00 0, Outros insumos e serviços energia 81,00 0,62 fretes 900,00 6, Mão-de-obra roçada e capina 60,00 0,46 polinização 600,00 4,61 irrigação 75,00 0,58 serviços de colheita e embalagens 1.800,00 13,83 controle fitossanitário 195,00 1,50 adubação de cobertura 60,00 0, Outros administração 365,39 2,81 impostos e taxas 280,13 2,15 2. Custo de oportunidade do capital circulante 344,06 2,64 CUSTO TOTAL ,63 100,00 14

16 Em termos econômicos, os componentes do custo são agrupados, de acordo com sua função no processo produtivo, nas categorias de custos variáveis, custos fixos, custo operacional e custo total. Nos custos variáveis são agrupados todos os componentes que participam do processo, na medida que a atividade produtiva se desenvolve, ou seja, aqueles que somente ocorrem ou incidem se houver produção. Enquadram-se aqui os itens de custeio, as despesas de pós-colheita e as despesas financeiras. Nos custos fixos, enquadram-se os elementos de despesas que são suportados pelo produtor, independentemente do volume de produção, tais como depreciação, seguros, manutenção periódica de máquinas e outros. Observa-se que enquanto os custos variáveis decorrentes de insumos e serviços corresponderam 46,70 %, os custos fixos representaram mais da metade (53,30 %) dos custos da produção de maracujá. Estes por sua vez foram constituídos dos custos de depreciação dos itens de capital e dos custos de oportunidade. Nota-se que são elevados os custos diretamente ligados à estrutura do capital deste empreendimento, o que indica que é grande a participação de capital estável em terra, equipamento de irrigação, espaldeiramento e nos demais capitais de investimentos na cultura do maracujá. A figura 2 mostra a participação de cada grupo de insumo na composição de gastos do capital circulante. Verifica-se que a mão-de-obra consome quase metade (49%) do capital circulante. Cada hectare de maracujá gasta, em média, 341 dias homem no ciclo de dois anos. As atividades de colheita e de embalagem absorvem 64% de toda a mão-de-obra, as demais atividades demandam os seguintes percentuais de mão-de-obra: roçada e capina (2%), irrigação (3%), controle fitossanitário (7%), adubação de cobertura (2%) e polinização (22%). Além da mão-de-obra, os gastos com fertilizantes e defensivos também são relativamente elevados no capital circulante. Participação dos diversos grupos de insumos no capital circulante 11% 18% 5% 17% 49% 1.1.Fertilizantes 1.2.D efensivos 1.3.Outros insum os e serviços 1.4.M ão-de- obra 1.5.Outros Figura 2 Participação dos diversos grupos de insumos no capital circulante 15

17 A análise de viabilidade econômica é de suma importância para que um empreendimento seja lucrativo e bem sucedido, principalmente quando se refere a setores de mercados competitivos, como no caso da agricultura, onde a maioria das atividades apresenta baixa rentabilidade. Para assegurar uma margem líquida satisfatória, não é suficiente apenas um bom planejamento da produção, mas também, uma comercialização adequada e um equilíbrio do capital imobilizado e do capital de giro. Assim, deve ser prioritário o gerenciamento como estratégia para melhorar o potencial produtivo e competitivo do produtor rural. O funcionamento de qualquer empreendimento no mercado exige a aquisição de vários tipos de recursos (trabalho humano, terra, insumos, máquinas e equipamentos, etc.), pelos quais deve-se pagar pela sua utilização, estes pagamentos configuram-se como os custos da empresa. O dimensionamento destes custos por parte dos produtores, freqüentemente é equivocado, principalmente pelo fato deles não considerarem os custos de depreciação, um tipo especial de pagamentos que, ao longo de um determinado período (a vida útil ou econômica da máquina, ou o ciclo do padrão tecnológico, por exemplo) deve servir para acumular um montante de dinheiro que seja suficiente para a reposição ou renovação total ou parcial destes recursos produtivos. A utilização por parte do empreendimento de recursos produtivos geradores de custos fixos (que independem das oscilações no nível de atividades) resulta no estabelecimento de relações específicas entre o nível de atividades operacionais (volume de produção) e o montante de lucros obtido. Tais relações caracterizam-se pela ocorrência do efeito de alavancagem operacional, que ocasiona a variação mais do que proporcional dos lucros a partir de uma dada modificação no volume de produção e vendas. Esse tipo de análise permite verificar o volume de atividades operacionais que afeta o montante e a margem de lucro. Assim como, a partir de qual volume de produção e vendas o produtor pode obter lucros em suas operações produtivas. O quadro 6 apresenta os principais indicadores econômicos obtidos a partir da planilha de custo. O custo operacional é composto de todos os itens de custos variáveis e a parcela dos custos fixos diretamente associada à implementação da lavoura. Difere do custo total apenas por não contemplar a renda dos fatores fixos, consideradas aqui como remuneração esperada sobre o capital fixo e sobre a terra. O custo total de produção compreende o somatório do custo operacional mais a remuneração atribuída aos fatores de produção. O custo operacional efetivo de R$5.734,27, que nada mais é do que o capital circulante e que consiste nos gastos com fertilizantes, com defensivos, com mão-de-obra, com energia, com fretes, com impostos e com administração. O custo operacional total foi de R$12.124,45, que representa os custos variáveis (custo operacional efetivo mais o custo de oportunidade do capital circulante) adicionado do valor da depreciação do capital estável. O custo total de produção de R$13.016,63 que engloba os custos variáveis e custos fixos. É o mesmo que dizer que o custo total de produção representa o custo operacional total adicionado das remunerações ou dos custos de oportunidade do capital investido em terra, equipamentos de irrigação e outros equipamentos, espaldeiramento e capital investido na cultura. Para a remuneração do capital investido, foi considerada uma taxa de 6%a.a. sobre o capital médio empatado na atividade. Como a renda ou valor da produção desse empreendimento é de R$13.200,00, portanto superior ao custo operacional total, isso garante a reposição de todo o capital consumido no processo produtivo e ainda sobra um lucro operacional ou renda líquida operacional de R$ 1.075,55. A margem bruta foi de R$7.465,73 que representa o lucro sobre os custos com insumos e serviços. É importante ter cautela na análise desse indicador que é parcial, pois da 16

18 renda bruta (valor da produção) desconta apenas o custo operacional efetivo, ou seja, ainda resta para ser descontado depreciação e custo de oportunidade do capital investido. Quadro 6 Indicadores econômicos da produção de maracujá, em INDICADORES ECONÔMICOS Unidade Valor Custo operacional efetivo R$ 5.734,27 Custo operacional total R$ ,45 Custo total de produção R$ ,63 Custo operacional efetivo unitário R$/kg 0,1434 Custo operacional total unitário R$/kg 0,3031 Custo total unitário R$/kg 0,3254 Valor da produção R$ ,00 Margem bruta R$ 7.465,73 Lucro operacional R$ 1.075,55 Lucro ou renda líquida R$ 183,37 Ponto de equilíbrio kg ,34 Preço de equilíbrio R$/kg 0,3254 VPL 2% R$ 704,68 VPL 6% R$ 237,00 VPL 8% R$ 16,15 VPL 10% R$ -196,67 VPL 12% R$ -401,89 TIR % 8,15 Por outro lado, a renda líquida total ou lucro foi de apenas R$183,37, aparentemente reduzida para um hectare de maracujá, mas indica que o produtor conseguiu remunerar todos os fatores de produção que foram empregados no processo produtivo, incluindo custos variáveis, depreciações e custos de oportunidade do capital. Os indicadores de rentabilidade obtidos mostram que para taxas de desconto menores do que 8,15% o valor presente líquido apresentou-se positivo indicando que a produção de maracujá apresenta-se como uma atividade viável para a região. Entretanto para taxas de desconto maiores do que 8,15% o valor presente líquido mostra-se negativo, e, portanto, inviável economicamente. É importante ressaltar que está em vigor o Programa Frutificar, do governo estadual, que tem linha de crédito específica para algumas frutíferas, com recursos emprestados a uma taxa anual de 2%, sem correção monetária. No que se refere aos resultados da análise de sensibilidade, mostrando o efeito, sobre a taxa interna de retorno da produção de maracujá, advindo de uma variação, no sentido desfavorável, de 1% nos preços de insumos e produtos. Nota-se que o preço do produto foi a variável de maior impacto sobre a taxa interna de retorno. Assim, para uma queda de 1% no preço recebido pelo agricultor, ocorreria, no sistema proposto para maracujá uma redução de 1,90% na taxa interna de retorno. Para uma elevação de 1% no preço pago pelo produtor nos 17

19 insumos, ocorreria a redução percentual na taxa interna de retorno. Dessa forma, os itens que mais afetaram os resultados financeiros da produção de maracujá foram mão-de-obra (1,06%), fertilizantes (0,37%), equipamento de irrigação (0,35%), terra (0,35%), estacas (0,15%), defensivos (0,14%), outros insumos (0,14%), impostos e taxas (0,10%), frete (0,08%), operações mecanizadas (0,04%) e mudas (0,03%). É importante dizer que o produtor rural convive com a incerteza freqüentemente e uma das finalidades da avaliação econômica de projetos é diminuir o grande risco assumido nas decisões, interessando ao produtor saber qual a margem de segurança dos resultados da análise, antes de tomar sua decisão final. A avaliação econômica baseada nos indicadores e na análise de sensibilidade é necessária, porém insuficiente para uma tomada de decisão segura, cabendo assim, acrescentar a análise de risco para oferecer uma estimativa quantitativa. Nesse sentido, a análise de sensibilidade realizada anteriormente é apenas o primeiro passo para lidar com riscos uma vez que considera a influência das variáveis independentemente, quando se sabe que variáveis positivamente correlacionadas devem ser analisadas em conjunto. A Figura 3 mostra a distribuição de probabilidade acumulada do VPL obtido mediante Simulação de Monte Carlo. Probabilidade acum ulada 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0, V PL6% V PL12% V PL (R $) Figura 3 Distribuição de probabilidade acumulada do Valor Presente Líquido obtida mediante Simulação de Monte Carlo para a produção de maracujá na Região Norte Fluminense É importante que se tenha noção das probabilidades de ocorrência de situações adversas, bem como suas conseqüências sobre os resultados do projeto. Sabe-se que as informações usadas na avaliação de projetos são sempre projeções para o futuro dos valores das variáveis que formam o fluxo de caixa e, portanto, são estimativas sujeitas a erros. Com essa análise têm-se condições de oferecer as probabilidades de que o projeto venha a reduzir certos valores especificados. 18

20 Observa-se pela simulação que a probabilidade do produtor obter um VPL negativo é de 36% quando se considera uma taxa de desconto de 12%. Entretanto essa probabilidade do empreendimento conseguir VPL negativo reduz-se para 26% quando utilizamos 6% como taxa de desconto. O processo de agroindustrialização pode reduzir os riscos inerentes ao mercado, esse processo traria, como vantagens adicionais, a garantia de assistência técnica, a incorporação de novas tecnologias de produção, entre outros. Entretanto, não deve ser desconsiderado que as vantagens advindas desse processo podem ser anuladas em razão dos conflitos entre agricultores e agroindústrias. Para o produtor, especificamente, situações desfavoráveis podem ocorrer nos casos de manipulação, pelas agroindústrias, dos padrões de qualidade para regular preços e entregas, de utilização da recepção tardia para reduzir o preço, ou de defasagem na correção dos preços previstos nos contratos. 4. CONCLUSÕES A cultura do maracujá possui elevado potencial de expressão econômica e social, uma vez que gera em média dois empregos por hectare ao ano. A produtividade dessa cultura ainda é baixa e ocorrem alguns fatores que dificulta a redução nos custos de produção. Assim, é necessário que se resolvam problemas relacionados aos sistemas adequados de irrigação e manejo, às doenças típicas do maracujá, à utilização de uso de defensivos, ao melhoramento das variedades e ao desenvolvimento de embalagens apropriadas. Apenas com a resolução desses problemas, o produtor poderá produzir frutos de qualidade, minimizando o prejuízo ao meio ambiente e ao consumidor, e aspirar ao mercado externo, uma vez, que as exportações do maracujá in natura é reduzida em relação às exportações brasileiras de outras frutas frescas. Conclui-se que parte dos problemas relacionada a variações de preços pode ser minimizada com planejamentos adequados de produção de maracujá irrigado nos períodos de entressafra e com o acompanhamento dos custos de produção para ser balizado nos contratos com agroindústrias processadoras. Pode se concluir que é cada vez mais crescente a necessidade do agricultor brasileiro produzir em condições altamente competitivas, o que passa necessariamente pela racionalização dos custos, uma vez que, na ausência de interferências governamentais, a competição interna e externa passa a ser dada pelo uso mais eficiente dos recursos disponíveis, ou seja, através dos custos de produção. Portanto, o conhecimento e domínio dessa variável passam a desempenhar um papel crucial para o sucesso da atividade agrícola. No sistema proposto para o cultivo do maracujá, o custo incorrido no pagamento de mão-de-obra, depois do preço do produto, foi o item de maior importância na determinação da rentabilidade dessa cultura, merecendo ainda destacar os custos com fertilizantes, com equipamento de irrigação, o preço da terra, o custo com estacas e com defensivos. Dessa forma, o preço do maracujá foi o item cuja variação teve maior impacto sobre sua rentabilidade, esse é um problema da maior relevância, pelo fato da presença do risco de variação de preços. Assim, a comercialização apresenta-se como um dos problemas para a fruticultura, e o processo de agroindustrialização, já em curso na região, surgiria como forma de amenizar a instabilidade do preço pago ao produtor. Dessa forma, apesar das condições favoráveis ao desenvolvimento maracujá na Região Norte Fluminense e do financiamento subsidiado do governo do Estado com recursos emprestados a uma taxa anual de 2%, sem correção monetária. O fato, entretanto, é que esse financiamento obriga o agricultor a entregar pelo menos metade da safra planejada para a agroindústria local. Nesse sentido, os produtores têm reclamado do preço baixo fixado pela agroindústria e da obrigatoriedade de entregar 50% da safra planejada, que por sua vez 19

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