UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA DIOGO DANIEL GASPARIN

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1 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA DIOGO DANIEL GASPARIN DIAGNÓSTICO DO MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE UMA EMPRESA DE URGENCIAS E EMERGENCIAS MÉDICAS EM FLORIANÓPOLIS/SC Palhoça

2 DIOGO DANIEL GASPARIN DIAGNÓSTICO DO MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE UMA EMPRESA DE URGENCIAS E EMERGENCIAS MÉDICAS EM FLORIANÓPOLIS/SC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de graduação e Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Ambiental e Sanitarista. Orientador: Prof. Silene Rebelo, Msc. Palhoça

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4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por me dar saúde nesta caminhada árdua porém honrosa. Agradeço primeiramente a minha família, minha mãe Janete meu pai Nelci e meu irmão Rafael, por me darem educação e caráter, pois sem isso não teria vencido as etapas dessa jornada, e também o privilégio de cursar uma faculdade. Agradeço minha vó Amélia por me ajudar em todas as vezes que precisei, pelas orações que a senhora fez por mim. Agradeço fielmente a minha noiva Isadora, por acreditar em mim e na minha capacidade em horas que nem acreditei, por estar do meu lado sempre, nas horas mais difíceis por não me deixar desistir, e também por estar comigo nas horas mais felizes, obrigado minha companheira! Agradeço minha prima Sandra, seu marido, o grande Juca-Bala, e toda sua família, vocês se tornaram também a minha família, me dando todo o suporte desde a minha chegada até o fim desta jornada, muito obrigado! Meu primo Johnny, irmão e companheiro, que me deu o ponta pé inicial para que eu estivesse aqui hoje, tia Fátima e tio Valdecir por me receberem como filho e não medir esforços para me ajudar sou muito grato. Agradeço ainda ao Estado de Santa Catarina que me acolheu com tanto carinho, aqui conheci pessoas que levarei para toda a vida. A todos os meus mestres professores guerreiros por passarem todo seu conhecimento, em especial a professora Silene que esteve comigo desde o início, puxando a orelha sempre que necessário, porém com uma paciência imensurável. Agradeço a todos meus colegas, pelas horas de alegria proporcionadas, em especial ao meu amigo Dário e Diogo. Agradeço a empresa Help Emergências Médicas, por todo o apoio na realização deste trabalho, pela disponibilidade dos colaboradores e compreensão nas horas de ausência ao emprego em prol deste estudo. 4

5 RESUMO O aumento da população do planeta associado aos altos índices de consumismo, principalmente em áreas urbanas, leva a geração de quantidades exorbitantes de resíduos sólidos as quais apresentam relação direta com a deterioração dos recursos naturais. Países em desenvolvimento, como o Brasil, além da grande quantidade de resíduo gerada, tem que lidar com problemas ambientais decorrentes da deficiência na gestão dos resíduos sólidos urbanos, causador de graves impactos ambientais através da emissão desnecessária de gases poluentes e contaminações de recursos naturais. Destacam-se entre os diferentes tipos de resíduos sólidos, os provenientes de serviços de saúde. Estes além das questões ambientais comuns aos resíduos urbanos podem ocasionar problemas de contaminação nos locais de geração e, por isto, devem ter um gerenciamento diferenciado, devido aos riscos eminentes de seus componentes de natureza química, biológica ou radioativa. Para tanto, os geradores deste tipo de resíduo sólido devem elaborar e executar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), o qual é um importante instrumento de controle ambiental, exigido no processo de licenciamento ambiental de estabelecimentos geradores. O presente estudo teve como objetivo elaborar um diagnóstico do manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde - RSS, para o setor de ambulâncias e farmácia de uma empresa de urgências e emergências médicas, em Florianópolis, em conformidade com as legislações e normas vigentes. Através de levantamentos in loco, documentais e bibliográficos pode-se verificar que os principais grupos de resíduos gerados nos ambientes analisados são os: biológicos, químicos e pefurocortantes/escarificante. O grupo de maior geração é composto por resíduos de classe A (infectantes). Durante as vistorias in loco, foi possível analisar as condições atuais de gerenciamento dos RSS, concluiu-se que o manejo atual efetuado na empresa apresenta etapas em total conformidade com as normas competentes, no entanto foi possível observar que ainda há algumas irregularidades a serem corrigidas, principalmente referentes a falhas no âmbito da correta segregação dos resíduos. Palavras chave: Legislação Ambiental; Resíduos de Serviços de Saúde; Gerenciamento. 5

6 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fluxograma para caracterização e classificação de resíduos, de acordo com a NBR / Figura 2: Comparativo da geração de RSU no Brasil nos anos 2013 e Figura 3: Comparativo da coleta de RSU no Brasil nos anos 2013 e Figura 4: Destinação final dos RSU coletados no Brasil no ano de Figura 5: Quantidade de RSS coletados nas regiões do Brasil nos anos de 2013 e 2014 (tx1000/ano) Figura 6: Destino Final dos RSS coletados no Brasil em Figura 7: Localização da Empresa de Urgências e Emergências Médicas Figura 8: Software GENEX de gestão dos atendimentos Figura 9: Exemplo de embalagens para o acondicionamento de pilhas e baterias Figura 10: Exemplo de embalagens para o acondicionamento de químicos

7 LISTA DE FOTOGRAFIAS Fotografia 1: Palestra de preparação aos funcionários de Urgências e Emergências Médicas, setembro de Fotografia 2: Acondicionamento dos resíduos gerados nos atendimentos das UTI móveis, da empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro de Fotografia 3: Acondicionamento Interno dos RSS no expurgo oriundo das UTI s móveis da empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro Fotografia 4: Armazenamento Externo dos resíduos Classe A na empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro de Fotografia 5: Coleta e Transporte do resíduo de serviços de saúde pela empresa terceirizada Fotografia 6: RSS produzidos pela farmácia na empresa de Urgências e Emergências Médicas, em setembro de Fotografia 7: Pilhas e baterias descartadas na farmácia na empresa de Urgências e Emergências Médicas, em setembro de Fotografia 8: Documentos de recolhimento de psicotrópicos vencidos na farmácia de Urgências e Emergências Médicas, em setembro de Fotografia 9: Acondicionamento interno dos RSS da farmácia na empresa de Urgências e Emergências Médicas, em setembro de Fotografia 10: Dispositivo intravenoso do tipo cateter plástico, material usado na Atendimento Pré Hospitalar Fotografia 11: Compartimento para resíduos infectados nas UTI s móveis da empresa de Urgência e Emergências Médicas, setembro de Fotografia 12: Multibox para atendimento de APH da empresa de Urgência e Emergências Médicas, setembro de Fotografia 14: Armazenamento Externo da empresa de Urgência e Emergências Médicas, setembro de Fotografia 15: Veículo de transporte de RSS da empresa de Urgência e Emergências Médicas, setembro de

8 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Classificação dos Resíduos Sólidos de acordo com a NBR / Quadro 2: Classificação dos Resíduos de Saúde de acordo com a RDC 306, de 7 de dezembro de 2004 da ANVISA Quadro 3: Classificação de resíduo, baseando na RDC 306 Anvisa/ Quadro 4: Tipo de RSS identificados pelos funcionários entrevistados nos diferentes setores da empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro de Quadro 5: Manejo de RSS pelos funcionários entrevistados nos diferentes setores da empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro de Quadro 6: Verificação das Não Conformidades encontradas na empresa quanto ao gerenciamento de RSS

9 LISTA DE SIGLAS ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas ABRELPE: Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente EPI: Equipamentos de Proteção Individual FISPQ: Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico MTE: Ministério do Trabalho e Emprego NR: Norma Reguladora PGRS: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PGRSS: Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde PNRS: Política Nacional de Resíduos Sólidos RDC: Resolução da Diretoria Colegiada RSS: Resíduos de Serviço de Saúde RSU: Resíduos Sólidos Urbanos UNISUL: Universidade do Sul de Santa Catarina 9

10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA RESÍDUOS SÓLIDOS Classificação dos Resíduos Sólidos Cenário dos Resíduos Sólidos no Brasil Gerenciamento de Resíduos Sólidos RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Classificação dos RSS Cenário dos RSS no Brasil Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde MATERIAIS E MÉTODOS COLETA DE DADOS Treinamento dos colaboradores Avaliação da Logística Atual ANÁLISE DE DADOS PROPOSIÇÃO DE AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE RESULTADOS E DISCUSSÕES O LOCAL DE ESTUDO COLETA DE DADOS Treinamento dos Colaboradores AVALIAÇÃO DA LOGÍSTICA ATUAL Resultados dos Questionários

11 5.4. NÃO CONFORMIDADES AÇÕES PARA MELHORIA DO GERENCIAMENTO DE RSS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES

12 1. INTRODUÇÃO Fatores como o aumento contínuo da população no planeta, avanço do consumo determinado por incentivo da economia e, ainda, os fatores culturais levam a deterioração dos recursos naturais que se apresentam diretamente relacionados com a quantidade de resíduos sólidos produzidos. Além do estímulo ao consumo oriundo do melhor poder aquisitivo da população, países em desenvolvimento tem que lidar com problemas ambientais decorrentes das deficiências na gestão dos resíduos sólidos urbanos (GRU). A falha na gestão dos resíduos além de causar impactos ao ambiente com a emissão desnecessária de gases poluentes e contaminações de solo e água, podem levar a questões de saúde pública através das doenças decorrentes da proliferação de vetores (GODECKE et al, 2012). Dentre os resíduos sólidos gerados diariamente pelas sociedades contemporâneas estão os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS). Os RSS além das questões ambientais comuns aos demais resíduos, incorporam um preocupante risco quanto as contaminações nos locais de geração e gerenciamento dos mesmos, isto devido os riscos eminentes de seus componentes de natureza química, biológica ou radioativa (ANVISA, 2006 apud FERREIRA, 2014). Como forma de orientar às obrigações instituídas aos geradores público e/ou privados de RSS, órgãos públicos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), editaram diversas normativas que definem e dirigem as ações a eles relacionadas, das quais se destacam a Resoluções da Diretoria Colegiada - RDC da ANVISA nº 306/2004, a Resolução CONAMA nº 358/2005. As Resoluções citadas determinam os geradores de RSS, os serviços relacionados com: o atendimento à saúde humana ou animal (com inclusão dos serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo); os laboratórios analíticos de produtos para a saúde; os necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento; serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde, centro de controle de zoonoses; distribuidores de 12

13 produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores, produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura, serviços de tatuagem, dentre outros similares. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (Lei /2010), criada em 2010, tem como objetivo instituir os princípios, práticas e ferramentas associadas à gestão integrada e ao gerenciamento correto dos resíduos sólidos. Através da Lei nº /2010 foram implementadas as ferramentas quanto à prática e incentivo à disposição ambientalmente adequada, à coleta seletiva e à logística reversa no processo de gerenciamento dos RSU. A PNRS dispõe ainda, sobre os aspectos sociais do gerenciamento dos RSU, mediante ao apoio as cooperativas e as associações de catadores, bem como dos aspectos culturais, e financeiros, a partir da educação ambiental, do consumo sustentável no âmbito da redução da geração de resíduos, assim como nos incentivos fiscais, financeiros e de crédito (BRASIL/2010). No Art. 20º desta mesma lei, é possível obter-se informações especificas sobre quem está sujeito à elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), os estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde, definidos em lei como os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária SNVS), estão entre os estabelecimentos obrigados a realizar o plano. O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é um importante documento parte fundamental do processo de licenciamento ambiental que tem como objeto os estabelecimentos geradores. O plano tem como princípios a não geração e a minimização dos resíduos, deve apontar e descrever sobre ações relacionadas a geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e por fim a destinação final dos RSS, o documento deve ater-se a garantir com o gerenciamento a proteção à saúde pública, e a preservação da qualidade do meio ambiente (BRASIL, 2010). Neste contexto, o presente trabalho buscou avaliar o manejo dos resíduos de serviços de saúde gerados por uma empresa de emergências e urgências médicas em Florianópolis/SC. O trabalho buscou pela caracterização 13

14 e quantificação dos RSS tendo em vista o levantamento de informações para a elaboração de parâmetros de adequação do gerenciamento dos RSS da empresa. As ações propostas para a melhoria do manejo dos resíduos tiveram como meta principal contribuir para a melhor segregação dos resíduos promovendo a redução do seu volume e diminuição a incidência de acidentes ocupacionais. A correta segregação e destinação final dos RSS através do estimulo a reciclagem dos resíduos comuns, tende a reduzir os custos com o manejo dos RSS. 14

15 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL O objetivo geral deste trabalho é a descrição de um diagnóstico do manejo dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSS), para o setor de ambulâncias e farmácia de uma empresa de urgências e emergências médicas em Florianópolis, através da verificação das não conformidades com as legislações e normas vigentes OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Verificar a logística atual da empresa quanto ao gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde; b) Caracterizar quali e quantitativamente os resíduos gerados na empresa; c) Levantar as conformidades e não conformidades; d) Propor melhorias e adequações ao manejo atual dos Resíduos de Serviços de Saúde gerados. 15

16 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1. RESÍDUOS SÓLIDOS Embora muitas vezes interpretados como termos de mesmo significado, resíduos sólidos e lixo, não são sinônimos. Conforme consta no Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (1996), o termo lixo significa: 1. Aquilo que se varre da casa, do jardim, da rua, e se joga fora; entulho. 2. Tudo que não presta e se joga fora. 3. Sujidade, sujeira, imundice. 5. Ralé, e em geral tudo que não presta e se deita fora, cisco; imundície, A Norma Brasileira (NBR) /2004 elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a qual estabelece a Classificação de Resíduos Sólidos, define resíduos sólidos como materiais de estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades, das mais diversas origens, desde industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. São incluídos na definição da norma também os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água. Já a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) instituída pela Lei nº /2010, determina, no inciso XVI do artigo 3º, que os resíduos sólidos são materiais resultante de atividades humanas em sociedade. Inclui na definição os materiais, substâncias, objetos ou bens descartados em estado sólido ou semi-sólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornam inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d água. Sendo assim entende-se que os resíduos sólidos diferentemente do lixo ou rejeitos, são materiais onde ainda não foram esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis. Estes ainda têm outras possibilidades de uso, que não a disposição final. 16

17 Classificação dos Resíduos Sólidos A PNRS classifica os resíduos sólidos em seu artigo 13, de acordo com à sua origem e a periculosidade. O inciso I do artigo citado, define as classes de resíduos sólidos quanto a sua origem, as quais são: a) Resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; b) Resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; c) Resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas a e b ; d) Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas b, e, g, h e j ; e) Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea c ; f) Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; g) Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; h) Resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; i) Resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; j) Resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; k) Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; (BRASIL, 2010). No inciso II do artigo 13 da lei /2010 são definidas as classificação conforme a periculosidade dos resíduos sólidos. Tal classificação resume-se em duas classes, a classe dos resíduos perigosos e não perigosos. Sendo assim, os perigosos são aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental. E na classe dos resíduos não perigosos encontram-se aqueles resíduos que não são enquadrados como perigosos (BRASIL, 2010). No âmbito da NBR /2004 a classificação de resíduos sólidos envolve, além da identificação de origem e periculosidade dos mesmos, a identificação dos resíduos através dos seus constituintes e a comparação 17

18 destes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido (ABNT, 2004). De acordo com a NBR /2004, a periculosidade dos resíduos sólidos apresenta-se dividida nas mesmas duas classes apresentadas na PNRS, no entanto a norma apresenta de forma detalhada as subclasses dos resíduos não perigosos, conforme apresentado no Quadro 1. Quadro 1: Classificação dos Resíduos Sólidos de acordo com a NBR /2004. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE ACORDO COM A NBR /2004 Resíduo com propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas como inflamabilidade, corrosividade, Classe I - Resíduos Perigosos Classe II Resíduos Não perigosos: reatividade, toxicidade e patogenicidade que apresentem risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices, ou riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos Classe II A classe I ou classe II B, podem ter Resíduos Não propriedades, tais como inertes biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I ou classe II A, podem ter Classe II B propriedades, tais como Resíduos Inertes: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Fonte: Adaptado de ABNT,

19 A NBR /04 apresenta um fluxograma para auxiliar na classificação dos resíduos sólidos quanto ao risco à saúde pública e ao meio ambiente, onde os resíduos sólidos são classificados nos grupos descritos anteriormente (Figura 1). 19

20 Figura 1: Fluxograma para caracterização e classificação de resíduos, de acordo com a NBR /2004. Fonte: ABNT,

21 Cenário dos Resíduos Sólidos no Brasil Conforme a PNRS os resíduos sólidos urbanos (RSU), englobam os resíduos domiciliares e de resíduos de limpeza urbana. A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), anualmente publica um relatório com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil onde são apresentadas as circunstâncias da geração e gestão de resíduos sólidos no país. Segundo a Abrelpe (2014) a geração total de RSU no Brasil no ano de 2014 foi de aproximadamente 78,6 milhões de toneladas. Com relação a este valor, quando comparado ao volume gerado no ano anterior, observa-se um aumento de 2,9%. Tal índice supera a taxa de crescimento populacional no país no período, que foi de 0,9%. Os dados de geração anual e per capita em 2014, comparados com 2013, são apresentados na Figura 2. Figura 2: Comparativo da geração de RSU no Brasil nos anos 2013 e Fonte: ABRELPE/2014. Segundo a Abrelpe (2014), a coleta dos RSU atingiu um aumento de 3,20% quando comparados os anos de 2014 e A cobertura dos serviços de coleta de RSU alcançou um total de toneladas no ano de 2014, isto correspondeu a cerca de 90% da quantidade gerada no país, ou seja, toneladas de RSU deixaram de ser coletadas e, consequentemente, tiveram destino impróprio (Figura 3). Em média a coleta de RSU per capita por ano no Brasil foi de 351,49 kg/hab/ano. O estado de Santa Catarina apresentou uma média de geração de 21

22 resíduos per capita/ano bastante inferior à média nacional, com 252,95kg/hab/ano. Em contrapartida, o estado com maior geração de RSU per capita foi o Distrito Federal com 566,11 kg/hab/ano (ABRELPE 2014).. Figura 3: Comparativo da coleta de RSU no Brasil nos anos 2013 e Fonte: Abrelpe, Ainda de acordo com a Abrelpe (2014), dentre as regiões do Brasil, a região sudeste (52,5%) é a que realiza a maior parcela da coleta de RSU no país, seguida pelas regiões nordeste com 22,2%, sul com 10,8%, centro-oeste com 8,1% e, por ultimo, a região norte com 6,4% da distribuição percentual do total de RSU coletados em Com relação à destinação final dos RSU a situação no país manteve-se estável em relação aos anos anteriores a 2014, apresentando um percentual de 58,4% de destinação final adequada em No entanto a quantidade de RSU destinada a locais inadequados é consideravelmente preocupante, totalizando toneladas no ano (Figura 4). Tais resíduos foram destinados para lixões ou aterros controlados, os quais não apresentam o conjunto de sistemas necessários para a proteção do meio ambiente e da saúde pública. Com relação a este aspecto o estado de Santa Catarina apresenta um índice de 71,9% da destinação final dos resíduos aos aterros sanitários, um desempenho superior a média do país (ABRELPE, 2014). 22

23 Figura 4: Destinação final dos RSU coletados no Brasil no ano de Fonte: Abrelpe, Através dos dados apresentados pode-se concluir que existem metas definidas na PNRS que não foram atingidas, como por exemplo o cumprimento do fechamento de todos os lixões do país até o ano de No entanto observa-se que avanços vêm sendo paulatinamente implementados ao longo dos anos. Segundo a PNRS a destinação final ambientalmente adequada é aquela em que se inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes, entre elas a disposição final. A disposição final de resíduos deve observar as normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. No entanto para dar subsídios ao bom funcionamento da destinação final de todo resíduo sólido é fundamental que a segregação deste tenha sido realizada coerentemente com as normas vigentes, respeitando cada classe de resíduos de acordo com a NBR /

24 Gerenciamento de Resíduos Sólidos A Lei nº /2010 que estabelece o PNRS, em seus incisos XI e X do artigo 3º define o gerenciamento de resíduos sólidos e a gestão integrada destes resíduos, como:. X - gerenciamento de resíduos sólidos: Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei. XI - gestão integrada de resíduos sólidos: gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2010). No Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos constitui princípios, objetivos e instrumentos, direcionados à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, envolvendo os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. Estão sujeitos a esta lei, pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos ou gerenciamento de resíduos sólidos. Segundo o artigo 20 da Lei n estão sujeitos à elaboração do plano de gerenciamento de resíduos sólidos os geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, de resíduos industriais, de resíduos de serviços de saúde, de resíduos de mineração, bem como os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos perigosos ou que não sejam equiparados aos domiciliares, as empresas de construção civil, os responsáveis pelos terminais e outras instalações e as atividades agrossilvopastoris. Ainda conforme estabelecido no artigo 21 da Lei n , o plano de gerenciamento de resíduos sólidos deve conter no mínimo as seguintes informações: descrição do empreendimento; diagnóstico dos resíduos sólidos 24

25 gerados (origem, volume e caracterização); quando houver plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, deverá ter explicitação dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento e a definição dos procedimentos operacionais; identificação das soluções consorciadas com outros geradores; ações preventivas e corretivas a serem executadas; metas e procedimentos relacionados à minimização da geração dos resíduos; se couber ações relativas à responsabilidade compartilhada; medidas saneadoras dos passivos ambientais e a periodicidade de sua revisão RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Conforme a RDC nº 306/2004 da Agencia Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA), define-se os locais geradores de resíduos de serviço de saúde (RSS), como: Todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamento; serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares. (ANVISA, 2004) A Resolução nº 358/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em seu artigo 1º, define quais estabelecimentos se encaixam como sendo prestadores de serviços de saúde perante a resolução: todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares.(conama, 2005) 25

26 A mesma resolução estabelece no inciso X, do artigo 2º que os RSS: são todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços definidos no art. 1º da mesma resolução. As características dos resíduos de saúde apresentam a necessidade de processos diferenciados em sua manipulação e gerenciamento, determinados RSS exigem tratamento prévio à sua disposição final Classificação dos RSS Segundo a NBR /1993, que estabelece a terminologia dos Resíduos de Serviços de Saúde, o resíduo é todo material desprovido de utilidade para o estabelecimento gerador. O resíduo de serviços de saúde segundo a normativa é aquele resíduo resultante de atividades exercidas por estabelecimento de saúde gerador, dentre os resíduos de serviços de saúde a NBR /1993 divide-o em: Resíduo comum: são os resíduos de serviço de saúde que não apresentam risco adicional à saúde pública; Resíduo especial: são os resíduos de serviço de saúde do tipo farmacêutico, químico perigoso e radioativo; Resíduo farmacêutico: produto medicamentoso com prazo de validade vencido, contaminado, interditado ou não utilizado. Resíduo infectante: são os resíduos de serviço de saúde que, por suas características de maior virulência, infectividade e concentração de patógenos, apresenta risco potencial adicional à saúde pública. Resíduo químico perigoso: Resíduo químico que, de acordo com os parâmetros da NBR 10004, possa provocar danos à saúde ou ao meio ambiente. A RDC 306/2004 classifica os RSS em quatro diferentes grupos: Grupo A de resíduos infectantes, Grupo B de resíduos químicos, Grupo C de resíduos radioativos, Grupo D dos resíduos comuns e Grupo E de resíduos perfuro cortantes. A Resolução estabelece ainda subgrupos desta classificação que 26

27 estão apresentados detalhadamente no corpo da resolução. O Quadro 2 mostra de forma objetiva as diferenças dentre os grupos de resíduos de saúde. 27

28 Quadro 2: Classificação dos Resíduos de Saúde de acordo com a RDC 306, de 7 de dezembro de 2004 da ANVISA. GRUPO SUBGRUPO RESÍDUO GRUPO - A.1 Culturas e estoques de microrganismos resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio. Grupo A - Resíduos com a possível presença de GRUPO - A.2 Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final. agentes biológicos GRUPO - A.3 Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares. GRUPO - A.4 Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares; sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter 28

29 Grupo B Resíduo Químico GRUPO - A.5 GRUPO - B agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons; tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo; recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre; peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica; carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações; cadáveres de animais provenientes de serviços de assistência; Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.. Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons. Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. - Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por 29

30 Grupo C - Resíduo Radioativo Grupo D Resíduos Comum Grupo C Resíduo radioativo Resíduos comum serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações. - Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. - Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). - Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas - Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com a natureza física do material e do radionuclídeo presente, e o tempo necessário para atingir o limite de eliminação, em conformidade com a norma NE da CNEN. Os rejeitos radioativos não podem ser considerados resíduos até que seja decorrido o tempo de decaimento necessário ao atingimento do limite de eliminação. Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. 30

31 Grupo E Resíduos Perfurocorta nte Resíduos Perfurocortan te Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares;micropipetas;lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. Fonte: Adaptado de Anvisa,

32 Cenário dos RSS no Brasil A legislação pertinente ao gerenciamento dos RSS confere aos geradores a responsabilidade pelo tratamento e destino final destes. Grande parte dos municípios responsabiliza-se em realizar esta atividade apenas para os RSS gerados em unidades públicas de saúde. Em função disto e, também, da PNRS ainda estar sendo implementada, os dados existentes sobre a situação dos RSS são somente os pertinentes as unidades públicas de saúde. Conforme a Abrelpe (2014), dos municípios brasileiros, prestaram em 2014, total ou parcialmente, serviços atinentes ao manejo dos RSS, chegando a um valor médio de 1,3 kg por habitante/ano. Isto representou um crescimento de 5,0% na quantidade de RSS coletada pelos municípios em 2014 em comparação a O maior índice de coleta de RSS por habitante ocorre na região sudeste do país, onde 2,149 kg/hab/ano são coletados, sendo que a Figura 5 apresenta a quantidade de RSS coletados pelos municípios do país e suas regiões. (ABRELPE, 2014). Figura 5: Quantidade de RSS coletados nas regiões do Brasil nos anos de 2013 e 2014 (tx1000/ano) Fonte: Abrelpe, Segundo a Abrelpe (2014) 44,5% dos municípios incineraram os seus RSS no ano de 2014, 21,9% utilizam a autoclave como método de tratamento 32

33 dos resíduos onde posteriormente são depositados em aterros sanitários, 2,5% recebem tratamentos por micro-ondas, e 31,1% caracterizados como outros, ou seja, tiveram a destinação direta em aterros, valas sépticas e lixões, destinos estes mais vulneráveis a contaminações (Figura 6 ). Figura 6: Destino Final dos RSS coletados no Brasil em 2014 Fonte: Abrelpe, Por fim, como a coleta de RSS executada pela maioria dos municípios brasileiros é parcial isto contribui significativamente para o desconhecimento sobre a quantidade total gerada e o destino real dos RSS no Brasil. Tal situação dificulta o bom planejamento para um gerenciamento de qualidade dos RSS gerados no país. O diagnóstico atual quanto à geração, coleta e tratamento deste tipo de resíduo possibilitaria detectar-se ainda a existência de contaminações ambientais oriundas do descaso com a destinação final dos RSS e o quanto estes estão impactando o ambiente. Segundo dados citados por Sinoti et al. (2009 apud IPEA, 2012) em conformidade com a Organização Mundial da Saúde (OMS),partindo-se do pressuposto que seja realizada a perfeita segregação dos RSS, considera-se que aproximadamente 80% destes apresentam risco similar aos resíduos domésticos, 15% aos biológicos, aos quais boa parte destes não necessitam tratamento, 1% resíduos são perfurocortantes, 3% são resíduos químicos e farmacêuticos e 1% possuem características diferentes das mencionadas. A Resolução Conama nº 358/2005 em seu artigo. 14 torna obrigatória a segregação dos RSS na fonte e no momento da geração. A segregação deve ocorrer levando-se em consideração as suas características e com objetivo de 33

34 reduzir o volume dos resíduos a serem tratados e dispostos, buscando garantir a proteção da saúde e do ambiente. Esta mesma Resolução Conama nº 358/2005, em seu Art. 2º, inciso XII, o sistema de tratamento de resíduos de serviços de saúde como: Formado por um conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos, podendo promover a sua descaracterização, visando a minimização do risco à saúde pública, a preservação da qualidade do meio ambiente, a segurança e a saúde do trabalhador.(conama, 2005) Já a disposição final de resíduos de serviços de saúde, definida no inciso XIII deste mesmo artigo, corresponde a prática de dispor os resíduos sólidos no solo previamente preparado para recebê-los, de acordo com critérios técnico-construtivos e operacionais adequados, em consonância com as exigências dos órgãos ambientais competentes.( CONAMA, 2005) A problemática associada aos RSS e o seu adequado gerenciamento, fundamentam-se não apenas na representatividade do volume gerado, visto esta ser relativamente baixa quando comparada aos RSU, a grande preocupação quanto aos RSS dá-se sobretudo devido ao potencial de risco que estes representam à saúde pública e ao ambiente (FERREIRA, 2014). Existem ao menos duas situações preocupantes quanto à falha no gerenciamento dos RSS, uma delas é o descarte sem critério de segregação, onde o material infecto-contaminado é levado ao descarte em lixo comum, contaminando os demais resíduos. Além de oferecer risco à saúde dos trabalhadores que coletam estes resíduos, causando impactos a saúde pública, este tipo de destinação impacta o ambiente visto a possibilidade deste entrar em contato com o solo e recursos hídricos. Outra situação também preocupante trata-se da generalização dos resíduos infectantes. Nem todo material presente em serviços de saúde necessita de tratamento destinado aos infectocontagiosos. Embalagens plásticas dos materiais (quando não entraram em contato com material contaminado), por exemplo, não devem ser destinadas como infectocontagiosas e sim como material para reciclagem. A destinação final especial para materiais que poderiam ser reciclados elevam os custos dos serviços. Assim sendo, é necessário um estudo de caracterização, 34

35 dos resíduos para se determinar a correta origem dos RSS em cada estabelecimento (NAIME 2004). Sendo assim, é fato de que a segregação dos diferentes tipos de resíduos no momento de sua geração conduz, certamente, à minimização de resíduos perigosos, em especial àqueles que requerem tratamento prévio à sua disposição final (ANVISA 2006) Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde Segundo o inciso X do artigo 2º da Resolução Conama nº 358/2005 os RSS devido a suas características, devem ter processo de manejo diferenciado dos demais resíduos no que refere-se a exigência ou não de tratamento prévio à sua disposição final. A Resolução Anvisa RDC nº 306/2004, define o gerenciamento do RSS como um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Segundo a Anvisa (2006) os procedimentos que devem ser adotados em cada etapa do manejo dos resíduos, desde o manejo, segregação, acondicionamento interno, tratamento interno, acondicionamento externo, identificação, coleta e transporte interno, coleta externa, transporte externo e destinação final, devem observar rigorosamente as Normas Técnicas pertinentes e possibilitando que se estabeleça de forma sistemática e integrada, em cada uma de suas etapas, metas, programas, sistemas organizacionais e tecnologias, compatíveis com a realidade local. É importante que o gerenciamento de RSS envolva as fases de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS (FERREIRA, 2014). É de responsabilidade dos estabelecimentos geradores de RSS a elaboração e implantação do Projeto de Gerenciamento de Resíduos de 35

36 Serviços de Saúde (PGRSS), através da designação de profissionais para os cargos de responsável pela elaboração do PGRSS e responsável pela coordenação da execução do PGRSS. Para bom funcionamento do gerenciamento dos RSS, o PGRSS deve ser elaborado em conformidade com as normas relativas a cada etapa do processo. Segundo a Anvisa, é de fundamental importância que as recomendações para cada etapa do gerenciamento sejam respeitadas: MANEJO: O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra estabelecimento, desde a geração até a disposição final. SEGREGAÇÃO: Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. ACONDICIONAMENTO: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. IDENTIFICAÇÃO: Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR da ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos. (ANVISA, 2004) A identificação deve estar em local de fácil visualização e utilizando símbolos, cores e frases conforme descrito no Quadro 3. 36

37 Quadro 3: Classificação de resíduo, baseando na RDC 306 Anvisa/2004. Grupo Símbolo Identificação Onde usar Rótulo: Recipientes de Fundo: branco, acondicionamento, carro de A - INFECTANTES Desenho e contornos: pretos, coleta interna, contêineres e Símbolo e a inscrição: RESÍDUO na porta do abrigo de INFECTANTE resíduos dos grupos A e E Identificar os recipientes de acondicionamento, carro de B - QUIMICOS O pictograma depende do tipo de periculosidade: corrosividade, reatividade, toxicidade e inflamabilidade Rótulos: Desenho e contornos: pretos, Símbolo: que caracteriza a periculosidade do resíduo químico coleta interna, contêineres e abrigo de resíduos químicos. Usar rótulo de acordo com o risco, preconizado na NBR 7500/2003 da ABNT, e a inscrição de RESÍDUO QUÍMICO 37

38 Recipientes de Rótulo acondicionamento(sacos C - RADIOTIVOS Fundo: amarelo Símbolo: trifólio de cor púrpura em plásticos, caixas, carro de coleta interna e os locais de Inscrição: REJEITO RADIOTATIVO armazenamento para decaimento Rótulos Fundo: cores específicas, de acordo com o tipo do material reciclável: Papel: azul Recipientes de O pictograma do Grupo D Plástico: vermelho acondicionamento, D - COMUM depende do tipo de material Vidro: verde contêineres, carro de coleta reciclável Metal: amarelo interna e os locais de Orgânico: marrom armazenamento de recicláveis Madeira: preto Rejeito: cinza para o resíduo que não tem mais utilidade 38

39 E - PERFUROCORTANTES Fonte: Adaptado de FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente, Rótulo Fundo: branco, Desenho e contornos: pretos, Símbolo de resíduo infectante e a inscrição RESÍDUO PERFUROCORTANTE Recipientes de acondicionamento de materiais perfurantes, cortantes e abrasivos; carro de coleta interna; contêineres e na porta do abrigo de resíduos dos grupos E, se estes forem exclusivos 39

40 TRANSPORTE INTERNO: Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO: Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento. ARMAZENAMENTO EXTERNO: Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS: Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana. TRATAMENTO: Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento. DISPOSIÇÃO FINAL: Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97. (ANVISA, 2004) É determinado pela Anvisa (2004) que se mantenha uma cópia do PGRSS disponível para consulta da autoridade sanitária ou ambiental competente, dos funcionários, dos pacientes e do público em geral. Segundo a Anvisa (2004), deve-se também promover a capacitação inicial e continuada dos recursos humanos engajados no serviço gerador de RSS, assim como das empresas prestadoras de serviço relacionadas ao gerenciamento dos RSS. É necessário que se exija das empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença ambiental para o tratamento ou disposição final dos resíduos de serviços de saúde. É importante que haja constantemente um monitoramento e avaliação do PGRSS por meio de indicadores, para que o plano funcione com eficácia e eficiência desejada. 40

41 4. MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho consistiu numa pesquisa exploratória e descritiva, de natureza quali-quantitativa. Pesquisas exploratórias são bastante específicas, corriqueiramente é realizada em forma de um estudo de caso, esta como as demais pesquisas também exige um levantamento bibliográfico. A característica descritiva da presente pesquisa refere-se ao objeto de estudo e descrição, compreendido pelo gerenciamento de RSS da empresa, pesquisas deste tipo geralmente adquirem forma de levantamentos (GIL, 2008). Teve como local de estudo foi a Empresa de Urgências e Emergências Médicas Santa Catarina. A finalidade da pesquisa foi analisar a atual situação dos RSS na referida empresa, através de levantamentos bibliográficos e in loco, entrevistas com profissionais da área, como técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos e motoristas socorristas, visitas ao cotidiano da empresa e em seus prestadores de serviço de coleta e destinação final dos RSS. Esta pesquisa gerou como produtos o diagnóstico dos RSS e propostas de melhoria para um efetivo gerenciamento dos RSS, embasado nas legislações e normas vigentes. Antes de iniciar a pesquisa realizou-se a apresentação do trabalho para os gerentes de setores de farmácia e Unidade de Suporte Avançado e Unidade de Suporte Básico (UTI s móveis), devido serem estes os geradores de RSS dentro da logística da organização empresarial. Buscou-se com a apresentação, o apoio destes para a realização tanto do treinamento da equipe de cada setor como para os levantamentos necessários para a elaboração do diagnóstico da atual situação dos RSS. O método adotado para o desenvolvimento desta pesquisa baseou-se nas atividades descritas a seguir COLETA DE DADOS Para avaliação do sistema de geração e acondicionamento de resíduos de serviços de saúde foram realizadas as atividades descritas a seguir junto 41

42 aos colaboradores dos setores de atendimento direto a saúde (ambulâncias e farmácia) da empresa Treinamento dos Colaboradores Para realizar a coleta de dados, foi solicitado a enfermeira Jéssica Santos da Fontoura Rosa, com registro do conselho profissional Coren nº , que elaborasse uma palestra de conscientização sobre o tema para os trabalhadores da empresa Avaliação da Logística Atual. A avaliação da logística foi realizada em três etapas principais, não sequenciais, descritas a seguir Aplicação de Questionário A fim de se obter um panorama da situação atual dos RSS nos setores de UTI s móveis e farmácia, foi aplicado um questionário (Apêndice 1), adaptado de Kremer (2014), aos motoristas socorristas, técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos e farmacêuticos. O questionário apresenta questões quanto ao tipo de RSS gerados, o manuseio correto dos mesmos e a destinação final adequada destes Diagnóstico dos RSS Gerados A segunda etapa consistiu no diagnóstico dos resíduos gerados nas UTI s móveis e na farmácia através da segregação e pesagem destes. Tal levantamento ocorreu durante três semanas no mês de setembro de Nesta etapa foi realizado o acompanhamento direto dentro das ambulâncias para a verificação da geração de resíduos e a forma como estes são manejados. Como nas UTI s móveis o RSS é gerado durante o 42

43 atendimento ao cliente em sua residência ou em ambientes público, fora da sede da empresa, o RSS é acondicionado no interior da UTI em um local apropriado para este tipo de resíduo até a volta do veículo à sede. Em seguida o material foi reservado em sala fechada e devidamente identificado, o qual posteriormente foi pesado, fotografado e registrado em planilha de controle durante o período de análise determinado. Na empresa as UTI s funcionam em dois turnos de trabalho, onde 2 UTI s são disponibilizadas durante o dia e outras 2 UTI s durante a noite. No setor farmacêutico os RSS gerados não possuem um fluxo diário. Sendo assim, foram feitos levantamentos semanais durante o mesmo período de análise das UTI s, onde também se realizou a pesagem, registro fotográfico e registro em planilha de controle. Após cada processo de pesagem e registros, o material foi encaminhado ao acondicionamento externo para posterior coleta e destinação final Levantamento de Dados Administrativos Buscou-se nesta etapa realizar o levantamento dos dados administrativos já existentes, como o número de associados, a relação de atendimentos diários, os contratos com serviços terceirizados de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos RSS. Tais informações são importantes para a verificação de como é tratada a questão dos RSS pela empresa. Nesta etapa foram coletados dados também junto a empresa terceirizada responsável pela coleta, tratamento e destinação final dos RSS, a Proactiva. Para tanto foi realizada uma visita a sede da empresa, no dia 29 de outubro de 2015, quando pode-se obter informações quanto aos seus procedimentos de trabalho e logística. Com isso pode-se obter esclarecimentos quanto a qualidade dos serviços prestados, comprovação do tratamento e destinação final disponibilizados pela empresa contratada. 43

44 4.2. ANÁLISE DE DADOS A análise dos dados levantados foi realizada de forma quali-quantitativa. A situação atual do manejo dos RSS da empresa foi analisada de forma qualitativa através da verificação das conformidades e não conformidades existentes dentro da realidade dos procedimentos adotados pela empresa em relação as leis e resoluções e normas vigentes. Para a análise quantitativa dos dados utilizou-se do software Excel, através deste foi possível elaborar representações gráficas, a fim da melhor compreensão dos dados coletados e, por consequência da situação atual da empresa quanto a geração RSS. Estas informações possibilitam a identificação de possíveis falhas de logística, que acarretam desde danos a saúde e ao meio ambiente até gastos financeiros desnecessários PROPOSIÇÃO DE AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE Com base nos dados obtidos e analisados nas etapas anteriores da pesquisa, assim como, pela análise criteriosa das legislações e normas vigentes, foi possível avaliar a situação da empresa quanto ao gerenciamento de RSS gerados pelas UTI s móveis e pela farmácia. A partir disto, pôde-se propor melhorias e adequações ao atual sistema de manejo dos RSS da empresa. 44

45 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1. O LOCAL DE ESTUDO A empresa em estudo atua na área de atendimento pré-hospitalar (APH) de Urgências e Emergências Médicas, onde o atendimento é realizado fora do ambiente hospitalar, podendo ocorrer na residência do paciente associado ou em qualquer outro local em que este se encontre. A empresa foi inaugurada em 1996, com 2 mil pessoas associadas ao plano de serviços, hoje atende cerca de 40 mil pessoas, representando o crescimento de 111% ao ano. A Empresa de Urgências e Emergências Médicas é constituída por uma central telefônica de triagem, composta por técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos capacitados para atender os pacientes 24h por dia. Os atendimentos são codificados de acordo com a emergência, urgência, consulta, remoção eletiva ou teleorientação. Na edificação matriz da empresa é situada a central telefônica, setores administrativos, garagem com disponibilidade para 10 ambulâncias de unidade de suporte básico - UTI s móveis que contam com uma equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e motoristas socorristas. A empresa tem uma farmácia própria, equipada com os medicamentos necessários para a execução dos serviços. Segundo dados da empresa, cerca de 95% (2014) dos casos de atendimentos são resolvidos no local, sem que haja necessidade de remoção ao hospital, por consequência os locais de geração de resíduos de saúde são justamente as UTI s móveis, visto que todo material utilizado nos atendimentos é acondicionado dentro das ambulâncias. Outro potencial gerador de resíduos de saúde é a farmácia particular da empresa. A sede da empresa fica no bairro Capoeiras no município de Florianópolis (Figura 7). 45

46 Figura 7: Localização da Empresa de Urgências e Emergências Médicas Fonte: Google Earth COLETA DE DADOS Treinamento dos Colaboradores Através da palestra foi possível relembrar o conhecimento já estudado dos colaboradores em suas formações, quanto à importância do gerenciamento de RSS. Com isso buscou-se obter maior atenção dos colaboradores ao tema. A palestra também foi de fundamental importância para um levantamento de dados mais eficaz, ou seja uma segregação dos RSS mais precisa em relação a realidade atual. Visto o comprometimento dos colaboradores a identificação correta dos resíduos na sua geração (Fotografia 1). 46

47 Fotografia 1: Palestra de preparação aos funcionários de Urgências e Emergências Médicas, setembro de Fonte: Autor, AVALIAÇÃO DA LOGÍSTICA ATUAL Os resultados obtidos através do levantamento das informações pertinentes ao manejo de RSS da empresa estão descritos nos itens a seguir Resultados dos Questionários Os resultados obtidos através dos questionários aplicados aos trabalhadores das UTI s móveis e da farmácia foram importantes para o levantamento preliminar das características do manejo de RSS realizados na empresa. Primeiramente foi percebido, através do acompanhamento do trabalho dos colaboradores assim como na maneira com que foram respondidos os questionários, que funcionários que estão diretamente envolvidos na geração dos RSS encontram-se desatentos ao correto manejo dos resíduos gerados no âmbito de trabalho, visto a devido a grande preocupação quanto à qualidade dos procedimentos médicos realizados, esquecem-se da correta segregação e manuseio dos resíduos. Os Quadro 4 e Erro! Fonte de referência não encontrada. apresentam o resumo das respostas obtidas através dos questionários aplicados. 47

48 Tipos de resíduos Gerados por Setor O Quadro 4 apresenta o tipo de resíduo que é gerado no ambiente de trabalho do entrevistado, identificado pelo grupo de classificação pertencente ao resíduo. 48

49 Quadro 4: Tipo de RSS identificados pelos funcionários entrevistados nos diferentes setores da empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro de SETOR UTIs Móveis GRUPO A GRUPO B GRUPO C GRUPO D GRUPO E BIOLÓGICO QUÍMICO RADIOATIVO COMUM PERFUROCORTANTE A1 - Resíduos resultantes de atenção à saúde de Descartáveis de indivíduos com vestuário sem Tóxicos/inflamáveis/corrosivos: álcool, Lamina de barbear, agulhas, contaminação biológica - contaminação acetona, clorexidina para procedimentos de - escalpes, ampolas de vidro, enzimas utilizadas nos biológica; eletrocardiograma lamina de bisturi e lancetas procedimentos A4 - recipientes com Material utilizado secreções em antissepsia Embalagens de Lamina de barbear, agulhas, Drogaria vencida (tóxicos, inflamáveis e medicamentos escalpes, ampolas de vidro, Farmácia - - reativos (plástico, vidro, lamina de bisturi e lancetas - papelão) vencidos Fonte: Autor,

50 Analisando-se as repostas pôde-se perceber que a empresa não gera resíduos do grupo C (radioativos). Assim os RSS gerados nas UTI s móveis são dos grupos: A(biológico), B(químico), D(comum) e E(perfutocortante). Os resíduos de classe A, ou seja, os infectantes, correspondem a grande maioria dos resíduos gerados na empresa. Segundo o questionário aplicado, na farmácia são gerados apenas resíduos de classe B, D e E Manejo de RSS Gerados Quanto ao cotidiano do manejo de RSS no funcionamento da empresa, pode-se observar, a partir do questionário aplicado e o acompanhamento in loco dos serviços realizados, que as etapas do gerenciamento ocorrem de forma distinta entre os setores em estudo. 50

51 Quadro 5: Manejo de RSS pelos funcionários entrevistados nos diferentes setores da empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro de 2015 SETOR SEGREGAÇÃO ACONDIC. IDENTIFIC. ARMAZ. INTERNO TRANSP. INTERNO ARMAZ. EXTERNO COLETA EXTERNA TRANSP.EXTERNO DESTINO FINAL RECICLAGEM UTIs Móveis Realizada posteriormente Sacos transparentes\ Tetrapack Sim Sim, lixeira acoplada na lateral da unidade - Sim Empresa coletora Veículo especial Aterro Sanitário\Incinerado Não Farmácia Realizado no momento da Geração Caixas de papelão \ Descarpack Sim Sim, em recipientes apropriados Manual No Expurgo, devidamente identificado Sim, papel e plástico Fonte: Autor,

52 UTI s móveis: A segregação dos RSS por tipo de resíduo ocorre atualmente após a chegada das UTI s à base da empresa. Ou seja, os resíduos dos grupos A, B e D são acondicionados em sacos transparentes e armazenados juntos dentro da ambulância e apenas os resíduos do grupo E são acondicionados separadamente dentro de coletores de perfurocortantes de plástico reutilizável da marca Descarpack s até chegarem à base e serem descartados em caixa coletora de perfurocortantes de papelão, da mesma marca, com capacidade de até 7 litros da mesma marca (Fotografia 2). Fotografia 2: Acondicionamento dos resíduos gerados nos atendimentos das UTI móveis, da empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro de Fonte: Autor, Após a chegada das UTI s a sede da empresa os resíduos são encaminhados para a sala de expurgo, ou seja, onde se localiza o armazenamento interno. Neste local os resíduos são acondicionados em contentor de 30L (Fotografia 3). Neste local existem dois contentores, um com saco branco leitoso para a deposição dos RSS e um com saco preto para os resíduos comuns. Assim que os sacos enchem estes são fechados com um nó e encaminhado ao armazenamento externo dos RSS. 52

53 Fotografia 3: Acondicionamento Interno dos RSS no expurgo oriundo das UTI s móveis da empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro Fonte: Autor, Após o armazenamento interno dos RSS, estes são encaminhados aos contentores brancos de 100L e 240L. O local de armazenamento externo está localizado em área de circulação comum (Fotografia 4). Fotografia 4: Armazenamento Externo dos resíduos Classe A na empresa de Urgências e Emergências Médicas, setembro de Fonte: Autor, A coleta externa, transporte e destino final dos resíduos oriundos dos atendimentos das ambulâncias são realizados pela empresa Proactiva, portadora das Licenças Ambientais de Operação - LAO nº 5746/2014 e nº 3040/2015 de coleta/transporte e de disposição final respectivamente (ANEXO 53

54 1) O veículo utilizado para a coleta e transporte do resíduo infectante, encontrase dentro das especificações da NBR 7.500/2004 conforme apresentado Fotografia 5. Fotografia 5: Coleta e Transporte do resíduo de serviços de saúde pela empresa terceirizada. Fonte: Autor, Foi realizada uma visita à empresa Proactiva para conhecer o processo pelo qual são submetidos os RSS. A logística de trabalho da empresa começa na chegada do veículo a guarita, onde é realizado o processo de separação do resíduo infectante (sacos brancos leitosos) dos contentores de perfurocortantes (caixas amarelas). Os sacos com resíduos infectantes são acondicionados em câmara fria para manter a temperatura ideal e as caixas de perfurocortante são acondicionadas em uma sala sem umidade para não comprometer a estrutura da caixa. Para o tratamento dos RSS a empresa Proactiva opta pelo processo de autoclavagem tanto para o tratamento do infectante (saco leitoso) quanto para caixas de perfurocortante. Após o processo de autoclavagem os RSS são depositados em caçambas e levados para a destinação final no aterro sanitário junto ao resíduo comum. Segundo informações obtidas em vistoria à Proactiva, a colaboradora Salete, responsável pelo tratamento do RSS dentro da empresa, relata que a Proactiva realiza semanalmente o teste Bacteriológico com Indicador Biológico de leitura rápida Attest 1292 (3 horas), realizado através de ampolas que 54

55 contém G Stearothermophilus, para comprovação da eficiência do tratamento autoclavagem. Caso alguma dessas ampolas apresentem sinal positivo, é solicitada a manutenção da autoclave e o resíduo volta para a câmara refrigerada, para passar por tratamento novamente. Os relatórios de análise são encaminhados aos órgãos competentes, Ibama e Fatma, semestralmente Farmácia A segregação na farmácia é realizada no momento da geração. Os resíduos segregados neste setor resumem-se ao materiais vencidos, como drogarias, utensílios médicos, pilhas e baterias (Fotografia 6 e Fotografia 7). Fotografia 6: RSS produzidos pela farmácia na empresa de Urgências e Emergências Médicas, em setembro de Fonte: Autor,

56 Fotografia 7: Pilhas e baterias descartadas na farmácia na empresa de Urgências e Emergências Médicas, em setembro de Fonte: Autor, A geração dos resíduos de grupo B é consideravelmente baixa, sendo que este tipo de resíduo é armazenado no expurgo até que seja levado à instituições que façam a recolha em pontos voluntários de entrega. Apenas os medicamentos psicotrópicos vencidos são relacionados e enviados a Diretoria de Vigilância em Saúde do município de Florianópolis, onde é emitido um documento de recolhimento destes medicamentos para posterior baixa no livro de registro destas substâncias (Fotografia 8). Os resíduos comuns são segregados e encaminhados à coleta seletiva. Fotografia 8: Documentos de recolhimento de psicotrópicos vencidos na farmácia de Urgências e Emergências Médicas, em setembro de Fonte: Autor,

57 O armazenamento interno dos RSS gerados na farmácia é realizado através da reserva deste material em caixas de papelão identificadas com o alerta PSICOTRÓPICOS VENCIDOS e MEDICAMENTOS VENCIDOS (Fotografia 9), na própria farmácia. Não há armazenamento externo visto que os resíduos de medicação vencida (com exceção dos psicotrópicos) são encaminhados à locais de coleta voluntária de medicamentos (os pontos deste tipo de coleta são as farmácias comerciais do entorno da empresa). As pilhas e baterias utilizadas também são destinadas a locais de coleta voluntária. Fotografia 9: Acondicionamento interno dos RSS da farmácia na empresa de Urgências e Emergências Médicas, em setembro de Fonte: Autor, Diagnóstico dos Resíduos Gerados O diagnóstico dos resíduos gerados nas UTI s móveis e na farmácia foi realizado através da segregação e pesagem destes. Para tanto se realizou a pesagem, registros fotográficos e caracterização dos RSS gerados durante três semanas, e elaborou-se a planilha de controle apresentada no Apêndice. Nas UTIs móveis foram gerados 10,47Kg na primeira semana, 4,12 kg na segunda semana e 3,80 kg na terceira e última semana de pesagem. A primeira medição apresenta um valor muito maior que as demais porque no período da pesagem foram realizados eventos onde a empresa foi contratada 57

58 paradarcoberturaàpossíveisemergências. Ouseja,foiumageraçãoque podesercaracterizadacomoeventual,saiudospadrõeshabituaisdegeração. Em médiaforamgerados4,38kgemdiasnormaisdeatendimentoe 1,31 kg por evento onde a empresa participou como atendimento de emergência(casasnoturnas,festascomunitárias,eventosculturaisetc). Comodescritoanteriormente,osresíduosgeradosnasUTI s móveissão segregadossomentequandoaambulânciavoltaàbasedaempresa,sendo assim por mais que durante os atendimentossejam geradosresíduos de gruposa,b,dee,estessão misturados,separadosapenasemduasclasses: gruposa(infectantes)ee(perfurocortante). Porcontada misturaentreresíduosinfectantes,químicosecomunsà geração deresíduos de grupo A, apresenta-secomo a maior geração de resíduosnasutis(gráfico1). Gráfico 1: Geração de Resíduos de Serviços de Saúde na empresa de UrgênciaseEmergências Médicas,emsetembro de2015. Fonte:Autor,2015. A empresa utiliza o Software GENEX(Figura 8)para a gestão dos departamentos,esteaplica-separaocontroledesdeafrequênciaegravidade dos atendimentos até dos contratos e vendasfirmados. Através deste programafoipossívelidentificaraquantidadedeatendimentosrealizadosno períododerealizaçãodaspesagenseregistrosdestapesquisa. Aempresatemcercade40 milassociados.duranteolevantamentode dadosdastrêssemanasforamrealizadoscercade16atendimentos\dia,oque 58

59 corresponde à 0,04% dos clientes da empresa atendidos diariamente, o maior número de pacientes por dia foi de 24 pacientes. Figura 8: Software GENEX de gestão dos atendimentos. Fonte: Autor, Os dados quanto à geração per capita de resíduos de serviços de saúde correspondem a leitos hospitalares, não se aplicando ao estudo de caso deste trabalho, sendo assim buscou-se estabelecer uma média de resíduos gerados por atendimento, obteve-se que nas UTI s são gerados em média 0,043kg/atendimento comum, desconsiderando os eventos realizados pela empresa (Gráfico 2). 59

60 Gráfico 2: Média dosresíduos gerados(kg/atendimento) pela empresa de UrgÊnciaseEmergências Médicas porsemanaanalisada,setembrode2015. Fonte:Autor,2015. Nosetorfarmacêuticoosresíduossãoprovenientesprincipalmentedo materialutilizadonosatendimentos,dentredrogaseutensílios médicoscom datadevalidadevencida.todosos mesessãofeitoslevantamentoseretirados paradescarteo materialcomprazodevalidadeinferiora30dias.noperíodo deanálisedestapesquisaforamdescartados0,650kgdematerial. 60

61 5.4. NÃO CONFORMIDADES Para a verificação das não conformidades existentes dentro da realidade dos procedimentos adotados pela empresa, comparou-se o manejo atual com o que preconizam as leis, resoluções e normas vigentes sobre os RSS, obtendose como resultado da análise do Quadro 6. Pôde-se verificar que a empresa apresenta mais conformidades do que não-conformidades, visto o atendimento as normas quanto a simbologia dos contentores, a utilização de EPI s diariamente, e a contratação de empresa terceirizada devidamente licenciada no órgão ambiental competente, para os serviços de coleta externa, transporte e destinação final dos RSS. As não-conformidades tidas como as mais relevantes neste estudo são as relacionadas a não segregação dos resíduos da sua origem de forma adequada, visto a contaminação desnecessária de materiais com potencial de reciclagem. Os acondicionamentos internos e externos também apresentam nãoconformidades devido a falhas na identificação e padrões construtivos. 61

62 Quadro 6: Verificação das Não Conformidades encontradas na empresa quanto ao gerenciamento de RSS. NORMA ITEM EXIGENCIA NÃO CONFORMIDADE NBR /1993 NBR /1993 NBR /1993 NBR /1993 NBR / Segregação Geração e segregação Manuseio e Acondicionamento Manuseio e Acondicionamento Armazename nto interno Abrigo de Resíduo Reduzido Operação de segregação dos resíduos no momento da geração, de acordo com a classificação adotada pela NBR /1993. Unidade geradora têm que dispor de número suficiente de recipiente para cada tipo de resíduo. No manuseio de RSS, o funcionário deve usar equipamentos de proteção individual EPI (gorro, óculos, máscara, uniforme, luvas e botas.) Todo recipiente tem que ser fechado quanto 2/3 de sua capacidade estiverem preenchidos. Para os pequenos geradores, é facultativa a sala de resíduos, encaminhando-se os recipientes diretamente ao abrigo de resíduo. O estabelecimento gerador de resíduos de serviços de saúde cuja produção semanal não excede 700 L e cuja produção diária não excede 150 L, considerado pequeno gerador, pode optar pela instalação de um abrigo reduzido. Este deve ser constituído de um local fechado, com as seguintes características: a) ser exclusivo para guarda temporária de RSS devidamente acondicionados em recipientes; Não há realização de segregação dos RSS no ambiente das UTI s móveis. Resíduo comum e infectado são acondicionados num mesmo saco. Idem 1. Falta de recipiente adequado para a segregação dos resíduos dentro das UTI s móveis. Foi observado a utilização das luvas, os demais EPIs não vem sendo utilizados pelos funcionários, apesar de os mesmos receberem este material. Observados Sacos de 50L e 100L ultrapassando sua capacidade dificultando o fechamento. É realizado na sala de expurgo, com dimensões e ventilação suficientes, sem caimento do piso para o ralo sifonado, possui instalações elétricas no interior, falta simbologia na porta. 62

63 NORMA ITEM EXIGENCIA NÃO CONFORMIDADE b) ter dimensões suficientes para armazenar a produção de até três dias, sem empilhamento dos recipientes acima de 1,20 m; c) ter piso, paredes, porta e teto de material liso, impermeável, lavável e de cor branca; d) ter ventilação restrita a duas aberturas de 10 cm x 20 cm cada uma delas, localizadas uma a 20 cm do piso e outra a 20 cm do teto, abrindo para a área externa. e) ter piso com caimento mínimo de 2% para o lado oposto à entrada, sendo recomendada a instalação de ralo sifonado ligado à rede de esgoto sanitário; f) não ter nenhuma instalação elétrica, tais como lâmpadas, interruptores ou tomadas; g) ter porta ostentando o símbolo de substância infectante, conforme NBR 7500; h) ter localização tal que não abra diretamente para áreas de permanência de pessoas; NBR /1993 Armazenamento externo Os recipientes contendo resíduos (recipientes lacrados) devem ser armazenados no abrigo de resíduos, mesmo quando dispostos em contêineres Não se admite a permanência de resíduos que não estejam em sacos plásticos O abrigo de resíduo não deve ser utilizado paraguarda ou permanência de utensílios O acesso ao abrigo de resíduo é restrito aos funcionários da coleta e aos do serviço de coleta externa. O abrigo de resíduo é localizado em área aberta, de acesso comum aos colaboradores, não possuindo caimento para ralo sifonado nem enviado o efluente ao tratamento de esgoto sanitário. A identificação dos resíduos é realizada por meio de simbologia adequada nos contentores. 63

64 NORMA ITEM EXIGENCIA NÃO CONFORMIDADE O conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS: A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta RDC interna e externa, nos recipientes de transporte 1.3 Identificação 306/2004 interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR da ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos. RDC 306/ Grupo A4 RDC 306/ Grupo B Devem ser acondicionados, em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item desta resolução O descarte de pilhas, baterias e acumuladores de carga contendo Chumbo (Pb), Cádmio (Cd) e Mercúrio (Hg) e seus compostos, deve ser feito de acordo com a Resolução CONAMA nº. 257/1999. Esta Resolução foi revogada pela Resolução Conama 401/2008 a qual define em seu Art. 19º que os estabelecimentos de venda de pilhas e baterias referidas devem obrigatoriamente conter pontos de recolhimento adequados. Não há identificação através de símbolos, cores e frases dos resíduos nas UTI s. Não há identificação através de símbolos, cores dos resíduos na farmácia. Colaboradores não estão respeitando a margem do enchimento limite de 2/3 do saco. Atualmente o descarte é realizado em instituições de coleta voluntária. 64

65 NORMA ITEM EXIGENCIA NÃO CONFORMIDADE Os demais resíduos sólidos contendo metais pesados podem ser encaminhados a Aterro de Resíduos Perigosos-Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as orientações do órgão local de meio ambiente, em instalações licenciadas para este fim. Os resíduos líquidos deste grupo devem seguir orientações específicas dos órgãos ambientais locais Resíduos químicos que apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente, quando não forem submetidos a processo de reutilização, recuperação RDC 306/ Grupo E ou reciclagem, devem ser submetidos a tratamento ou disposição final específicos Resíduos químicos no estado sólido, quando não tratados, devem ser dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I Resíduos químicos no estado líquido devem ser submetidos a tratamento específico, sendo vedado o seu encaminhamento para disposição final em aterros Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 13853/97 da ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu Atualmente o descarte é realizado através de entrega voluntária em farmácias comerciais que possuem o serviço de coleta gratuito. Os contentores de perfurocortantes utilizados nas UTI s móveis são constituídos de material plástic. Estes contentores permanecem dentro da ambulância nos atendimentos, nele são descartados apenas os perfurocortantes, no caso da utilização de seringas com agulhas por exemplo somente a agulha é depositada no 65

66 NORMA ITEM EXIGENCIA NÃO CONFORMIDADE reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente. mesmo, pois este recipiente possui um dispositivo de saca-agulha, onde a agulha é separada da seringa, a seringa então é segregada junto aos resíduos classe A. Não há identificação da simbologia de riscos no contentor. Ao chegar na sede da empresa estes contentores são esvaziados em caixas coletoras de perfurocortante de papelão, higienizados e reaproveitados para os próximos atendimentos. Na farmácia os perfurocortantes vencidos são descartados em caixas coletoras de perfurocortante depapelão. Fonte: Autor,

67 5.4 AÇÕES PARA MELHORIA DO GERENCIAMENTO DE RSS O gerenciamento dos resíduos sólidos do serviço de saúde deverá se nortear nos seguintes pontos: a) Reduzir a quantidade de RSS no ato de sua geração; b) Segregar os resíduos por classe; c) Acondicionamento de maneira correta; d) Contentores, sacos e caixas com simbologia para identificação das classes e riscos de cada grupo de resíduos; e) Reduzir o tempo dos resíduos na área de trabalho (KREMER, 2014):. É de suma importância que os colaboradores estejam conscientes da necessidade do comprimento das propostas elaboradas neste documento para a eficácia do PGRSS proposto à empresa. Isto poderá ser alcançado através da promoção da atualização continua dos colaboradores junto as ações e metas a serem cumpridas. A exigência das licenças ambientais vigentes das empresas responsáveis pela coleta, transporte e destinação final dos RSS é indispensável, visto a responsabilidade da empresa em promover que o seu RSS tenha uma disposição final adequada. Desta forma cabe ao responsável pelo PGRSS da empresa exigi-la. Assim pode-se dizer que as propostas elaboradas e apresentadas a seguir tem o objetivo de influenciar diretamente na proteção do meio ambiente e na saúde da população direta e/ou indiretamente afetada Caracterização Atualmente a empresa não possui um PGRSS. O RSS gerado na empresa não tem dados formais de quantificação e identificação contínuos e nem uma pessoa responsável para o setor, por este motivo se torna complexo o levantamento de dados anteriores. No levantamento e quantificação do RSS pode-se perceber que há uma variabilidade significativa na quantidade de RSS, que depende exclusivamente da quantidade de atendimentos e o número de eventos realizados. Na semana de pesagem em que houve a realização de eventos o volume de resíduos foi 67

68 significativamente maior. Por isto, é necessário estabelecer mecanismos para a quantificação dos RSS gerados, pois é através de um diagnóstico mais preciso incluindo as gerações esporádicas é que se poderá alcançar as metas de melhoramento do gerenciamento de RSS da empresa. As falhas mais evidenciadas são referentes à segregação na origem da geração dos resíduos e no acondicionamento dos mesmos acorrem principalmente nas UTI s móveis. Um exemplo são os resíduos comuns que acondicionados junto aos resíduos infectantes acabam contaminados pelos mesmos. Este tipo de falha ocorre tanto nos atendimentos diários e em maior escala nos atendimentos em eventos atendidos pela empresa. Desta forma propõem-se medidas corretivas, quanto a adequações das não-conformidades encontradas, principalmente nas etapas de segregação, acondicionamento e identificação dos RSS dentro do domínio da empresa, os alinhamentos na segregação dos RSS darão subsídio para a minimização na geração dos mesmos. Para o sucesso da implantação das medidas é de extrema importância que os colaboradores da empresa participem ativamente do processo Segregação e Acondicionamento na geração O principal objetivo de uma segregação adequada dos RSS na empresa é inibir que os resíduos infectados contaminem os resíduos comuns e, por sua vez, acarretem custos para a empresa e deterioração desnecessárias dos recursos naturais, visto a possibilidade de reciclagem dos resíduos comuns. Com isso minimiza-se o risco de acidentes e a quantidade de resíduos infectados, além de incentivar a realização da reciclagem de resíduos. Um exemplo importante de um material usado em quase todos os atendimentos é o dispositivo intravenoso do tipo cateter plástico. Esse material gera três tipos de resíduos, comum, perfurocortante e infectado (Fotografia 10). 68

69 Fotografia 10: Dispositivo intravenoso do tipo cateter plástico, material usado na Atendimento Pré Hospitalar. Fonte: Autor, Nas UTI s não existe local apropriado para o acondicionamento oriundo da segregação entre resíduos infectantes e comuns. Por norma o resíduo infectante deve ser colocado em saco branco leitoso com a simbologia adequada, o resíduo comum em saco preto. Existe um compartimento no interior da UTI móvel destinado ao acondicionamento do resíduo infectante devidamente identificado (Fotografia 11). Uma alternativa para solucionar a questão da segregação nas UTI s é a adaptação do local de acondicionamento referido criando-se mais um compartimento que deve estar provido de saco preto destinado ao acondicionamento de resíduos comuns. 69

70 Fotografia 11: Compartimento para resíduos infectados nas UTI s móveis da empresa de Urgência e Emergências Médicas, setembro de Fonte: Autor, O Atendimento Pré Hospitalar (APH) é realizado na grande maioria das vezes na residência dos pacientes. Em função disto, observou-se a necessidade de contentores portáteis para os resíduos produzidos neste tipo de atendimento. Neste tipo de atendimento a equipe utiliza de uma maleta de equipamentos e drogarias utilizadas para o atendimento, chamada pelos colaboradores da empresa de multibox (Fotografia 12). Propõe-se que seja disponibilizado junto à multibox sacos devidamente identificados, para o acondicionamento dos resíduos até que a equipe volte a ambulância e então os acondicione de maneira correta nos devidos compartimentos. 70

71 Fotografia 12: Multibox para atendimento de APH da empresa de Urgência e Emergências Médicas, setembro de Fonte: Autor, Armazenamento interno Para o armazenamento interno dos RSS deve-se prever a estrutura necessária de acordo com a classe de risco e quantidade de resíduos produzida. Este processo deve ser realizado de maneira eficiente no intuito de evitar acidentes, prevenir doenças e inibir vetores. É importante que sejam devidamente realizados os fechamentos dos sacos respeitando a capacidade máxima destes, de acordo com o estabelecido na NBR12.809/1993, evitando assim possíveis vazamentos ou ruptura no percurso até o acondicionamento externo. O armazenamento interno atual é realizado na sala de expurgo, onde estão dispostos dois contentores de 30 litros cada, um destinado aos resíduos infectantes e outro aos resíduos comum, com a devida identificação. Neste mesmo local são depositadas as caixas coletoras de perfurocortante oriundos das UTI s móveis e farmácia (Fotografia 13). 71

72 Verificou-se a importância de se colocar um alerta na porta da sala de expurgo informando sobre o armazenamento dos RSS, com a simbologia adequada aos mesmos. Sugere-se, também, a implantação de telas protetoras nas aberturas da sala, com objetivo de evitar a proliferação de vetores. Segundo a NBR /1993, é necessária a instalação dentro deste ambiente, de ralo sifonado com conexão à rede de esgoto sanitário. Fotografia 13: Sala de Acondicionamento interno de RSS da empresa de Urgênicia e Emergências Médicas, setembro de Fonte: Autor, Com relação aos resíduos decorrentes dos serviços da farmácia estes são acondicionados na própria farmácia em caixas de papelão sem a simbologia adequada. A farmácia produz resíduos perigosos de classe I, em pequena quantidade, como pilhas, baterias e medicamentos vencidos. Verificou-se ser necessário que sejam implantados contentores devidamente identificados com simbologia e alertas para cada tipo de resíduos, conforme Figura 9 e Figura

73 Figura 9: Exemplo de embalagens para o acondicionamento de pilhas e baterias. Fonte: Figura 10: Exemplo de embalagens para o acondicionamento de químicos. Fonte: Fiescnet, Armazenamento Externo Após o acondicionamento interno, os resíduos dos sacos brancos são depositados em contentores maiores dispostos em local junto ao expurgo. Este é o local de armazenamento externo da empresa (Fotografia 14). Tal local deve ser fechado e ter acesso restrito apenas aos funcionários da coleta interna e externa de RSS, deve ser provido de ventilação permanente, ralo sifonado com conexão ao tratamento de efluentes e identificação na porta quanto ao conteúdo do abrigo. 73

74 Fotografia 14: Armazenamento Externo da empresa de Urgência e Emergências Médicas, setembro de Fonte: Autor, Identificação A identificação dos resíduos nos coletores permite o reconhecimento dos mesmos, além de fornecer informações para que seja realizado o correto gerenciamento destes. Para isto, os sacos e recipientes de acondicionamentos devem ser identificados com simbologia, cores e frases, adequadas atendendo aos parâmetros da norma NBR 7.500/2013 da ABNT Coleta e Transporte externo A coleta externa consiste na remoção dos resíduos do abrigo de resíduos no acondicionamento externo até a unidade de tratamento ou disposição final dos mesmos. As empresas de coleta e transporte externos devem ser licenciadas pelos órgãos competentes, e cabe a contratante cobrar as devidas licenças. Verificou-se que a empresa contratada para o serviço apresenta-se em conformidade com as normas da ABNT, sendo as mais relevantes: NBR (Coleta interna e externa de resíduos de serviços de saúde), a NBR (Coleta de resíduos sólidos), a NBR 13221/2003 (Transporte de resíduos) e a 74

75 NBR 7500/2013 (Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos) (Fotografia 15). Fotografia 15: Veículo de transporte de RSS da empresa de Urgência e Emergências Médicas, setembro de Fonte: Autor, Destinação Final Os resíduos químicos gerados na farmácia entre pilhas, baterias e medicamentos vencidos, são encaminhados para pontos de coleta voluntária destes materiais. É importante que sejam mapeados os pontos de coleta onde há o licenciamento ou autorização para este tipo de prática e que sejam destinados os resíduos apenas nestes locais, evitando que sejam enviados resíduos a pontos de coleta irresponsáveis. Os resíduos infectantes são encaminhados para a empresa Proactiva, devidamente licenciada, que faz uso de autoclave para o tratamento dos resíduos infectantes e perfurocortantes. Após o tratamento estes resíduos são encaminhados a destinação final em Aterro Sanitário também licenciado. 75

76 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Devido aos problemas relacionados aos riscos dos Resíduos de Serviços de Saúde é de grande importância para a saúde pública e para o ambiente que todos os estabelecimentos classificados como geradores de RSS estabeleçam e desenvolvam o PGRSS com finalidade de gerenciar de forma correta seus resíduos. Uma empresa de urgências e emergências médicas é caracterizada como de serviços de saúde e deve ter o seu PGRSS atualizado constantemente. A empresa estudada realiza um serviço de atendimento a urgências e emergências médicas à população associada da Grande Florianópolis. A pesquisa realizada quanto a abordagem teórica dos RSS deu condições técnicas para análise quanto as exigências legais sobre o tema conforme objetivos propostos neste trabalho. Pode-se concluir através do levantamento quali-quantitativo dos resíduos gerados pela empresa, que a esta é uma pequena geradora de RSS, visto a baixa produção dos mesmos, não excedendo 700 L/semana, nem 150 L/dia, como é considerado pequeno gerador pela NBR /1993. A elaboração do PGRSS pelo estabelecimento de saúde assim como dos prestadores de serviços, deve ser visto não apenas como obrigação legal, mas também como meio de criar procedimentos que permitam a melhoria contínua das boas práticas profissionais em prol da saúde ocupacional e da qualidade ambiental. Neste sentido, a atualização constante do PGRSS é necessária e deve-se ressaltar o papel da capacitação continuada, principalmente dos colaboradores de contato direto com os RSS, como parte importante do processo de gerenciamento do mesmo, conscientizando-os para que atuem no sentido de gerenciar corretamente os resíduos gerados em função de suas atividades. Através deste estudo foi possível identificar qualiquantitativamente os resíduos se serviços de saúde gerados no ambiente da empresa. O diagnóstico dos resíduos foi realizado nos setores de UTI s móveis e farmácia. Identificouse que os principais grupos de resíduos gerados nos ambientes analisados agrupam-se em biológicos, químicos e pefurocortantes/escarificante. O grupo de maior geração é composto por resíduos de classe A infectantes. 76

77 No levantamento da quantidade dos RSS gerados, conclui-se que não existem valores precisos nem registros dos mesmos, visto que a geração dos resíduos varia muito conforme a quantidade de atendimentos diários à pacientes e da quantidade de proteção à eventos realizados pela empresa, sendo que estes fatores influenciam de maneira direta na quantidade dos RSS. Na teoria as regulamentações, leis e normas técnicas da operacionalização da gestão dos RSS são relativamente simples, no entanto sabe-se das dificuldades diárias de ter-se as atividades em conformidade com a regulamentação. Não por isso a empresa deve se isentar da gestão dos RSS. Durante as vistorias in loco, foi possível analisar as condições atuais de manejo dos RSS e verificar que existem etapas em total conformidade com as normas competentes. No entanto foi possível observar, também, que ainda há algumas irregularidades a serem corrigidas, sendo elas: Caracterização mais detalhadas dos resíduos gerados; Segregação correta dos resíduos no momento da geração, principalmente no setor de UTI s móveis; Dispor de contentores com padronização da identificação, que viabilizem a correta segregação dos resíduos no momento da geração, para todos os grupos de RSS; Utilização dos acondicionamentos até o limite máximo permitido de 2/3 do recipiente; Verificar sempre o uso dos EPI s quando o resíduo for manejado; Adequação e melhorias ao espaço físico destinado ao armazenamento externo dos RSS por meio de melhorias físicas ou construção de um novo armazenamento externo; Sendo assim, conclui-se que o PGRSS quando aplicado de acordo com as Resoluções CONAMA nº 358/2005 e RDC ANVISA nº 306/04 e legislações afins, em observação às ações relativas à minimização na geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final produz benefícios através da maior proteção à saúde pública e ao meio ambiente. 77

78 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS (ABRELPE). Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2013:Abrelpe. São Paulo, 2014 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) Norma Brasileira NBR 7.500: Identificação para transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos. Rio de Janeiro,2003. NBR 10004: Resíduos Sólidos -Classificação. Rio de Janeiro, NBR 7500: Símbolos de Risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. Rio de Janeiro, NBR 12808: Resíduos de Serviços de Saúde. Rio de Janeiro, NBR 12809: Manuseio de Resíduos de Serviços de Saúde. Rio de Janeiro, NBR 12810: Coleta de Resíduos de Serviço de Saúde. Rio de Janeiro, NBR : Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurocortantes. Rio de Janeiro, AGENCIA NACIONAL DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada Nº 306. Brasília, Disponível em: < Manual de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, Disponível em: os.pdf. BRASIL. Lei nº /2010. Institui sobre a Políica Nacional de Resíduos Sólidos.Brasília, 2010 Disponível em: < DO TRABALHO E EMPREGO.. NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Brasília, Disponível em: < CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução CONAMA N 358/2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Brasília,

79 Disponível < em: Nº 237/1997. Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. Brasília Disponível em:< Ferreira Ingrid D. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde: Orientações para os Serviços em Odontologia. Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora FUNDAÇÃO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - FEAM. Manual de Gerenciamento de Resíduo de Saúde GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, Godecke Marcos V., Chaves Iara R., Naime Roberto H. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO BRASIL: O CASO DE CANOAS, RS Rev. Elet. em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental MAR-AGO, HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, INSTITUTO DE PESQUISA ECONOMICA APLICADA IPEA. Diagnóstico dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde. Relatório de Pesquisa.. Ipea. Brasília, KREMER. Ingridy K. Gerenciamento de Resíduos Sólidos Perigosos na Unidade Pedra Branca da Unisul: Diagnóstico e Proposição de Melhorias. Universidade do sul de Santa Catarina, Palhoça NAIME, R.. Gestão de resíduos sólidos: uma abordagem prática. Novo Hamburgo: FEEVALE,

80 APÊNDICES Apêndice 1 Questionário. 80

81 81

82 82

83 83

84 ANEXO 1 Licença Ambiental de Operação da empresa Proactiva. 84

85 85

86 86

87 Apêndice 2 Fichas de Controle de pesagem dos RSS gerados. 1ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 1ª SEMANA 17/09/2015 0,665 1ª SEMANA 18/09/2015 0,360 1ª SEMANA 19/09/2015 0,675 87

88 1ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 1ª SEMANA 20/09/2015 0,515 1ª SEMANA 21/09/2015 0,585 1ª SEMANA 22/09/2015 0,260 88

89 1ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 1ª SEMANA 23/09/2015 0,475 1ª SEMANA 24/09/2015 0,400 1ª SEMANA EVENTO A 3,135 89

90 1ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 1ª SEMANA EVENTO B 0,735 1ª SEMANA EVENTO C 0,695 1ª SEMANA EVENTO D 0,665 90

91 1ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 1ª SEMANA PERFURO CORTANTES CLASSE E 1,300 1ª SEMANA MATERIAL DA 1ª SEMANA 10,465 91

92 2ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 2ª SEMANA 25/09/2015 0,165 2ª SEMANA 26/09/2015 0,470 2ª SEMANA 27/09/2015 0,860 92

93 2ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 2ª SEMANA 28/09/2015 0,050 2ª SEMANA 29/09/2015 0,205 2ª SEMANA 30/09/2015 0,090 93

94 2ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 2ª SEMANA 01/10/2015 0,120 2ª SEMANA 02/10/2015 0,485 2ª SEMANA PERFURO CORTANTES CLASSE E 1,670 2ª SEMANA MATERIAL DA 2ª SEMANA 4,115 94

95 3ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 3ª SEMANA 03/10/2015 0,355 3ª SEMANA 04/10/2015 0,695 3ª SEMANA 05/10/2015 0,065 95

96 2ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 3ª SEMANA 06/10/2015 0,150 3ª SEMANA 07/10/2015 0,225 3ª SEMANA 08/10/2015 0,155 96

97 2ª SEMANA DE PESAGEM PERIODO DIA PESO FOTO 3ª SEMANA PERFURO CORTANTES CLASSE E 2,155 3ª SEMANA MATERIAL DA 3ª SEMANA 3,8 97

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