RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)
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- Bernardo Alexandre Esteves Silva
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1 UFPR Ministério da Educação UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências da Saúde Departamento de Saude Comunitária RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) UFPR-Profª Eliane C. Gomes
2 RESÍDUOS DE SERVIÇOS 1- LEGISLAÇÃO: DE SAÚDE (RSS) MS-ANVISA (RDC 306/04- internas/estabelecimento ) MMA-CONAMA (Resolução 357 (classif.água e 358 externas/estabelecimento ) MTE, CNEN, ABNT (12807 à detalhes técnicos ) e legislações estaduais
3 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE 2 - DEFINIÇÃO SAÚDE (RSS) São aqueles gerados em todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para a saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acumpuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares. MS/ANVISA-RDC306* (apêndice, glossário) MMA/CONAMA-(Res.358/05*-cap.x) * Tratam do gerenciamento dos RSS em todas etapas 3- IMPORTÂNCIA SANITÁRIA
4 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 4-CLASSIFICAÇÃO (RDC 306- Ap.1, p.20 e CONAMA,an.1) GRUPOS A (RESÍDUOS INFECTANTES) Subgrupos: A 1, A 2, A 3, A 4, A 5 B (RESÍDUOS QUÍMICOS) SIMBOLOGIA C (REJEITOS RADIOATIVOS) D (RESÍDUOS COMUNS) Recicláveis: identificação: código de cores-res.275. Outros:cinza/preto E (RESÍDUOS PERFUROCORTANTES) RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
5 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 4-CLASSIFICAÇÃO (RDC 306- Ap.1, p.20 e CONAMA,an.1) Grupo A A1 Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; meios de cultura e instrumentais; resíduos da vacinação; bolsas transfusionais; sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos. A2 Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processo de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica
6 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 4-CLASSIFICAÇÃO (RDC 306- Ap.1, p.20 e CONAMA,an.1) Grupo A A3 Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares. A4 Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes; tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos biológicos na forma livre...
7 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 4-CLASSIFICAÇÃO (RDC 306- Ap.1, p.20 e CONAMA,an.1) Grupo A A5 Órgãos, tecidos, fluídos orgânicos, materiais perfuro cortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação por príons*. *PRÍON: Estrutura proteica alterada relacionada com o agente etiológico das diversas formas de Encefalite Espongiforme.
8 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 4-CLASSIFICAÇÃO (RDC 306- Ap.1, p.20 e CONAMA,an.1) Grupo B Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;imunossupressores;digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, resíduos de saneantes, desinfetantes, deseinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes de laboratório; efluentes de processadores de imagem; Efluentes de equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas; demais produtos considerados perigosos segundo a NBR
9 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 4-CLASSIFICAÇÃO (RDC 306- Ap.1, p.20 e CONAMA,an.1) Grupo C Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análise clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05.
10 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 4-CLASSIFICAÇÃO (RDC 306- Ap.1, p.20 e CONAMA,an.1) Grupo D Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1; Sobras de alimentos e do preparo de alimentos; resto alimentar de refeitório; resíduos provenientes das áreas administrativas; resíduos de varrição, flores, podas e jardins; resíduos de gesso provenientes de assitência à saúde.
11 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 4-CLASSIFICAÇÃO (RDC 306- Ap.1, p.20 e CONAMA,an.1) Grupo E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
12 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 5 - GERENCIAMENTO 5 - GERENCIAMENTO (MS/ANVISA-RDC 306, cap.iv,p.7) PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS) Definição: Constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. (MS/ANVISA-RDC 306, cap.iv,p.7)
13 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 5.1- PGRSS RESPONSABILIDADES (MS/ANVISA-RDC 306, cap.iv) Item 2. Compete aos serviços geradores de RSS: 2.1. A elaboração do plano de gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde, obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental, normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana e outras orientações contidas neste regulamento. PGRSS: Conforme a classificação do RSS e as características dos resíduos gerados; Exige profissional responsável
14 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 6 - MANEJO (RDC 306 capítulo 3, item 1, p.3) Varia conforme o grupo do RSS Considerar saúde e segurança do trabalhador: (Treinamento/ proteção à saúde e segurança x riscos existentes) - RDC 306 cap.vii, p.19; - Port MTE; - Port.485/05*p.18 RSS: *Regulamenta NR 32/MTE: Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
15 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 6.1 ETAPAS DO MANEJO (em ordem) (RDC 306, p.3) SEGREGAÇÃO (conforme caso: inclui tratamento interno); ACONDICIONAMENTO; IDENTIFICAÇÃO; COLETA E TRANSPORTE INTERNO; ARMAZENAMENTO INTERNO/TEMPORÁRIO (SALA DE RESÍDUOS); ARMAZENAMENTO EXTERNO (ABRIGO DE RESÍDUOS); COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS; TRATAMENTO; DISPOSIÇÃO FINAL
16 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 6.1 ETAPAS DO MANEJO (Algumas) SEGREGAÇÃO ACONDICIONAMENTO IDENTIFICAÇÃO ARMAZENAMENTOS: INTERNO E EXTERNO
17 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 6.1 ETAPA DO MANEJO (COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS)
18 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) Níveis de inativação microbiana
19 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) TIPOS DE TRATAMENTO DADO AOS RSS 1) MICROONDAS: - - Aplicabilidade : grupo A; - - Redução da carga biológica presente até nível III; - - Ocorre descaracterização física dos resíduos; - - Inicialmente ocorre umidificação, depois trituração e posterior encaminhamento - para o equipamento; - - Exemplo de empresa atuante: CAVO; - - Custo: relativamente baixo; - - Ocorre redução de volume; - * Importância da separação, uso de facas.
20 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) Microondas Principais características do processo Não gera emissões gasosas prejudiciais ao meio ambiente; Não gera efluentes líquidos; Baixo nível de ruído; Não utiliza produtos químicos o processo de desinfecção; Promove a redução em volume; Resíduo final é irreconhecível, passível de ser disposto em Aterro Sanitário como resíduo comum.
21 ETAPAS 1 - Alimentação do equipamento; 2 - Câmara de recepção e injeção do vapor; 3 - Pré-trituração; 4 Fluxo de vapor d água a uma temperatura de 95 graus centígrados; 5 -Exposição dos resíduos aos emissores de microondas; 6- Filtros (exaustor, pré-filtro, hepa-filtro e filtro de carbono ativado); 7- Monitoramento do equipamento (sistema eletrônico avalia e registra a temperatura e o tempo de exposição dos resíduos); 8-Resíduo Desinfectado: finalizado o processo de desinfecção, os resíduos são transportados até o Aterro Sanitário.
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24 Monitoramento do tratamento: o indicador de eficiência do processo utilizado é o Bacillus Atropheus. O controle periódico é feito com análises qualitativas de amostras destes microorganismos, verificando-se crescimento (presença) ou não crescimento (ausência) de colônias (CAVO, folder).
25 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) TIPOS DE TRATAMENTO DADO AOS RSS 2) AUTOCLAVE: - Aplicabilidade: grupo A; - Usa calor úmido; - Exemplo de empresa atuante: SERQUIP; - Redução da carga biológica presente até nível III; - A trituração acontece depois da autoclavação; - Não há garantia de que todo o material é atingido; - * Importância da separação, uso de facas.
26 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) TIPOS DE TRATAMENTO DADO AOS RSS 3) INCINERAÇÃO: - - Aplicabilidade: grupos A e B; - - Redução de volume de 95%; - - Custo elevado total e do tratamento de efluentes gasosos; - - Risco de contaminação atmosférica; - - Exige combustível.
27 * Legislações estaduais RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) DISPOSIÇÃO FINAL MEDIDAS SANITÁRIAS Aplicação depende do grupo do RSS Deve seguir Legislação vigente*: * Agencia Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA * Conselho Nacional de Meio Ambiente- CONAMA e * Comissão Nacional de Energia Nuclear- CNEN * Associação Brasileira de Normas Técnicas- ABNT
28 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) DISPOSIÇÃO FINAL MEDIDAS SANITÁRIAS PRINCIPAIS 1- ATERRO SANITÁRIO CONTROLADO (p/grupos D e A tratado): 2- COMPOSTAGEM E RECICLAGEM (só p/grupo D)
29 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) DISPOSIÇÃO FINAL MEDIDAS SANITÁRIAS PRINCIPAIS 3- ATERRO DE RESÍDUOS PERIGOSOS (Classe 1- aterro industrial): p/grupo B (químicos) 4- REDE DE COLETA DE ESGOTOS (A pré-tratado, alguns B segdo Res.375) 5- SEPULTAMENTO: CEMITÉRIO COMUM OU DE ANIMAIS (grupo A)
30 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) DISPOSIÇÃO FINAL MEDIDAS SANITÁRIAS PRINCIPAIS - ATERRO SANITÁRIO CONTROLADO (grupos: D e A tratado) - COMPOSTAGEM E RECICLAGEM (só p/grupo D) - ATERRO DE RESÍDUOS PERIGOSOS (Classe 1- aterro industrial): p/grupo B (químicos) - REDE DE COLETA DE ESGOTOS (A pré-tratado,alguns B) - SEPULTAMENTO:cemitério comum ou de animais (grupoa) -GRUPO C: seguir normas CNEM -GRUPO E: seguir RDC 306
31 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) DISPOSIÇÃO FINAL MEDIDAS NÃO SANITÁRIAS PRINCIPAIS DEPÓSITO A CÉU ABERTO (LIXÕES); DISPOSIÇÃO DOS RSS (grupos A,B,C,E) JUNTO AOS RESÍDUOS COMUNS, NO ATERRO SANITÁRIO;
32 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) Custos envolvidos no tratamento externo e disposição final DESTINAÇÃO CUSTO (R$/TON 2006) Microondas Autoclave Incineração Grupo A Incineração Grupo B Coprocessamento Aterro Classe Aterro Classe Aterro Classe 3 < 70
33 RSS- Programas de Educação Educação continuada: - Programa previsto pela RDC 306/04-p.19; - Responsabilidade: geradores - Freqüência de realização Outros programas recomendados p/ms: Educação: ampliada, ao paciente e do público externo PARTICIPAÇÃO, RESPONSABILIDADE, COMPROMETIMENTO
34 Os profissionais devem preocupar-se com os resíduos gerados por suas atividades, para minimizar riscos ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores e da população em geral!! RSS - O papel do farmacêutico Âmbito profissional farmacêutico: Decreto / 81 Resolução 236/92 Projeto de lei 6.435/05 Seguir legislação vigente para RSS: (MS; MTE; MMA; ABNT)
35 RSS- 7 passos importantes 1) Conscientização da Administração; 2) PGRSS; 3) Posterior CGRSS multidisciplinar; 4) Conscientização dos funcionários; 5) Conscientização dos clientes; 6) Reutilização e reciclagem de resíduos; 7) Treinamento.
36 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) ALGUMAS REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde ambiental e gestão dos resíduos de serviços de saúde. Distrito Federal, 2002, 450 p. www. anvisa.gov.br/legislação RSS www. curitiba.pr.gov.br/sesa www. pr.gov.br/sema www. mma.gov.br/conama- Legislação RSS
37 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) Vamos tratar com seriedade nossos resíduos de serviços de saúde FIM
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