Gestão de resíduos de saúde e da segurança do trabalho
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- Ricardo Sales Alvarenga
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1 I SEMINÁRIO REGIONAL HOSPITAIS SAUDÁVEIS HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE O desafio mundial da gestão de resíduos e recursos hídricos Gestão de resíduos de saúde e da segurança do trabalho Profa Dra. Katia Sakihama Ventura Julho
2 Recursos Naturais Água Solo e nutrientes Ar Fauna e flora 2
3 Dinâmica das Cidades Comportamento social Densidade Populacional... Água Solo e nutrientes Valoração cultural Parceiros e interesses Ar Resgate histórico Políticas de incentivo e preservação Fauna e flora Instrumentos de organização do território Vocação econômica CONFLITOS PELO USO DO RECURSO Julho
4 Organização Funcionários Fornecedores Consultores Colaboradores... Conhecimento por todos (o que é necessário e onde se quer chegar?) Reuniões e troca de experiências Atribuições (cargo e função) RECURSOS Humanos Técnicos Tecnológicos Materiais Mecânicos... LIDERANÇA Análise financeira e de qualidade do trabalho Atualização profissional Plano de carreira (perfil x produtividade x responsabilidade) Valoração profissional (reconhecimento) 4
5 LIDERANÇA Motivação / Inspiração Habilidade com Conflitos Integração do Grupo/Equipe Disposição a Colaborar Criatividade Atenção Interessado no Coletivo Disposição a Ouvir 5
6 Estimativa de RSS Coletados RSS Coletados pelos Municípios do Brasil e Regiões (tx1000/ano) ABRELPE, 2014 ABRELPE, 2015 (t/ano) ~1,2 kg/hab. ao ano PNSB - IBGE (2010): ~ t/ano (inclui serviços por prefeitura): ~1,5kg/hab ao ano 6
7 Coleta de RSS OBS: População total Brasil: habitantes (IBGE, 2017) ,562 0,652 1,233 2,104 0,476 1,25 ABRELPE, 2012; 2015 Abrelpe - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais 7
8 Instrumentos Legais e Normativos NBR /2004 (classifica resíduos sólidos) RDC 306/2004 (classifica RSS) CONAMA 358/2005 (tratamento e a disposição final dos RSS) NR 32/2005 (riscos e periculosidade dos RSS) Normas a RSS Política Nacional de Saúde (Lei Federal n o 8080/1990) Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal n o /2007) Política Nacional de Meio Ambiente (Lei Federal n o 6938/81) Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal n o /2010) 8
9 GESTÃO DE RESÍDUOS DE SAÚDE A. GESTÃO Política Ambiental Gerenciamento Planejamento Humanos Técnicos Tecnológicos Infraestrutura Financeiros... 9
10 1.Conceitos Gerais B. Resíduos Sólidos XVI resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível... (art. 3º Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei /2010). 10
11 1.Conceitos Gerais C. REJEITOS XV rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. (art. 3º Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei /2010). 11
12 1. Conceitos Gerais C. REJEITOS XV rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. (art. 3º Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei /2010). 12
13 1. Conceitos Gerais D. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Gerenciamento de resíduos sólidos = etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final adequada dos resíduos sólidos e disposição final dos rejeitos. (art. 3º Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei / 2010). OBS: Disposição => adequado/apropriado 13
14 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Conceito Geração Tratamento Disposição 14
15 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde CONCEITOS: gerados em estabelecimentos de serviço de saúde: Hospitais clínicas médicas Pronto-socorro Postos de saúde Ambulatórios médicos Farmácias Clínicas veterinárias Tatuagem, acupuntura, estética Centro de controle de zoonoses Unidades móveis atendimento domiciliar Instituições de ensino e pesquisa médica humana e animal, dentre outros similares. (RDC 306 ANVISA, 2004). 15
16 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde RDC nº 306 de 7/12/04 (ANVISA): estabelecer normas de manejo, segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento, coleta e transporte dos resíduos, bem como incentivar a REDUÇÃO DE VOLUME de resíduos perigosos e de ocorrência DE ACIDENTES OCUPACIONAIS 16
17 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde CLASSIFICAÇÃO DOS RSS: RDC 306/2004 E CONAMA (358/2005) A: Biológico - Infectantes B: Químicos C: Rejeitos Radioativos D: Resíduos Comuns E: Perfurocortantes 17
18 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Grupo A: Biológicos -Infectantes Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. ABNT NBR 7500/2015 Símbolo de riscos Exemplos: culturas e estoques de microorganismos, descarte de vacina, bolsas de sangue ou hemocomponentes contaminados ou mal conservados, rejeitos de animal (carcaças, vísceras), peças anatômicas humanas, produto de fecundação sem sinais vitais, entre outros. 18
19 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Medidas de Segurança Grupo A Fonte: Todas imagens de FMUSP(s/d) 1 Identificação do RSS (origem/setor, horário) 2 Adoção de EPI específico 3 Aplicação de lacre dos sacos plásticos e acondicionamento 4 Realização da inativação microbiológica dos resíduos sólidos e líquidos (por desinfecção química ou autoclavagem) 19
20 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Grupo B: Químicos Resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente. Independe de suas características : inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. 20
21 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Grupo B: Químicos Exemplos: resíduos de produtos hormonais e antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos, digitálicos, imunossupressores, resíduos e insumos farmacêuticos controlados pela Portaria MS 344/98; resíduos com metais pesados e reagentes de laboratórios, substâncias usados em Raios-X, entre outros. Uso de sacos laranja ou caixas (CONAMA 275/2001). Fonte: FMUSP(s/d) 21
22 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Medidas de Segurança - Grupo B 1 Estocagem do material até a realização da coleta (abrigo) 2 Adoção de EPI específico (máscara para gases e vapor) 3 Verificar procedimentos: químicos líquidos perigosos (recipientes específicos) e não (NaCl, Mg SO4, outros) 4 Identificação do grau de incompatibilidade química dos resíduos (rótulo do recipiente) Periculosidade do produto,: FISPQ-Ficha de Identificação e de Segurança de Produtos Químicos (NBR ABNT /2014) Fonte: imagens de FMUSP(s/d) 22
23 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Medidas de Segurança Grupo B Desativação de resíduos infectantes (sólidos) por autoclavagem OBS: verificar procedimentos para resíduos líquidos, peças anatômicas e membros Fonte: FMUSP(s/d) *CONAMA 358/2005: Art os resíduos do grupo A não podem ser reciclados, reutilizados ou reaproveitados, inclusive para alimentação animal. 23
24 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Medidas de Segurança Grupo C Rejeitos radioativos ficam em depósitos, dentro da área da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Itaorna RJ. 1 Verificar abrigo correto 2 Verificar tipo de armazenamento (bombonas, caixas ou recipientes plásticos) 3 Verificar descontaminação de materiais (uso de detectores) 24
25 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Grupo D: Comuns são todos os resíduos que não necessitam de processos diferenciados relacionados ao acondicionamento, identificação e tratamento, devendo ser considerados resíduos sólidos urbanos RSU. Exemplos: papéis de uso sanitário e fraldas, restos de alimentos, resíduos de áreas administrativas e de limpeza geral, materiais recicláveis. 25
26 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Grupo E: Perfurocortantes representam os objetos e instrumentos contendo bordas ou protuberâncias agudas capazes de cortar ou perfurar. escalpe Catéter flexível seringas 26
27 2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde Medidas de Segurança Grupo E 1- ANVISA RDC 306/2004: não reencapar nem desacoplar agulhas da seringa para descarte. 2 Não pressionar a embalagem com as mãos. 3 Realizar a coleta e transporte dos coletores longe do corpo Após fechada, a embalagem de perfurocortante deve ser acondicionada no saco branco de material infectante Fonte: imagens de FMUSP(s/d) 27
28 3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS) Resolução CONAMA nº 358/2005: o tratamento e a disposição final dos RSS. Responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de seu RSS - art. 1º: geração até a disposição final - art. 4º: elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde PGRSS. 28
29 3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS) Após identificação das fontes geradoras e conhecimento estimado do volumeepesoporsetor: A - transferência dos resíduos do ponto de geração até o local de armazenamento temporário ou armazenamento externo. separadamente por grupo de resíduos em horários definidos: 1 - Coleta e transporte interno distribuição de roupas, alimentos e medicamentos visitasoumaiorfluxodepessoasouatividade NBR 12810/
30 3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS) 2 Armazenamento temporário (interno e externo) B - Guarda temporária dos recipientes com resíduos acondicionados local identificado(corredor/prédio): expurgo ou sala de resíduos deveternomínimo2m² os sacos devem permanecer nos recipientes de acondicionamento Preferencialmente: menor distância entre o ponto de geração e o armazenamento externo. NBR 12809/ Fonte: UniCEUB Programa de Gestão Ambiental (Gerenciamento de Resíduos Sólidos), 2017
31 3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS) 3 Transporte externo C -retirada dos resíduos do armazenamento externo até o local de tratamento ou disposição final. Diferentes tipos de veículos. Transporte derss em São Carlos, com CADRI -Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental, Ficha de Emergência e Manifesto de Transporte de Resíduos (Fonte: Ventura, 2009) 31
32 3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS) 3 Transporte externo Fonte: Eppolix, 2017 NBR 12810/1993 e NBR 14652/2013 da ABNT. Lei Municipal /2002: cadastro atualizados dos estabelecimentos de saúde no Departamento de Limpeza Urbana - LIMPURB Norma Técnica Cetesb P4.262/2003 (homologada pela Decisão de Diretoria da Cetesb 224 em 4 de dezembro de 2007): destinação dos resíduos de serviços de saúde depende da aprovação da Cetesb. Fonte: ANVISA,
33 3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS) 4 Manuseio seguro TODOS funcionários envolvidos em cada etapa do gerenciamento dos RSS devem ser adequadamente treinados e obrigatoriamente utilizarem os equipamentos de proteção individual recomendados. Fonte: FEAM, Fonte: imagens ANVISA, 2006
34 Quem são os responsáveis envolvidos? Responsabilidade compartilhada (ciclo de vida) Logística reversa Padrões sustentáveis de consumo QUEM SÃO OS SETORES ENVOLVIDOS? ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final; 34
35 PENSAR DIFERENTE... INOVAR???? 35
36 SETOR DE SUSTENTABILIDADE E GESTÃO AMBIENTAL RESÍDUOS SÓLIDOS SAÚDE DO TRABALHADOR E DO AMBIENTE MEIO AMBIENTE CAPACIDADE DE DECIDIR E GERENCIAR TORNAR O SISTEMA DINÂMICO 36
37 3. REFERÊNCIAS 1. ANVISA. Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Brasília: ANVISA, FEAM Fundação Estadual de Meio Ambiente. Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Belo Horizonte: FEAM, FIOCRUZ. Gerenciamento de Resíduos de Saúde FMUSP Faculdade de Medicina da USP. Cartilha de orientação de descarte de resíduo no sistema fmusp-hc. São Paulo: USP, s/d. Disponível em 5. PORTAL RESÍDUOS SÓLIDOS VENTURA, K.S. Diagnóstico dos resíduos de serviços de saúde. Relatório de Pesquisa. Brasília: IPEA, Disponível em uos_solidos.pdf 37
38 Muito Obrigada! Profa Dra. Katia Sakihama Ventura UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Departamento de Engenharia Civil Rod. Washington Luis, km 235 São Carlos/SP 55 (16)
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