RELATO DE CASO: ARTERITE DE CE LULAS GIGANTES QUE EVOLUIU PARA INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
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- Henrique Meneses de Sequeira
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1 Introdução Arterite de ce lulas gigantes (ACG) e uma vasculite cro nica granulomatosa siste mica imuno-mediada que afeta arte rias de grande e me dio calibre. A populac a o mais comumente afetada inclui os Norteeuropeus do sexo feminino com mais de 50 anos. O sintoma mais comum é a cefale ia, podendo vir acompanhada de alterac a o visual e a bio psia da arte ria temporal permanece como padra o-ouro para diagno stico.
2 Materiais e métodos As informac o es apresentadas foram obtidas a partir da revisa o de prontua rio e pesquisa bibliogra fica.
3 Relato de caso/ resultados Paciente masculine, 81, natural de Cardoso/MG, extelegrafista da marinha procurou servic o HC/UFG por cefale ia e alterac o es comportamentais. Ha 1 ano iniciou com agressividade verbal, alterac a o do padra o do convi vio familiar, do apetite e piora ha 3 meses com alucinac o es visuais e auditivas. Evoluiu ha 1 me s com cefale ia recorrente em pontadas predominantemente frontal de intensidade moderada/forte e perda visual progressiva, com arte rias temporais aumentadas bilateralmente. Provas de atividade inflamato ria alteradas (VHS = 78, PCR = 6,1) e nova RNM de cra nio sem maiores alterac o es. Pela suspeita de ACG, foi realizado bio psia de arte ria temporal e iniciado pulsoterapia com metilprednisolona por 5 dias, com melhora importante pore m na o completa dos sintomas visuais do paciente. No segundo dia apo s te rmino do tratamento, evoluiu com PCR e foi a o bito, sendo o corpo enviado ao SVO. O histopatolo gico confirmou o diagno stico de arterite de ce lulas gigantes e a necropsia demonstrou sinais de IAM.
4 PARA IAM A B C Figura 1: A- Artéria temporal evidente; B- Infiltrado inflamatório com redução acentuada do lúmen; C- Infiltrado inflamatório granulomatoso com células gigantes multinucleadas. A B Figura 2: A- Aumento de 100X-HE- Arte ria corona ria exibindo placa ateromatosa com numerosas ce lulas espumosas e disperso infiltrado inflamato rio mononuclear. B- Aumento 100X-HE- Ateroma coronariano com calcificac a o macic a.
5 PARA IAM Discussão Os crite rios diagno sticos de ACG pelo Cole gio Americano de Reumatologia sa o: 1) idade ini cio > 50 anos 2) nova cefale ia 3) anormalidades da a. temporal 4) VHS > 50 mm/h 5) bio psia arterial alterada. A perda da visa o por neuropatia o ptica isque mica anterior e a complicac a o mais temida, ale m de infartos cerebrais e aneurisma da aorta. O o bito diretamente relacionado a ACG e raro e frequ entemente atribui do ao tratamento insuficiente. O paciente apresentava todos os crite rios positivos e realizou tratamento segundo os protocolos atuais, pore m evoluiu a o bito. Embora as corona rias na o sejam local frequente de acometimento da ACG, ha relatos de caso de IAM de pela enfermidade, mesmo em vige ncia de pulsoterapia. A doenc a na o e restrita aos sintomas visuais e pode apresentar complicac o es graves da circulac a o siste mica. Referências 1) Eberhardt, R.T; Giant Cell Arteritis: Diagnosis, Management, and Cardiovascular Implications. Cardiology in Review. Volume 15, Number 2, March/April ) Knockaert, D.C; Cardiac involvement in systemic inflammatory diseases. European Heart Journal (2007) 28, ; 3) Fredoo, T.O.D; Myocardial Infarction and Coronary artery involvment in Giant Cell Arteritis. Optometry and Vision Science. Vol. 76, No.1, January 1999.
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