PONTO 1: Competência introdução PONTO 2: Pressupostos da competência PONTO 3: Prerrogativa da função. 1. Competência introdução:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PONTO 1: Competência introdução PONTO 2: Pressupostos da competência PONTO 3: Prerrogativa da função. 1. Competência introdução:"

Transcrição

1 1 DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: Competência introdução PONTO 2: Pressupostos da competência PONTO 3: Prerrogativa da função 1. Competência introdução: Conceito: limite estabelecido pela lei dentro do qual um Juiz exerce jurisdição. Deste conceito se retira algumas referências importantes: A competência guarda vinculação direta com a jurisdição, ou seja, só tem competência quem tem jurisdição. A jurisdição não pode ser medida. A competência apenas delimita o exercício da jurisdição. Todo e qualquer Juiz tem jurisdição e pode exercer em qualquer lugar, o que o impede de exercê-las são os limites estabelecidos pela lei, as regras de competência. Essas regras têm como objetivo buscar entre os órgãos do Poder Judiciário o único que terá competência para examinar o ato delituoso. Assim, o fato delituoso praticado é o fato gerador da competência. Por isso, a CF ao estabelecer direitos e garantias individuais faz referência importante no art. 5º, XXXVII 1, essa determinação constitucional passa pelo pressuposto de que só podem exercer jurisdição os órgãos do judiciário pré-estabelecidos (art. 92 2, CF, apenas se retira um órgão que é CNJ que não tem atividade jurisdicional, tem apenas atividade administrativa). Nota-se que também devemos incluir o Tribunal do júri, bem dos Juizados Especiais Criminais no art. 98 3, CF. Um deles será competente. 1 Art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 2 Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 3 Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau.

2 2 No sistema processual penal acusatório adotado no Brasil tem como primeiro tripé o princípio do Juiz natural; o segundo tripé o devido processo legal é o terceiro tripé a ampla defesa e o contraditório. Todos os Juízes tem jurisdição, tem natureza abstrata. Utilizamos essa expressão, inclusive, para os jurados no Tribunal do Júri. O direito de punir do estado contra o direito de liberdade do individuo é a essência do direito penal. Por isso, para que se tenha uma visão sistemática do processo, tem que analisar essa lide com as duas óticas: estado com o individuo e vice-versa. A essência da justiça federal é o interesse da República, hoje, interesse da União. Quando não há esse interesse imediato não se trata de competência federal, tanto no cível quanto no crime. Assim, foi criada em 1980 a primeira referência para competência dessa nova justiça que foram os crimes políticos cuja competência era exclusiva da Justiça Federal. Dentro desse sistema, foi mantido pelas leis constitucionais, desde a CF de 1981, essa referência a competência da justiça federal (com exceção da CF 1967 e 1937). Quando da invasão do presídio de Carandiru e os policiais militares estaduais mataram vários detentos era crime militar, por duas razoes: porque crime militar praticado contra civis, bem como com armas militares. Este episódio causou tamanha repercussão que foi editada uma Lei 9.299/96 modificando radicalmente o conceito de crime militar e, conseqüentemente, a competência da justiça militar. Esta lei estabeleceu duas circunstâncias importantes: a simples circunstância de o crime ser praticado com arma militar não caracteriza como crime militar e se o crime praticado por militares (estaduais e federais) contra civis nas situações que seriam militares for doloso contra a vida não é crime militar, é crime da competência comum porque é da competência do Júri. A emenda 45 federalizou os crimes que causem grave violação aos direitos humanos.

3 3 A competência tem um conteúdo concreto (natureza concreta), não posso discutir jurisdição porque abstrata, mas posso discutir competência. Discutem-se os limites estabelecidos pela lei dentro dos quais o Juiz exerce sua jurisdição. A competência irá discutir qual Juiz será competente para o caso concreto. Delimita o exercício da jurisdição, não a jurisdição. Se todos têm jurisdição e se só um é competente, esse que é competente deverá fazer um exame por determinação legal (de ofício) se ele é imparcial, porque é pressuposto essencial da jurisdição a imparcialidade. Quem fará esse exame é somente quem tem competência. Caso um Juiz competente entende que não tem a imparcialidade determinada pela lei, ou seja, há impedimento nos termos do art , CPP (relação do Juiz com o processo) ou suspeição nos termos do art , CPP (relação do Juiz com as partes), ele deverá declarar, de oficio, nos autos, se afastando do processo e determinando a remessa ao seu substituto legal que passa a ser o competente para examinar aquele fato delituoso. Portanto, a jurisdição abstrata e subjetiva, pois cada Juiz tem jurisdição. A competência é concreta e objetiva, pois estabelecida pela lei. E o exame da imparcialidade no caso concreto (subjetivo realizado pelo Juiz). Quando Juiz declara sua suspeição ou impedimento que não tem imparcialidade desejada pela lei, a lei determina que remeta os autos ao substituído legal. Neste caso, ninguém poderá fazê-lo retornar aos autos (nem tribunal), pois é um exame subjetivo sobre o caso concreto. 4 Art O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão; IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. 5 Art O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.

4 4 2. Pressupostos da competência: O fato gerador da competência é o fato delituoso. Fato delituoso competência - material (ação penal como um todo) - funcional (atos relacionados com dano penal) Competência funcional: A competência funcional pode ocorrer na fase pré-processual, na fase processual e na fase pós-processual (execução). É a competência estabelecida para prática de um determinado ato. Pode até mesmo haver uma repartição de competência para pratica de um ato. Ex: procedimento do Tribunal do Júri - há uma repartição de competência entre Juiz togado (Presidente do Tribunal do Júri) e o conselho de sentença (os 07 jurados juizes leigos). A competência funcional para julgar é dos juizes leigos e, em cima do julgamento realizado pelo conselho de sentença, o Juiz passa a ter competência para determinados atos. Por exemplo, se o Júri condena quem aplica a pena é o Juiz Presidente. Se o Júri absolve é o Juiz presidente que toma as providências decorrentes da absolvição, dentre elas a imediata liberdade do réu, se estiver preso preventivamente, pois o recurso da acusação não tem efeito suspensivo. Quando o Júri não julga porque desclassifica a competência funcional para julgar passa ao Juiz presidente na condição de Juiz singular exemplo mais claro de repartição da competência funcional. Art. 492 e seus incisos do CPP. Toda matéria recursal está dentro da competência funcional, pois uma decisão proferida por um Juiz de primeiro grau que comporta recurso é examinada por um determinado órgão estabelecido na lei, portanto, há uma repartição de competências entre dois órgãos de jurisdição (primeiro e segundo grau). Se o processo tramita Juizado especial criminal a competência será da Turma Recursal. Não cabe recurso especial contra decisões tomadas por Turma Recursais porque há uma regra constitucional expressa - só cabe Recurso especial ao STJ decisões tomadas pelos

5 5 TRF e TJ, há uma delimitação. Cabe Recurso Extraordinário quando decisões tomadas de Turmas Constitucionais porque não há delimitação. São regras de competência funcional. Quando se examina revisão criminal é competência funcional, porque é uma ação contra uma sentença ou acórdão condenatório, portanto, ação relacionada com uma anterior cão penal. É para aquele ato em beneficio do réu. Quando se examina Habeas Corpus ou Mandado de Segurança, a competência funcional é estabelecida pela autoridade coatora. Há uma diferença entre um e outro, pois dependendo da competência do Tribunal a condição de paciente estabelece uma regra de competência funcional o art. 102, I, d 6, CF. Competência material: Tratada pelo Código de Processo Penal, a partir do art. 69 até o artigo 91. Fato delituoso competência - material (ação penal como um todo) pessoa - matéria - local (critérios principais) Deve-se fazer três considerações para determinação da competência: - Quem praticou o crime? - Qual crime praticou? - Onde foi praticado o crime? Assim, temos a competência em razão da pessoa, da matéria e do local. 6 Art Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal.

6 6 Essa competência é determinada: em razão da pessoa (quem praticou o crime?), em razão da matéria (qual o crime praticado?) e em razão do local (onde o crime ocorreu?). A falta desses critérios torna o juiz incompetente. Ou seja, a competência material exige que o Juiz, em regra, seja competente em razão da pessoa, da matéria e do local. Deve preencher esses três elementos. - Prerrogativa de função: A competência em razão da pessoa pe chamada de prerrogativa de função. Se quem praticou o crime tem prerrogativa de função, estamos diante da competência originária de um determinado tribunal, não tramitando a ação penal perante um órgão de primeiro grau. Se o sujeito ativo do crime, independente do local onde foi pratica e do criem cometido, se ele tem prerrogativa de função, a ação penal deverá tramitar perante um determinado Tribunal. No campo da competência, é a competência mais absoluta de todas, pois está relacionada com os órgãos mais graduados do Poder Judiciário (STF, STJ, TRF, TJ e TRE). Essa competência é tão absoluta que mesmo no campo da investigação só por determinação dos Tribunais. Não havendo prerrogativa de função, portanto, afastada competência dos Tribunais. Termos a necessidade de buscar o órgão competente em razão da matéria. - Matéria: Natureza da infração que irá determinar a Justiça competente. No Brasil, no campo criminal, existem 4 justiças: - a justiça especial: - militar; - eleitoral; - a justiça comum: - federal; - estadual.

7 7 Obs: Justiça do Trabalho não tem competência criminal. Quando há crime nesta esfera será analisado pela Justiça Federal. Na justiça especial a competência é estabelecida em cima de uma determinada especialização (justiça militar crimes militares e justiça eleitoral crimes eleitorais). A justiça militar só tem competência para analisar o crime militar (justiça mais limitada que existe). A partir do momento em que se verifica que o crime não é militar ou eleitoral, será comum. Na esfera comum há duas justiças: federal ou estadual. A justiça federal tem sua competência determina em texto constitucional com certas especificações delituosas, dependendo da maneira como é praticado o delito. (art , CF). A interpretação deve ser restritiva, porque tudo o que não for militar, eleitoral ou federal será estadual. Portanto, a justiça estadual detém, por determinação constitucional, a competência residual. Ainda, temos uma repartição entre órgãos integrantes daquela justiça a respeito da competência, chamado de competência do juízo. 7 Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o 5º deste artigo;(incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômicofinanceira; VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI - a disputa sobre direitos indígenas.

8 8 Competência do juízo Júri (art. 5º, XXXVIII, d 8, CF) - Juiz singular - Jecrim (Art. 98 9, CF) Assim, será determinada a competência conforme a natureza da ação. Tudo o que não se inclui na hipótese de Júri ou Jecrim, é competência do Juiz singular. Nota-se que toda competência é constitucional que é complementada por toda a legislação infraconstitucional. Crimes dolosos contra a vida é a determinação constitucional, consequentemente, não é o resultado morte que determina a competência do Júri e sim a configuração daquele fato delituoso como doloso contra vida. São apenas quatro crimes da competência do júri: homicídio (simples, privilegiado e qualificado); induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio; infanticídio e aborto. Há uma escala na qual há uma graduação da competência o Júri prevalece sobre o Juiz singular, o Juiz Singular prevalece sobre o Jecrim. Há também uma regra especifica para o Júri que é o art. 78, I 10, CPP. A própria legislação do Jecrim menciona que sua competência é limitada aos delitos com menor potencialidade ofensiva com a pena máxima de 2 anos, sendo assim, não pode disputar competência com maior potencialidade ofensiva. No concurso entre Juiz Singular e Jecrim havia uma regra no processo penal. No concurso de órgãos com competência diferenciada prevalece a mais graduada. 8 Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. 9 Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau. 10 Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri.

9 9 Assim, nos casos de conexão e continência entre um crime da competência do Jecrim e um crime da competência do juízo comum e um crime da competência do Júri, os crimes serão analisados pelo órgão prevalente (Júri primeiro lugar e Juiz Singular em segundo lugar). No crime de menor potencialidade ofensiva pode ser aplicado o instituto da transação e da composição civil, por determinação legal expressa. - Local: O lugar onde vai tramitar a ação penal. Determinação do foro competente (Comarca; Circunscrição Judiciária na esfera federal; Zona Eleitoral na justiça eleitoral; Conselho de Justiça na Justiça Militar). Essa competência de foro é a única relativa. Obs: A competência da matéria e pessoa trata-se de competência absoluta. Ou seja, a inobservância de uma regra de competência absoluta pode ser desconstituída em qualquer momento, até mesmo depois de decisão condenatória transitada em julgado. Já a absolutória jamais poderá ser modificada. Essa competência relativa do foro, não sendo alegada no momento próprio ocorre a preclusão. Ou seja, se não alegada por exceção de incompetência no prazo de 10 dias (prazo da defesa), não poderá mais alegá-la. Os livros chamam de exceção declinatória de foro, pois só pode discutir a incompetência em razão do lugar. Só pode haver conflito de competência quando dois juízes, no mínimo, afirmam ou negam a sua competência. Se um nega e outro aceita não há conflito de competência. Se um Juiz declinar a competência ele deverá suscitar o conflito que o outro mandou para ele. A lei processual penal oferece um critério alternativo ou secundário fixador da competência. Caso não tenha como determinar o local da infração, utiliza-se o critério alternativo do art , CPP, refere que a competência será do domicilio ou residência do réu. 11 Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.

10 10 Mas existem outros critérios secundários necessários para determinar a competência, cogitados quando há mais de um órgão do judiciário igualmente competente para processamento da ação penal. - Conexão e continência: Alcance maior, pois abrange qualquer órgão do Poder Judiciário. Serve também para determinar a justiça competente e até mesmo a competência originária dos Tribunais. As suas regras prevalece sobre prevenção e distribuição. Chamadas também de causas modificadoras da competência, porque no momento que suas regras estabelecem o órgão jurisdicional prevalente está retirando aquilo da competência de outro órgão do judiciário. Trata-se de uma regra processual. - Prevenção: (Foro/Vara/Juiz Juízo) Art , CPP. Serve para determinar não só o Juiz, mas também o foro competente. Alcance maior que a distribuição. Trata-se de uma regra processual. - Distribuição: (Vara/Juiz) Só se refere prevenção quando há dois ou mais juizes criminais ou varas criminais igualmente competentes naquele foro que é competente para ação penal. A distribuição que irá determinar qual vara e perante qual juiz irá tramitar a ação penal. Trata-se de uma regra de organização judiciária. Art , CPP. 12 Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 13 Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.

11 11 Competência material: pessoa prerrogativa função competência originaria tribunais matéria natureza infração justiça especial militar - eleitoral - comum federal - estadual (residual) - Júri - Juiz Singular - Jecrim local lugar infração foro - relativa - exceção: art. 72 domicílio ou residência do réu 3. Prerrogativa de função: Foi criada dentro de um fundamento: preservar certos cargos e funções que tenham uma determinada importância dentro da nossa organização política-administração, ou seja, a organização do nosso estado de direito conforme a expressão constitucional. Aqueles cargos que de alguma maneira exercem o governo e aqueles que auxiliam o exercício do governo da república federativa do Brasil. E por esta razão, os ocupantes destes cargos não são meramente agentes públicos, mas agentes políticos. Chama-se competência originária dos Tribunais, no campo processual penal, no exame da competência material, é a competência da ação penal. Por essa razão, a lei procura, quando possível, estabelecer uma certa preservação do órgão processante julgador com relação ao cargo ou função que tem prerrogativa relação hierárquica. Quanto mais graduado é o cargo ou função mais graduado é o Tribunal, assim, o STF tem competência material para cargos mais relevantes, a partir do momento em que os cargos vão perdendo a relevante vai surgindo a competência dos outros tribunais, como STJ, TRF e TJ. Ex: Presidente STF (sem vinculação subordinante). Governador STJ.

12 12 Alguns doutrinadores chamam de foro privilegiado. Porém, nota-se que não existe duplo grau de jurisdição, não havendo a possibilidade dos recursos ordinários, apenas dos recursos extraordinários quando possível. Como a prerrogativa é da função só posso cogitá-la enquanto o autor do crime estiver no exercício do cargo que lhe confere essa prerrogativa. Ele nasce a partir do momento em que a pessoa começa a exercer aquele cargo ou função e termina quando o exercício daquele cargo cessa de maneira definitiva. O momento inicial da prerrogativa de função, em regra, é da posse do cargo. Exceção para os membros do CN, o momento inicial é a data da diplomação - art. 53, 1º 14, CF (solenidade realizada pela Justiça eleitoral). Esse tratamento diferenciado se estende aos deputados estaduais pelo art. 27, 1º 15, CF. E o momento final: cessação definitiva daquele cargo ou daquela função. Ou seja, a aposentadoria, exoneração, cessação ou encerramento do mandato, perda do mandato, licença para concorrer a outro cargo público. O limite da competência originária não é o momento em que o crime foi praticado, mas é estar no exercício do cargo que a lei confere prerrogativa. Só pode ser conferida por uma norma constitucional. Esse pressuposto é tão absoluto que não pode uma norma infraconstitucional tratar de assuntos outros relacionados com a prerrogativa de função. Todavia, esta norma constitucional pode ser estadual, conforme autorizado pela própria CF (art , CF). Obrigatoriamente o cargo estabelecido pela Constituição Estadual deve ter simetria com a Constituição Federal. 14 Art. 53, 1º. Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 15 Art. 27, 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 16 Art Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.

13 13 Os Tribunais que tem prerrogativa de função são: - STF - art. 102, I, b e c 17, CF. STF ampliou o rol: - advogado Geral da União; - Presidente do Banco Central. - STJ - art. 105, I, a 18, CF. - Tribunal Regional Federal - art. 108, I, a 19, CF. - Tribunal de Justiça art. 96, III 20 + art. 29, X 21, CF. Quando se fala em prerrogativa de função não interessa se o crime tem ou não relação com o cargo, por isso, em todos os dispositivos tem a expressão crimes comuns e de responsabilidade. No plano constitucional os crimes são classificados em duas categorias: Crimes comuns e Crimes de responsabilidade (definidos na Lei 1079/50). Em razão disso, se afirma o que não for adequado na Lei 1079 não é crime de responsabilidade e sim crime comum. A expressão crime comum abrange qualquer infração (contravenção, crime de menor ou maior 17 Art Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente. 18 Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais. 19 Art Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 20 Art. 96. Compete privativamente: III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 21 Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça.

14 14 potencialidade, crime dolosa contra vida, crime militar, estadual, federal). Não há necessidade qualquer que o crime comum cometido guarde relação com a vinculação do cargo exercido, irá para o Tribunal competente. A vinculação apenas é enquanto estiver na prerrogativa do cargo. Nota-se que nos arts. 108, I, a e 96, III, CF, encontra-se a expressa ressalvada a competência da Justiça Eleitoral, surgindo a competência originaria dos Tribunais Regionais Eleitorais. Ou seja, se tiver crime eleitoral ou comum conexo, o autor destes crimes que seriam processado pelo TRF ou TJ irá para o TRE. Obs1: Art. 52, parágrafo único 22, CF aumentou a pena da perda do cargo de 5 anos (Lei 1079/50) para 8 anos. Obs2: Competência do Júri não é absoluta porque não cessa a competência da prerrogativa de função. No plano constitucional o STF e STJ são chamados de Tribunais Superiores e o TRF e TJ são chamados de Tribunais inferiores. Caso, um Juiz de direito do RS e um Desembargador do RS pratiquem um crime em concurso, implica continência, devendo haver um só processo, prevalecerá a competência do STJ, uma vez que o mais graduado prevalece sobre o menos graduado. Todavia, nos Tribunais Inferiores não há prevalência entre o TRF e o TJ. Jamais um Juiz estadual irá para o TRF e jamais um Juiz federal irá para o TJ. Caso cometam o crime em concurso, irá haver cisão processual. A competência dos Tribunais é a mais absoluta de todas. Súmula 704, STF. - Súmula 704, STF: Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. 22 Art. 52. Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

15 15 Essa Súmula consagrou a prevalência da competência originária dos Tribunais sob qualquer órgão de 1º grau e não faz ressalva alguma. vida. O problema da aplicação dessa Súmula é quando se tratar de crime doloso contra a No julgamento HC , 20/04/2004, STF, por unanimidade, foi denegado a ordem. Caso do envolvimento de um Desembargador de Pernambuco em concurso com outras pessoas de crimes praticados, entre eles aborto praticado em concurso com seu advogado, consagrou a Súmula 704, STF. Antes da edição dessa Súmula havia um entendimento no sentido de que se o crime praticado por quem tem prerrogativa de função e por quem não em concurso fosse doloso contra a vida deveria ocorrer a cisão processual. Já no H.C /08/08, 1ª T., por unanimidade, determinaram a cisão processual. Então, o STF está dividido com relação a essa matéria. A metade entende que deve aplicar a Súmula 704 e a metade entende que não. Não havendo uniformização a respeito disso. O STJ, na reclamação 2125 (03/12/08), na qual o Desembargador e sua mulher eram acusados de ter praticado um crime doloso contra a vida, por maioria, determinou a cisão processual. O STF editou a Súmula 721: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual. Não aplicada esta Súmula aos deputados estaduais devido ao Conflito de competência 105/227 STJ.

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Jurisdição * Jurisdição é a capacidade de dizer o Direito Jurisdição * Competência é a delimitação do poder jurisdicional. A competência determina-se:

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Jurisdição * Jurisdição é a capacidade de dizer o Direito Jurisdição * é a delimitação do poder jurisdicional. A competência determina-se: Pelo

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Organização do Poder Judiciário Parte 1. Profª. Liz Rodrigues - Composta por, esta é a chamada justiça federal comum (a trabalhista, militar e eleitoral são as justiças federais

Leia mais

Apresentação Capítulo I

Apresentação Capítulo I Su m á r i o Apresentação... 13 Capítulo I Premissas Fundamentais e aspectos introdutórios... 15 1. A importância do exame da competência criminal... 15 2. Jurisdição e competência... 19 3. Princípio do

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale COMPETÊNCIA (continuação) Competência Criação dos TRFs OBS: Resolução n.1, de 06/10/88, do Tribunal Federal de Recursos, que estabeleceu: a) o Tribunal Regional Federal

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais (Art. 106 a 110) Professor André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional Seção IV DOS TRIBUNAIS REGIONAIS

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais - Remédios Constitucionais e Garantias Processuais Remédios Constitucionais habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, mandado de injunção e ação popular

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Jurisdição e competência Competência em razão da pessoa: o foro por prerrogativa de função Parte 4 Prof. Thiago Almeida . E no caso da prática de homicídio doloso?. Tribunal do

Leia mais

Tribunais Regionais Federais e. Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais

Tribunais Regionais Federais e. Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais S Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os. 1 2 Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõemse de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível,

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 298, DE 2012

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 298, DE 2012 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 298, DE 2012 O CONGRESSO NACIONAL decreta: Institui a gratificação de representação dos juízes estaduais no exercício da jurisdição federal, por delegação. Art.

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO À 2ª EDIÇÃO PREFÁCIO PREMISSAS FUNDAMENTAIS E ASPECTOS INTRODUTÓRIOS... 19

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO À 2ª EDIÇÃO PREFÁCIO PREMISSAS FUNDAMENTAIS E ASPECTOS INTRODUTÓRIOS... 19 RENATO BRASILEIRO DE LIMA. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO À 2ª EDIÇÃO... 15 PREFÁCIO... 17 CAPÍTULO I PREMISSAS FUNDAMENTAIS E ASPECTOS INTRODUTÓRIOS... 19 1. A importância do exame da competência criminal... 19

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Do Superior Tribunal de Justiça (Art. 104 a 105) Professor André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional Seção III DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Art. 104.

Leia mais

PROCESSO PENAL ANTONIO DOS SANTOS JUNIOR.

PROCESSO PENAL ANTONIO DOS SANTOS JUNIOR. PROCESSO PENAL ANTONIO DOS SANTOS JUNIOR asjunior2004@uolcombr JURISDIÇÃO Poder Judiciário: garantir a realização dos direitos através de seus órgãos; Órgãos devem ter jurisdição (função de conhecer os

Leia mais

PROFESSORA RAQUEL TINOCO

PROFESSORA RAQUEL TINOCO PROFESSORA RAQUEL TINOCO PODER JUDICIÁRIO - PRIMEIRA INSTÂNCIA Juízos de Direito Juizados Especiais e suas Turmas Recursais Tribunais do Júri Juizados da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher

Leia mais

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador ROBERTO ROCHA PSB/MA PARECER Nº, DE 2016

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador ROBERTO ROCHA PSB/MA PARECER Nº, DE 2016 PARECER Nº, DE 2016 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 10, de 2013, do Senador Alvaro Dias e outros, que altera os arts. 102, 105, 108 e 125

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Jurisdição e competência: Jurisdição é o poder e a competência é a delimitação desse poder. 1 Competência em razão da matéria: 1) Competência da Justiça Especial: o Justiça Militar

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Executivo Responsabilidade do Presidente da República e Lei nº 1.079 de 1950 (Crimes de Responsabilidade) Parte 2. Profª. Liz Rodrigues - Além do PR, podem ser processados

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale Competência SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA Súmula Vinculante 45 A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Organização do Poder Judiciário Superior Tribunal de Justiça. Profª. Liz Rodrigues - Superior Tribunal de Justiça: guardião das leis federais. - Composição: no mínimo, 33 ministros

Leia mais

Professor Wisley Aula 09

Professor Wisley Aula 09 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 FORRO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO 1. OBSERVAÇÕES I Não se fala mais em manutenção

Leia mais

Professor Wisley Aula 08

Professor Wisley Aula 08 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 COMPETÊNCIA 1. PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL Previsto na Constituição Federal no art.

Leia mais

MATERIAL DE APOIO MONITORIA

MATERIAL DE APOIO MONITORIA 1 EXTENSIVO OAB SEMANAL Disciplina: Direito Processual Penal Prof.: Nestor Távora Aula: 03 Monitora: Luana MATERIAL DE APOIO MONITORIA I. Anotações de aula II. Lousa I. Anotações de aula JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

Leia mais

JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA IV

JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA IV JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA IV - FORO PRIVILEGIADO (POR PRERROGATIVA DA FUNÇÃO) é o direito de uma pessoa, ocupante de determinado cargo, ser julgada e processada criminalmente por órgãos jurisdicionais superiores,

Leia mais

Competência. Conceito: é a quantidade da jurisdição cujo exercício é atribuído por lei a cada órgão.

Competência. Conceito: é a quantidade da jurisdição cujo exercício é atribuído por lei a cada órgão. Competência Conceito: é a quantidade da jurisdição cujo exercício é atribuído por lei a cada órgão. 1. critérios: 1.2 ratione materiae (em razão da matéria) 1.3 ratione personae (em razão da pessoa) 1.4

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Jurisdição e competência Competência criminal da Justiça Federal Parte 1 Prof. Thiago Almeida . Relevância do tema. Eixo normativo de definição: CR/88, art. 109 Art. 109. Aos juízes

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Juiz, Auxiliares e Partes no Processo Penal Militar Prof. Pablo Cruz Primeiramente insta registrar que a definição de partes não pode ser confundida com a definição de

Leia mais

Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado e Defensor, Dos Assistentes e Auxiliares da Justiça

Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado e Defensor, Dos Assistentes e Auxiliares da Justiça Direito Processual Penal Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado e Defensor, Dos Assistentes e Auxiliares da Justiça Juiz Art. 251: Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Jurisdição e Competência Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA TÍTULO V Da Competência Art. 69. Determinará

Leia mais

TJ-SP. Escrevente Técnico Judiciário. Prof. Guilherme Rittel

TJ-SP. Escrevente Técnico Judiciário. Prof. Guilherme Rittel TJ-SP Escrevente Técnico Judiciário Prof. Guilherme Rittel EDITAL DIREITO PROCESSUAL PENAL: Código de Processo Penal - com as alterações vigentes até a publicação do Edital - artigos 251 a 258; 261 a 267;

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Organização do Poder Judiciário Supremo Tribunal Federal. Profª. Liz Rodrigues - Supremo Tribunal Federal: guardião da Constituição. - Composição: onze Ministros, escolhidos dentre

Leia mais

Quadro Sinótico Competência por Prerrogativa de Função

Quadro Sinótico Competência por Prerrogativa de Função 2016 Quadro Sinótico Competência por Prerrogativa de Função Lucas Rodrigues de Ávila Prova da Ordem 2016 O que é competência por prerrogativa de função? "Um dos critérios determinadores da competência

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Das Questões e Processos Incidentes Suspeição e impedimento Prof. Gisela Esposel - Apesar de a CR/88 não conter expressamente um dispositivo relativo à imparcialidade, considera-se

Leia mais

Aula nº. 06. Art. 102 da C.F. (COMPETÊNCIAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL) Pontos de interseção com o

Aula nº. 06. Art. 102 da C.F. (COMPETÊNCIAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL) Pontos de interseção com o Curso/Disciplina: Direito Constitucional Penal Objetivo Aula: 06 Professor(a): Marcelo Leonardo Tavares Monitor(a): Ricardo Patrick Alvarenga de Melo Aula nº. 06 CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL PENAL OBJETIVO

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Sujeitos Processuais Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal SUJEITOS PROCESSUAIS TÍTULO VIII Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado

Leia mais

Professor Wisley Aula 19

Professor Wisley Aula 19 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 SUJEITOS NO PROCESSO PENAL 1. JUIZ A relação jurídica é composta de 3 sujeitos: Juiz,

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Processual Penal Analista Judiciário - TRF 1) FCC Técnico Judiciário TRF2 (2012) Compete ao Supremo Tribunal Federal, dentre outras atribuições, processar e julgar

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Legislativo Profª. Liz Rodrigues - : composto por representantes dos Estados (26) e do Distrito Federal, eleitos pelo sistema majoritário. Cada ente elege três senadores. -

Leia mais

JUIZ FEDERAL. Manual do. Teoria e Prática ALEXANDRE HENRY ALVES VIVIANE IGNES DE OLIVEIRA. CARREIRAS Teoria e Prática MANUAIS DAS

JUIZ FEDERAL. Manual do. Teoria e Prática ALEXANDRE HENRY ALVES VIVIANE IGNES DE OLIVEIRA. CARREIRAS Teoria e Prática MANUAIS DAS ALEXANDRE HENRY ALVES VIVIANE IGNES DE OLIVEIRA Coleção MANUAIS DAS CARREIRAS Teoria e Prática Coordenação: Paulo Lépore Manual do JUIZ FEDERAL Teoria e Prática 2ª Edição Revista, atualizada e ampliada

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Competência Penal STF/STJ Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal COMPETÊNCIA PENAL STF/STJ Seção II DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Art.

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Legislativo Prof. Alexandre Demidoff Art. 46. O compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 1º - Cada Estado e o

Leia mais

Aula 36 PODER JUDICIÁRIO. Os Juizados especiais cíveis têm competência para as causas de menor complexidade.

Aula 36 PODER JUDICIÁRIO. Os Juizados especiais cíveis têm competência para as causas de menor complexidade. Página1 Curso/Disciplina: Noções de Direito Constitucional Aula: Poder Judiciário: Juizados Especiais. Órgão especial. Cláusula de reserva de plenário. Conselho Nacional de Justiça 36 Professor (a): Luis

Leia mais

DISCIPLINA: Processo Penal Curso Escrevente do TJ 2017 PROFESSORA: Joana D Arc Alves Trindade Testes de Fixação - Aulas 17 e

DISCIPLINA: Processo Penal Curso Escrevente do TJ 2017 PROFESSORA: Joana D Arc Alves Trindade Testes de Fixação - Aulas 17 e Questões de fixação 01. Nos termos do art. 257 do CPP cabe, ao Ministério Público, I. promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida no CPP; II. buscar a condenação dos indiciados

Leia mais

TEORIA GERAL DO PROCESSO APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR-CURSO

TEORIA GERAL DO PROCESSO APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR-CURSO Professor Curso TEORIA GERAL DO PROCESSO APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR-CURSO Paulo Henrique de Oliveira E-mail: phdoliveira@yahoo.com.br Facebook: https://www.facebook.com/professorpaulohenriquedeoliveira

Leia mais

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA NATUREZA DA INFRAÇÃO

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA NATUREZA DA INFRAÇÃO JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA III COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA NATUREZA DA INFRAÇÃO FIXADA A COMARCA COMPETENTE (RATIONE LOCI), QUAL SERÁ A JUSTIÇA COMPETENTE EM RAZÃO DA NATUREZA DA INFRAÇÃO OU FATOS INCRIMINADORES

Leia mais

LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 - Introdução Subdividem-se em imunidades diplomáticas e de chefes de governo estrangeiro e as imunidades parlamentares. 2 Imunidades diplomáticas

Leia mais

1) JUSTIÇA ESPECIAL. Prof. Ricardo Henrique Alves Giuliani - 1 JURISDIÇÃO e COMPETÊNCIA

1) JUSTIÇA ESPECIAL. Prof. Ricardo Henrique Alves Giuliani - 1 JURISDIÇÃO e COMPETÊNCIA 1 JURISDIÇÃO e COMPETÊNCIA Jurisdição 1 é a função estatal exercida com exclusividade pelo poder judiciário, consistente na aplicação de normas da ordem jurídica a um caso concreto, com a conseqüente solução

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Jurisdição e competência Competência criminal da Justiça Federal Parte 7 Prof. Thiago Almeida Crimes contra a organização do trabalho Competência criminal da Justiça Federal Art.

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Competência. Gustavo Badaró aulas de e

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Competência. Gustavo Badaró aulas de e Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Competência Gustavo Badaró aulas de 20.09.2016 e 04.10.2016 n 1. Noções Gerais PLANO DA AULA n 2. Organograma do Poder Judiciário n 3. Concretização da

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 4 Prof. Gisela Esposel - Do procedimento Sumaríssimo. Artigo 77 e seguintes da Lei 9099/95 - Recusada a transação,

Leia mais

Professor Wisley Aula 10

Professor Wisley Aula 10 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 COMPETÊNCIA: MATÉRIA 1. JUSTIÇA FEDERAL: A Justiça Federal NÃO JULGA CONTRAVENÇÕES

Leia mais

Prof. Ricardo Henrique Alves Giuliani- 1

Prof. Ricardo Henrique Alves Giuliani- 1 Prof. Ricardo Henrique Alves Giuliani- giulianirha@yahoo.com.br 1 JURISDIÇÃO e COMPETÊNCIA Jurisdição 1 é a função estatal exercida com exclusividade pelo poder judiciário, consistente na aplicação de

Leia mais

COMPETÊNCIA DO STF E STJ NA CONSTITUIÇÃO

COMPETÊNCIA DO STF E STJ NA CONSTITUIÇÃO COMPETÊNCIA DO STF E STJ NA CONSTITUIÇÃO EM TABELAS GABARITANDO A PROVA OBJETIVA Por Carolina Abreu Silva (Aprovada na PGEMA procuradora, TJ/PA Analista, TRF5 Analista) e Kaio Silva de Mello - (aprovado

Leia mais

Conteúdo: Competência: Justiça Militar; Justiça Federal. Foro por Prerrogativa de Função: Prefeito. - Competência -

Conteúdo: Competência: Justiça Militar; Justiça Federal. Foro por Prerrogativa de Função: Prefeito. - Competência - Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 10 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Competência: Justiça Militar; Justiça Federal. Foro por Prerrogativa de Função: Prefeito. - Competência

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Recursos Criminais Recursos Especial e Extraordinário em Matéria Penal Prof. Gisela Esposel - PREVISÃO LEGAL: artigo 102, III e artigo 105,III da CR/88. - Art.102 Compete ao Supremo

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale Ato Normativo 314 PGJ (SP) Ato Normativo 314 PGJ-SP o art. 26, I, da Lei Federal nº 8625, de 12 de fevereiro de 1993, e o art. 104, I, da Lei Complementar Estadual nº

Leia mais

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2012

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2012 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2012 Altera os arts. 102, 105, 108 e 125 da Constituição Federal para extinguir o foro especial por prerrogativa de função nos casos de crimes comuns. As Mesas

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento penal Procedimento Especial dos Crimes de Competência do Parte 1 Prof. Gisela Esposel - Previsão Constitucional: artigo 5º, inciso XXXVIII CR/88 - Previsão legal:

Leia mais

LEGISLAÇÃO DO MPU. Lei Orgânica do MPU. Lei Complementar 75/1993 Garantias e Prerrogativas. Prof. Karina Jaques

LEGISLAÇÃO DO MPU. Lei Orgânica do MPU. Lei Complementar 75/1993 Garantias e Prerrogativas. Prof. Karina Jaques LEGISLAÇÃO DO MPU Lei Orgânica do MPU Lei Complementar 75/1993 Garantias e Prerrogativas Prof. Karina Jaques MPU Instituição permanente Essencial à função jurisdicional do Estado Defensora Ordem jurídica

Leia mais

Juizados Especiais Criminais

Juizados Especiais Criminais Direito Processual Penal Juizados Especiais Criminais Constituição Federal Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados,

Leia mais

CELULARES DO DR. DIÓGENES GOMES: e

CELULARES DO DR. DIÓGENES GOMES: e MANUAL PRÁTICO DO MILITAR 3ª EDIÇÃO 2017 DR. DIÓGENES GOMES VIEIRA CAPÍTULO 8 HABEAS DATA E CAUTELAR ANTECEDENTE PARA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO: DISTINÇÕES E APLICABILIDADES 8.1.3. COMPETÊNCIA JURISDICIONAL

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Processual Penal

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Processual Penal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER 1) FCC Defensor Público - DPE AM (2013) Em relação à competência em processo penal, é correto afirmar que a) será determinada pela continência quando a prova de uma infração

Leia mais

Direito Processual Civil Recursos

Direito Processual Civil Recursos ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS TRIBUNAIS ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS TRIBUNAIS Jurisdição quanto ao grau hierárquico dos seus órgãos é: 1) inferior; 2) superior. Essas espécies de jurisdições pressupõe

Leia mais

Aula 7 Organização do poder judiciário Poder Judiciário:

Aula 7 Organização do poder judiciário Poder Judiciário: Aula 7 Organização do poder judiciário Poder Judiciário: Continuação aula anterior: Conselho da República: Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele

Leia mais

AULA 6 24/03/11 A COMPETÊNCIA PENAL

AULA 6 24/03/11 A COMPETÊNCIA PENAL AULA 6 24/03/11 A COMPETÊNCIA PENAL 1 A MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA A modificação da competência deve ser percebida como a mudança, a alteração, a variação, a transformação de uma certa competência em outra

Leia mais

Capítulo 1 Introdução...1. Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5

Capítulo 1 Introdução...1. Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5 S u m á r i o Capítulo 1 Introdução...1 Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5 2.1. Início do IP... 17 2.2. Indiciamento... 24 2.3. Identificação Criminal a Nova Lei nº 12.037/2009... 27 2.4. Demais Providências...

Leia mais

Índice Geral. Índice Sistemático do Código de Processo Penal

Índice Geral. Índice Sistemático do Código de Processo Penal Índice Geral Código de Processo Penal Decreto-lei 3.689, de 3 de outubro de 1941... 13 Súmulas Criminais do STF e do STJ Comentadas... 1645 Índice Alfabético-Remissivo... 1905 Bibliografia... 1923 Índice

Leia mais

Índice Geral. Índice Sistemático do Código de Processo Penal

Índice Geral. Índice Sistemático do Código de Processo Penal Índice Geral Código de Processo Penal Decreto-lei 3.689, de 3 de outubro de 1941... 13 Súmulas Criminais do STF e do STJ Comentadas... 1657 Índice Alfabético-Remissivo... 1929 Bibliografia... 1947 Índice

Leia mais

(TRT-RJ / TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA / CESPE / 2008) DIREITO CONSTITUCIONAL

(TRT-RJ / TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA / CESPE / 2008) DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 31. Acerca de competência legislativa, assinale a opção correta. (a) Compete aos estados legislar sobre direito agrário. (b) Segundo a teoria dos poderes remanescentes, hoje aplicada

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da competência Prof. Gisela Esposel - A primeira indagação a ser feita para que se determine a competência do órgão julgador, diz respeito à natureza do crime objeto de investigação,

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL SEFAZ DIREITO CONSTITUCIONAL Dos Deputados e dos Senadores Prof. Ubirajara Martell www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES Seção V DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES

Leia mais

COMPETÊNCIA FUNCIONAL

COMPETÊNCIA FUNCIONAL Critérios de determinação da competência COMPETÊNCIA INTERNA (Nacional) Competência funcional Competência em razão da matéria (natureza demanda) Competência em razão do valor da causa Competência territorial

Leia mais

Crime Circunstância Órgão competente Fundamento

Crime Circunstância Órgão competente Fundamento Crime Circunstância Órgão competente Fundamento Doloso contra a vida (Júri) Abuso de autoridade Crimes "Internacionais" Descaminho Militares Autor militar federal e vítima militar Justiça Militar art.

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO. DIREITO CONSTITUCIONAL II Profª Marianne Rios Martins

PODER JUDICIÁRIO. DIREITO CONSTITUCIONAL II Profª Marianne Rios Martins PODER JUDICIÁRIO DIREITO CONSTITUCIONAL II Profª Marianne Rios Martins PODER JUDICIÁRIO UNO INDIVISÍVEL FUNÇAO TÍPICA DA JURISDIÇÃO Atípicas de natureza legislativa (art. 96, I, CF) ATÍPICA DE NATUREZA

Leia mais

1) A jurisdição é nacional ou internacional? 2) Qual a competência originária? 3) Qual a Justiça competente? 4) Qual o foro competente?

1) A jurisdição é nacional ou internacional? 2) Qual a competência originária? 3) Qual a Justiça competente? 4) Qual o foro competente? COMPETÊNCIA 1) A jurisdição é nacional ou internacional? 2) Qual a competência originária? 3) Qual a Justiça competente? 4) Qual o foro competente? 5) Qual a vara competente? 6) Qual a competência interna?

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da competência Competência em matéria penal: definição,espécies e critérios Prof. Gisela Esposel - Conceito: é a delimitação do âmbito dentro do qual juízes e tribunais exercerão

Leia mais

07/10/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I

07/10/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I I 14ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Processo penal I 2 1 CONCEITO: Jurisdição X competência = poder X permissão para exercer o poder EX: TRIBUNAL DO JURI HOUVE UM CRIME DOLOSO IP + DENÚNCIA

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei Prof. Gisela Esposel - Procedimento Comum Sumaríssimo - Artigo 394 do CPP. O procedimento será comum

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Sujeitos Processuais Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal SUJEITOS PROCESSUAIS TÍTULO VIII Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado

Leia mais

Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados

Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados Direito Constitucional Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados Art. 103-B: O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida

Leia mais

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL ESTÁCIO-CERS DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Edem Nápoli @edemnapoli www.edemnapoli.com.vc A República e a Responsabilidade dos Agentes Políticos # PRINCÍPIOS

Leia mais

PRINCÍPIOS: b) Imparcialidade; c) Juiz natural; d) Indeclinabilidade da jurisdição; e) Indisponibilidade e tipicidade.

PRINCÍPIOS: b) Imparcialidade; c) Juiz natural; d) Indeclinabilidade da jurisdição; e) Indisponibilidade e tipicidade. Jurisdição e Competência Penal PRINCÍPIOS: a) Inércia da jurisdição (ne procedat iudex ex officio); b) Imparcialidade; c) Juiz natural; d) Indeclinabilidade da jurisdição; e) Indisponibilidade e tipicidade.

Leia mais

- quanto as partes COMPETÊNCIA

- quanto as partes COMPETÊNCIA Aula 9 TGP Competência 1 - é o critério de distribuição entre os vários órgãos - Conceito jurídicos, das atribuições relativas ao desempenho da jurisdição (Humberto Theodoro Jr.) - distribuição - a soberania

Leia mais

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann gh.dpc@hotmail.com // @guilhermekhartmann www.masterjuris.com.br COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL Art. 109. Aos juízes federais compete processar e

Leia mais

Índice Sistemático do Código de Processo Penal

Índice Sistemático do Código de Processo Penal Índice Sistemático do Código de Processo Penal DECRETO-LEI 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 Livro I Do Processo em Geral 1 TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES... 33 Arts. 1º a 3º... 33 TÍTULO II DO INQUÉRITO

Leia mais

- Jurisdição - Competência é o limite dentro do qual juízes e tribunais exercem jurisdição.

- Jurisdição - Competência é o limite dentro do qual juízes e tribunais exercem jurisdição. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 09 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Princípios da Jurisdição: Aderência. Competência: Natureza Jurídica; Competência Absoluta x Relativa;

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Súmula 122 do Superior Tribunal de Justiça e competência para o julgamento de contravenções penais: uma análise à luz da jurisprudência dos Tribunais Superiores Alexandre Piccoli

Leia mais

Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Analista Administrativo

Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Analista Administrativo Ano: 015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Analista Administrativo 8) O Congresso Nacional, por imperativo constitucional, deve realizar a fiscalização dos atos praticados pelo Poder

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Legislativo Parte 5 Prof. Alexandre Demidoff Imunidade formal relativa a sustação do processo Art. 53. 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Executivo Responsabilidade do Presidente da República e Lei nº 1.079 de 1950 (Crimes de Responsabilidade) Parte 1. Profª. Liz Rodrigues - Responsabilidade do Presidente da

Leia mais

FRANCION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL

FRANCION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL FRANCION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL 1. (CESPE 2017 TCE/PE - Analista de Gestão - Julgamento) Acerca dos princípios fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos, julgue o item a seguir.

Leia mais

Índice Geral. Índice Sistemático do Código de Processo Penal. Tábua de Abreviaturas

Índice Geral. Índice Sistemático do Código de Processo Penal. Tábua de Abreviaturas Índice Geral Índice Sistemático do Código de Processo Penal Tábua de Abreviaturas Código de Processo Penal Decreto-lei 3.689, de 3 de outubro de 1941 Bibliografia Apêndice Índice Alfabético-Remissivo Obras

Leia mais

O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA ESTADO Conjunto de regras, pessoas e organizações que se separam da sociedade para organizá-la. - Só passa a existir quando o comando da comunidade

Leia mais

SUMÁRIO DECRETO-LEI 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 LIVRO I DO PROCESSO EM GERAL LIVRO I DO PROCESSO EM GERAL

SUMÁRIO DECRETO-LEI 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 LIVRO I DO PROCESSO EM GERAL LIVRO I DO PROCESSO EM GERAL SUMÁRIO DECRETO-LEI 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 LIVRO I DO PROCESSO EM GERAL TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (ARTS. 1º A 3º) Art. 1º... 25 Art. 2º... 27 Art. 3º... 33 LIVRO I DO PROCESSO EM GERAL

Leia mais

PODER LEGISLATIVO ESTATUTO DO CONGRESSISTA. Direito Constitucional II Profª Marianne Rios Martins

PODER LEGISLATIVO ESTATUTO DO CONGRESSISTA. Direito Constitucional II Profª Marianne Rios Martins ESTATUTO DO CONGRESSISTA Direito Constitucional II Profª Marianne Rios Martins Imunidades materiais consiste na subtração da responsabilidade penal, civil (não implica em qualquer responsabilização por

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da competência Prof. Gisela Esposel - Artigo 124 da CR À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. - Tal dispositivo trata da competência

Leia mais

Prof. Raul de Mello Franco Jr. - UNIARA PODER EXECUTIVO. 3ª aula. Prof. Raul de Mello Franco Jr.

Prof. Raul de Mello Franco Jr. - UNIARA PODER EXECUTIVO. 3ª aula. Prof. Raul de Mello Franco Jr. PODER EXECUTIVO 3ª aula Prof. Raul de Mello Franco Jr. SUBSÍDIOS do PRESIDENTE, do VICE e dos MINISTROS São fixados pelo CN, por decreto-legislativo (art. 49, VIII, CF). Devem ser fixados em parcela única.

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Juiz, Auxiliares e Partes no Processo Penal Militar Parte 2 Prof. Pablo Cruz Suspeição entre adotante e adotado Art. 39. A suspeição entre adotante e adotado será considerada

Leia mais

Aula 31 PODER JUDICIÁRIO. 1 Ministro do STJ, que é o Corregedor do CNJ, indicado pelo próprio Tribunal;

Aula 31 PODER JUDICIÁRIO. 1 Ministro do STJ, que é o Corregedor do CNJ, indicado pelo próprio Tribunal; Página1 Curso/Disciplina: Direito Constitucional Aula: Separação de Poderes: Poder Judiciário 31 Professor (a): Marcelo Tavares Monitor (a): Luis Renato Ribeiro Pereira de Almeida Aula 31 PODER JUDICIÁRIO

Leia mais

Juizados Especiais. Aula 8 ( ) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor)

Juizados Especiais. Aula 8 ( ) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) Juizados Especiais Aula 8 (09.04.13) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) e-mail: vinipedrosa@uol.com.br Ementa da aula Recursos e embargos de declaração Mandado de segurança, habeas corpus

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Jurisdição e competência Competência em razão da pessoa: o foro por prerrogativa de função Parte 3 Prof. Thiago Almeida . Embargos de declaração na ADI 2.797: eficácia a partir

Leia mais