Material de Apoio Direito Civil IV Direitos Reais Prof.ª Gisele Echterhoff

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Material de Apoio Direito Civil IV Direitos Reais Prof.ª Gisele Echterhoff"

Transcrição

1 DIREITOS REAIS CONCEITO: 1 É o conjunto de normas reguladoras das relações jurídicas que possuem como objeto as coisas suscetíveis de apropriação pelo homem. IMPORTÂNCIA: trata da parte do direito civil que regula a propriedade. HISTÓRICO DIREITOS REAIS X DIREITOS PESSOAIS Direito Real: poder jurídico do titular sobre a coisa com exclusividade e contra toda a coletividade, sendo que todos devem se abster de qualquer ato perturbador do direito do titular. Erga omnes elementos: S.A., COISA, DOMÍNIO (relação de poder do S.A. sobre a coisa). Direito Pessoal: Relação jurídica pela qual o SA pode exigir do SP a realização de determinada prestação. Relação de pessoa a pessoa elementos: S.A., S.P. e PRESTAÇÃO. CARACTÉRES DISTINTIVOS 1) Quanto à natureza: D.P. Relativos os direitos e obrigações que surgem da relação jurídica afetam tão somente, em regra, a esfera jurídica do SA e do SP. 2) Quanto ao conteúdo: D.P. Não necessariamente possuem natureza patrimonial D.R. Absolutos afetam indistintamente todas as pessoas D.R. Possuem natureza patrimonial 3) Quanto ao objeto: D.P. Exigem o cumprimento de uma prestação Objeto pode ser determinável. D.R. Incidem sobre uma coisa/bem. Objeto sempre tem que ser uma coisa determinada.

2 4) Quanto ao sujeito D.P. Sujeito é determinável ou determinado 5) Quanto à duração: D.P. São transitórios e se extinguem pelo cumprimento ou por outros meios, como a prescrição. 6) Quanto à formação: D.P. Podem resultar da vontade das partes, sendo inúmeros os contratos inominados (numerus apertus). 7) Quanto ao exercício: D.P. Para o seu exercício se exige uma figura intermediária o devedor. 8) Quanto às normas reguladoras: D.P. Normas dispositivas ou facultativas D.R. Sujeito é indeterminado (DEVER GERAL OU SUJEITO PASSIVO UNIVERSAL) Só encontra o Sujeito Passivo quando é violado. D.R. São perpétuos, não se extinguindo pelo nãouso, apenas nos casos expressos em lei. D.R. Só podem ser criados pela lei, sendo que as espécies de direitos reais são limitados e regulados por lei (numerus clausus). D.R. São exercidos diretamente sobre a coisa, sem a necessidade da existência de um sujeito passivo. D.R. Normas de ordem pública cogente 2 FIGURAS HÍBRIDAS 3. OBRIGAÇÕES REAIS (PROPTER REM EM RAZÃO / EM VISTA DA COISA) Também conhecidas como ob rem POR CAUSA DA COISA. Recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real. Direitos reais Obrigações propter rem direitos sobre a coisa / na coisa direitos por causa da coisa / advindos da coisa

3 4. OBRIGAÇÕES COM EFICÁCIA REAL Material de Apoio Direitos obrigacionais direitos relativos 3 Direitos reais direitos absolutos, oponíveis erga omnes As obrigações com eficácia real são obrigações oponíveis a terceiros. PRINCÍPIOS DO DIREITO REAL a) Princípio da aderência, especialização ou inerência b) Princípio do absolutismo c) Princípio da publicidade ou da visibilidade d) Princípio da taxatividade ou numerus clausus e) Princípio da atipicidade f) Princípio da perpetuidade g) Princípio da exclusividade h) Princípio do desmembramento e da reunificação CLASSIFICAÇÃO Os direitos reais classifica-se em Direitos reais sobre a coisa própria; e Direitos reais sobre a coisa de gozo ou fruição alheia: de garantia

4 DA POSSE NOÇÕES GERAIS 4 A posse nada mais é do que a relação de fato entre a pessoa e a coisa, independentemente de ser ou não proprietário. PROTEÇÃO DA POSSE paz social e segurança das relações sociais, FIM ÚLTIMO DA SUA PROTEÇÃO a proteção da propriedade JUS POSSIDENDI E IUS POSSESSIONIS Jus possessionis ou posse formal: é o direito à proteção da posse que não decorre do direito de propriedade, pois deriva de posse autônoma, independente de título jurídico. Jus possidendi ou posse casual: é o direito à proteção da posse fundado no direito de propriedade ou em outros direitos reais. Neste caso a posse não é autônoma e está vinculada a um direito real, sendo conteúdo deste direito real. TEORIAS SOBRE A POSSE Teoria Subjetiva Friedrich Von SAVIGNY A posse se caracteriza pela conjugação de dois elementos: - corpus: elemento objetivo que consiste no poder físico sobre a coisa - animus: elemento subjetivo que consiste na vontade, na intenção de ter a coisa como sua, de exercer sobre ela o direito de propriedade (ANIMUS DOMINI). Teoria Objetiva Rudolf Von IHERING Para caracterizar a posse basta o elemento objetivo/material, o corpus, considerando irrelevante o animus domini. Porém, IHERING não considerava o corpus como mero contato físico da pessoa com a coisa, mas sim como conduta de dono, a vontade de agir como proprietário (affectio tenendi ou animus tenendi), explorando a coisa com fins econômicos. CONCEITO: a posse é o exercício de fato de um dos poderes inerentes à propriedade sobre uma coisa, ao qual a legislação atribui proteção. (art CCB). ELEMENTOS: Corpus: relação material do homem com a coisa destinação econômica da coisa. Animus: intenção de proceder com a coisa como faz normalmente o proprietário (affectio tenendi). POSSE E DETENÇÃO SAVIGNY: há detenção quando há corpus, mas não há animus domini (animus rem sibi habendi).

5 IHERING haverá detenção quando mesmo se caracterizando a posse, por uma previsão legal há a degradação da posse em detenção. 5 Art CCB: relação de subordinação ou dependência econômica empregado. o detentor ou fâmulo exerce a posse no interesse do proprietário ou possuidor. não têm o direito de invocar a proteção possessória. autoproteção. outras hipóteses de detenção: - art do CCB, primeira parte: permissão ou tolerância. - art do CCB, segunda parte: atos violentos ou clandestinos detenção independente. - art do CCB: momento da perda da posse. NATUREZA JURÍDICA DA POSSE FATO ou DIREITO 1ª. CORRENTE: a posse é um direito, pois os direitos são os interesses juridicamente protegidos. 2ª. CORRENTE: a posse é um fato, não tem autonomia, sendo protegida em razão do direito de propriedade. 3ª. CORRENTE: a posse é um fato e um direito. DIREITO REAL ou DIREITO OBRIGACIONAL ou DIREITO ESPECIAL CLASSIFICAÇÃO DA POSSE POSSE DIRETA E INDIRETA: art do CCB. desmembramento da posse. Possuidor indireto ou mediato: é o próprio proprietário ou possuidor que cede o seu bem a outrem tem a detenção objetiva. Possuidor direito ou imediato: é a quem a coisa é cedida, passando a ter o contato físico com a coisa, passando a usufruir economicamente do bem detém a posse subjetivamente. - estas posses coexistem, não colidem, nem se excluem. - possibilidade de defesa autônoma, mesmo entre os possuidores. - desmembramento sucessivo da posse.

6 POSSE EXCLUSIVA, COMPOSSE E POSSES PARALELAS POSSE EXCLUSIVA: a coisa é possuída por uma única pessoa. 6 COMPOSSE: quando há simultaneidade do exercício da posse, por mais de um titular. (art CCB). - proteção possessória Composse pro indiviso: ocorre quando todos os compossuidores exercem conjuntamente a posse sobre toda a coisa, sem uma divisão especifica. Composse pro diviso: ocorre quando os compossuidores estabelecem uma divisão de fato do exercício da posse. COMPOSSE E POSSES PARALELAS - Composse: exercício concomitante da posse. - Posses paralelas: existência de várias posses, mas de natureza diversa sobre a mesma coisa. POSSE JUSTA E INJUSTA: art CCB. - vícios: violência, clandestinidade ou precariedade. Posse violenta: violência física ou moral/psicológica - no ato do estabelecimento da posse - POSSE VIOLENTA x POSSE MANSA E PACÍFICA - vítima: esbulhado ou pessoas que exerciam a posse em nome daquele - agente: o próprio esbulhador ou outrem por ordem ou com a posterior aprovação. - detenção posse - convalescimento do vício ou transmudação da detenção em posse Posse clandestina - detenção posse - ciência do possuidor? possibilidade de conhecimento. Posse precária - pode decorrer: - possuidor indireto - detentor

7 - inversão do estado de ânimo x inversão do título. - não cabe a convalescença 7 - posse injusta posse justa: aquisição inter vivos ou causa mortis - proteção possessória? POSSE DE BOA E MÁ FÉ: art do CCB. - ignorância ou não do vício - critério subjetivo - proteção possessória: só se analisa se a posse é justa - análise da boa ou má-fé da posse: * usucapião; * frutos e benfeitorias; * perda e deterioração da coisa. - justo título presunção de boa-fé (parágrafo único do art CCB). - Justo título justa causa possessionis - presunção juris tantum - perda da boa-fé: art do CCB. POSSE NOVA E VELHA - idade da posse: ano e dia - posse nova e velha x ação de força nova (art. 924 do CPC) e ação de forma velha POSSE NATURAL E CIVIL - Posse natural: detenção efetiva e material da coisa. - Posse civil ou jurídica: decorre de força de lei POSSE AD INTERDICTA E AD USUCAPIONEM - Posse ad interdicta: ações possessórias - Posse ad usucapionem: gera a aquisição do domínio por meio da usucapião POSSE PRO DIVISO E PRO INDIVISO - decorre da composse Posse pro indiviso: posse conjunta - parte ideal. Posse pro diviso: divisão de fato do exercício da posse

8 AQUISIÇÃO, CONSERVAÇÃO, TRANSMISSÃO E PERDA DA POSSE 1. AQUISIÇÃO DA POSSE 8 - propriedade x posse - importância de se fixar o momento exato da aquisição da posse 1.1. MODOS DE AQUISIÇÃO DA POSSE - art do CCB Teoria Objetiva - modos de aquisição em geral - Classificação: aquisição originária aquisição derivada 1.2. AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA - ato de assenhoreamento autônomo (Caio Mario) - livre dos vícios da posse anterior. - nova situação de fato. APREENSÃO DA COISA Pode decorrer da: 1) apropriação da coisa sem dono. coisa abandonada (res derelicta) coisa de ninguém (res nullius). 2) retirada a coisa de outrem sem a sua permissão. Apreensão de bens móveis esfera de influência. Apreensão de bens imóveis ocupação 1.3. AQUISIÇÃO DERIVADA OU TRANSMISSÃO DA POSSE - negócio jurídico transmissão da posse - vícios do possuidor anterior. - art e do CCB TRADIÇÃO - acordo de vontades. - o ato de entrega da coisa.

9 Espécies de tradição: Tradição real 9 Tradição simbólica Tradição ficta - Constituto possessório ou cláusula constituti - traditio brevi manu SUCESSÃO NA POSSE SUCESSÃO CAUSA MORTIS - art e do CCB Pode haver: 1) Sucessão universal sucessão legítima Princípio da Saisine art do CCB 2) Sucessão a título singular legado - COM OS MESMOS CARACTERES subcessio patrimonio ou successio possessionis. SUCESSÃO INTER VIVOS acessio possessionis. união de posses: faculdade vícios da posse anterior 1.4. QUEM PODE ADQUIRIR A POSSE - art do CCB a) pela própria pessoa ou seu representante legal. - incapaz b) por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.

10 2. PERDA DA POSSE - atos de posse 10 - art do CCB PERDA DA POSSE PELO ABANDONO - derelicitio - voluntariendade - não exercício contínuo da posse Portanto, o abandono depende de: 1) Não uso do bem 2) Ânimo de renunciar o direito - apurar o ânimo: análise das circunstâncias concretas. Perde o corpus e o affectio tenendi...animus tendendi - perda da coisa é contra a vontade do possuidor. - perda da posse pelo abandono do representante PERDA DA POSSE PELA TRADIÇÃO - intenção de transferir a posse a outrem de forma definitiva 2.3. PERDA OU DESTRUIÇÃO DA COISA - POSSE: possibilidade de contato físico com a coisa (corpus) - tentativa de recuperá-la. - perecendo o objeto extingue-se o direito - perda da posse contra a vontade do possuidor.

11 DOS EFEITOS DA POSSE 1. INTRODUÇÃO 11 - efeitos interpretação dos artigos a e do CCB 2. A PERCEPÇÃO DOS FRUTOS 2.1. NOÇÃO E ESPÉCIES DE FRUTOS - acessórios (art. 92 e 95 do CCB). - frutos x produtos (art. 95 do CCB). - Classificação dos frutos: 1) Quanto à origem: a) Naturais b) Industriais c) Civis 2) Quanto ao seu estado: a) Pendentes b) Percebidos ou colhidos c) Estantes d) Percipiendos e) Consumidos - regra: os acessórios seguem a sorte do principal proprietário. - exceção: possuidor de boa-fé 2.2. REGRAS DE RESTITUIÇÃO (art a do CCB). POSSUIDOR DE BOA-FÉ Enquanto durar a boa-fé tem direito aos frutos percebidos. Não faz jus aos frutos pendentes, os quais devem ser restituídos, deduzidas as despesas de produção e custeio) Não faz jus aos colhidos antecipadamente (devem ser restituídos, deduzidas as despesas de produção e custeio) Sob pena de enriquecimento sem causa - Momento que se reputam colhidos: art do CCB. POSSUIDOR DE MÁ-FÉ O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. (art. 1216) 3. A RESPONSABILIDADE PELA PERDA E DETERIORAÇÃO DA COISA - POSSUIDOR DE BOA-FÉ: art do CCB. - POSSUIDOR DE MÁ-FÉ: art do CCB.

12 - dever de zelar pela conservação - presunção iuris tantum de culpa 12 - ônus da prova 4. A INDENIZAÇÃO PELAS BENFEITORIAS E O DIREITO DE RETENÇÃO 4.1. NOÇÃO E ESPÉCIES DE BENFEITORIAS - art. 96 do CCB: Benfeitorias necessárias úteis voluptuárias - BENFEITORIAS X ACESSÕES INDUSTRIAIS (art a do CCB) REGRAS DA INDENIZAÇÃO DAS BENFEITORIAS (arts a do CCB). POSSUIDOR DE BOA-FÉ Indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis. (o credor terá que indenizar pelo valor atual) Direito de retenção enquanto não for indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis. Benfeitorias voluptuárias: se não forem pagas, pode levantá-las sem detrimento da coisa. POSSUIDOR DE MÁ-FÉ Indenização somente pelas benfeitorias necessárias, sob pena de enriquecimento ilícito. (o credor pode optar entre pagar o valor atual ou o seu custo) Não tem direito de retenção. Não tem direito de levantamento das benfeitorias voluptuárias DIREITO DE RETENÇÃO - meio de defesa ou de garantia - meio coercitivo de pagamento. - direito real Requisitos: a) posse de boa-fé; b) crédito exigível c) nexo causal d) inexistência de exclusão 5. A PROTEÇÃO POSSESSÓRIA - principal efeito da posse - modos:

13 a) autodefesa a.1) legítima defesa a.2) desforço imediato 13 b) ações possessórias Ações tipicamente possessórias interditos possessórios b.1) manutenção de posse. b.2) reintegração de posse. b.3) interdito proibitório AUTOTUTELA - art , 1º do CCB - legítima defesa: presença no momento da turbação - desforço imediato: esbulho e retomada da coisa logo após. - por sua própria força - autotutela pelos fâmulos da posse - Limites da autotutela - ação imediata - extensão dos atos de defesa 2.2. REGRAS GERAIS APLICÁVEIS ÀS AÇÕES POSSESSÓRIAS TÍPICAS - ações tipicamente possessórias - ações possessórias em sentido estrito - interditos possessórios: - manutenção de posse. - reintegração de posse. - interdito proibitório. - ações afins dos interditos possessórios CONVERSÃO DA AÇÃO POSSESSÓRIA EM AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - cumulação de pedidos (art. 921, I do CPC) A FUNGIBILIDADE DOS INTERDITOS - art. 920 do CPC - existe uma ação de proteção possessória varia de acordo com as condições fáticas.

14 - somente se aplicam às ações possessórias em sentido estrito - exceção à regra que impede o julgamento extra petita (art. 460 do CPC) CUMULAÇÃO DOS PEDIDOS - art. 921 do CPC: faculdade CARÁTER DÚPLICE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS - art. 922 do CPC - ações de natureza dúplice: ambas as partes necessitam da tutela jurisdicional - ambos alegam serem possuidores Juiz analisa a melhor posse - requerimento expresso - aplica-se somente às ações possessórias em sentido estrito DISTINÇÃO ENTRE JUÍZO POSSESSÓRIO E JUÍZO PETITÓRIO: exceptio domini - jus possessionis x jus possidendi - ação possessória instaura o juízo possessório ius possessionis. - ação petitória ius possidendi. - art , 2º. do CPC impossibilidade da exceptio domini (com base no domínio pretende a posse da coisa) posse justificada no domínio PROCEDIMENTO - art. 924 do CPC procedimento especial previsto no art. 926 a 931 do CPC - vantagem liminar ação de força nova (art. 928 do CPC). - rito especial duas fases 1) até a concessão da liminar 2) após a concessão ou não da liminar e a citação do réu o processo seguirá o rito comum ordinário (art. 930 e 931 do CPC) A EXIGÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO - art. 925 do CPC - garantia de indenização - ônus da prova do réu

15 - caução real ou fidejussória - conseqüência: depósito 15 Requisitos: - comprovação da inidoneidade financeira do autor; - requerimento a qualquer momento - direito de defesa do autor; - poder discricionário do Juiz.

16 DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS 1. INTRODUÇÃO 16 - FINALIDADE. - MODOS DE PROTEÇÃO - CONCEITO DE TURBAÇÃO (perturbação da posse): embora molestado o possuidor continua na posse da coisa. - CONCEITO DE ESBULHO (perda total da posse): o possuidor ficou privado da sua posse. 1. DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS TÍPICAS: INTERDITOS POSSESSÓRIOS 1.1. DA MANUTENÇÃO E DA REINTEGRAÇÃO DE POSSE Introdução - tratamento pelo CPC a) ação de manutenção de posse: turbação - manter na sua posse. b) ação de reintegração de posse: esbulho recuperar a posse perdida. - art. 926, CPC - art , CCB Requisitos: art. 927 do CPC a) Posse - pressuposto fundamental - basta posse justa - prova turbação: mantém a posse esbulho: tinha a posse, mas a perdeu - Aquisição da posse por meio de ato inter vivos ou causa mortis - transmissão por escritura: posse civil ou jurídica. b) Turbação ou esbulho praticado pelo réu TURBAÇÃO - comprovar os atos que estão a molestar a sua posse

17 - cerceamento do livre exercício da posse. - não necessita de prova de prejuízo 17 Turbação de fato x turbação de direito Turbação de fato agressão material ao exercício da posse. Turbação de direito contestação ou ataques judiciais à posse (GONÇALVES). quando se realiza o ato de turbação pela via judicial ou administrativa (CAIO MÁRIO). Turbação direta x turbação indireta Turbação direta é a exercida diretamente sobre o bem Turbação indireta quando é realizada por medidas indiretas ESBULHO - efetiva perda da posse contra a sua vontade - Situações em que há duvida sobre a existência de turbação ou esbulho princípio da fungibilidade - Esbulho pacífico: vício da precariedade. c) Data da turbação ou do esbulho - estabelecer se a ação a ser proposta é de força nova ou força velha - ambas tem caráter de ação possessória - prazo de ano e dia é decadencial - momento do início da contagem Reiterados atos de turbação DESCONEXOS: o prazo é computado a partir de cada ato. COMPLEMENTARES: o prazo é computado do 1 ato. d) Continuação ou perda da posse 1.2. DO INTERDITO PROIBITÓRIO Introdução e Conceito - caráter preventivo

18 - impedir a concretização de uma ameaça de turbação ou esbulho da posse. - gradação dos atos de ofensa da posse 18 Mera ameaça INTERDITO PROIBITÓRIO Turbação MANUTENÇÃO DE POSSE Esbulho REINTEGRAÇÃO DE POSSE Requisitos: art. 932 do CPC a) posse atual do autor; b) ameaça de turbação ou esbulho por parte do réu; A ameaça deve ser - séria - iminente - inevitável c) justo receio de ser concretizada a ameaça. - Ameaça x exercício regular de direito Cominação de pena pecuniária: astreintes - meio de coerção - valor da pena pecuniária - ameaça concretizada x liquidação da pena Procedimento: art. 933 do CPC 2. AÇÕES AFINS AOS INTERDITOS POSSESSÓRIOS - a posse é defendida de forma direta ou indireta. - não possuem natureza possessória porque não possuem como fundamento a posse. Ações afins aos interditos possessórios: a) Ação de imissão na posse; b) Ação de nunciação de obra nova; c) Embargos de terceiro; d) Ação de dano infecto.

19 DA PROPRIEDADE 1. CONCEITO 19 - conceito dinâmico e histórico - é o direito que a pessoa possui, dentro dos limites normativos, de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, bem como de o reivindicar de quem injustamente o detenha. 2. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS - conteúdo: artigo 1228 do CC poderes do proprietário elementos constitutivos São elementos: jus utendi, jus fruendi, jus abutendi e a rei vindicatio. DIREITO DE USAR - jus utendi faculdade de o dono servir-se da coisa e de utilizá-la da maneira que entender mais conveniente, excluindo terceiros de igual uso. DIREITO DE GOZAR OU DE USUFRUIR - jus fruendi: significa a possibilidade, dentro dos limites legais, de aproveitar-se economicamente dos seus rendimentos (frutos e produtos). DIREITO DE DISPOR - jus abutendi: significa a possibilidade, dentro dos limites legais, de alienála a título gratuito ou oneroso, gravá-la de ônus ou submetê-la ao serviço de outrem. DIREITO DE REIVINDICAR ou REAVER rei vindicatio: significa a possibilidade, dentro dos limites legais, de mover ação reivindicatória para obter reaver - o bem, de quem o injustamente detenha ou possua, em virtude do direito de seqüela. 3. CARACTERES; Caráter absoluto: art do CCB. - mais amplo poder jurídico sobre a coisa. - oponível erga omnes - absoluto x ilimitado. Caráter da exclusividade: A mesma coisa não pode pertencer com exclusividade e simultaneidade a duas pessoas. Caráter de perpetuidade (irrevogável): não se extingue pelo não-uso da coisa pelo proprietário. 4. ESPÉCIES Quanto à extensão do direito PLENA: quando todos seus elementos constitutivos da propriedade acham-se presentes em uma só pessoa, o proprietário Art do CCB

20 RESTRITA OU LIMITADA: quando se desmembra um ou alguns de seus poderes que passam a ser de outrem (direito real sobre coisa alheia). Quanto à perpetuidade: 20 PERPÉTUA: duração ilimitada. RESOLÚVEL ou REVOGÁVEL: encontra em título constitutivo uma razão para sua extinção, na forma de condição resolutiva da propriedade (1359 e 1360 CC). 5. FUNÇÃO SOCIAL - Revolução Francesa: direito absoluto e individual. - nitidamente de conteúdo privado, não era passível de intervenção pelo Estado. - Estado Social interesse público comum (função social) - limitações ou restrições ao Direito de Propriedade: Código de Minas Código de Águas CF/88(art. 176) Código Florestal Lei do Inquilinato Limitações do Direito de Vizinhança Função Social da Propriedade (art. 5º, XXIII) Estatuto da Cidade (usucapião coletiva) CC/02 art , 1º - fundamento legal Constituição Federal de 1988: art. 5º., XXII e XXIII Código Civil de 2002: art , 1º. e 2º. - funcionalização dos institutos de Direito: Atribuir ao instituto jurídico uma utilidade ou impor-lhe um papel social. - significa remodelar a justiça social em volta do coletivo, do não individual - é uma cláusula geral orientadora da condição da propriedade. - é um instrumento prático da consolidação da solidariedade constitucional. Eroulths CORTIANO JUNIOR afirma que a função social da propriedade não é um limite externo ao direito de propriedade, sendo que o próprio conceito do direito de propriedade se alterou, pois a função social fazer parte deste conceito. 6. AÇÃO REIVINDICATÓRIA - direito de reivindicar (vindicatio) a coisa ação reivindicatória - direito de seqüela: direito de perseguir a coisa onde quer que se encontre ou com quem quer que se encontre.

21 - cabimento: quando o proprietário não possuidor pretende reaver a coisa do possuidor não proprietário, que a possui injustamente PRESSUPOSTOS E NATUREZA JURÍDICA - natureza de ação real. - pressupostos: 1) a titularidade do domínio da coisa; 2) a individuação da coisa, com todos os elementos e detalhes; 3) posse ou detenção injusta do réu: sem causa, sem título que justifique. Posse injusta verifica-se tão somente se a posse tem titulo que a fundamente. - efeito imediato: a obrigação do possuidor a restituir ao proprietário, com todos os seus acessórios, tais como frutos e rendimentos (art do CCB). - limite temporal: imprescritível. - USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE DEFESA Impossibilidade de o Juízo acolher a usucapião como matéria de defesa declarando o domínio do réu. EXCEÇÕES LEGAIS: Usucapião Especial de Imóvel Urbano: Estatuto da Cidade (Lei n.º /2001) Usucapião Especial de Imóveis Rurais: Lei n.º 6.969/1981 (art. 7º.) 7. DA DESCOBERTA A descoberta é o achado de coisa perdida por seu dono. - art do CCB. Coisa perdida coisa abandonada Dever de restituir x Apropriação de coisa achada (art. 169, II do CP) Restituição x direito à recompensa (achádego): art e parágrafo único do CCB Dever de conservação e responsabilidade pelos prejuízos: art do CCB Comunicação da descoberta e venda em hasta pública: art e do CCB Procedimento para venda da coisa alheia: art e segs. do CPC

22 DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL 1. INTRODUÇÃO 22 CCB 2002: arts a 1259 CC - Usucapião - Registro do título - Acessão DIREITO HEREDITÁRIO: também é um modo de aquisição da propriedade. - art do CCB princípio da saisine. princípio da continuidade do registro do imóvel. CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO: Aquisição originária: quando não há qualquer relação entre o domínio atual e o anterior. Aquisição derivada: será derivada quando houver transmissibilidade de domínio por ato causa mortis ou inter vivos. Há transmissão com os mesmos vícios ou limitações existentes. Aquisição a título singular: quando tem por objeto bens individualizados, particularizados. Aquisição a título universal: quando a transmissão recai sobre um conjunto de bens, sobre um patrimônio. 2. USUCAPIÃO 2.1. CONCEITO Modo originário de aquisição da propriedade e de outros direitos reais (servidões e usufruto), fundado no elemento tempo (POSSE PROLONGADA), também chamada de prescrição aquisitiva. Atenção: art do CCB aplicam-se ao lapso temporal as mesmas regras de extinção, suspensão e interrupção dos prazos prescricionais da parte geral do CCB art. 197 a REQUISITOS GERAIS DA USUCAPIÃO a) Coisa hábil: o bem é suscetível de usucapião; b) Posse com animus domini: ter como seu a vontade de possuir como se dono fosse. c) Posse mansa e pacífica: exercida sem oposição. Não basta a propositura de demanda possessória ou petitória, é necessária que a referida demanda seja julgada contra o possuidor que pretende o usucapião. Providências extrajudiciais não significam, verdadeiramente, oposição.

23 d) Posse contínua: sem interrupção até o ajuizamento da ação de usucapião, mas podendo somar a dos antecessores. Soma de posses: 23 Accessio possessionis transmissão da posse por ato inter vivos (art c/c art do CCB). Successio possessionis aquisição da posse a título universal por herança. e) Lapso temporal (continuatio possessionis): ao lado da posse o transcurso do tempo são requisitos básicos e estruturais do usucapião. f) Justo título: é todo ato formalmente adequado a transferir o domínio ou o direito real de que trata, mas que deixa de produzir tal efeito em decorrência de algum fato impeditivo. Compromisso de compra e venda irretratável e irrevogável mesmo sem registro é justo título. g) Posse de boa-fé: deve ignorar os vícios que o impedem de adquirir a coisa. É a crença firme e completa na legitimidade e regularidade do título. convicção da aquisição legítima. Presunção de boa-fé: art do CCB. PRESUNÇÃO RELATIVA ESPÉCIES DE USUCAPIÃO Usucapião extraordinária Usucapião ordinária Usucapião especial ou constitucional Rural (pro labore) Urbana (pró-moradia ou pro misero) Usucapião indígena USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA Previsão legal: art do CCB Requisitos: a) Posse de 15 anos (reduzível a 10 anos moradia habitual ou serviços produtivos) b) Posse com ânimo de dono (animus domini) c) posse contínua, mansa e pacífica OBS.: Dispensa justo título e boa fé Redução do prazo: CCB/1916 era de 20 anos CCB/2002 é de 15 anos art do CCB/2002. Posse trabalho: parágrafo único do art do CCB INOVAÇÃO

24 Direito intertemporal: art do CCB/2002. Material de Apoio USUCAPIÃO ORDINÁRIA 24 Previsão legal: art do CCB Requisitos: a) Posse de 10 anos (reduzível a 5 anos adquirido onerosamente e moradia ou investimento de interesse social e econômico); b) Posse com ânimo de dono (animus domini); c) Posse contínua, mansa e pacífica; d) Posse fundada em justo título e boa-fé. Redução do prazo: CCB/1916 era de 20 anos CCB/2002 é de 15 anos art do CCB/2002. Transcrição cancelada: parágrafo único do art do CCB INOVAÇÃO Direito intertemporal: art do CCB/ USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL - também chamada de usucapião constitucional rural ou usucapião pro labore Previsão legal: Lei n.º 6.969/81, art do CCB e CF art.191 Requisitos: a) Não possuir outra propriedade urbana ou rural; b) Posse de 5 anos; c) Posse com ânimo de dono (animus domini); d) Posse ininterrupta, sem oposição; e) Tenha tornado a área produtiva e estabelecido moradia fixação do homem no campo ocupação produtiva beneficio da família. f) Área rural de 50 hectares. OBS.: Independe de justo título e boa fé Atenção: não é possível a soma de posses (accessio possessionis). Matéria de defesa e registro: art. 7º da Lei n.º 6.969/ USUCAPIÃO ESPECIAL URBANO - também chamada de usucapião constitucional urbana ou usucapião pro moradia. Previsão legal: art do CCB e CF art.183 Requisitos: a) Não possuir outra propriedade urbana ou rural; b) Posse de 5 anos; c) Posse com ânimo de dono (animus domini);

25 d) Posse ininterrupta, sem oposição; e) Tenha estabelecido moradia no imóvel; f) Área urbana de 250 m 2 : tanto o terreno como a construção. Área maior: desde que a posse esteja limitada aos 250 m 2 25 OBS.: Independe de justo título e boa fé Atenção: se aplica tão somente a terreno urbano com construção, pois é requisito que tenha sido estabelecida a moradia USUCAPIÃO URBANA INDIVIDUAL DO ESTATUTO DA CIDADE Previsão legal: art. 9º da Lei n.º /2001 (Estatuto da Cidade). Requisitos: a) Não possuir outra propriedade urbana ou rural; b) Posse de 5 anos; c) Posse com ânimo de dono (animus domini); d) Posse ininterrupta, sem oposição; e) Tenha estabelecido moradia no imóvel; f) Área ou edificação urbana de 250 m 2 : tanto o terreno como a construção. Área maior: desde que a posse esteja limitada aos 250 m 2 Matéria de defesa e registro: art. 13 do Estatuto da Cidade Procedimento: sumário art. 14 do Estatuto da Cidade USUCAPIÃO URBANA COLETIVA DO ESTATUTO DA CIDADE Previsão legal: art. 10 da Lei n.º /2001 (Estatuto da Cidade). Requisitos: a) área urbana maior de 250m 2, sendo que cada ocupante não pode pretender usucapir área individual maior de que este limite; b) área ocupada por pessoas de baixa renda; c) Tenha estabelecido moradia no imóvel; d) posse de 5 anos; e) impossibilidade de localização da posse de cada usucapiente; f) não terem os possuidores outro imóvel urbano ou rural; Atenção: possibilidade de accessio possessionis 1º. do art. 10 do Estatuto da Cidade A aquisição se dá em regime de condomínio (conforme art. 10, 3º, 4º e 5º). Matéria de defesa e registro: art. 13 do Estatuto da Cidade USUCAPIÃO INDÍGENA Previsão legal: art. 33 da Lei n.º 6.001/73

26 Requisitos: a) índio integrado ou não b) trechos de terras rurais e particulares inferior a cinqüenta hectares c) Posse de 10 anos; c) Posse com ânimo de dono (animus domini); d) Posse ininterrupta, sem oposição; AÇÃO DE USUCAPIÃO O possuidor com posse ad usucapionem pode ajuizar ação declaratória. Regulamentação: arts. 941 a 945 do CPC e do CCB Competência: foro da situação do imóvel Necessidade de individuação do imóvel na inicial: juntar planta da área usucapienda (art. 942, CPC). Intervirá obrigatoriamente em todos os atos do processo o MP; 10). Trata-se de ação real. Para propor a ação, exige-se a outorga do outro cônjuge (CPC, art. Devem ser obrigatoriamente citados: a) aquele em cujo nome estiver registrado o imóvel (certidão negativa); b) os confinantes/confrontantes do imóvel; c) aqueles que estiverem em lugar incerto e os eventuais interessados serão citados por editais. Deve haver a intimação da fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A sentença que julgá-la procedente terá natureza meramente declaratória. A sentença será transcrita, mediante mandado, no registro de imóveis (Cartório de Registro de Imóveis - CRI), satisfeitas as obrigações fiscais (art. 945, CPC). 3. AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO 3.1. INTRODUÇÃO Só o contrato não transfere o domínio (art. 481 do CCB), sendo necessária a tradição para móveis e o registro do título para imóveis (art do CCB). A propriedade imóvel só se transfere pela transcrição de título. Então o registro geral direito real para o adquirente e transfere o domínio.

27 4. AQUISIÇÃO POR ACESSÃO 4.1. CONCEITO E FORMAS 27 Modo originário de aquisição, criado por lei, pelo qual tudo o que se une ou se incorpora a um bem pertence ao proprietário deste. Requisitos: a) conjunção entre duas coisas, até então separadas; b) caráter de acessória de uma dessas coisas, em confronto com a outra. Segue a regra de que o acessório segue o principal, evitando o enriquecimento sem causa ao prever pagamento de indenização ao proprietário desfalcado. Espécies: art do CCB 4.2. ACESSÕES FÍSICAS OU NATURAIS É a que ocorre em virtude de fatos da natureza ACESSÃO PELA FORMAÇÃO DE ILHAS Acúmulo de areia e materiais (cascalho ou fragmentos de terra) levados pela correnteza aumentando a área ribeirinha ou decorrente do rebaixamento de águas, deixando descoberto e a seco uma parte do fundo ou do leito. Regramento: art do CCB ALUVIÃO Acréscimo de terra formado sucessiva e imperceptivelmente nas margens do rio pela força da água, mediante lentos e imperceptíveis depósitos ou aterros naturais ou desvio das águas. Regramento: art do CCB. ESPÉCIES: Própria: a aluvião quando o acréscimo se forma pelos depósitos ou aterros naturais nos terrenos marginais do rio; Imprópria: quando tal acréscimo se forma em razão do afastamento (retração) das águas que descobrem parte do álveo AVULSÃO Parte de um imóvel é destacada do seu terreno e acrescida a outro, por ocasião de força abrupta e violenta. Regramento: art do CCB. Dever de Indenização.

28 ÁLVEO ABANDONADO Álveo é o leito do rio. Se o rio desvia seu leito, ou caso ele seque, o álveo pertence aos donos do terreno ribeirinho por onde passava. (art do CCB) ACESSÕES INDUSTRIAIS: CONSTRUÇÕES E PLANTAÇÕES. As acessões industriais derivam de um comportamento ativo humano, sendo os acréscimos que aderem ao solo e a ele se incorpora. Regra geral: art do CCB. PRESUNÇÃO RELATIVA JURIS TANTUM pode ser elidida nas hipóteses do art e segs do CCB. 1) Proprietário que semeia, planta ou edifica em terreno próprio, mas com sementes, plantas ou materiais alheios: art do CCB. O acessório segue a sorte do principal. Evitar enriquecimento sem causa: dever de ressarcir o valor das sementes, plantas ou materiais alheios. Perdas e danos: se agiu de má-fé. 2) Terceiro que semeia, planta ou edifica em terreno alheio: art do CCB. O acessório segue a sorte do principal. Terceiro de boa-fé: será indenizado. Valor do terreno x valor da construção ou plantação: terceiro de boa-fé adquire a propriedade do solo, mediante indenização. espécie de desapropriação no interesse privado. 3) Tanto o proprietário como terceiro obraram de má-fé: art e do CCB o proprietário adquire as acessões, mas deve indenizar o terceiro. 4) Invasão de parte do solo alheio por construção: art e do CCB. 4.1) quando a invasão não excede a vigésima parte do solo alheio: art do CCB. Requisitos para que ocorra a aquisição do solo: a) que a construção tenha sido feita parcialmente em solo próprio, mas havendo invasão de solo alheio; b) que a invasão do solo alheio não seja superior à vigésima parte deste; c) que o construtor tenha agido de boa-fé; d) que o valor da construção exceda o da parte invadida; e) que o construtor indenize o dono do terreno invadido, pagando-lhe o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente. Se o construtor estiver de má-fé: 10x o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.

29 4.2) quando a invasão excede a vigésima parte do solo alheio: art do CCB. Construtor de boa-fé: indeniza pelo valor que a invasão acrescer a sua construção, mais o valor da área perdida, mais o valor da desvalorização da área remanescente. Construtor de má-fé: é obrigado a demolir a construção, devendo pagar em dobro as perdas e danos. 29

30 DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL 1. USUCAPIÃO CONCEITO Modo originário de aquisição da propriedade e de outros direitos reais (servidões e usufruto), fundado no elemento tempo (POSSE PROLONGADA), também chamada de prescrição aquisitiva ESPÉCIES Usucapião ordinário Usucapião extraordinário 1.3. USUCAPIÃO ORDINÁRIO Previsão legal: art do CCB. Requisitos: a) Posse por mais de 03 anos; b) Posse com ânimo de dono (animus domini); c) Posse ininterrupta e sem oposição; d) Posse fundada em justo título e boa-fé USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO Previsão legal: art do CCB. Requisitos: a) Posse de 05 anos; b) Posse com ânimo de dono (animus domini); c) Posse de forma contínua, ininterrupta, mansa e pacífica. OBS.: Dispensa justo título e boa-fé REGRAS GERAIS (art do CCB). 2. OCUPAÇÃO É modo originário de aquisição de propriedade da coisa móvel ou semovente, sem dono, quando o agente se apropria da coisa sem dono, com animus domini. (art do CCB). Coisas sem dono : coisa abandonada (res derelicta) coisa de ninguém (res nullius). Abandono não se presume depende de:

31 3) Não uso do bem 4) Ânimo de renunciar o direito 3. ACHADO DO TESOURO 31 É o depósito antigo de coisas preciosas, oculto, de cujo dono não se haja memória. (art a do CCB). 4. TRADIÇÃO 4.1. CONCEITO É a entrega de coisa móvel ao adquirente, com a intenção de lhe transferir o domínio. (art do CCB). Só gera efeitos se quem transfere a propriedade é seu legítimo dono ESPÉCIES DE TRADIÇÃO Tradição real: quando há a entrega efetiva e material da coisa, o deslocamento material da coisa da propriedade de um para outro. Tradição simbólica: representada por ato que traduza a transmissão da posse. (traditio longa manu). Tradição ficta: é subdividida em traditio brevi manu e no constituto possessório. - Constituto possessório ou cláusula constituti: ocorre quando o alienante transfere o domínio para outrem, mas conserva a posse da coisa, na qualidade de locatário ou de detentor. - traditio brevi manu: é o inverso do constituto possessório, pois neste caso há um possuidor direto da coisa (locatário, usufrutuário, etc.) que passa a exercer esta posse em nome próprio, pois adquiriu o domínio da coisa, tornando-se proprietário TRADIÇÃO FEITA POR QUEM NÃO É PROPRIETÁRIO aquisição a non domino (art do CCB) 5. ESPECIFICAÇÃO É modo de aquisição mediante a transformação de coisa móvel em espécie nova, em virtude do trabalho ou da indústria do especificador, dede que não seja mais possível reduzi-la a sua forma primitiva (art do CCB). Se a matéria prima não pertencer ao especificador, dependerá de sua boa ou má-fé: - Boa-fé adquire a propriedade: art , caput do CCB. - Má-fé a coisa pertencerá ao dono: 1º do art do CCB

32 - De boa ou má-fé quando o valor da coisa exceder consideravelmente o da matériaprima (pintura numa tela) pertencerá ao especificador: 2º do art do CCB. Ressarcimento (art do CCB) CONFUSÃO, COMISSÃO E ADJUNÇÃO. Quando coisas que pertencem a pessoas diversas se mesclam de tal forma que seja impossível separá-las. CONFUSÃO: mistura de coisas líquidas; COMISTÃO: mistura de coisas sólidas ou secas; ADJUNÇÃO: quando há justaposição de uma coisa a outra. Quando as coisas puderem ser separadas sem deterioração (art , caput do CCB). Quando as coisas não puderem ser separadas sem deterioração ou se a sua separação for muito onerosa ( 1º do art do CCB). Se uma das coisas puder ser considerada principal ( 2º do art do CCB). Se a confusão, comistão ou adjunção ocorrer de má-fé (art do CCB). Se com a mistura surgir coisa nova (art do CCB).

33 DA PERDA DA PROPRIEDADE 1. INTRODUÇÃO 33 Uma vez que o direito a propriedade é perpétuo, só pode ser perdido por vontade do dono (modos voluntários alienação, renúncia ou abandono) ou determinação legal (modos involuntários usucapião ou desapropriação). Previsão legal dos modos de perda da propriedade: art do CCB 2. MODOS DE PERDA 2.1. ALIENAÇÃO É a transferência do direito de propriedade para outrem, por meio de negócio jurídico bilateral. Pode ser dar por título oneroso ou gratuito. Os efeitos da perda da propriedade estão subordinados ao registro do título (art , parágrafo único do CCB) RENÚNCIA É ato unilateral por meio do o titular do direito de propriedade abre mão de seus direitos sobre a coisa (bem móvel ou imóvel), de forma expressa. Os efeitos da perda da propriedade estão subordinados ao registro do título (art , parágrafo único do CCB) ABANDONO É ato unilateral por meio do qual o proprietário do imóvel abre mão de seus direitos sobre a coisa, de forma não expressa, com a intenção de não ter mais a coisa para si. O abandono depende de: 5) Não uso do bem 6) Ânimo de renunciar o direito perda da coisa é contra a vontade do proprietário. Coisa imóvel abandonada e sem que terceiro venha a conservar no seu patrimônio arrecadado como propriedade do Município ou do Distrito Federal ou, ainda, da União (art do CCB) USUCAPIÃO Ao mesmo tempo em que é modo originário de aquisição da propriedade pelo possuidor (posse prolongada), passa a ser modo involuntário de perda da propriedade pelo então proprietário.

34 2.5. PERECIMENTO DO IMÓVEL Decorre da perda de seu objeto, pode resultar tanto de atos involuntários (fenômenos da natureza), como de atos voluntários (destruição da coisa) DESAPROPRIAÇÃO Trata-se de modo involuntário de perda da propriedade. Perde-se a propriedade por desapropriação por necessidade e utilidade pública ou interesse social.

35 1. INTRODUÇÃO DOS DIREITOS DE VIZINHANÇA Os direitos de vizinhança decorrem de previsões legais que visam conciliar o exercício do direito de propriedade de prédios contíguos. São obrigações propter REM obrigações negativas mau uso da propriedade DO MAU USO DA PROPRIEDADE O proprietário tem o direito de fazer cessar as interferências anormais decorrentes do mau uso da propriedade vizinha (art do CCB). Essas interferências prejudiciais atingem a saúde, o sossego e a segurança ESPÉCIES DE ATOS NOCIVOS São atos: a) ilegais: são os atos ilícitos direito à indenização (art. 186 e 927 do CCB); b) abusivos: atos que embora lícitos, vem trazer incômodo exagerado prejudicando o vizinho. (Teoria do abuso de direito). c) lesivos: são os atos que, embora estejam dentro do uso normal da propriedade, causam danos aos vizinhos. Critérios para aferição do uso prejudicial: parágrafo único do art do CCB. a) Deve se proceder a verificação da extensão do dano ou do incômodo causado; b) Deve estar em desacordo com a zona, os usos e costumes do local. c) Deve considerar a anterioridade da posse. (Teoria da pré-ocupação) SOLUÇÕES PARA O CONFLITO a) INCÔMODO TOLERÁVEL: não deve ser reprimido. b) INCÔMODO INTOLERÁVEL: 1º) deve o Juízo determinar que seja reduzido a proporções normais art do CCB. 2º) cessação da atividade. 3º) quanto a atividade for de interesse social e o incômodo não puder ser reduzido a níveis toleráveis o causador do dano terá que indenizar. art do CCB. MEDIDAS JUDICIAIS:

36 a) ação cominatória (astreintes) podendo ser cumulada com reparação de danos causados. art. 287, 461, 4º e 644 do CPC. b) ação reparatória quando o dano já se consumou. 36 4º) Demolição ou reparação de prédio que ameace ruína. art do CCB. 5º) Garantia de obras a serem realizadas por outrem no seu imóvel art do CCB. Garantia caução real ou fidejussória art. 827 do CPC. 3. ÁRVORES LIMÍTROFES 1º) condomínio de árvores existentes na linha divisória: (art do CCB). presunção juris tantum. Consequentemente: a) os frutos e o tronco são de ambos proprietários; b) se a árvore for cortada ou arrancada deve ser repartida entre ambos proprietários; c) o corte ou a sua extração depende do consentimento de ambos os proprietários; d) possibilidade de recorrer ao Judiciário. 2º) propriedade dos frutos caídos naturalmente: art do CCB exceção a regra de que os acessórios seguem a sorte do principal. 3º) raízes e ramos de árvores que ultrapassam a divisa invadindo terreno vizinho: art do CCB. 4. DA PASSAGEM FORÇADA O proprietário do prédio encravado tem o direito de constranger o vizinho a lhe dar passagem, mediante indenização adequada. (art do CCB). Visa atender ao interesse social e à finalidade econômica da utilização da propriedade. Requisitos: a) Só tem cabimento quando o encravamento é natural e absoluto: - Não é encravado o imóvel que tenha outra saída. - Encravamento decorrente de alienação de parte do imóvel: 2º e 3º do art do CCB. b) Não havendo acordo entre os proprietários contíguos, a fixação do direito de passagem e o valor da indenização ser fixado judicial (menor ônus possível ao prédio serviente, utilizando-se do imóvel que mais natural e facilmente se preste à passagem. art e 1º do CCB). c) Direito à indenização equivale a uma desapropriação no interesse particular. Ocorre a extinção do direito de passagem forçada quanto deixa de existir a necessidade do imóvel encravado.

37 DIREITO DE PASSAGEM FORÇADA Direito de vizinhança. Decorre de lei. Visa evitar a inutilidade econômica de um prédio. 5. PASSAGEM DE TUBULAÇÕES E CABOS SERVIDÃO Direito real sobre coisa alheia Geralmente nasce de um contrato, Independe da necessidade decorrente da situação dos imóveis, podendo ser criada por mera conveniência e comodidade do dono de um imóvel que nem mesmo seja encravado. 37 É uma inovação do CCB/2002 que obriga o proprietário, mediante indenização, a tolerar, a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutores de serviços de utilidade pública, sempre que de outro modo for impossível ou excessivamente oneroso (art do CCB). Instalação menos gravosa possível para o imóvel onerado (parágrafo único do art do CCB). Realização de obras que visem à segurança para evitar danos (art do CCB). 6. CANALIZAÇÃO E ESCOAMENTO DE ÁGUA 1º) Chuva ou escoamento de água: a) os prédios inferiores são obrigados a receber as águas que NATURALMENTE corram dos superiores (art do CCB). b) os prédios inferiores (imóveis localizados a jusante) não são obrigados a receber as águas que SUPERFICIALMENTE corram dos superiores (art do CCB) direito a reclamar o desvio ou à indenização 2º) Direito às sobras das águas nascentes e das águas pluviais: art do CCB. servidão das águas supérfluas. 3º) Mau uso das águas pelos proprietários de prédios superiores: art do CCB. 4º) Possibilidade de represamento (art do CCB). 5º) Construção de canais por prédio de outrem (art do CCB). para as necessidades básicas, para agricultura e atividades econômicas. direito à servidão de aqueduto. 7. DOS LIMITES ENTRE PRÉDIOS E DO DIREITO DE TAPAGEM Com a finalidade de estabelecer os limites entre os prédios o proprietário pode (art do CCB): - cercar, murar, valar ou tapar o seu imóvel;

38 - compelir seu confinante a demarcar os prédios, bem como, a praticar os atos para aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos, dividindo-se proporcionalmente as despesas. 38 AÇÃO APROPRIADA: Ação demarcatória (art. 946 a 966 do CPC). Confusão de limites (art do CCB). 8. DIREITO DE CONSTRUIR Respeitado o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos o proprietário pode construir o que lhe aprouver (art do CCB) DEVASSAMENTO DA PROPRIEDADE VIZINHA A legislação cria algumas regras que limitam o direito de construir no claro intuito de prevenir a perturbação do recato e da privacidade familiar (art e parágrafos do CCB). Súmula 120 do STF. Prazo decadencial para impugnar a construção: art do CCB. Passado o lapso temporal não poderá depois impugnar, tampouco construir sem respeitar as normas. Não há servidão do uso da luz parágrafo único do art do CCB. Zona Rural: art do CCB DESPEJO DE ÁGUAS E BEIRAIS O proprietário construirá de modo que não despeje (água correm naturalmente) diretamente sobre o prédio vizinho (art do CCB) PAREDES DIVISÓRIAS Regras sobre parede-meia: art a do CCB. O confinante pode levantar parede divisória: a) somente em seu terreno único proprietário b) na linha divisória, com meia espessura no terreno vizinho condomínio (art do CCB). O vizinho pode utilizar a parede meia para levantar construção, mas deve respeitar as seguintes condições (art do CCB): a) que a nova construção se levante em prédio urbano; b) que a edificação esteja obrigada a determinado alinhamento

39 c) a parede divisa deve suportar a nova construção; d) deverá indenizar a metade da parede divisa; e) deve se assegurar de qualquer risco de segurança ou, ainda, não deverá desrespeitar a divisa. 39 Condomínio de paredes divisórias: art do CCB. Alteamento das paredes divisórias: art do CCB. Restrições as construções em paredes divisórias: art do CCB USO DO PRÉDIO VIZINHO O dono do prédio deverá tolerar a entrada do vizinho sempre que necessário, mediante aviso prévio (restrições quanto a horários), para reparos, construção ou limpeza da casa (art do CCB) OUTRAS RESTRIÇÕES: art a do CCB.

40 DA PROPRIEDADE RESOLÚVEL E DA PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA 1. DA PROPRIEDADE RESOLÚVEL CONCEITO A propriedade é resolúvel quando o título de aquisição está subordinado a uma condição resolutiva ou ao advento do termo. (GONÇALVES, 2006, p. 397) CAUSAS DE RESOLUÇÃO DA PROPRIEDADE Resolução pelo implemento da condição ou pelo advento do termo: art do CCB. - o termo e a condição se encontram no próprio título aquisitivo da propriedade; - condição ou termo pré-estabelecidos; - a condição ou termo operam efeitos ex tunc art. 128 do CCB Resolução por causa superveniente: art do CCB. - a causa é superveniente; - opera efeitos ex nunc. 2. DA PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA 2.1. CONCEITO - o próprio Código Civil conceitua a propriedade fiduciária no seu art negócio jurídico com elemento acidental (condição resolutiva). - bens móveis infungíveis. - alienação fiduciária em garantia LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS - Lei n.º 4.728/65 modificada pelo Decreto-lei n.º 911/69. - CCB de 2002 normas gerais sobre o instituto (art a 1.368) entende-se que os dispositivos de direito material da legislação anterior foram revogados, mantendo-se as regras de natureza processual do Decreto-lei n.º 911/69 (art do CCB). - novo direito real de garantia ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS - regulada pela Lei n.º 9.514/1997 art A do CCB REGRAS PARA A SUA CONSTITUIÇÃO art , 1º do CCB. requisitos:

Direitos Reais. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Professor Doutor Antonio Carlos Morato

Direitos Reais. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Professor Doutor Antonio Carlos Morato Direitos Reais Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Professor Doutor Antonio Carlos Morato Introdução ao direito das coisas. Composto por normas de ordem pública Poder jurídico direto e imediato

Leia mais

Capítulo 1 Direito das coisas... 1 Capítulo 2 Posse... 15

Capítulo 1 Direito das coisas... 1 Capítulo 2 Posse... 15 Sumário Capítulo 1 Direito das coisas... 1 1. Conceito e denominação... 1 2. Distinções entre os direitos reais e os direitos pessoais... 4 2.1. Características dos direitos pessoais... 6 2.2. Características

Leia mais

Capítulo 1 Introdução ao Direito das Coisas Capítulo 2 Da Posse... 29

Capítulo 1 Introdução ao Direito das Coisas Capítulo 2 Da Posse... 29 SUMÁRIO Capítulo 1 Introdução ao Direito das Coisas... 19 1. Conceito e abrangência do direito das coisas... 19 1.1. Distinção entre os Direitos Reais e os Direitos Pessoais... 22 2. Classificação dos

Leia mais

sumário 1.4. Características dos direitos reais Situações peculiares Da posse Introdução ao estudo do tema...

sumário 1.4. Características dos direitos reais Situações peculiares Da posse Introdução ao estudo do tema... sumário Parte I - DIREITO DAS COISAS 1. Introdução ao direito das coisas... 17 1.1. Conceito e alcance... 17 1.2. Direitos reais e direitos pessoais... 19 1.3. Constituição e transmissão dos direitos reais...

Leia mais

ROGÉRIO MARRONE DE CASTRO SAMPAIO

ROGÉRIO MARRONE DE CASTRO SAMPAIO ROGÉRIO MARRONE DE CASTRO SAMPAIO É juiz de Direito, exercendo, atualmente, o cargo de juiz assessor da 4ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Mestre em Direito Civil pela Universidade

Leia mais

POSSE. Aquisição e perda da Posse. Usucapião. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

POSSE. Aquisição e perda da Posse. Usucapião. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo POSSE Aquisição e perda da Posse Efeitos Secundários da Posse Proteção Possessória Usucapião Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 9ª edição) Prefácio Apresentação Introdução Referências Introdução...

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 9ª edição) Prefácio Apresentação Introdução Referências Introdução... Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 9ª edição)... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Introdução... 25 Referências Introdução... 29 Capítulo I Direitos reais... 31 1. Conceito... 31 2. Características

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 12a edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 12a edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25 Sumário Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 12a edição)... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Introdução... 25 Capítulo I Direitos reais... 31 1. conceito... 32 2. características fundamentais

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 13ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 13ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25 Sumário Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 13ª edição)... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Introdução... 25 Capítulo I Direitos reais... 31 1. Conceito... 32 2. Características fundamentais

Leia mais

Conteúdo: Propriedade: Conceito, Características, Formas de Aquisição. Usucapião.

Conteúdo: Propriedade: Conceito, Características, Formas de Aquisição. Usucapião. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Reais) / Aula 18 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Propriedade: Conceito, Características, Formas de Aquisição. Usucapião. Obs: Imissão na

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 06/11/2017) Posse.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 06/11/2017) Posse. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 06/11/2017) Direito das Coisas / Retenção. Posse. Detenção. A detenção é verdadeiramente uma posse não considerada

Leia mais

DIREITOS REAIS. 1.1 Direitos Reais versus os Direitos Obrigacionais: efermidade. 1.2 Das Obrigações Propter Rem, Ob Rem ou Obrigações Reais

DIREITOS REAIS. 1.1 Direitos Reais versus os Direitos Obrigacionais: efermidade. 1.2 Das Obrigações Propter Rem, Ob Rem ou Obrigações Reais 1 DIREITO CIVIL PONTO 1: Direitos Reais PONTO 2: Da Posse PONTO 3: Do Direito Real de Propriedade 1. DIREITOS REAIS Clóvis Beviláqua conceitua: é o complexo de normas reguladoras das relações referentes

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. INTRODUÇÃO AO INSTITUTO JURÍDICO DA POSSE Artigos a do Código Civil

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. INTRODUÇÃO AO INSTITUTO JURÍDICO DA POSSE Artigos a do Código Civil INTRODUÇÃO AO INSTITUTO JURÍDICO DA POSSE Artigos 1.196 a 1.203 do Código Civil 1. Conceito de posse Posse é o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio ou propriedade. Posse =

Leia mais

Direito Civil. Direito de Propriedade. Prof. Marcio Pereira

Direito Civil. Direito de Propriedade. Prof. Marcio Pereira Direito Civil Direito de Propriedade Prof. Marcio Pereira São formas de aquisição da propriedade derivada: sucessão (por causa mortis) e registro (por ato inter vivos) FORMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Propriedade.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Propriedade. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. (21/05/2018) Propriedade. Extensão do direito de propriedade e Restrições ao direito de propriedade.

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 14ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 14ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25 Sumário Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 14ª edição)... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Introdução... 25 Capítulo I Direitos reais... 31 1. Conceito... 32 2. Características fundamentais

Leia mais

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo DIREITO CIVIL V DA POSSE DA POSSE 1. Conceito: Não há conceito de posse Art. 1196. Posse é um fato DAS TEORIAS DA POSSE TEORIA SUBJETIVA DE SAVIGNY Posse corpus + ânimus domini Corpus - Apreensão física

Leia mais

DIREITO CIVIL A função social da propriedade e limitações ao exercício do direito de propriedade

DIREITO CIVIL A função social da propriedade e limitações ao exercício do direito de propriedade A função social da propriedade e limitações ao exercício do direito de propriedade Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. É o modo originário de aquisição da propriedade criado por lei, dado a uma incorporação por:

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. É o modo originário de aquisição da propriedade criado por lei, dado a uma incorporação por: CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior 1-) Aquisição da Propriedade: a) Acessão: É o modo originário de aquisição da propriedade criado por lei, dado

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 15ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 15ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25 Sumário Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 15ª edição)... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Introdução... 25 Capítulo I Direitos reais... 31 1. Conceito... 32 2. Características fundamentais

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior 1-) Transmissão da Posse: a) Causa mortis: Neste caso, a posse é transferida no cos junto da universalidade

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 Introdução ao Direito das Coisas... 19

SUMÁRIO. Capítulo 1 Introdução ao Direito das Coisas... 19 SUMÁRIO Apresentação da Coleção... 5 Capítulo 1 Introdução ao Direito das Coisas... 19 1. Conceito e abrangência do direito das coisas... 19 1.1. Distinção entre os direitos reais e os direitos pessoais...

Leia mais

Direito Civil - Reais

Direito Civil - Reais 0 Direito Civil - Reais Aula 01 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos

Leia mais

DO CONCEITO DE USUCAPIÃO

DO CONCEITO DE USUCAPIÃO DO CONCEITO DE USUCAPIÃO Conceito: Usucapião é modo de aquisição da propriedade (ou outro direito real), que se dá pela posse continuada, durante lapso temporal, atendidos os requisitos de lei. LOCALIZAÇÃO

Leia mais

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS... 1 1.1 Conceito de Direito das Coisas. A questão terminológica... 1 1.2 Conceito de direitos reais. Teorias justificadoras e caracteres. Análise preliminar

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 17. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 17. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 17 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (II) Posse (6) Classificação

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Posse e Propriedade: Direitos das Coisas Direito à Posse Direito Real Propriedade OBS: Não se vende o que

Leia mais

Abreviaturas e siglas usadas... XXIII Introdução Modernidade Centralidade Meio ambiente Globalização...

Abreviaturas e siglas usadas... XXIII Introdução Modernidade Centralidade Meio ambiente Globalização... Índice sistemático Abreviaturas e siglas usadas... XXIII Introdução... 1 1. Modernidade... 1 2. Centralidade... 2 3. Meio ambiente... 5 4. Globalização... 6 Livro III Do Direito das Coisas... 11 Título

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 27/11/2017)

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 27/11/2017) CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 27/11/2017) Continuação das restrições ao direito de propriedade. Extensão do direito de propriedade e restrições

Leia mais

DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS

DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS Posse para Savigny Posse é um fato que se converte em direito justamente pelos interditos concedidos pelo ordenamento Posse para Ihering Teoria da defesa complementar da propriedade

Leia mais

Prof. Antonio Carlos Morato - Esta aula é protegida de acordo com o artigo 7º, II da Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais)

Prof. Antonio Carlos Morato - Esta aula é protegida de acordo com o artigo 7º, II da Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais) Direitos Reais (DCV0312) Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Associado Antonio Carlos Morato 3º ANO - PERÍODO NOTURNO 2018 Prof. Antonio Carlos Morato

Leia mais

Direito Civil. Efeitos da Posse. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Efeitos da Posse. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Efeitos da Posse Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Institui o Código Civil. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO DAS COISAS Aula DIREITO DE VIZINHANÇA 02 CONDOMÍNIO GERAL

NOÇÕES DE DIREITO DAS COISAS Aula DIREITO DE VIZINHANÇA 02 CONDOMÍNIO GERAL NOÇÕES DE DIREITO DAS COISAS Aula 06 01 - DIREITO DE VIZINHANÇA 02 CONDOMÍNIO GERAL DIREITO DE VIZINHANÇA É o ramo do direito que trata das RELAÇÕES entre os PROPRIETÁRIOS E POSSUIDORES DE PRÉDIOS VIZINHOS

Leia mais

AULA Continuação de tema Efeitos da Posse artigo CC

AULA Continuação de tema Efeitos da Posse artigo CC CURSO: Magistratura e MP 2017.1 MATÉRIA: DIREITO CIVIL PROFESSOR:MARCELO DE JESUS DATA:07.04.2017 Este resumo foi elaborado por monitores a partir da aula ministrada em sala ;) Ementa da Aula: DIREITOS

Leia mais

DIREITO DAS COISAS POSSE DEFESA DA POSSE. PROF. Diogo de Calasans Melo Andrade

DIREITO DAS COISAS POSSE DEFESA DA POSSE. PROF. Diogo de Calasans Melo Andrade 1 DIREITO DAS COISAS POSSE DEFESA DA POSSE PROF. Diogo de Calasans Melo Andrade DIREITO DAS COISAS 2 Conceito: Clóvis: "Complexo das normas reguladoras das relações jurídicas - referentes às coisas suscetíveis

Leia mais

DIREITO CIVIL IV AULA 4: Aquisição e Perda da Posse

DIREITO CIVIL IV AULA 4: Aquisição e Perda da Posse DIREITO CIVIL IV AULA 4: Aquisição e Perda da Posse Revisão Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. Há posse

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte VIII Propriedade

Instituições de Direito Público e Privado. Parte VIII Propriedade Instituições de Direito Público e Privado Parte VIII Propriedade 1. Direito das Coisas Posse Posse Direitos das Coisas é o conjunto de regras relativas às relações jurídicas referentes aos bens. Possuidor

Leia mais

DIREITO CIVIL IV AULA 3: Efeitos da Posse

DIREITO CIVIL IV AULA 3: Efeitos da Posse DIREITO CIVIL IV AULA 3: Efeitos da Posse 1. Posse x Detenção x Atos de Mera Permissão A posse é o exercício de fato de um dos poderes da propriedade, em nome próprio Na detenção, o detentor tem a coisa

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 20/03/2018 CLASSIFICAÇÃO DA POSSE.

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 20/03/2018 CLASSIFICAÇÃO DA POSSE. Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 20/03/2018 CLASSIFICAÇÃO DA POSSE. CONCEITOS POSSE DE BOA-FÉ: quando o possuidor ignora o vício que lhe impede de adquirir a coisa, ele se encontra na

Leia mais

STJ DANIEL EDUARDO CARNACCHIONI CURSO DE. Direitos Reais THOMSON REUTERS REVISTADOS TRIBUNAIS"

STJ DANIEL EDUARDO CARNACCHIONI CURSO DE. Direitos Reais THOMSON REUTERS REVISTADOS TRIBUNAIS I J STJ00097850 DANIEL EDUARDO CARNACCHIONI CURSO DE I I I I Direitos Reais THOMSON REUTERS REVISTADOS TRIBUNAIS" CURSO DE DIREITO CIVIL Direitos reais Daniel Eduardo Carnacchioni desta edição [2014] EDITORA

Leia mais

POSSE E SUAS CARACTERÍSTICAS

POSSE E SUAS CARACTERÍSTICAS DIREITO SSÓRIO E SUAS CARACTERÍSTICAS Quem é possuidor? Todo aquele que exerce um dos poderes inerentes do Direito de Propriedade (1196 c/c 1228, CC) Usar (servir-se sem alterar sua substância) Gozar (extrair

Leia mais

É o conjunto de regras reguladoras das relações jurídicas entre as pessoas e os bens materiais.

É o conjunto de regras reguladoras das relações jurídicas entre as pessoas e os bens materiais. DIREITO DAS COISAS É o conjunto de regras reguladoras das relações jurídicas entre as pessoas e os bens materiais. Posse Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de

Leia mais

DIREITO CIVIL IV AULA 5: Propriedade. Aspectos gerais

DIREITO CIVIL IV AULA 5: Propriedade. Aspectos gerais DIREITO CIVIL IV AULA 5: Propriedade. Aspectos gerais 1. Conceito de propriedade O código civil não definiu a propriedade Para Carlos Roberto Gonçalves, o direito de propriedade pode ser definido como

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. É o modo originário de aquisição da propriedade criado por lei, dado a uma incorporação por:

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. É o modo originário de aquisição da propriedade criado por lei, dado a uma incorporação por: CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior 1-) Aquisição da Propriedade: a) Acessão: É o modo originário de aquisição da propriedade criado por lei, dado

Leia mais

DIREITO CIVIL IV. AULA 7: Aquisição da Propriedade. Usucapião. Prof. Ms. Luane Lemos

DIREITO CIVIL IV. AULA 7: Aquisição da Propriedade. Usucapião. Prof. Ms. Luane Lemos DIREITO CIVIL IV AULA 7: Aquisição da Propriedade. Usucapião Prof. Ms. Luane Lemos Modos de aquisição da propriedade imobiliária Registro de título Acessões imobiliárias Usucapião 3.1 Conceito e natureza

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior 1-) Direito de Construir: Direito de construir do possuidor ou proprietário de promover em seu prédio a incorporação

Leia mais

Modos de Aquisição da Propriedade

Modos de Aquisição da Propriedade Modos de Aquisição da Propriedade Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato Modos de Aquisição da Propriedade Imóvel Registro

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 16. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 16. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 16 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (II) Posse (3) Detenção:

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. (Aula 07/05/2018) Posse.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. (Aula 07/05/2018) Posse. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (Aula 07/05/2018) Posse. Classificação. 3- Posse de boa-fé e de má-fé. Boa-fé quando o possuidor

Leia mais

6. AÇÕES POSSESSÓRIAS 6.1 A

6. AÇÕES POSSESSÓRIAS 6.1 A 6. AÇÕES POSSESSÓRIAS 6.1 A posse e seus efeitos - O que é a posse? - Quais os efeitos oriundos da posse? > Direito à tutela possessória > Percepção dos frutos > Indenização pelas benfeitorias > Direito

Leia mais

Direitos Reais. Prof. Antonio Carlos Morato - Esta aula é protegida de acordo com o artigo 7º, II da Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais)

Direitos Reais. Prof. Antonio Carlos Morato - Esta aula é protegida de acordo com o artigo 7º, II da Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais) Direitos Reais 3º ANO - PERÍODO NOTURNO 2015 Apresentação do Curso Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato Indicações Bibliográficas

Leia mais

PLANO DE ENSINO - DEP DIRGV

PLANO DE ENSINO - DEP DIRGV PLANO DE ENSINO - DEP DIRGV NOME DA DISCIPLINA Direitos Reais CÓDIGO DPR047GV EMENTA Posse e proteção possessória. Propriedade. Características. Função social. Aquisição. Perda. Usucapião. Mecanismos de

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Efeitos da Posse Os interditos Alessandra Nóbrega Leite de A. Lima* 1. INTRODUÇÃO. Os interditos são meios processuais de defesa posse, e por isso sua disponibilidade pelo possuidor

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts a do CC

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts a do CC NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts. 1.228 a 1.276 do CC 1. Conceito de propriedade Propriedade é o direito que uma pessoa tem, respeitadas as normas limitativas, de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo

Leia mais

Direito Civil. Aquisição da Propriedade Móvel. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Aquisição da Propriedade Móvel. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Aquisição da Propriedade Móvel Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil LEI NO 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Institui o Código Civil. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Leia mais

AULA 05 DIREITO DAS COISAS

AULA 05 DIREITO DAS COISAS AULA 05 DIREITO DAS COISAS PROPRIEDADE - É o direito que o indivíduo tem de USAR, GOZAR, DISPOR e REAVER a coisa de quem quer que injustamente a possua. (art. 5º, XXII da CF) CARACTERÍSTICAS DA PROPRIEDADE

Leia mais

Direito das Coisas Generalidades

Direito das Coisas Generalidades Direito das Coisas Generalidades DIREITO DAS COISAS 1. Conceito: conjunto de normas reguladoras das relações jurídicas referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem (Clóvis Beviláqua) 2. Coisa(gênero)

Leia mais

Direitos de vizinhança

Direitos de vizinhança Direitos de vizinhança CONCEITO São regras que limitam o direito de propriedade a fim de evitar conflitos entre proprietários de prédios, respeitando, assim, o convívio social. Constituem obrigações propter

Leia mais

Universo dos Direitos Reais Efeitos do Direito Real Da Posse Classificações da Posse Aquisição, Conservação, Transmissão e Perda da Posse

Universo dos Direitos Reais Efeitos do Direito Real Da Posse Classificações da Posse Aquisição, Conservação, Transmissão e Perda da Posse Sumário 1 Universo dos Direitos Reais 1.1 Relação das Pessoas com as Coisas 1.2 Direitos Reais e Direitos Pessoais 1.3 Divagações Doutrinárias Acerca da Natureza dos Direitos Reais 1.4 Situações Intermediárias

Leia mais

DIREITO DAS COISAS. Beatis Possidendis

DIREITO DAS COISAS. Beatis Possidendis P á g i n a 1 Professor Durval Salge Junior DIREITO DAS COISAS Beatis Possidendis Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes

Leia mais

Plano de ensino de Direito Civil II do primeiro e segundo semestre de 1983:

Plano de ensino de Direito Civil II do primeiro e segundo semestre de 1983: Plano de ensino de Direito Civil II do primeiro e segundo semestre de 1983: Créditos: 03 Carga horária: 90 Teoria Geral das Obrigações Obrigações. Conceito. Evolução. Distinção entre direitos obrigacionais

Leia mais

MELHIM NAMEM CHALHUB

MELHIM NAMEM CHALHUB MELHIM NAMEM CHALHUB I I 2. 0 edição revista, atualizada e ampliada Prefácio Sylvio Capanema de Souza THOMSON REUTERS REVISTA DOS TRIBUNAIS" DIREITOS REAIS MELHIM NAMEM CHALHUB 2. a edição revista, atualizada

Leia mais

PLANO DE ENSINO - DEP DIRGV

PLANO DE ENSINO - DEP DIRGV PLANO DE ENSINO - DEP DIRGV NOME DA DISCIPLINA Direitos Reais CÓDIGO DPR047GV EMENTA Posse e proteção possessória. Propriedade. Características. Função social. Aquisição. Perda. Usucapião. Mecanismos de

Leia mais

QUADRO GERAL AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL 9/18/2016. Modos derivados e originários. Aula 06. Prof. Cristiano de Sousa Zanetti

QUADRO GERAL AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL 9/18/2016. Modos derivados e originários. Aula 06. Prof. Cristiano de Sousa Zanetti AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL Aula 06 QUADRO GERAL Modos derivados e originários 1 DICOTOMIA Usucapião Ocupação Originários Especificação Modos Tesouro União de coisas Tradição Confusão Comistão Adjunção

Leia mais

SUMÁRIO. 4. Classificações da Posse Posse Direta e Indireta... 55

SUMÁRIO. 4. Classificações da Posse Posse Direta e Indireta... 55 SUMÁRIO 1. Universo dos Direitos Reais... 1 1.1 Relação das Pessoas com as Coisas... 1 1.2 Direitos Reais e Direitos Pessoais... 4 1.3 Divagações Doutrinárias Acerca da Natureza dos Direitos Reais... 10

Leia mais

ATOS UNILATERAIS (Prof. Laryssa Cesar)

ATOS UNILATERAIS (Prof. Laryssa Cesar) ATOS UNILATERAIS 1. CONCEITO: manifestações volitivas unilaterais PROMESSA DE RECOMPENSA GESTAO DE NEGÓCIOS ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA PAGAMENTO INDEVIDO ART. 854 Art. 861 Art. 884 Art. 876 Obrigação instituída

Leia mais

Textos, filmes e outros materiais. Habilidades e Competências. Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Tipo de aula.

Textos, filmes e outros materiais. Habilidades e Competências. Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Tipo de aula. PLANO DE CURSO DISCIPLINA: DIREITOS REAIS (CÓD. ENEX 60130) ETAPA: 6ª TOTAL DE ENCONTROS: 15 SEMANAS Semana Conteúdos/ Matéria Categorias/ Questões Tipo de aula Habilidades e Competências Textos, filmes

Leia mais

Das ações possessórias. Manutenção de posse. Reintegração de posse. Interdito proibitório.

Das ações possessórias. Manutenção de posse. Reintegração de posse. Interdito proibitório. MÓDULO 19 Das ações possessórias. Manutenção de posse. Reintegração de posse. Interdito proibitório. Artigos 554 a 568 do CPC Proteção à posse: Autotutela (proteção do bem por iniciativa do possuidor)

Leia mais

Modos de Aquisição da Propriedade

Modos de Aquisição da Propriedade Modos de Aquisição da Propriedade Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato Modos de Aquisição da Propriedade Móvel Usucapião

Leia mais

Direito das Coisas. Posse. Relações Materiais entre Sujeitos e Coisas. Professor: Hércules Aluno: Eduardo Sette Brüggemann

Direito das Coisas. Posse. Relações Materiais entre Sujeitos e Coisas. Professor: Hércules Aluno: Eduardo Sette Brüggemann Professor: Hércules Aluno: Eduardo Sette Brüggemann Direito das Coisas 25/8/2009 Coisas x Bens Bem jurídico é aquilo que pode ser objeto de relação jurídico limitabilidade exterioridade tangibilidade economicidade

Leia mais

Seminário 04 Usucapião. Prof. Dr. Antônio Carlos Morato Anita Pissolito Campos

Seminário 04 Usucapião. Prof. Dr. Antônio Carlos Morato Anita Pissolito Campos Seminário 04 Usucapião Prof. Dr. Antônio Carlos Morato Anita Pissolito Campos Respostas ao Seminário 03 1) Marcos emprestou uma casa de praia de sua propriedade a Fábio seu amigo de infância, para ele

Leia mais

Teoria Geral das Coisas. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Teoria Geral das Coisas. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Teoria Geral das Coisas Objetivos O objetivo desta aula será apresentar a teoria geral das coisas iniciando-se com um breve relato sobre o Direito das Coisas, seguindo-se para a diferença entre o direito

Leia mais

Obs. 1: Sujeitos da relação jurídica (teoria realista x teoria personalista) Obs. 2: Natureza das normas que disciplinam os direitos reais

Obs. 1: Sujeitos da relação jurídica (teoria realista x teoria personalista) Obs. 2: Natureza das normas que disciplinam os direitos reais AULA 01 PRELIMINARES I BENS E COISAS II DIREITO DAS COISAS III CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS REAIS (em contraposição com as dos direitos pessoais) a) Caráter absoluto b) Direito de seqüela c) Individualidade

Leia mais

Direito Civil Direitos Reais Professor: Stanley Costa

Direito Civil Direitos Reais Professor: Stanley Costa AULA 06: Efeitos Materiais da Posse UNIDADE II DA POSSE 1. Direito aos Frutos; 2. Benfeitorias e Direito de Retenção; 3. Responsabilidade pela Perda ou Deterioração; 4. Posse que conduz à Usucapião; 1.

Leia mais

AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL POR ACESSÃO

AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL POR ACESSÃO AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL POR ACESSÃO 1. O artigo 1.248 do Código Civil prevê as formas de aquisição da propriedade por acessão. Considera-se acessão o modo originário de adquirir, em virtude do

Leia mais

OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS I

OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS I OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS I ARMINDO DE CASTRO JÚNIOR E-mail: armindocastro@uol.com.br Homepage: www.armindo.com.br Facebook: Armindo Castro Celular: (82) 9143-7312 DIREITO DA PROPRIEDADE O quê é direito de

Leia mais

Prof. Antonio Carlos Morato - Esta aula é protegida de acordo com o artigo 7º, II da Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais)

Prof. Antonio Carlos Morato - Esta aula é protegida de acordo com o artigo 7º, II da Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais) Direitos Reais (DCV0312) Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Associado Antonio Carlos Morato 3º ANO - PERÍODO NOTURNO 2018 Prof. Antonio Carlos Morato

Leia mais

Resolução a) Artigo 475: Resolve e perdas e danos ou cumprimento mais perdas e danos. Obs.: Teoria do Adimplemento Substancial

Resolução a) Artigo 475: Resolve e perdas e danos ou cumprimento mais perdas e danos. Obs.: Teoria do Adimplemento Substancial CONTRATOS - INADIMPLEMENTO Resolução a) Artigo 475: Resolve e perdas e danos ou cumprimento mais perdas e danos. Obs.: Teoria do Adimplemento Substancial b) Resolução por onerosidade excessiva: evento

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. a) Clandestina: é a que se estabelece às ocultas, na calada da noite;

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. a) Clandestina: é a que se estabelece às ocultas, na calada da noite; CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior 1-) Conti. Espécies de Posse: a) Clandestina: é a que se estabelece às ocultas, na calada da noite; b)

Leia mais

Material Teórico. Direito das Coisas. Posse e Propriedade. Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa. cod CoisasCDSG1701_ a01

Material Teórico. Direito das Coisas. Posse e Propriedade. Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa. cod CoisasCDSG1701_ a01 Material Teórico Direito das Coisas Posse e Propriedade Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa cod CoisasCDSG1701_ a01 1 Conceito É o conjunto de normas que regem as relações jurídicas concernentes

Leia mais

CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA

CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA Advogado, palestrante e professor de Dir. Civil, Prática Civil e Dir. do Consumidor em cursos preparatórios para a OAB e para Concursos Públicos; professor de Dir. Civil

Leia mais

DIREITO CIVIL IV AULA 1: Direito das coisas

DIREITO CIVIL IV AULA 1: Direito das coisas DIREITO CIVIL IV AULA 1: Direito das coisas CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DT REAIS X OBRIGACIONAIS OBRIGAÇÃO PROPTER REM 1 2 3 4 5 CLASSIFICAÇÕES OBJETO E SUJEITOS Teoria do O direito das coisas, como todo

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Posse. Direitos reais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Posse. Direitos reais CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Propriedade: Posse Direito das Coisas Direitos reais O proprietário tem a faculdade de: Usar; Frutificar;

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 23/11/2017). Classificação da posse e espécies. 1- Posse direta e indireta. Direta A posse pode ser desmembrada

Leia mais

III - DISCRIMINAÇÃO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

III - DISCRIMINAÇÃO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Plano de Ensino Disciplina: Direito Civil IV Curso:Direito Código: Série: 4 Obrigatória (x) Optativa ( ) CH Teórica: CH Prática: CH Total: 136 I - Objetivos Gerais:- Estimular a aprendizagem de forma crítica

Leia mais

1. Conceito. - Conceito: Posse é o exercício aparente de uma das faculdades, ou poderes inerentes ao direito de propriedade.(cc, art ).

1. Conceito. - Conceito: Posse é o exercício aparente de uma das faculdades, ou poderes inerentes ao direito de propriedade.(cc, art ). AULA 02: Da Posse 1. Conceito - Conceito: Posse é o exercício aparente de uma das faculdades, ou poderes inerentes ao direito de propriedade.(cc, art. 1.196). - Poderes inerentes à propriedade: Usar, gozar

Leia mais

DIREITOS DE VIZINHANÇA

DIREITOS DE VIZINHANÇA DIREITOS DE VIZINHANÇA CONCEITO DE DIREITOS DE VIZINHANÇA São limitações impostas por normas jurídicas a propriedades individuais, com o escopo de conciliar interesses de proprietários vizinhos, reduzindo

Leia mais

Posse x propriedade. A posse é uma exteriorização da propriedade, na teoria de Savigny a posse seria um fato e a propriedade um direito.

Posse x propriedade. A posse é uma exteriorização da propriedade, na teoria de Savigny a posse seria um fato e a propriedade um direito. Posse x propriedade A posse é uma exteriorização da propriedade, na teoria de Savigny a posse seria um fato e a propriedade um direito. A posse tem um ânimo transitório, enquanto a propriedade tem um ânimo

Leia mais

Direito Civil. Dos Direitos Reais Sobre Coisas Alheias. Prof. Marcio Pereira

Direito Civil. Dos Direitos Reais Sobre Coisas Alheias. Prof. Marcio Pereira Direito Civil Dos Direitos Reais Sobre Coisas Alheias Prof. Marcio Pereira DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS (art. 1225 CC) São classificados em: Direitos reais de gozo e fruição :superfície, servidão,

Leia mais

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo DIREITO CIVIL V DA PROPRIEDADE 1. Direitos do proprietário: art. 1228 2. Aquisição da propriedade se dá de forma originária ou derivada Originária usucapião Derivada transferência - imóvel / entrega da

Leia mais

Breve notícia histórica da propriedade 12/09/2016. a) Período Romano

Breve notícia histórica da propriedade 12/09/2016. a) Período Romano Síntese histórica da propriedade; Fundamento jurídico do domínio; Conceito, Elementos, Caracteres, Objeto e espécies de propriedade; Responsabilidade civil do proprietário Breve notícia histórica da propriedade

Leia mais

CAPÍTULO XI AÇÕES RELATIVAS ÀS SERVIDÕES 1. Ação confessória 2. Ação negatória 3. Ações possessórias 4. Nunciação de obra nova 5.

CAPÍTULO XI AÇÕES RELATIVAS ÀS SERVIDÕES 1. Ação confessória 2. Ação negatória 3. Ações possessórias 4. Nunciação de obra nova 5. Sumário CAPÍTULO I AS SERVIDÕES 1. Considerações sobre a propriedade 2. Limites sociais e jurídicos da propriedade e as servidões 3. As servidões no direito romano 4. Conceito de servidão 5. Natureza da

Leia mais

índice Parte I DA PROPRIEDADE E DA POSSE

índice Parte I DA PROPRIEDADE E DA POSSE índice Prefácio à 6 a edição... Nota dos autores à 6 a edição... Introdução à 1a edição... 7 9 11 Parte I DA PROPRIEDADE E DA POSSE 1. Breves notícias históricas sobre o direito de propriedade. Evolução

Leia mais

1º Fórum de Assuntos Extrajudiciais USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL

1º Fórum de Assuntos Extrajudiciais USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL 1º Fórum de Assuntos Extrajudiciais USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL Bianca Castellar de Faria Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015) Vigência 18/03/2016 Inclusão do artigo 216-A na Lei 6.015/73 Usucapião

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Mandato.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Mandato. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 16/11/2017). Mandato. Conceito: é o contrato pelo qual uma pessoa se obriga a realizar negócios jurídicos ou

Leia mais

Direito Civil. Posse e sua Classificação. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Posse e sua Classificação. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Posse e sua Classificação Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Institui o Código Civil. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Leia mais

DIREITO CIVIL IV. AULA 6: Aquisição da Propriedade

DIREITO CIVIL IV. AULA 6: Aquisição da Propriedade DIREITO CIVIL IV AULA 6: Aquisição da Propriedade Modos de aquisição da propriedade imobiliária Registro de título Acessões imobiliárias 1. Registro de Título Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade

Leia mais

FINALIDADE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS INTERDITOS

FINALIDADE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS INTERDITOS P á g i n a 1 PROFESSOR SANG DUK KIM FINALIDADE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS INTERDITOS Como visto anteriormente, a tutela jurídica da posse tem por fundamento a interdição da violência e a preservação da paz

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Condomínio Edilício.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Condomínio Edilício. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 07/12/2017). Condomínio Edilício. Convenção condominial. Imposta por lei, sua natureza é contratual, tendo

Leia mais