A Alemanha Ocidental e a Economia Social de Mercado
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL II PROF. DANIEL BARREIROS 7 A Alemanha Ocidental e a Economia Social de Mercado
2 1. Situação econômica da Alemanha Ocidental nos anos 1940 Produção industrial em % do registrado em 1938 Estoque de capital em % do registrado em 1936 Não faltavam capitais, e sim institucionalidade para retomada do crescimento Ao mesmo tempo, governo nazista deixava uma herança complexa Planejamento centralista Preços controlados e emissão de moeda inflação reprimida Racionamento Crise do padrão monetário
3 2. As reformas Erhard-Adenauer Reformas tem início em junho de 1948, autorizadas pelo Parlamento da Zona de Controle Anglo-Americana Reformas pró-mercado Reforma monetária cria o Deutschmark Banco Central independente era proposta como garantia contra inflação Fim do planejamento central e do controle de preços (exceto de alimentos, matériasprimas e salários) Redução tarifária e renúncia fiscal para desonerar a produção industrial Fim das restrições ao comércio e fim da cartelização na economia
4 3. Lenta integração da Alemanha Ocidental ao mercado mundial Nos anos 1940 condições não eram favoráveis à projeção no mercado mundial Deutschmark, apesar de estável, ainda inconversível em ouro Comércio bilateral continuava sendo a forma fundamental de inserção externa Surgimento da União Europeia de Pagamentos viabiliza inserção externa alemã Alemanha Ocidental torna-se progressivamente credora Lidera o processo de liberalização na UEP (Código de Liberalização) Alemanha elimina restrições quantitativas a importações Ao mesmo tempo, mantém agressiva política pró-exportação
5 4. Alemanha Ocidental dos anos 1950 Crescimento médio de 8,2% a.a. Desemprego manteve-se controlado mesmo com a absorção de 9 milhões de refugiados Preços ao consumidor crescendo abaixo de 4% até 1960 Salários crescem, em média, 6% no período
6 5. As ideias Escola de Freiburg Ordoliberalismo Rejeitavam o planejamento centralizado, o corporativismo e a cartelização da economia Estado não é um agente eficiente na alocação de recursos Estado perturba a eficiência de mercado Laissez-faire não garante alocação eficiente dos recursos porque gera monopólios Livre-mercado então é incapaz de manter uma economia em funcionamento estável Estado então deve fornecer instrumentos para proteger e regular a concorrência Ao mesmo tempo, Estado deve manter programas de bem-estar social
7 6. Dificuldades na Economia Social de Mercado nos anos 1960 Crescimento médio na década cai para 4,4% a.a. Carência de mão de obra apesar do grande afluxo de imigrantes Desemprego era baixo porque produtividade crescia mais que os salários Permitia empregar mão-de-obra com vantagem Câmbio fixo, desvalorizado e conversível tinha alto impacto inflacionário
8 7. As reformas Brandt-Schmidt e as políticas de manejo da demanda ( ) Lei de Estabilidade Econômica e Crescimento Estado estimula demanda via déficit Estado estimula pleno emprego Ao mesmo tempo, Estado tenta estabilizar os preços Amplia-se na Alemanha Ocidental a preocupação com a distribuição de renda Câmbio fixo desvalorizado agravava inflação Sindicatos pressionam por elevações salariais diante da inflação, inclusive em setores de baixa produtividade Impactos da crise energética
9 8. Recessão na Alemanha e avanço da opinião neoliberal ( ) Desemprego alcança 7,5% em 1983 Desemprego eleva-se rapidamente em momentos de recessão e recua pouco em momento de crescimento Governo alemão busca combater o desemprego pela ampliação do gasto (pró-cíclico) Surgem opiniões que Regulação sobre o mercado de trabalho impediria sua flexibilidade Negociação coletiva impunha salários altos a setores de baixa produtividade Custo do trabalho elevado pelas leis de proteção (81,80 DM para cada 100 DM) Rede de proteção social estendida à classe média com alto impacto sobre as contas públicas Incentivos negativos à aceitação de empregos com baixa remuneração Indústrias improdutivas subsidiadas por 8,1% do PNB
10 ) Partido Socialdemocrata não avança com processo de desregulamentação da economia SPD dá lugar a uma coalizão conservadora liderada pelos Democrata-Cristãos (1982) Reformas de Helmut Köhl buscavam resgatar o Ordoliberalismo Eliminar políticas de estímulo à demanda agregada Manter políticas de bem-estar social Tornar Estado mais regulador e menos interventor Falta de confiança do investidor estrangeiro
11 10. As dificuldades econômicas provenientes da Reunificação (1989 -????) Alemanha Oriental em 1989 registrava índices econômicos muito precários Baixa produtividade Baixo índice de investimento Produtos não competitivos no mercado externo Conversão entre as moedas de 1:1 foi decisão política, e levou à explosão de custos e preços no leste Falências nas empresas privatizadas a despeito dos subsídios governamentais População do leste é incorporada ao Estado de bem-estar social com impacto sobre o gasto público
12 Bibliografia KERBER, Wolfgang e HARTIG, Sandra. Critical Review, Vol. 13, N. 3-4, 1999, pp
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