ECONOMIA DOS RECURSOS NATURAIS / ECONOMIA AMBIENTAL. A valoração do Ambiente
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- Anna Borba Imperial
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1 ECONOMIA DOS RECURSOS NATURAIS / ECONOMIA AMBIENTAL A valoração do Ambiente
2 Conceito de Valor Segundo os Economistas: Valor de um objecto, produto ou serviço é aquilo que estamos dispostos a pagar por ele.
3 VALOR ECONÓMICO TOTAL Valor de uso Valor de não uso Directo Indirecto Valor de opção Valor de existência Valor de legado
4 Métodos de avaliação ou valoração DIRECTO INDIRECTO MERCADOS OBSERVADOS OBSERVADOS/DIRECTOS Referendo Mercados simulados Mercados privados paralelos OBSERVADOS/INDIRECTOS Custo de viagem Preços hedónicos Acções de burocratas e políticos MERCADOS HIPOTÉTICOS HIPOTÉTICOS/DIRECTOS Avaliação contingente Jogos de afectação com reembolso Questionários do tipo gastar mais - o mesmo - menos Adaptado de Mitchell e Carson (1989: 75) HIPOTÉTICOS/INDIRECTOS Ordenação contingente Disposição em (comportamento) Jogos de afectação Técnicas de avaliação prioritária Análise conjunta Mapas de curvas de indiferença
5 Preços Hedónicos 1 Os consumidores estão dispostos a oferecer diferentes quantias para obterem produtos com diferentes características. O valor que oferecem também depende do seu nível de rendimento e do nível de utilidade. Aplicável em qualquer situação em que o preço de um bem ou factor de produção seja influenciado por factores ambientais. É feita uma tentativa para calcular um preço implícito para os atributos ambientais, examinando os mercados reais nos quais aquelas características são efectivamente negociadas. Através do uso de técnicas estatísticas adequadas, procura identificar quanto da diferença de preço entre dois bens resulta de uma determinada diferença ambiental Pi=P(Q1...Qj...Qn). Pi é o preço de um bem i Qj é quantidade da característica j
6 Preços Hedónicos 2 Vantagens Faz uso de preços de mercado porque os bens são realmente transaccionados Limitações Só permite avaliar bens ambientais que estejam associados a bens transaccionados. Os valores de não uso não são contemplados. Exige que todos os atributos que condicionam um determinado mercado sejam conhecidos e que estejam disponíveis os dados necessários a uma estimação fiável. Desconhecimento das formas funcionais das equações de preços hedónicos subjacentes e, portanto, com possibilidades de optar por formulações bastantes diversas com implicações muito diferentes. Pressupõe que os indivíduos conheçam realmente as diferenças no nível da característica a ser avaliado, o que frequentemente não se verifica.
7 Aplicação do método dos preços hedónicos (exemplo Dinis et al., 2011) Modelo Variáveis ORGnij avaliação de um conjunto de caterísticas organoléticas que inclui o aspeto, a textura, o sabor, o aroma VAR ri - caraterísticas das variedades que não estão dependentes da avaliação dos inquiridos, tais como a origem da variedade; o perigo de extinção e modo de produção SOCsj características dos inquiridos e das seus agregados familiares (idade, género, nível de escolaridade local de residência, rendimento)
8 Aplicação do método dos preços hedónicos (exemplo)-resultados Random Effects Fixed Effects OLS Variables Coefficient p > z Coefficient p > z Coefficient p > z App Text Taste Smell Port LR Org Ext Res Rural Gend Age Edhigh Eduniv Nhouse Inc Inc Inc Constant Os consumidores estão dispostos a pagar mais 6% por maçãs de variedades regionais portuguesas do que por maçãs de variedades estrangeiras.
9 Custo de Viagem 1 Extensamente utilizado para avaliar benefícios ligados ao lazer. A informação é obtida através da aplicação de questionários a visitantes oriundos de diversos locais, criando assim zonas a diferentes distâncias, com diferentes custos de viagem, e calculase o número médio de visitas efectuadas ao local por residentes de cada uma dessas zonas Para fazer esta análise, os indivíduos ou famílias têm que ser agrupadas de acordo com características como o rendimento, as preferências para o lazer e a facilidade de acesso a outras estruturas idênticas.
10 Custo de Viagem 2 Traça-se uma curva da procura do lugar em função da distância e do custo de viagem. custo da viagem propriamente dito custo de eventuais tarifas para usufruir do lugar custo do tempo gasto na viagem e na visita, medidos através do seu custo de oportunidade
11 Custo de Viagem 3 Vantagens Dado o crescimento de mercados complementares, como o turismo de aventura e a visita a locais exóticos, poderá haver importantes oportunidades para a aplicação destes métodos na determinação do valor de bens ambientais. Limitações No entanto, valores de não uso, tal como o valor de existência, não são captados por estas técnicas centradas no mercado que, assim, subestimam o valor económico total dos bens ambientais. Geralmente ignora a possibilidade de os consumidores poderem substituir um lugar de interesse por outro. É difícil decidir quais os elementos do tempo a serem considerados como custos da actividade de lazer e quais os valores a atribuir a esses custos.
12 Avaliação Contingente 1 Grupos de indivíduos previamente seleccionados são questionados directamente, sendo-lhes solicitado que atribuam um valor a uma determinada característica ou alteração ambiental, pressupondo-se que agem de uma forma idêntica à que adoptariam num mercado real. São-lhes colocadas questões com o objectivo de se determinar em quanto avaliariam um bem ou serviço, se confrontados com a oportunidade de deles usufruírem em determinadas condições. Basicamente, o que se pretende é saber quanto é que eles estariam dispostas a pagar por um dado benefício ( WTP) ou quanto estariam dispostos a aceitar como compensação de um custo (WTA).
13 Avaliação Contingente 2 Vantagens Pode ser aplicado no cálculo do valor de uso de uma grande variedade de recursos. É a única abordagem da qual se pode esperar que capture integralmente os valores de não uso associados ao ambiente. Limitações Resultam da sua natureza hipotética, uma vez que não é claro que os indivíduos possuam incentivos para, num cenário deste tipo, declararem as suas verdadeiras preferências: Enquanto as preferências reveladas através do comportamento real têm grande credibilidade em economia, a afirmação dos agentes económicos acerca da forma como se comportariam em circunstâncias hipotéticas continua a ser vista com grande suspeição Numa perspectiva psicológica é muito diferente preencher um inquérito ou actuar num mercado real.
14 Referências Dinis, I; Simões, O. e Moreira, J. (2011). "Using sensory experiments to determine consumers willingness to pay for traditional apple varieties". Spanish Journal of Agricultural Research, Volume 9, Nº2:
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