Apoio Financeiro das Unidades TER no período: 1988/93
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- Marco Antônio Alcaide de Sousa
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1 Apoio Financeiro das Unidades TER no período: 1988/93 1. Introdução 2. Projectos entrados no fundo de turismo. 3. Projectos seleccionados 4. Apoio financeiro 5. Conclusões Dra. Maria Helena de Carvalho Eng. Armando Rodrigues Gago I. Introdução Tendo vindo a ser atribuídos ao Fundo de Turismo funções de acompanhamento e/ou fiscalização de projectos turísticos beneficiados com incentivos concedidos no âmbito do Quadro Financeiro de Apoio em vigor, foi, pela respectiva Comissão Administrativa, atento o volume e especialidade destas funções, criado um órgão próprio a elas dedicado, com a designação de Núcleo de Acompanhamento e Fiscalização de Projectos (NAF). Este órgão, orientado por um Director Inspector, com a colaboração de um engenheiro civil, foi constituído com elementos que transitaram directamente da divisão TER, os quais possuem, por esse motivo, efectiva experiência da actividade do turismo no espaço rural, pelo contacto directo tido com os respectivos promotores, não só na fase de apresentação das candidaturas como na da apreciação e informação dos projectos e sequentes vistorias dos empreendimentos, no decurso da sua execução material. Deste modo e como primeira abordagem das funções que lhe foram cometidas, ao NAFIR foi solicitada uma análise da evolução do investimento beneficiado com incentivos na referida modalidade turística e situação actual dos empreendimentos pelos mesmos contemplados, quer por financiamentos directos, quer pela concessão de subsídios a fundo perdido no âmbito dos programas desenvolvidos com subsídios de Zonas de Jogo, nomeadamente o designado por Costa Verde e os do SIFIT. Nestes termos, com o duplo objectivo de verificar da tramitação dos projectos na fase de instruo e verificação da execução material dos mesmos, procedeu-se a uma análise circunstanciada de todos os empreendimentos, objecto da concessão de incentivos, por modalidades, anos e fases de candidaturas, no que respeita a investimento previsto/realizado, subsídio libertado, eventuais atrasos na execução. Na elaboração da referida análise manteve-se uma colaboração estreita com a Divisão TER da Direcção Geral de Turismo - no sentido de se conjugarem as informações respeitantes à qualidade dos empreendimentos e situação das respectivas concessões de licenciamento de exploração, assuntos da competência dos respectivos Serviços mas de relevante interesse para a "verificação da conformidade da exploração com as condições aplicáveis e decorrentes dos actos de concessão dos correspondentes incentivos financeiros", tal como nos foi solicitado. A presente comunicação desenvolve-se pois segundo os seguintes "itens": 1 -, Análise temporal dos processos entrados no Fundo de Turismo no período em análise. Ensaio estatístico das quantidades de processos devolvidos; aprovados, elegíveis, sim ou não seleccionados, executados e/ou em curso. Motivos de devolução e de reprovação. 2- Id. Id. por modalidades (turismo de habitação, turismo rural e agro turismo) e por zonas promocionais, ensaio estatístico dos projectos seleccionados com a ponderação
2 dos projectos cancelados, com a execução em curso, atempada ou atrasada e dos projectos concluídos e em exploração. 3- Descrição do trabalho de campo efectuado com a visita dos técnicos do NAFIP a um número significativo de empreendimentos, seleccionados aleatoriamente e sem aviso prévio aos promotores, em moldes de por um lado detectar eventuais anomalias ao cumprimento das disposições regulamentares pertinentes e por outro lado colherem, da parte dos promotores, informações relativas às suas dificuldades de execução e/ou de exploração dos empreendimentos, sucesso ou insucesso dos mesmos, carência de apoio institucional, sugestões 4 - Conclusões 2- Projectos entrados no Fundo de Turismo no período de 1988/93
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7 Conclusões Na elaboração do relatório em que se fundamenta a presente comunicação dois objectivos estiveram presentes; 1. Verificar em que moldes se processou a concessão de incentivos financeiros dentro das linhas de apoio concernentes à modalidade turística designada por turismo no espaço rural, configurada nas respectivas disposições legais, relativas ao período 1988/93, de que maneira foi institucionalmente dada resposta às candidaturas apresentadas, bem como verificar a distribuição geográfica e as modalidades configuradas pela procura por parte dos promotores. 2. Pela observação local e pelo contacto directo com os promotores, numa amostragem aleatória mas significativa de unidades, o respectivo grau de realização e que por forma conseguidos os objectivos esperados, dentro do espírito das disposições legislativas que ditaram as respectivas concessões de incentivos. Cumulativamente auscultar a opinião dos promotores quanto às dificuldades encontradas na realização e/ou exploração das suas unidades e respectivas sugestões de apoio institucional. Embora o período em que se efectuaram as visitas tenha correspondido a uma situação conjuntural de crise, em termos de procura turística, dum modo geral à pergunta efectuada se, em condições semelhantes os promotores teriam repetido o seu projecto, a resposta foi afirmativa, augurando todos uma normalização do sector. No mesmo sentido foi por alguns assinalado, nomeadamente no Algarve, não constituir esta modalidade turística uma modalidade concorrente dos outros meios complementares de alojamento nem do sector hoteleiro, atenta a especificidade dos clientes que a procuram. É em termos de promoção que a intervenção institucional é mais requerida pelos investidores, como oportunamente foi referido. Dum modo geral as unidades apresentam boa qualidade, tendo nalguns casos ultrapassado em investimento o inicialmente previsto e com intenção de ampliar e/ou melhorar o existente, para o que sugerem, como é óbvio, maiores bonificações ou facilidades de candidatura (e.g. a não exigência de demonstração de viabilidade económica para edifícios com valor arquitectónico, histórico ou cultural). É patente uma melhoria de qualidade a partir das candidaturas em que foi fixado UEn número mínimo de quartos e a obrigatoriedade de investimento de 5% em equipamento de animação.
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