PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL GCA/DIAP Nº166/2013. Gerdau Açominas S.A Usina Presidente Artur Bernardes CNPJ
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- Gabriella Lameira Beltrão
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1 PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL GCA/DIAP Nº166/ DADOS DO EMPREENDIMENTO Empreendedor Gerdau Açominas S.A Usina Presidente Artur Bernardes CNPJ / Endereço Empreendimento Escritório Belo Horizonte Rua dos Inconfidentes 871 CEP: Belo Horizonte /MG Gerdau Açominas S.A Localização Ouro Branco/MG N o do Processo COPAM 00040/1979/074/2008 Atividades Objeto do Licenciamento Siderurgia e elaboraçãode produtos siderúrgicos; Uidade de Tratamento de minerais - UTM. Código DN 74/04 B e A Classe Fase de licenciamento da condicionante de compensação ambiental Nº da condicionante de compensação ambiental Fase atual do licenciamento Seis LOC Seis LOC Nº da Licença 047/2009 Validade da Licença 23/03/2013 Estudo Ambiental Valor de Referência do Empreendimento - VR PCA e RCA R$ ,92 (Cento e setenta e três milhões, sessenta e oito mil, cento e noventa e nove reais e noventa e dois centavos) Grau de Impacto - GI apurado 0,4700% Valor da Compensação Ambiental R$ ,54 (oitocentos e treze mil, quatrocentos e vinte reais e cinqüenta e quatro centavos) 2 ANÁLISE TÉCNICA 2.1- Introdução O empreendimento em análise, GERDAU AÇOMINAS SA licenciado para as suas unidades de apoio compreendido por: sistemas de captação e tratamento de água industrial, água potável, esgoto sanitário, central termelétrica, depósito de resíduos industriais, oficina central e de locomotivas, posto de combustível, calcinação e UTM a seco, fica localizado no município de Ouro Branco, na bacia do rio São Francisco, sub-bacia do rio Paraopeba. Página 1 de 12
2 O empreendimento em questão (unidades de apoio e UTM) ocupa uma área aproximada de 147,7 ha e está instalado nas instalações industriais existentes da Usina Siderúrgica da Gerdau Açominas - Presidente Arthur Bernardes em Ouro Branco/MG. As unidades que compõe as áreas de apoio estão capacitadas para atender a atual produção de aço líquido aproximadamente toneladas/ano. As unidades como a laminação primária, a aciaria 1, o alto-forno 1, a sinterização 1, a coqueria 1 e carboquímico passaram pelo licenciamento corretivo conforme estabelecido pela Fundação Estadual de Meio FEAM. Dando continuidade a esta adequação, em 25/07/2008 a GERDAU AÇOMINAS formalizou o processo de licenciamento ambiental para a obtenção da referida Licença de Operação Corretiva para as demais áreas de apoio. Resumo dos principais produtos gerados nas áreas de apoio da Usina de Ouro Branco é: Produto Capacidade Nominal Capacidade Atual Cal virgem 600 t/dia 550 t/dia Água Industrial tratada 4 m³/s 0,80 m³/s Água potável 825 m³/h 350 m³/h Esgoto sanitário tratado 2880 m³/dia DBO5 = 864 kg/dia Vapor Produzido 140 t/h 140 t/h Resíduos tratados e descartados 105 t/mês 60 t/mês Energia elétrica gerada Área de Estocagem de materiais e Insumos 2400 m³/dia DBO5 = 377 kg/dia m² m² Breve citação das unidades e processo produtivos: Sistema de captação, tratamento e distribuição de água e esgoto composto por: Captação de água Estação de tratamento de água Industrial Estação de tratamento de água potável Distribuição de água Tratamento de esgoto Sistema de geração e distribuição de energia Elétrica e vapor: Geração de energia elétrica Distribuição de energia elétrica Produção e distribuição de vapor Produção e distribuição de ar soprado para alto forno nº1 Sistema de distribuição de gases siderúrgicos Gasômetro de gás de aciaria Gasômetro de gás de alto forno Gasômetro de gás de coqueria Torre de combustão Sistema de produção de cal Sistema de recebimento e beneficiamento de calcário Sistema de alimentação do forno rotativo. Forno de rotativo de cal Manuseio e estocagem de cal Sistema de despoeiramento da calcinação Depósitos de resíduos Industriais Página 2 de 12
3 Depósito de resíduos classe I Depósitos de resíduos classe IIA e B Áreas de oficinas e postos de combustível Posto de combustível Oficina central de reparos Montagem mecânica e hidráulica Caldeiraria Usinagem Montagem mecânica e elétrica Fundição Oficina de equipamentos ferroviários Área de administração de materiais Unidade de tratamento de minério a seco Conforme processo de licenciamento COPAM nº 00040/1979/074/2008, analisado pela SUPRAM Central metropolitana, em face do significativo impacto ambiental o empreendimento recebeu condicionante de compensação ambiental prevista na Lei 9.985/00, na Licença nº 047/2009, em Reunião da URC Rio Paraopeba 23/03/2009. A presente análise técnica tem o objetivo de subsidiar a CPB-COPAM na fixação do valor da Compensação Ambiental e forma de aplicação do recurso, nos termos da legislação vigente. Ressaltando que as análises do presente processo se referem somente as unidades de apoio descritas na introdução deste parecer. Maiores especificações acerca deste empreendimento estão descritas no PCA/RCA e no Parecer Único SUPRAM Nº / Caracterização da área de Influência Os estudos ambientais não definem as categorias das áreas de influência, no entanto a Gerdau Açominas SA dispõe de ha que foi desapropriado pelo governo federal quando de sua implantação. Destes, cerca de 850 ha (6,5%) foi disponibilizada para uso industrial. Atualmente são ocupadas com edificações, ruas, pátios e toda infraestrutura, com área de cerca de 240 ha. O conjunto de empreendimento em análise neste parecer (unidades de apoio e UTM) ocupa uma área aproximada de 147,7 ha..2.3 Impactos ambientais Considerando que o objetivo primordial da Gerência de Compensação Ambiental do IEF é, através de Parecer Único, aferir o Grau de Impacto relacionado ao empreendimento, utilizando-se para tanto da tabela de GI, instituída pelo Decreto /2009, ressalta-se que os Índices de Relevância da referida tabela nortearão a presente análise. Esclarece-se, em consonância com o disposto no Decreto supracitado, que para fins de aferição do GI, apenas serão considerados os impactos gerados, ou que persistirem, em período posterior a 19/07/2000, quando foi criado o instrumento da compensação ambiental. É importante salientar que o empreendimento é um conjunto de atividades que dão apoio ao empreendimento principal que é a produção de aço, assim alguns impactos podem estar Página 3 de 12
4 presentes em apoios específicos e ausentes em outros. Neste parecer quando descritos os impactos ambientais indicaremos em que empreendimento o mesmo impacto se faz presente ou onde é relevante. Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias. A Gerdau Açominas foi criada em 1924 como empresa estatal e assim funcionou até o ano de 1991 quando iniciaram os processos de privatização. Os impactos na vegetação e fauna são muito anteriores ao ano Devido ao seu gigantismo industrial, o empreendimento é considerado no mapa de Zoneamento Econômico Ecológico como mancha urbana com vegetação antropizada com presença apenas de indivíduos arbóreos, integrantes do projeto paisagístico da empresa. Assim tal impacto não será considerado na apuração da tabela do GI. Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) Ainda que a instalação do empreendimento tenha ocorrido anterior ao ano 2000 quando foi criado o instrumento da compensação ambiental, a introdução de espécies alóctones (invasoras) ainda ocorre no empreendimento nos projetos paisagísticos e revegetação de taludes nos diversos empreendimentos de apoio. Também as barragens (Soledade) favorecem o desenvolvimento de espécies exóticas e invasoras tais como peixes e aguapés, ainda que a mesma esteja em operação a mais de 20 anos. Atendendo o que preconiza as DNs 62 e 87, bem como as orientações do Comitê Internacional de Grandes Barragens, a revegetação de barragem, por medida de segurança, só deve ser feito através do plantio de gramíneas. De maneira geral, em se tratando de espécies exóticas, é primordial zelar pela prevenção e precaução, uma vez que o empreendimento em tela implicará em introdução e/ou facilitação, resta clara a necessidade de compensação ambiental. Assim este item será marcado na tabela de apuração do grau de impacto. Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos Há aproximadamente 9,7 Km localiza-se a caverna de igrejinha no município de Ouro Branco, porém de acordo com os estudos de potencialidade de ocorrência de cavidades e cavernas a região é considerada pelo CECAV com área de média potencialidade. O empreendimento em análise não trazem impacto na referida caverna e assim este item não será considerado na apuração do grau de impacto. Interferência em unidades de conservação de proteção integral, sua zona de amortecimento, observada a legislação aplicável. Conforme pode ser observado no mapa abaixo o empreendimento interfere na unidade de conservação de proteção integral Parque Estadual Serra do Ouro Branco. Página 4 de 12
5 Unidade Legislação Área (ha) Modo de uso Parque Serra do Ouro Branco Dec de 22/09/ ,32 Integral Interferência /supressão de vegetação, acarretando fragmentação. O empreendimento se insere em área do Bioma Mata atlântica, porém para os empreendimentos de apoio analisados neste parecer não haverá supressão de vegetação, uma vez que se tratam de licenças corretivas anteriores ao ano A região é totalmente antropizada e se localiza em área industrial. Página 5 de 12
6 Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme Biodiversidade em Minas Gerais Um Atlas para sua Conservação. O empreendimento localiza-se em área prioritária considerada especial conforme mapa acima. Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar. A grande quantidade de atividades exercidas pelo empreendimento faz com que as alterações físico químicas da água, solo e ar sejam de significativo impacto regional. Algumas delas são descritas neste parecer onde se busca dar uma dimensão dos impactos do empreendimento. A queima de gases, alcatrão, óleo combustível para geração de vapor nas caldeiras alteram a química do ar. A calcinação produz particulados finos que são dispersos no ar desde o início na recepção do produto, peneiramento até o forno rotativo. Os efluentes lançados nos córregos (após tratamento) modificam tanto a qualidade química quanto a biológica devido à alteração na carga orgânica do corpo d água receptor. Assim as várias atividades exercidas nos empreendimentos de apoio alteram a qualidade do ar, solo e água sendo este item será considerado na tabela de apuração do grau de impacto. Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais O empreendimento realiza significativa captação de água para uso industrial. Página 6 de 12
7 O sistema original concebido contava com duas captações: Uma localizada no Rio Maranhão, captação secundária, através de canal, com capacidade de 6,0 m³/s com 10 bombas de recalque de vazões variadas. Essa captação teria como função suprir eventuais quedas do nível de água do reservatório do Soledade do sistema de captação principal (Captação do Soledade). Atualmente a captação do Maranhão encontra-se fora de operação. A captação do Sistema Principal (Captação do Soledade) é realizada por meio de uma barragem de mesmo nome, com capacidade de 4,0 m³/s. Principais características do sistema Principal: Reservatório e barragem de terra com dimensões de 355 metros de comprimento e 50 metros de altura totalizando um volume aproximado de m³; Sangradouro tipo tulipa: Diâmetro de 12 m e capacidade de 300 m³/s; Possui 07 bombas de recalque, do tipo centrífuga horizontal que perfazem uma vazão total de 4,5 m³/s (2 bombas de 0,25 m³/s de vazão; 2 bombas de 0,5 m³/s de vazão e 3 bombas de 1 m³/s de vazão, sendo 01 diesel). Assim este parecer considera que os empreendimentos de apoio contribuem para o soerguimento e rebaixamento de águas superficiais uma vez que capta grande volume de água na utilização industrial. Transformação de ambiente lótico em lêntico Tendo em vista as alterações apontadas no item Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais, constatam-se alterações na dinâmica hidráulica que promovem modificações na comunidade aquática. O reservatório de Soledade e uma barragem de terra com dimensões de 355 metros de comprimento e 50 metros de altura totalizando um volume aproximado de m³; Com relação a este aspecto, cita-se a Nota Técnica do Ministério de Minas e Energia que avalia as alterações gerais dos sistemas aquáticos quando é alvo de barramentos: A implantação de barragens reduz a velocidade do fluxo em função da formação do reservatório e do aumento da seção transversal. Essa mudança na dinâmica hidráulica implica na perda de habitat exclusivos, como corredeiras, afetando a biota aquática. Além disso, também provoca alterações nas características limnológicas e físicoquímicas da água e favorece a retenção de sedimentos.. Assim, tendo em vista as alterações previstas na dinâmica hidrológica e na comunidade aquática, entende-se que o empreendimento promove a transformação do ambiente lótico em lêntico. Emissão de gases que contribuem efeito estufa Existem inúmeras fontes de emissão de gases de efeito estufa nos empreendimento que operam em apoio à produção de aço. Dentre eles com a emissão de CO e CO 2 pela queima de óleo combustível (BPF), alcatrão, óleo diesel, gás natural (GN) utilizado nas caldeiras para produção de vapor e termelétricas. Máquinas e veículos compõem outra importante fonte na emissão de gazes de efeito estufa. As lagoas aeradas aeróbicas e facultativas do empreendimento da estação de tratamento de esgoto contribuem com lançamento de gases biogênicos (CH 4, CO 2 e N 2 O) devido à fermentação na fase de retenção dos efluentes orgânicos para tratamento. Página 7 de 12
8 Assim este item será marcado na tabela de aferição do grau de impacto. Interferência em paisagens notáveis Entende-se por paisagem notável região, área ou porção NATURAL da superfície terrestre provida de limite, cujo conjunto forma um ambiente de elevada beleza cênica e/ou de valor científico, histórico, cultural, de turismo e lazer. Na presente análise embora o empreendimento faça intervenção na paisagem à mesma não é considerada uma paisagem de exceção. Assim para aferição do grau de impacto este item não será considerado. Aumento da erodibilidade do solo Segundo LAL (1988), erodibilidade é o efeito integrado de processos que regulam a recepção da chuva e a resistência do solo para desagregação de partículas e o transporte subsequente. Ainda segundo o autor, esses processos são influenciados pelas pela constituição, estrutura, hidratação do solo, bem como pelas características da circulação da água no mesmo. O processo de terraplanagem e a intensa movimentação de terra, incluindo cortes, aterros e escavações na época da implantação da usina, ocasionaram o revolvimento da cobertura superficial, interferindo nas características pedológicas locais, alterando os solos de onde se instalou a unidade industrial. Este impacto se faz presente até os dias de hoje, pois a impermeabilização do solo nos pátios de estocagem e demais estruturas dos empreendimentos de apoio impedem a infiltração das águas pluviais aumentando o escoamento superficial e consequente aumento da erodibilidade. Emissão de sons e ruídos residuais Devido à grande movimentação de veículos e máquinas nos pátios e demais instalações industriais destacam-se a importância da geração de ruídos para a degradação da saúde humana, bem como, fator gerador de estresse da Fauna, podendo causar o seu afugentamento e até mesmo interferência em processos ecológicos. Sendo assim, considera-se o impacto Emissão de sons e ruídos residuais, pra fins de aferição do GI. 2.5 Indicadores Ambientais Índice de Temporalidade A temporalidade de um empreendimento para fins de Grau de impacto é definida pelo Decreto /2009, como o tempo de persistência dos impactos gerados pelo mesmo empreendimento no meio ambiente. Assim os impactos da Usina GERDAU AÇOMINAS SA se fazem permanentes, pois alteram a paisagem local transformando morros em cortes e aterros, vales lagos artificiais, sendo estes processos irreversíveis. Assim este Parecer considera que o Índice de temporalidade do empreendimento é longo. Página 8 de 12
9 2.5.2 Índice de Abrangência Devido ao porte da unidade industrial é consenso que o empreendimento tem abrangência regional, pois há emissão de gases tóxicos na atmosfera devido a queima de combustíveis fósseis que movimentam termelétricas, caldeira, motores para diversos fins. Tais gases inclusive corroboram para produção de chuva ácida que se forma partir de uma grande concentração de poluentes químicos, que são despejados na atmosfera diariamente. Embora os estudos não apontem tal efeito no empreendimento sabe-se que estes poluentes, originados principalmente da queima de combustíveis fósseis, formam nuvens e neblinas, que quando caem em forma de chuva provocam danos nos solos, plantas, construções históricas. Poluem rios e podem inclusive afetar comunidades de plantas e animais. Assim este parecer considera que o empreendimento possui abrangência regional. 3- APLICAÇÃO DO RECURSO 3.1 Valor da Compensação ambiental O valor da compensação ambiental foi apurado considerando o Valor de Referência do empreendimento informado pelo empreendedor e o Grau de Impacto GI (tabela em anexo), nos termos do Decreto /09 alterado pelo Decreto /11: Valor de referência do empreendimento: R$ R$ ,92 Valor do GI apurado: 0,4700 % Valor da Compensação Ambiental (GI x VR): R$ , Unidades de Conservação Afetadas Uma vez que a unidade de conservação Parque Serra do Ouro Branco foi considerada afetada, de acordo com os critérios técnicos e critérios do POA/2013, a mesma foi submetida à metodologia prevista no mesmo instrumento para cálculo do índice de distribuição, que estipula a percentagem de recursos previstos para a unidade de acordo com os critérios sintetizados a seguir: Unidade Diretamente Afetada Área Prioritária Parque da Serra do Ouro Branco Especial Espécies Ameaçadas Não há espécie ameaçada Índice Biológico Muito alto Área da Unidade 7.523,32 Índice Biofísico Especial Categoria de Uso Integral Índice de Distribuição 100% Assim, tendo em vista o índice de distribuição obtido 100%, se recomenda destinar 30 % R$ ,16 (Duzentos e quarenta e quatro mil e vinte e seis reais e dezesseis centavos) para o Parque Serra de Ouro Branco previstos no POA/2013. Página 9 de 12
10 3.3 Recomendação de Aplicação do Recurso Desse modo, obedecendo à metodologia prevista, bem como as demais diretrizes do POA/2013, este parecer faz a seguinte recomendação para a destinação dos recursos: Valores e distribuição do recurso 30% dos recursos para a unidade afetada R$ ,16 50% dos recursos para regularização fundiária. R$ ,27 10 % dos recursos para elaboração de Plano de manejo e aquisição de bens e serviços para as UCs de proteção integral do Estado de MG. R$ ,05 5% dos recursos para Bens e serviços destinados a implementação de ações de prevenção e combate a incêndios florestais das UCs de proteção Integral do Estado. R$ ,03 5% dos recursos para estudos para criação de UCs de proteção integral. R$ ,03 Valor total da compensação: R$ ,54 Os recursos deverão ser repassados ao IEF em até 04 parcelas, o que deve constar do Termo de Compromisso a ser assinado entre o empreendedor e o órgão. 4 CONTROLE PROCESSUAL Trata-se o expediente de processo visando o cumprimento da condicionante de compensação ambiental nº 06 requerida pela empresa Gerdau Açominas S.A, fixada na fase de Licença de Operação Corretiva, certificado nº 047/2009, para a atividade de Siderurgia e elaboraçãode produtos siderúrgicos; Uidade de Tratamento de minerais - UTM., visando, assim, compensar ambientalmente os impactos causados pelo empreendimento/atividade em questão. O processo encontra-se formalizado e instruído com a documentação solicitada no Ofício 149/2011/GCAM/SISEMA, fls. O valor de referência do empreendimento foi apresentado sob a forma valor contábil líquido, vez que o empreendimento foi implantado anterior a 19/07/2000 e está devidamente assinada por profissional legalmente habilitado, competente, acompanhada certidão de regularidade de seus elaboradores, em conformidade com o Art. 11, 1º do Decreto Estadual /2009 alterado pelo Decreto /2011: 1º O valor de Referência do empreendimento deverá ser informado por profissional legalmente habilitado e estará sujeito a revisão, por parte do órgão competente, impondo-se ao profissional responsável e ao empreendedor as sanções administrativas, civis e penais, nos termos da Lei, pela falsidade da informação. Assim, por ser o valor de referência um ato declaratório, a responsabilidade pela veracidade do valor informado é do empreendedor, sob pena de, em caso de falsidade, submeter-se às sanções civis, penais e administrativas, não apenas pela prática do crime de falsidade ideológica, como também, pelo descumprimento da condicionante de natureza ambiental, submetendo-se às sanções da Lei 9.605/98, Lei dos Crimes Ambientais. De acordo com as análises técnicas empreendidas e, conforme metodologia constante no POA/2013, a unidade de conservação Parque da Serra do Ouro Branco receberá recursos da compensação ambiental, vez que encontra-se apta para receber os recursos, pois cumpre os requisitos POA/2013 e da Resolução CONAMA 371/2006, art. 11, 1º: Página 10 de 12
11 Art. 11 A entidade ou órgão gestor das unidades de conservação selecionadas deverá apresentar plano de trabalho da aplicação dos recursos para análise da câmara de compensação ambiental, visando a sua implantação, atendida a ordem de prioridades estabelecidas no art. 33 do Decreto nº 4.340, de º Somente receberão recursos da compensação ambiental as unidades de conservação inscritas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, ressalvada a destinação de recursos para criação de novas unidades de conservação. Isto posto, a destinação dos recursos sugerida pelos técnicos neste Parecer atende as normas legais vigentes e as diretrizes do POA/2013, não restando óbices legais para que o mesmo seja aprovado. 5 - CONCLUSÃO Considerando a análise e descrição técnicas empreendidas, Considerando a inexistência de óbices jurídicos para a aplicação dos recursos provenientes da compensação ambiental a ser paga pelo empreendedor, nos moldes detalhados neste Parecer, Infere-se que o presente processo encontra-se apto à análise e deliberação da Câmara de Proteção à Biodiversidade e áreas protegidas do COPAM, nos termos do Art. 18, inc. IX do Decreto Estadual /2007. Ressalta-se, finalmente, que o cumprimento da compensação ambiental não exclui a obrigação do empreendedor de atender às demais condicionantes definidas no âmbito do processo de licenciamento ambiental. Este é o parecer. Smj. Belo Horizonte, 11 de julho de Paulo Sérgio Cardoso Vale Antônio Leonardo da Silva Analista Ambiental Assistente Ambiental MASP CRC/MG /0-2 Carla Fernanda Torres Ferreira Analista Ambiental MASP Carla Adriana Amado da Silva Sabrina Rochelle Mariano Pereira OAB-MG OAB-MG De acordo: Samuel Andrade Neves Costa Gerente da Compensação Ambiental OAB/MG MASP: Página 11 de 12
12 Tabela de Grau de Impacto - GI Nome do Empreendimento Valoração Índices de Relevância Fixada Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias 0,0750 Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) 0,0100 ecossistemas Interferência /supressão de especialmente vegetação, acarretando protegidos (Lei fragmentação ) 0,0500 outros biomas 0,0450 Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos 0,0250 Interferência em unidades de conservação de proteção integral, sua zona de amortecimento, observada a legislação aplicável. 0,1000 Importância Biológica Especial 0,0500 Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme Biodiversidade em Minas Gerais Um Atlas para sua Conservação Importância Biológica Extrema 0,0450 Importância Biológica Muito Alta 0,0400 Importância Biológica Alta 0,0350 Nº Pocesso COPAM Valoração Aplicada Índices de Relevância 0,0100 x 0,1000 x 0,0500 x Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar 0,0250 0,0250 x Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais 0,0250 0,0250 x Transformação ambiente lótico em lêntico 0,0450 0,0450 x Interferência em paisagens notáveis 0,0300 Emissão de gases que contribuem efeito estufa 0,0250 0,0250 x Aumento da erodibilidade do solo 0,0300 0,0300 x Emissão de sons e ruídos residuais 0,0100 0,0100 x Somatório Relevância 0,6650 0,3200 Indicadores Ambientais Índice de temporalidade (vida útil do empreendimento) Duração Imediata 0 a 5 anos 0,0500 Duração Curta - > 5 a 10 anos 0,0650 Duração Média - >10 a 20 anos 0,0850 Duração Longa - >20 anos 0,1000 0,1000 x Total Índice de Temporalidade 0,3000 0,1000 Índice de Abrangência Área de Interferência Direta do empreendimento 0,0300 Área de Interferência Indireta do empreendimento 0,0500 0,0500 x Total Índice de Abrangência 0,0800 0,0500 Somatório FR+(FT+FA) 0,4700 Valor do grau do Impacto a ser utilizado no cálculo da compensação 0,4700% Valor de Referencia do Empreendimento R$ ,92 Valor da Compensação Ambiental R$ ,54 Página 12 de 12
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