PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL GCA/DIAP Nº 223/2013

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1 PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL GCA/DIAP Nº 223/ DADOS DO EMPREENDIMENTO Empreendedor PR Pedras Ltda. ME CNPJ / Endereço Empreendimento Avenida alferes josé justiniano dos reis, 65 Bairro Trevo Alpinópolis/MG Cep: PR Pedras Ltda. Localização Alpinópolis/MG N o do Processo COPAM 01344/2002/005/2007 Atividades Objeto do Licenciamento Lavra a céu aberto com ou sem tratamento Rochas ornamentais e de revestimento Código DN 74/04 A Classe 3 Fase de licenciamento da condicionante de compensação ambiental Nº da condicionante de compensação ambiental Fase atual do licenciamento LO 1 LO Nº da Licença 0182/2007 Validade da Licença 10/12/2013 Estudo Ambiental Valor de Referência do Empreendimento - VR PCA, RCA R$ ,23 (Quinhentos e vinte e nove mil, setecentos e sessenta e cinco reais e vinte e três centavos) Grau de Impacto - GI apurado 0,41% Valor da Compensação Ambiental R$ 2.172,04 (Dois mil, cento e setenta e dois reais e quatro centavos) 2 ANÁLISE TÉCNICA 2.1- Introdução O empreendimento em análise, PR Pedras Ltda com atividade licenciada para Lavra a céu aberto com ou sem tratamento Rochas ornamentais e de revestimento, fica localizado no município de Alpinópolis, na bacia do rio Grande, sub-bacia do rio Cancã. Página 1 de 13

2 O método de lavra deverá prever uma lavra manual em bancadas sucessivas, condicionada pelo próprio mergulho sub horizontal dos quartzitos. Todo material é retirado até produzir uma parede vertical. 1 A lavra será realizada através de bancadas com altura que poderá variar de 0,5 a 5 metros. Serão modificadas conforme a variação de planos de descontinuidade ou pela exigência de seleção do material. 2 Segundo o RCA 3, as placas que de valor econômico são removidas da posição original através de uma cunha metálica introduzida entre as foliações para desplacar a rochas. A espessura média das placas é de 2,5 cm. As peças são cortadas com martelo e talhadeira nas dimensões adequadas, empilhadas próximo à estrada e transportadas por caminhões até o mercado consumidor. Conforme processo de licenciamento COPAM nº 01344/2002/005/2007, analisado pela SUPRAM SM, em face do significativo impacto ambiental o empreendimento recebeu condicionante de compensação ambiental prevista na Lei 9.985/00, na Licença LO - nº 0182/2007, em Reunião da URC Sul de Minas no dia 10/12/2007. A presente análise técnica tem o objetivo de subsidiar a CPB-COPAM na fixação do valor da Compensação Ambiental e forma de aplicação do recurso, nos termos da legislação vigente. Maiores especificações acerca deste empreendimento estão descritas no RCA e PCA, no Parecer Único SUPRAM Protocolo nº / Caracterização da área de Influência A área de influência do empreendimento é definida de acordo com a relação de causalidade (direta ou indireta) entre o empreendimento e os impactos previstos, ou seja, se os impactos previstos para uma determinada área são diretos ou indiretos. Dentro desta linha, os estudos ambientais definem as seguinetes categorias de Área de Influência, descritas a seguir: Área Diretamente Afetada ADA: Corresponde á área ocupada pela atividade de lavra, instalações e acessos. Área de Influência Direta AID: Córrego das Cruzes e sub bacia do rio Cancã. Área de Influência Indireta- AII: Bacia do rio Grande. 2.3 Impactos ambientais Considerando que o objetivo primordial da Gerência de Compensação Ambiental do IEF é, através de Parecer Único, aferir o Grau de Impacto relacionado ao empreendimento, utilizando-se para tanto da tabela de GI, instituída pelo Decreto /2009, ressalta-se que os Índices de Relavância da referida tabela nortearão a presente análise. 1 Disponível em: GeoGeraes Ltda Geologia e Geoprocessamento: Relatório de Controle Ambiental (RCA), p. 48 de Disponível em: GeoGeraes Ltda Geologia e Geoprocessamento: Relatório de Controle Ambiental (RCA), p. 12 de Ibid RCA, p. 41 e 42. Página 2 de 13

3 Esclarece-se, em consonância com o disposto no Decreto supracitado, que para fins de aferição do GI, apenas serão considerados os impactos gerados, ou que persistirem, em período posterior a 19/07/2000, quando foi criado o instrumento da compensação ambiental. Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias. Segundo o levantamento Florístico, realizado nas áreas remanescentes das diversas fitofisionomias que ocorrem na área de influência do empreendimento, foram identificadas as seguintes espécies ameaçadas de extinção, de acordo com a IN MMA 06/2008: Espécie Nome vulgar Vernonia almasensis - Barbacenia delicatula - Os indivíduos dos gêneros Vernonia e Barbacenia foram identificados no estudo ambiental apenas pelo gênero, mas como há várias espécies desse gênero em extinção, entre elas Vernonia almasensis e Barbacenia delicatula pode-se considerá-las. Segundo o levantamento Faunístico, realizado nas áreas remanescentes das diversas fitofisionomias que ocorrem na área de influência do empreendimento, foram identificadas as seguintes espécies ameaçadas de extinção, de acordo com a DN 147/10: Grupo Faunístico Espécie Nome Vulgar Status de ameaça Mamíferos (Mastofauna) Leopardus pardalis Jaguatirica Vulnerável Chrysocyon brachyurus Lobo guará Vunerável Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) Segundo o PCA 4, as áreas de lavra serão revegetadas utilizando-se gramíneas e espécies arbóreas. Entre as espécies a serem utilizadas está a espécie Melinis Minutiflora. Conforme o Instituto Horus 5, a espécie Melinis Minutiflora (capim gordura), é originária da África. A planta cresce por cima da vegetação herbácea nativa, causando sombreamento e morte da mesma, deslocando espécies nativas de flora e fauna. Também gera aumento da temperatura de incêndios no cerrado, com a eliminação tanto das plantas nativas quanto do banco de sementes pré-existente no solo. Estima-se que os incêndios naturais do ecossistema atinjam temperaturas entre 700 e 800 graus centígrados, enquanto os incêndios com o capim-gordura cheguem a 1000 graus. Em pesquisa realizada na Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília, detectou-se que a invasão de capim-gordura interfere significativamente no crescimento de espécies nativas, especialmente de Cecropia 4 Disponível em: GeoGeraes Ltda Geologia e Geoprocessamento : Plano de Controle Ambiental (PCA), PR Pedras, p. 16 e 17 de Disponível em: RVRVYGh5OTQAEBw4QTg0OCQpbVzZhISFwcnx9Pm1qbg%3D%3D#tabsheet_start Página 3 de 13

4 pachystachya (embaúba) em área de mata ciliar degradada. Na Reserva Ecológica do Roncador, tem provocado a redução da diversidade de plantas nativas (Mistry & Berardi, 2005). Dentre as consequências da introdução de plantas exóticas, STILING (1999) 6 destaca a redução das plantas nativas pela competição, bem como, levanta outras conseqüências indiretas, tais como, disseminação de parasitas e doenças de espécies exóticas para espécies nativas, mudanças genéticas das espécies nativas por hibridação com espécies exóticas, alterações abióticas e mudanças no regime do fogo. Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos Conforme o mapa 01, base Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Cavernas (CECAV), o empreendimento está localizado em área com potencialidade média para ocorrência de cavernas. Mapa 01: Potencialidade para ocorrência de cavernas Segundo o CECAV 7, 78,4% das cavidades estão localizadas em áreas com graus de potencialidade de ocorrência Muito Alto e Alto, ou seja, desenvolvidas basicamente em rochas carbonáticas e em formações ferríferas; 12,8% em áreas com grau de potencialidade Médio, englobando, em especial, os arenitos e quartzitos, com vários registros de ocorrência em todo o Brasil; e 8,7% do total em locais de Baixa potencialidade e Ocorrência Improvável 6 STILING, Peter. Ecology Theories and Applications. 3.ed. New Jersey: Pratice Hall, p Página 4 de 13

5 Como a área ocupada pelo empreendimento localiza-se em local de potencialidade média, conclui-se que o mesmo não interfere em cavernas. Interferência em unidades de conservação de proteção integral, sua zona de amortecimento, observada a legislação aplicável. Conforme pode ser observado no mapa 02, não existem unidades de conservação de proteção integral em um raio de 10 Km do empreendimento. Portanto, o mesmo não interfere em unidades de conservação de proteção integral. Página 5 de 13

6 Mapa 02: Interferência em Unidades de Conservação Página 6 de 13

7 Interferência /supressão de vegetação, acarretando fragmentação Observa-se no mapa 03 que o empreendimento não está localizado em áreas de ecossistemas especialmente protegidos de acordo com a lei /2006. Mapa 03: Interferência em vegetação Conforme APEF nº /04, foi suprimido 0,20 ha de Campo Cerrado. Para fins de aferição do GI, considera-se que o empreendimento interfere e suprime vegetação acarretando fragmentação em outros biomas. Deve-se essa marcação ao fato de ter suprimido Cerrado em área não localizada em ecossistemas especialmente protegidos de acordo com a lei /2006. Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme Biodiversidade em Minas Gerais Um Atlas para sua Conservação Conforme o mapa 04, o empreendimento está localizado em área de conservação de importância biológica muito alta, denominada Passos/Carmo do Rio Claro. Esta área é considerada especial por possuir alta riqueza de heteróptero, importante localidade tipo para diversas espécies de aranhas. Página 7 de 13

8 Mapa 04: Interferência em áreas prioritárias Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar Segundo o RCA 8, na época de chuvas ocorre o arraste de material sólido, fino e grosseiro devido à ausência de vegetação. As estradas de acesso geram também grande quantidade de material fino carreável pelas enxurradas. O material carreável é transportado pela água das chuvas, passando pelas frentes de lavra, pilhas de rejeito, encostas e talvegues até o fundo dos vales e drenagens. Os perigos de assoreamento a jusante estão relacionados ao risco de inundações e soterramento dos cursos d água locais. Na área considerada de influência direta, existe uma pequena grota seca, que se une ao córrego das Cruzes, afluente do rio Cancã. (...). O principal impacto previsível é o assoreamento pelo carreamento de resíduos sólidos desta pedreira. 9 Conforme o RCA 10, as principais modificações na qualidade do ar decorrem do aumento da poeira devido ao trânsito de veículos nas estradas de acesso à frente de lavra, emissão de gases e utilização de explosivos. 8 Ibid RCA, p Ibid RCA, p Ibid RCA, p. 44. Página 8 de 13

9 Emissão de gases que contribuem efeito estufa A emissão de gases que contribuem para o efeito estufa, nesse empreendimento, em especial o dióxido de carbono (CO 2 ), está relacionada às emissões produzidas pelos veículos automotores tanto na implantação como na operação do empreendimento. Aumento da erodibilidade do solo Segundo LAL (1988) 11, erodibilidade é o efeito integrado de processos que regulam a recepção da chuva e a resistência do solo para desagregação de partículas e o transporte subseqüente. Ainda segundo o autor, esses processos são influenciados pelas pela constituição, estrutura, hidratação do solo, bem como pelas características da circulação da água no mesmo. Haverá aumento da erodibilidade do solo, pois a remoção da camada superficial do solo e de cobertura vegetal deixa o solo exposto e susceptível à erosão. A vegetação protege o solo, pois, a água ao encontrar uma barreira composta pela vegetação, perde força antes de chegar ao solo, diminuindo a ocorrência de erosão hídrica. As raízes das plantas absorvem parte da água que cai no solo, evitando a saturação e os deslizamentos que podem agravar o processo erosivo. Assim, entende-se que o empreendimento contribui para o aumento da erodibilidade do solo. Emissão de sons e ruídos residuais Há emissão de sons e ruídos na fase de implantação e operação do empreendimento. O trânsito de equipamentos, o carregamento e transporte de estéril e minério, a preparação para a lavra, a preparação para o desmonte (perfuração) e detonação com explosivos são atividades que geram sons e ruídos residuais. Destaca-se a importância da geração de tais ruídos como fator gerador de estresse da Fauna, podendo causar o seu afugentamento e até mesmo interferência em processos ecológicos. Sendo assim, considera-se o impacto Emissão de sons e ruídos residuais, para fins de aferição do GI. 2.5 Indicadores Ambientais Índice de Temporalidade A temporalidade de um empreendimento para fins de Grau de impacto, é definida pelo Decreto /2009, como o tempo de persistência dos impactos gerados pelo mesmo empreendimento no meio ambiente. Assim, considerando os impactos como alteração do relevo, supressão de vegetação, alteração dos cursos d água provocadas pelo carreamento de sólidos, aumento da erodibilidade do solo, afugentamento da fauna e influência na dispersão de sementes, este parecer considera que o Índice de temporalidade do empreendimento é de duração longa, ou seja, maior que 20 anos. 11 LAL, R. Erodibility and erosivity. In: LAL, R. et al. Soil erosion research methods. Washington: Soil and Water Conservation Society, p Página 9 de 13

10 2.5.2 Índice de Abrangência Considerando que Área de Influência Indireta do emprendimento abrange a bacia do rio Grande, considerando a definição da abrangência estabelecida pelo Decreto /2009, entende-se que o empreendimento possui abrangência regional. 3- APLICAÇÃO DO RECURSO 3.1 Valor da Compensação ambiental O valor da compensação ambiental foi apurado considerando o Valor de Referência do empreendimento informado pelo empreendedor e o Grau de Impacto GI (tabela em anexo), nos termos do Decreto /09 alterado pelo Decreto /11: Valor de referência do empreendimento: R$ ,23 Valor do GI apurado: 0,41% Valor da Compensação Ambiental (GI x VR): R$ 2.172, Unidades de Conservação Afetadas Conforme o mapa 02, não existem unidades de conservação afetadas pelo empreendimento. 3.3 Recomendação de Aplicação do Recurso Desse modo, obedecendo a metodologia prevista, bem como as demais diretrizes do POA/2012, este parecer faz a seguinte recomendação para a destinação dos recursos: Destinação Especificação Valor (R$) Regularização fundiária de UC s do POA/ % do valor da compensação ambiental 1.737,64 Planos de manejo, Bens e Serviços de UC s estaduais 5% do valor da compensação ambiental obrigatoriamente para prevenção a incêndios florestais de UC s estaduais 108,60 10% do valor da compensação ambiental para outras ações relacionadas a planos de manejo, bens e serviços de UC s estaduais 217,20 Estudo Para criação de Ucs estaduais 5% do valor da compensação ambiental 108,60 Total 2.172,04 Os recursos deverão ser repassados ao IEF em até 04 parcelas, o que deve constar do Termo de Compromisso a ser assinado entre o empreendedor e o órgão. Página 10 de 13

11 4 CONTROLE PROCESSUAL Trata-se o expediente de processo visando o cumprimento da condicionante de compensação ambiental nº 1, requerida pela empresa PR Pedras Ltda. ME, fixada na fase de Licença de Operação, certificado nº 0182/2007, para a atividade de Lavra a céu aberto com ou sem tratamento rochas ornamentais e de revestimento, visando, assim, compensar ambientalmente os impactos causados pelo empreendimento/atividade em questão. O processo encontra-se formalizado e instruído com a documentação exigida pela Portaria IEF 55/2012. O valor de referência do empreendimento foi apresentado sob a forma de planilha, vez que o empreendimento foi implantado após 19/07/2000 e está devidamente assinada por profissional legalmente habilitado, competente, acompanhada da anotação de responsabilidade técnica - ART de seus elaboradores, em conformidade com o Art. 11, 1º do Decreto Estadual /2009 alterado pelo Decreto /2011: 1º O valor de Referência do empreendimento deverá ser informado por profissional legalmente habilitado e estará sujeito a revisão, por parte do órgão competente, impondo-se ao profissional responsável e ao empreendedor as sanções administrativas, civis e penais, nos termos da Lei, pela falsidade da informação. Assim, por ser o valor de referência um ato declaratório, a responsabilidade pela veracidade do valor informado é do empreendedor, sob pena de, em caso de falsidade, submeter-se às sanções civis, penais e administrativas, não apenas pela prática do crime de falsidade ideológica, como também, pelo descumprimento da condicionante de natureza ambiental, submetendo-se às sanções da Lei 9.605/98, Lei dos Crimes Ambientais. No processo, às fls. 29, o empreendedor sugeriu que os recursos advindos da compensação ambiental fossem aplicados na UC Parque Nacional da Serra da Canastra. Entretanto, afirmamos que a sugestão de aplicação dos recursos financeiros a serem pagos pelo empreendedor a título de compensação ambiental neste Parecer estão em conformidade com a legislação vigente, bem com, com as diretrizes estabelecidas pelo Plano Operativo Anual POA/2013. Dessa forma, de acordo com as análises técnicas empreendidas e, conforme metodologia constante no POA/2013, a unidade de conservação sugerida pela empresa para receber recursos da compensação ambiental não se encontra apta para receber os recursos, pois não cumpre os requisitos POA/2013 e da Resolução CONAMA 371/2006, art. 11, 1º: Art. 11 A entidade ou órgão gestor das unidades de conservação selecionadas deverá apresentar plano de trabalho da aplicação dos recursos para análise da câmara de compensação ambiental, visando a sua implantação, atendida a ordem de prioridades estabelecidas no art. 33 do Decreto nº 4.340, de º Somente receberão recursos da compensação ambiental as unidades de conservação inscritas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, ressalvada a destinação de recursos para criação de novas unidades de conservação. Página 11 de 13

12 Isto posto, a destinação dos recursos sugerida pelos técnicos neste Parecer atende as normas legais vigentes e as diretrizes do POA/2013, não restando óbices legais para que o mesmo seja aprovado. 5 - CONCLUSÃO Considerando a análise e descrição técnicas empreendidas, Considerando a inexistência de óbices jurídicos para a aplicação dos recursos provenientes da compensação ambiental a ser paga pelo empreendedor, nos moldes detalhados neste Parecer, Infere-se que o presente processo encontra-se apto à análise e deliberação da Câmara de Proteção à Biodiversidade e áreas protegidas do COPAM, nos termos do Art. 18, inc. IX do Decreto Estadual /2007. Ressalta-se, finalmente, que o cumprimento da compensação ambiental não exclui a obrigação do empreendedor de atender às demais condicionantes definidas no âmbito do processo de licenciamento ambiental. Este é o parecer. Smj. Belo Horizonte, 12 de setembro de Karina Idemburgo MASP Analista Ambiental Carla Adriana Amado da Silva OAB-MG De acordo: Samuel Andrade Neves Costa Gerente da Compensação Ambiental OAB/MG MASP: Página 12 de 13

13 Índices de Relevância Tabela de Grau de Impacto - GI Valoração Valoração Valoração Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias 0,0750 0,0750 x Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) 0,0100 0,0100 x Interferência /supressão de vegetação, acarretando fragmentação ecossistemas especialmente protegidos (Lei ) 0,0500 outros biomas 0,0450 0,0450 x Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos 0,0250 Interferência em unidades de conservação de proteção integral, sua zona de amortecimento, observada a legislação aplicável. 0,1000 Importância Biológica Especial Interferência em áreas 0,0500 prioritárias para a Importância Biológica Extrema conservação, conforme 0,0450 Biodiversidade em Minas Importância Biológica Muito Alta Gerais Um Atlas para 0,0400 0,0400 x sua Conservação Importância Biológica Alta 0,0350 Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar 0,0250 0,0250 x Rebaixamento ou soerguimento de aquíferos ou águas superficiais 0,0250 Transformação ambiente lótico em lêntico 0,0450 Interferência em paisagens notáveis 0,0300 Emissão de gases que contribuem efeito estufa 0,0250 0,0250 x Aumento da erodibilidade do solo 0,0300 0,0300 x Emissão de sons e ruídos residuais 0,0100 0,0100 x Somatório Relevância 0,6650 0,2600 Indicadores Ambientais Índice de temporalidade (vida útil do empreendimento) Duração Imediata 0 a 5 anos 0,0500 Duração Curta - > 5 a 10 anos 0,0650 Duração Média - >10 a 20 anos 0,0850 Duração Longa - >20 anos 0,1000 0,1000 x Total Índice de Temporalidade 0,3000 0,1000 Índice de abrangência Área de Interferência Direta do empreendimento 0,0300 Área de Interferência Indireta do empreendimento 0,0500 0,0500 x Total Índice de Abrangência 0,0800 0,0500 Somatório FR+(FT+FA) 0,4100 Valor do grau do impacto a ser utilizado no cálculo da compensação 0,4100% Valor de referencia do empreendimento R$ ,23 Valor da compensação ambiental R$ 2.172,04 Página 13 de 13