COMPENSAÇÕES AMBIENTAIS. Luciano Cota Diretor de Meio Ambiente Azurit Engenharia e Meio Ambiente
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- Ruth Valente Faria
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1 COMPENSAÇÕES AMBIENTAIS Luciano Cota Diretor de Meio Ambiente Azurit Engenharia e Meio Ambiente
2 POR QUE COMPENSAR? COMPENSAR (verbo transitivo direto) Equilibrar; balancear o efeito de uma coisa com outra; anular a perda com o ganho; neutralizar o mal com o bem. Corrigir; acabar com algo prejudicial através de uma coisa positiva.
3 POR QUE COMPENSAR? Impactos negativos irreversíveis
4 Em muitos casos, exige-se a aprovação da compensação ambiental para atestar a viabilidade do empreendimento, ou seja, critério para obtenção da Licença Prévia. Se não há como compensar, não há viabilidade!
5 TIPOS DE COMPENSAÇÕES AMBIENTAIS FLORESTAL: intervenções em APPs e Mata Atlântica primária e em estágios médio e avançado, supressão de indivíduos isolados e de espécies protegidas por lei, outras supressões. AMBIENTAL (FINANCEIRA): Lei Federal 9.985/2000 (SNUC).
6 INTERVENÇÃO EM MATA ATLÂNTICA INTERVENÇÃO EM APP
7 INTERVENÇÃO MINERÁRIA
8 01. INTERVENÇÃO EM MATA ATLÂNTICA Lei Federal / DO REGIME JURÍDICO GERAL DO BIOMA MATA ATLÂNTICA Art. 14. A supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de regeneração somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública, sendo que a vegetação secundária em estágio médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos de utilidade pública e interesse social, em todos os casos devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, ressalvado o disposto no inciso I do art. 30 e nos 1 o e 2 o do art. 31 desta Lei.
9 01. INTERVENÇÃO EM MATA ATLÂNTICA A supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração do bioma da Mata Atlântica fica condicionada à compensação ambiental, conforme Art. 17 da Lei Federal n /2006. Art. 17. O corte ou a supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica, autorizados por esta Lei, ficam condicionados à compensação ambiental, na forma da destinação de área equivalente à extensão da área desmatada, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica, sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica, e, nos casos previstos nos arts. 30 e 31, ambos desta Lei, em áreas localizadas no mesmo Município ou região metropolitana.
10 01. INTERVENÇÃO EM MATA ATLÂNTICA A compensação tem como objetivo proteger os remanescentes de vegetação nativa do bioma da Mata Atlântica, em suas mais diversas fitofisionomias, visto que este é um dos biomas mais ameaçados do Brasil, restando apenas 15,3% de sua cobertura original. Período Desmatamento (ha) 2010 a a a a a Fonte: SOS Mata Atlântica.
11 INTERVENÇÃO EM MATA ATLÂNTICA COMPENSAÇÃO FLORESTAL SERVIDÃO AMBIENTAL PERPÉTUA RECUPERAÇÃO AMBIENTAL REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA EM UC MANUTENÇÃO EM MÉDIO E LONGO PRAZO Áreas legalmente protegidas omplementares às UCs, menos burocracia.
12 01. INTERVENÇÃO EM MATA ATLÂNTICA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA EM UC Área das UCs federais pendente de regularização (2013): ha Custo para regularizar as UCs federais (2013): R$ ,00 UCs com situação fundiária regularizada têm maior sucesso contra o desmatamento em relação àquelas em que ainda há conflitos de terra ou ocupação irregular NOLTE, C.; AGRAWAL, A.; BARRETO, P., Setting priorities to avoid deforestation in Amazon protected areas: are we choosing the right indicators?
13 01. INTERVENÇÃO EM MATA ATLÂNTICA A compensação ambiental por supressão de vegetação do bioma da Mata Atlântica, em decorrência da implantação de empreendimentos minerários, somente será admitida por meio da reposição florestal, conforme inciso II do Art. 32 da Lei Federal n /2004. Art A supressão de vegetação secundária em estágio avançado e médio de regeneração para fins de atividades minerárias somente será admitida mediante: II - Adoção de medida compensatória que inclua a recuperação de área equivalente à área do empreendimento, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica e sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica, independentemente do disposto no art. 36 da Lei n o 9.985, de 18 de julho de 2000.
14 02. INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) A intervenção ambiental em APP admitida conforme determinado na Lei Federal n /2014. Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei.
15 02. INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) Compensação ambiental determinada pela Resolução CONAMA n 369/2006. Art. 5º O órgão ambiental competente estabelecerá, previamente à emissão da autorização para a intervenção ou supressão de vegetação em APP, as medidas ecológicas, de caráter mitigador e compensatório, previstas no 4º, do art. 4º, da Lei nº 4.771, de 1965, que deverão ser adotadas pelo requerente. 2º As medidas de caráter compensatório de que trata este artigo consistem na efetiva recuperação ou recomposição de APP e deverão ocorrer na mesma subbacia hidrográfica, e prioritariamente: I - na área de influência do empreendimento, ou II - nas cabeceiras dos rios.
16 INTERVENÇÃO EM APP COMPENSAÇÃO FLORESTAL RECUPERAÇÃO EM APP MANUTENÇÃO EM MÉDIO E LONGO PRAZO Cursos d água, nascentes, topos de morro, encostas, chapadas, etc.
17 INTERVENÇÃO EM MATA ATLÂNTICA ÁREA EFETIVA DE SUPRESSÃO X INTERVENÇÃO EM APP ÁREA DE INTERVENÇÃO
18 03. INTERVENÇÃO MINERÁRIA Em Minas Gerais, a Lei Estadual n /2013 (Código Florestal Mineiro) determina a obrigatoriedade de empreendimentos desta natureza realizarem compensação ambiental específica. Art. 75. O empreendimento minerário que dependa de supressão de vegetação nativa fica condicionado à adoção, pelo empreendedor, de medida compensatória florestal que inclua a regularização fundiária e a implantação de Unidade de Conservação de Proteção Integral, independentemente das demais compensações previstas em lei.
19 03. INTERVENÇÃO MINERÁRIA Em Minas Gerais, a Lei Estadual n /2013 (Código Florestal Mineiro) determina a obrigatoriedade de empreendimentos desta natureza realizarem compensação ambiental específica. 1º A área utilizada como medida compensatória nos termos do caput não será inferior àquela que tiver vegetação nativa suprimida pelo empreendimento para extração do bem mineral, construção de estradas, construções diversas, beneficiamento ou estocagem, embarque e outras finalidades. 2º O empreendimento minerário em processo de regularização ambiental ou já regularizado que ainda não tenha cumprido, até a data de publicação desta Lei, a medida compensatória instituída pelo art. 36 da Lei nº , de 19 de junho de 2002, continuará sujeito ao cumprimento das obrigações estabelecidas no artigo citado.
20 03. EM MINAS GERAIS... SOS Mata Atlântica: Minas Gerais, que vinha de dois anos de queda nos níveis de desmatamento, voltou a liderar o desmatamento no País, com decréscimo de ha (alta de 37% na perda da floresta). No ranking histórico do desmatado elaborado pela SOS Mata Atlântica, considerando os últimos 30 anos de levantamento e análise do bioma da Mata Atlântica: Paraná é o líder: ha Minas Gerais: ha Santa Catarina: ha
21 03. EM MINAS GERAIS... Ao que pese o desenvolvimento socioeconômico do Estado, a legislação mineira apresenta algumas novidades em relação ao arcabouço legal federal, como a Compensação Minerária. DN COPAM n 73/2004, determina a compensação pela supressão de Mata Atlântica em uma proporção mínima, de duas vezes a área suprimida. Art. 4º [...] 4º - O IEF determinará, nos processos autorizativos e de licenciamento ambiental, medidas compensatórias e mitigadoras, relativas à supressão de vegetação, que contemplem a implantação e manutenção de vegetação nativa característica do ecossistema, na proporção de, no mínimo, duas vezes a área suprimida, a ser feita, preferencialmente, na mesma bacia hidrográfica e Município, e, obrigatoriamente, no mesmo ecossistema.
22 03. EM MINAS GERAIS... Exemplo de um empreendimento minerário a ser instalado em área de Mata Atlântica em estágio médio ou avançado. Supressão da vegetação: 100 ha Compensação ambiental (Mata Atlântica): 200 ha Compensação minerária: 100 ha Total de Área compensada (protegida): 300 ha (seja por meio da servidão ambiental, regularização fundiária de UC ou criação de UC de Proteção Integral)
23 CASE Principais características Mineradora de grande porte, multinacional Passivos e projetos futuros (5 anos) Aproximadamente 500 ha para recuperação e servidão em duas bacias hidrográficas em MG Contrato guarda-chuva (36 meses) Intervenção em APP Intervenção em Mata Atlântica em estágio médio e avançado Compensação Minerária SNUC
24 CASE Etapas do processo 1. Identificação de áreas à venda (equipe de fundiário da Contratante) 2. Envio dos limites da propriedade para avaliação prévia de áreas disponíveis para compensação 3. Avaliação fundiária e financeira da propriedade X capacidade de receber processos de compensação 4. Aquisição da propriedade 5. Mapeamento detalhado do uso e ocupação do solo 5.1. Estudos fitossociológicos 5.2. Estudo de equivalência ecológica 5.3. Identificação de áreas especiais (candeia, canga, campos rupestres, mata seca...) 5.4. Delimitação das APPs e da Reserva Legal 6. Alocação dos processos de compensação 6.1. Formação de corredores ecológicos 6.2. Proteção de nascentes e outras APPs 6.3. Formação de maciços protegidos 6.4. Criação de RPPNs
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34 CASE Prospecção de Áreas e Compensação Ambiental Área Total (ha) APP (ha) Servidão ambiental (ha) Prospecção de Áreas Áreas de compensação ambiental Recuperação ambiental em APP (ha) Recuperação ambiental em MA (ha) , , ,55 (13,38%) 183,29 (0,75%) 1.809,44 (7,44%) Servidão ambiental (ha) Compensação Ambiental Recuperação ambiental Recuperação ambiental em APP (ha) em MA (ha) 223,80 (6,88%) 19,17 (10,46%) 190,19 (10,51%) Investimento até o momento: R$ ,00 Investimento total estimado: R$ ,00
35 OBRIGADO Luciano Cota Diretor de Meio Ambiente
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