A TUTELA DO TRANSEXUAL NO ORDENAMENTO PÁTRIO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A TUTELA DO TRANSEXUAL NO ORDENAMENTO PÁTRIO"

Transcrição

1 A TUTELA DO TRANSEXUAL NO ORDENAMENTO PÁTRIO Mariana Silva Campos Dutra Advogada e aluna da FESMPDFT A expressão transexual foi utilizada pela primeira vez por Harry Benjamin, em 18/12/1953 1, para designar aqueles indivíduos que, biologicamente normais e sem nenhuma deformidade, e cientes que são considerados homens ou mulheres, encontram-se profundamente inconformados com tal sexo e anseiam, profundamente, a troca de sexo. Apesar de morfologicamente o aparelho genital encontrar-se em perfeito estado, o transexual, psicologicamente, não se sente pertencente a este sexo biológico o que lhe acarreta um profundo sofrimento, apresentando características de inconformismo, depressão, angústia e repulsa pelo próprio corpo. A vontade de alterar o sexo é tamanha que, em muitos casos, o indivíduo se submete a tratamentos hormonais sérios, acarretando a perda da função do membro face ao atrofiamento deste. Em outros casos, no ápice de sua angústia, chega a mutilar-se com a extirpação do membro. Por vezes, chegam a viajar para outros países da América latina onde submetem-se a intervenção cirúrgica para redesignação sexual sem, contudo, possuírem acompanhante ou fiscalização governamental dos procedimentos. Isto tudo porque qualquer solução para o caso lhes parece mais agradável do que permanecer com a falta de adequação de seu sexo biológico que, legalmente, continua sendo o critério adotado por ocasião do registro do recémnascido. Tereza Rodrigues Vieira apresenta o seguinte ensinamento: O transexual reprova veementemente seus órgãos externos, dos quais deseja se livrar por meio de cirurgia. Costumamos dizer que o transexual masculino é uma mulher com corpo de homem, pois suas reações são próprias do sexo com o qual se identifica psíquica e socialmente. Culpar este indivíduo é o mesmo que culpar a bússola por apontar para o norte. A transexualidade, segundo nosso atual modo de pensar, é resultante de uma alteração genética no componente cerebral, combinado com alteração hormonal e o fator social. 2 Para o Professor Jalma Jurado o transexualismo também pode ser designado por hermafroditismo psíquico. In verbis: Hermafroditismo Psíquico Disforia do gênero ou transexualismo, termo introduzido por Benjamin. As gônadas têm histologia normal, mas atrofiam-se pela contínua auto-ingestão de hormônios do sexo oposto. Nestes casos, temos os sete níveis de diferenciação sexual concordantes, excetuando o sexo psíquico, funcional e cerebral. O indivíduo só se identifica com o sexo oposto, não aceitando em nenhuma hipótese manter-se na condição disfórica; não tem absoluta funcionalidade sexual ativa, ereção suficiente, masturbação ausente e repulsa ou desejo de castração do próprio genital, além de busca desesperada por auxílio científico. Seu hipotálamo induz ao comportamento e aparência física do outro sexo 3 Maria Helena Diniz, por sua vez, apresenta a seguinte definição: Transexual: Medicina legal e psicologia forense. 1. Aquele que não aceita seu sexo, identificando-se psicologicamente com o sexo oposto (Hojda), sendo, portanto, um hermafrodita psíquico (H. Benjamin). 2. Aquele que, apesar de aparentar ter um sexo, apresenta constituição cromossômica do sexo oposto e mediante cirurgia passa para outro sexo (Othon Sidou). Tal intervenção cirúrgica para a mulher consiste na retirada dos seios, fechamento da vagina e confecção de pênis artificial e para o homem, na emasculação e posterior implantação de uma vagina (Paulo Matos Peixoto). 3. Para a Associação Paulista de Medicina, é o indivíduo com identificação psicossexual oposta aos seus órgãos genitais externos, com desejo compulsivo de muda-los. 4. Aquele que, tendo morfologia genital masculina, sente-se psicologicamente mulher rejeitando seu papel de gênero masculino até buscar a alteração de sua autonomia para assumir 1 Dados extraídos de CHAVES, Antônio. Direito à vida e ao próprio corpo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1994, p VIEIRA, Tereza Rodrigues. Transexuais: adequação de sexo. In Revista Jurídica Consulex, ano III, n.º31, 31 de julho de JURADO, Jalma. Classificação dos estados intersexuais. In Revista Jurídica Consulex, ano V, n.º101, 31 de março de 2001.

2 2 aparência física feminina. Correspondentemente, há mulheres em situação análoga (Aldo Pereira). 4 Em decorrência do sofrimento e do constante estado de infelicidade vivenciado pelos transexuais, a cirurgia de redesignação aparece como a única solução para trazer este indivíduo ao convívio social e a desfrutar das benesses da vida. Pergunta-se, todavia, se o ordenamento pátrio tutelaria esta cirurgia, a alteração de registro civil (nome e sexo), o direito ao casamento dos transexuais e o esquecimento de sua situação anterior ao procedimento cirúrgico. A Constituição Federal no art. 1º define que a República Federativa do Brasil constitui-se em um Estado Democrático de Direito e, entre seus fundamentos, elenca a dignidade da pessoa humana. Ao fazer esta opção o Poder Constituinte Originário entregou para os brasileiros o direito de eleger seus representantes, conferindo-lhes legitimidade para governar. Significa dizer que o Presidente, Governadores, Prefeitos e membros Parlamentares serão eleitos pela maioria, todavia, não governarão exclusivamente para estas, pois terão o dever de respeitar as minorias. Nisto consiste o Estado Democrático. A opção por ser um Estado de Direito significa que o Estado estará sobre a égide da lei, subordinando-se a esta. A dignidade da pessoa humana, enquanto fundamento, serve para auxiliar o intérprete a alcançar o fim desejado pelo constituinte em promover um Estado onde à população seja assegurada existência digna. Apesar de alguns autores defenderem conter este fundamento apenas conteúdo moral, percebe-se que a sua inserção expressa na Carta Magna constitui em importante instrumento para a defesa das minorias, em especial para o caso, os transexuais. Significa dizer que o Estado não pode assistir passivamente a situação de sofrimento dos transexuais sem procurar minorar-lhes tal angústia porque todos neste país têm o direito a uma existência digna, condizente com a nossa condição humana. Da própria dignidade advém o direito à felicidade que, no caso, dos transexuais só é obtida ou ao menos parcialmente obtida com a cirurgia de redesignação sexual. Justamente por ser procedimento que se faz mister ante a falta de adaptação psicológica é que o Estado deve oferecer a cirurgia na rede pública sem custos para o paciente. Não se trata de cirurgia estética, mas de procedimento para minorar o sofrimento e assegurar vida digna e feliz. O art. 3º, incisos I e IV, da Constituição da República traça como objetivos fundamentais a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Não se pode vislumbrar uma sociedade livre se os cidadãos não têm liberdade para galgar sua felicidade nem liberdade para dispor de seu corpo. Não será tampouco justa se privar alguns de seus membros de buscar recursos tecnológicos para adequarem seu sexo psicológico ao biológico. Por fim, o art. 6º da Carta Magna confere a todos o direito à saúde. O Conselho Federal de Medicina define, na Resolução n.º 1.482/97, ser o paciente transexual portador de desvio psicológico permanente de identidade sexual. Desta forma, na condição de paciente faz jus a tratamento que, neste caso, é a intervenção cirúrgica. Tereza Rodrigues Vieira ensina Em assim sendo, direito à saúde vale dizer que, em caso de doença, cada um possui o direito a um tratamento condigno de conformidade com a situação atual da medicina. O transexual nada mais reclama que a colocação de sua aparência física em concordância com seu verdadeiro sexo, sexo psicológico. Mister destacar que a cirurgia não é procedimento acessível a qualquer cidadão que adentre em consultório médico postulando-o. Ao contrário, existem vários requisitos a serem preenchidos e, frise-se, bastante pertinentes ante a definitividade da cirurgia. A partir de 10 de setembro de 1997, o Conselho Federal de Medicina entendeu como correta a redesignação sexual e, por intermédio da Resolução n.º 1.482/97, disciplinou o assunto: 4 Apud ARAUJO, Luiz Alberto David. A proteção constitucional do transexual. São Paulo: Saraiva, 2000, p

3 3 1. Autorizar, a titulo experimental, a realização de cirurgia de transgenitalização do tipo neocolpovulvoplastia, neofaloplastia e ou procedimentos complementares sobre gônadas e caracteres sexuais secundários como tratamento nos casos de transexualismo; 2. A definição de transexualismo obedecerá, no mínimo, aos critérios abaixo enumerados: - desconforto com o sexo anatômico natural; desejo expresso de eliminar as genitais, perder as características primárias e secundária do próprio sexo e ganhas as do sexo oposto; permanência desse distúrbio de forma contínua e consistente por, no mínimo, dois anos; ausência de outros transtornos mentais; 3. A seleção dos pacientes para cirurgia de transgenitalismo obedecerá a avaliação de equipe multidisciplinar constituída por médico-psiquiatra, cirurgião, psicólogo e assistente social, obedecendo aos critérios abaixo definidos, após dois anos de acompanhamento conjunto: diagnóstico médico de transexualismo; maior de 21 (vinte e um) anos; ausência de características físicas inapropriadas para a cirurgia; 4. As cirurgias só poderão ser praticadas em hospitais universitários ou hospitais públicos adequados à pesquisa; 5.Consentimento livre e esclarecido de acordo com a Resolução CNS n Portanto, o paciente antes de se submeter à cirurgia deverá ter sido acompanhado por equipe multidisciplinar por pelo menos dois anos. Luiz Alberto David Araújo, apropriadamente, tece críticas sobre a referida Resolução do CFM: trata apenas da autorização para realizar a operação, desde que seja feito o acompanhamento por, pelo menos, dois anos, mas não exige que um médico acompanhe o tratamento depois da operação. É evidente que o médico deve acompanhar o quadro do transexual por dois anos para decidir pela operação e deve também, acompanhar, junto a equipe multidisciplinar mencionada na resolução, a evolução do paciente no pós-operatório 5 Em Brasília, este acompanhamento ganha importante aliado: a Pró-Vida. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios por meio da Portaria 314, de 17 de maio de 1999, instituiu a Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde Pró-Vida que possui dentro de suas atribuições oficiar perante todos os feitos submetidos ou requisitados pelo Ministério Público, judiciais ou extrajudiciais, que tiverem como objeto a transgenitalização (art. 4º, VI). Ainda se discute se os médicos precisariam de autorização judicial prévia para realizar a cirurgia ou se a equipe multidisciplinar teria autonomia suficiente para sozinha decidir a questão. O problema ganha relevância se considerarmos que a redesignação sexual, quando ocasiona a extirpação de membro (cirurgia do transexual homem-mulher), pode ser tratada como lesão corporal gravíssima. Autorizada doutrina tem dito que se estaria frente ao estado de necessidade, o que excluiria a ilicitude. Argumentam, para tanto, que se tal instituto autoriza ceifar a vida de outrem, quanto mais retirar parte do corpo sem utilidade alguma para o paciente. Outros excluem a tipicidade por ausência de dolo específico. Contudo, há também doutrinadores renomados que defendem corrente contrária. Uma superada a discussão sobre a cirurgia, resta analisar se teria o transexual o direito à alteração de seu registro civil. O Pretório Excelso já se manifestou sobre o tema: Pedido de retificação de assento de nascimento para alteração de sexo e nome, em decorrência de operação plástica. Impossibilidade jurídica do pedido. Inocorrência de ofensa ao principio constitucional da legalidade. RE indeferido por duplo fundamento. Agrg improvido 6. Contudo, tal decisão foi proferida em 1981, antes do advento da Constituição de Nenhum dos membros da Segunda Turma continuam no STF atualmente. Portanto, não se sabe se o entendimento da Corte continuaria o mesmo. 5 ARAUJO, Luiz Alberto David. A proteção constitucional do transexual. São Paulo: Saraiva, 2000, p STF, AI AGR / SP, Ag.Reg.no Agravo de Instrumento, Relator(a): Min. Cordeiro Guerra, publicação: DJ data , pg-05397, ement vol , pg-00297, RTJ vol , pg-00193, julgamento: 28/04/ Segunda Turma, Por Unanimidade.

4 4 O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul tem apresentado entendimento bastante interessante. In verbis: Ementa: É preciso, inicialmente, dizer que homem e mulher pertencem a raça humana. Ninguém é superior. Sexo e uma contingência. Discriminar um homem é tão abominável como odiar um negro, um judeu, um palestino, um alemão ou um homossexual. As opções de cada pessoa, principalmente no campo sexual, hão de ser respeitadas, desde que não façam mal a terceiros. O direito a identidade pessoal e um dos direitos fundamentais da pessoa humana. A identidade pessoal é a maneira de ser, como a pessoa se realiza em sociedade, com seus atributos e defeitos, com suas características e aspirações, com sua bagagem cultural e ideológica, é o direito que tem todo o sujeito de ser ele mesmo. A identidade sexual, considerada como um dos aspectos mais importantes e complexos compreendidos dentro da identidade pessoal, forma-se em estreita conexão com uma pluralidade de direitos, como são aqueles atinentes ao livre desenvolvimento da personalidade etc., para dizer assim, ao final: se bem que não é ampla nem rica a doutrina jurídica sobre o particular, é possível comprovar que a temática não tem sido alienada para o direito vivo, quer dizer para a jurisprudência comparada. Com efeito em direito vivo tem sido buscado e correspondido e atendido pelos juizes na falta de disposições legais e expressa. No Brasil, ai está o art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil a permitir a equidade e a busca da justiça. Por esses motivos é de ser deferido o pedido de retificação do registro civil para alteração de nome e de sexo. 7 Ementa: Registro civil. Transexualidade. Prenome. Alteração. Possibilidade. Apelido público e notório. O fato de o recorrente ser transexual e exteriorizar tal orientação no plano social, vivendo publicamente como mulher, sendo conhecido por apelido, que constitui prenome feminino, justifica a pretensão já que o nome registral é compatível com o sexo masculino. Diante das condições peculiares, nome de registro está em descompasso com a identidade social, sendo capaz de levar seu usuário a situação vexatória ou de ridículo. Ademais, tratando-se de um apelido público e notório justificada está a alteração. Inteligência dos arts. 56 e 58 da Lei n. 6015/73 e da Lei n. 9708/98. Recurso provido. 8 Acertado o entendimento do TJRS, aliás, poucas vezes se vê julgados sobre a matéria dotados de tamanha lucidez. A alteração do registro deve ser deferida sob pena de estar-se negando os mesmos princípios constitucionais que se procurou assegurar com a realização da cirurgia. De nada adiantaria deferir pedido para alteração do nome e negar a alteração do sexo ou fazer constar no registro a expressão transexual. Estar-se-ia criando em ambos os casos novo meio de discriminação do indivíduo, impondo-lhe situação vexatória e impelindo constrangimento constante e, por consentâneo, nova modalidade de sofrimento. É cediço que os registros públicos são imutáveis para que assim proporcionarem segurança jurídica (art. 58 da Lei 6.015/73). Contudo, quando o prenome expuser o indivíduo ao ridículo, fica autorizada a alteração (art. 55 da Lei 6.015/73). O caso do transexual que já passou por processo cirúrgico amolda-se perfeitamente a esta exceção, pois seu nome o colocará em situação vexatória. No Centro-Oeste o caso Layne em março de 2001 foi pioneiro na região quando, em seis meses, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul deferiu a alteração do registro de nascimento. A ação foi interposta pela Defensoria Pública Estadual. 9 Na última semana de novembro de 2002 foi a vez do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios deferir a alteração dos registros (nome e sexo) de Vittória. Foi a primeira decisão neste sentido no TJDFT. 10 As decisões que impõem restrições à alteração do sexo nos assentamentos de registro civil visam a proteção de terceiros. Após as modificações no registro, o transexual poderá contrair casamento já 7 TJRS, Apelação Cível nº , Terceira Câmara Cível, Relator: Des. Luiz Gonzaga Pila Hofmeister, julgado em 10/03/94, Caso Rafaela. 8 TJRS, Apelação Cível nº , Sétima Câmara Cível, Relator: Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, julgado em 31/05/00. 9 Dados extraídos de reportagem publicada em Revista Jurídica Consulex, ano V, n.º101, 31 de março de Dados extraídos do Correio Braziliense, Cidades, 29/11/02, p. 14.

5 5 que inocorre impedimento, pois será casamento entre pessoas de sexos distintos (note-se que já lhe foi conferido a adoção de novo sexo por ocasião da senença). Com receio de que este cônjuge venha a contrair núpcias em erro, impõe-se restrições ao transexual. Todavia, mister destacar que se o nubente contrair núpcias em erro essencial quanto à pessoa do outro, o casamento poderá ser anulado se assim este o desejar. Ao final, faz-se necessário ainda ressaltar que após longos anos de vida angustiosa ante a falta de adequação de sexo biológico e psicológico, depois de procedimento pré-operatório demorado, pior após processo relativamente demorado face à morosidade do Judiciário, postulando alteração dos registros, o transexual tem o direito de ter sua intimidade preservada com o total esquecimento de sua situação anterior. Esta será a única maneira de assegurar-lhe existência digna e, enfim, felicidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAUJO, Luiz Alberto David. A proteção constitucional do transexual. São Paulo: Saraiva, CHAVES, Antônio. Direito à vida e ao próprio corpo. São Paulo: Revista dos Tribunais, Correio Braziliense, Cidades, 29/11/02. JURADO, Jalma. Classificação dos estados intersexuais. In Revista Jurídica Consulex, ano V, n.º101, 31 de março de VIEIRA, Tereza Rodrigues. Transexuais: adequação de sexo. In Revista Jurídica Consulex, ano III, n.º31, 31 de julho de Revista Jurídica Consulex, ano V, n.º101, 31 de março de 2001.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE REGISTRO PÚBLICO DE SÃO PAULO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE REGISTRO PÚBLICO DE SÃO PAULO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE REGISTRO PÚBLICO DE SÃO PAULO NOME COMPLETO DO AUTOR, estado civil ou existência de união estável, profissão, número de inscrição no Cadastro de

Leia mais

Aula 04. Parte Geral. I Pessoas (continuação)

Aula 04. Parte Geral. I Pessoas (continuação) Turma e Ano: 2016 (Master B) Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 04 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 04 Parte Geral I Pessoas (continuação) 1. Pessoa Natural 1.3. Direitos da Personalidade

Leia mais

Artigo - O transexualismo e a alteração do registro civil - Por Rafael DÁvila Barros

Artigo - O transexualismo e a alteração do registro civil - Por Rafael DÁvila Barros Artigo - O transexualismo e a alteração do registro civil - Por Rafael DÁvila Barros Sumário: 1.Transexualismo. 2.Noção de sexo. 3.A cirurgia de redesignação sexual e o momento pós-cirurgia. 4.A possibilidade

Leia mais

OS DIREITOS CIVIS DO TRANSEXUAL E O DIREITO FUNDAMENTAL À FELICIDADE THE CIVIL RIGHTS OF TRANSEXUAL AND FUNDAMENTAL RIGHT TO HAPPINESS

OS DIREITOS CIVIS DO TRANSEXUAL E O DIREITO FUNDAMENTAL À FELICIDADE THE CIVIL RIGHTS OF TRANSEXUAL AND FUNDAMENTAL RIGHT TO HAPPINESS OS DIREITOS CIVIS DO TRANSEXUAL E O DIREITO FUNDAMENTAL À FELICIDADE THE CIVIL RIGHTS OF TRANSEXUAL AND FUNDAMENTAL RIGHT TO HAPPINESS Bruna Carolina Gonçalves Barbosa Graduanda em Direito Unisalesiano-Lins

Leia mais

(Protig) Programa de Identidade de Gênero

(Protig) Programa de Identidade de Gênero Programa de Identidade de Gênero (Protig) Programa de Identidade de Gênero Sumário APRESENTAÇÃO 5 O que é disforia de gênero? 7 Transexuais são homossexuais? São hermafroditas? 7 Todos os transexuais

Leia mais

DIREITO A ALTERAÇÃO DO NOME COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA PERSONALIDADE DOS TRANSEXUAIS

DIREITO A ALTERAÇÃO DO NOME COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA PERSONALIDADE DOS TRANSEXUAIS DIREITO A ALTERAÇÃO DO NOME COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA PERSONALIDADE DOS TRANSEXUAIS Autora: Carmella Corazza Kloth 1 Autora: Emanuely Jandt 2 Orientadora: Sayonara Saukoski 3 RESUMO O presente estudo,

Leia mais

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS PROJETO DE LEI N o 5.002, DE 2013 Dispõe sobre o direito à identidade de gênero e altera o art. 58 da Lei nº 6.015 de 31 de dezembro de 1973. Autores: Deputados

Leia mais

11/09/2014 PLENÁRIO JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL EMENTA

11/09/2014 PLENÁRIO JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL EMENTA Decisão sobre Repercussão Geral Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 11/09/2014 PLENÁRIO REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 670.422 RIO GRANDE DO SUL RELATOR RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S)

Leia mais

Existem autores que colocam a transexualidade fora dos marcos patologizantes, considerando-a apenas uma experiência idenitária.

Existem autores que colocam a transexualidade fora dos marcos patologizantes, considerando-a apenas uma experiência idenitária. 1 Introdução A presente dissertação estuda a transexualidade e algumas de suas implicações jurídicas, principalmente no que diz respeito ao livre desenvolvimento da personalidade de seus portadores, considerando

Leia mais

O Ministério Público se manifestou pela procedência parcial do. pedido. Foi determinada a remessa do feito à Vara de Família.

O Ministério Público se manifestou pela procedência parcial do. pedido. Foi determinada a remessa do feito à Vara de Família. Trata-se de AÇÃO DE ALTERAÇÃO DE REGISTRO CIVIL PARA MUDANÇA DE SEXO E PRENOME, estando a requerente qualificada e a petição inicial instruída com documentos. A ação foi distribuída à 2ª Vara Empresarial,

Leia mais

Estado de Rondônia TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Desembargador Raduan Miguel Filho

Estado de Rondônia TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Desembargador Raduan Miguel Filho Processo : 7006560-82.2016.8.22.0002 Classe : Apelação Cível (PJE) Apelante : Paulo Cesar Mendes de Oliveira Advogado : Defensoria Pública de Rondônia Relator : Des. Raduan Miguel Revisor : Des. Rowilson

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo fls. 3 Registro: 2016.0000128395 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0005436-85.2012.8.26.0238, da Comarca de Ibiúna, em que é apelante CLAYTON APARECIDO NOGUEIRA (JUSTIÇA

Leia mais

A TRANSEXUALIDADE E A ALTERAÇÃO DO REGISTRO CIVIL COMO FORMA DE CONCREÇÃO DA CIDADANIA E DO DIREITO À SAÚDE.

A TRANSEXUALIDADE E A ALTERAÇÃO DO REGISTRO CIVIL COMO FORMA DE CONCREÇÃO DA CIDADANIA E DO DIREITO À SAÚDE. A TRANSEXUALIDADE E A ALTERAÇÃO DO REGISTRO CIVIL COMO FORMA DE CONCREÇÃO DA CIDADANIA E DO DIREITO À SAÚDE. TRANSSEXUALITY AND AMENDMENT OF CIVIL REGISTRATION FORM AS CONCRETION CITIZENSHIP AND THE RIGHT

Leia mais

I-A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza.

I-A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza. CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO PARANÁ RUA VICTÓRIO VIEZZER. 84 - CAIXA POSTAL 2.208 - CEP 80810-340 - CURITIBA - PR FONE: (41) 3240-4000 - FAX: (41) 3240-4001 - SITE: www.crmpr.org.br - E-MAIL: protocolo@crmpr.org.br

Leia mais

O Senso Comum e os Corpos Generificados

O Senso Comum e os Corpos Generificados O Senso Comum e os Corpos Generificados Vincular o comportamento ao sexo, gênero à genitália, definindo o feminino pela presença da vagina e o masculino pelo pênis, remonta ao século XIX quando o sexo

Leia mais

DISFORIA DE GÊNERO E TRANSEXUALIDADE: UMA REVISÃO DOS CONCEITOS ª RESUMO

DISFORIA DE GÊNERO E TRANSEXUALIDADE: UMA REVISÃO DOS CONCEITOS ª RESUMO DISFORIA DE GÊNERO E TRANSEXUALIDADE: UMA REVISÃO DOS CONCEITOS ª Leonardo Romeira Salati Elisabete Beatriz Maldaner RESUMO Esta revisão narrativa tem como objetivo reunir conhecimentos teóricos acerca

Leia mais

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS. PROJETO DE LEI N o 5.002, DE 2013 I RELATÓRIO

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS. PROJETO DE LEI N o 5.002, DE 2013 I RELATÓRIO COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS PROJETO DE LEI N o 5.002, DE 2013 Dispõe sobre o direito à identidade de gênero e altera o art. 58 da Lei nº 6.015 de 31 de dezembro de 1973. Autores: Deputados

Leia mais

Recorre a autora, inconformada com a r. sentença (fls. 66/76).

Recorre a autora, inconformada com a r. sentença (fls. 66/76). VOTO Nº: 6435 APELAÇÃO Nº: 1000414-85.2014.8.26.0132 COMARCA: CATANDUVA APTE.: NOGUEIRA APDO.: JUÍZO DA COMARCA AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE ASSENTO DE REGISTRO CIVIL. Pleito de retificação em registro civil

Leia mais

ABRIGAMENTO DE PESSOAS NÃO IDOSAS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

ABRIGAMENTO DE PESSOAS NÃO IDOSAS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS ABRIGAMENTO DE PESSOAS NÃO IDOSAS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS Cláudia Maria Beré 1 O abrigamento de pessoas com menos de 60 anos em instituições de longa permanência para idosos tem

Leia mais

Vistos, relatados e discutidos os autos. Acordam os Desembargadores integrantes da Sétima Câmara Cível

Vistos, relatados e discutidos os autos. Acordam os Desembargadores integrantes da Sétima Câmara Cível APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL. ALTERAÇÃO DE PRENOME. É possível a alteração do nome por exceção e motivadamente. Inteligência dos artigos 56, 57 e 58 da Lei nº 6.015 /73. Mero descontentamento

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA DANO MORAL E O ERRO MÉDICO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA DANO MORAL E O ERRO MÉDICO DANO MORAL E O ERRO MÉDICO Sessão da Tarde com o Prof. Joseval Viana patrocinada pelo Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde e Pós-Graduação em Direito do Consumidor 1 Responsabilidade Civil

Leia mais

TÍTULO: DIREITO E GÊNERO. A JUSTIÇA HABITA EM TODOS OS GÊNEROS. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

TÍTULO: DIREITO E GÊNERO. A JUSTIÇA HABITA EM TODOS OS GÊNEROS. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS 16 TÍTULO: DIREITO E GÊNERO. A JUSTIÇA HABITA EM TODOS OS GÊNEROS. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO AUTOR(ES): GUSTAVO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO MOURA RIBEIRO (Relator): Trata-se de recurso especial interposto por J.M. dos S. com fundamento no art. 105, III, a, do permissivo constitucional contra acórdão do Tribunal

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo fls. 124 Registro: ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº, da Comarca de, em que é apelante (JUSTIÇA GRATUITA), é apelado JUÍZO DA COMARCA. ACORDAM, em 10ª Câmara de Direito

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Sobre o recurso extraordinário contra decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça. Hipóteses de cabimento Marcelo Moura da Conceição * De uma interpretação conjunta dos

Leia mais

A legitimidade do Ministério Público para a defesa de direitos sociais e individuais indisponíveis

A legitimidade do Ministério Público para a defesa de direitos sociais e individuais indisponíveis Revista da Defensoria Pública da União, n. 2 (2009) Resenha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal #5 Referência: recurso extraordinário 554.088 A legitimidade do Ministério Público para a defesa

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS AÇÃO CIVIL PÚBLICA 0055245-23.2013.4.01.3800 AUTORES: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, MINISTERIO PUBLICO FEDERAL RÉU: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CFM SENTENÇA O Ministério Público Federal

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo ACÓRDÃO Registro: 2017.0000976231 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Reexame Necessário nº 1000669-92.2017.8.26.0114, da Comarca de Campinas, em que é recorrente JUIZO EX OFFÍCIO, é recorrido

Leia mais

Relação Jurídica de Consumo

Relação Jurídica de Consumo AULA INTRODUTÓRIA DA PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - LEI N. 8.078/90 Relação Jurídica de Consumo 1 1. Apresentação do curso de pós-graduação em Direito

Leia mais

Dados Básicos. Ementa. Íntegra

Dados Básicos. Ementa. Íntegra Dados Básicos Fonte: 91939/2011 Tipo: Acórdão TJMT Data de Julgamento: 14/03/2012 Data de Aprovação Data não disponível Data de Publicação: Data não disponível Estado: Mato Grosso Cidade: Sinop Relator:

Leia mais

RESOLUÇÃO CFM Nº 2.130/2015

RESOLUÇÃO CFM Nº 2.130/2015 RESOLUÇÃO CFM Nº 2.130/2015 (Publicada no D.O.U. de 15 de dezembro de 2015, Seção I, p. 248) Dispõe sobre a vedação da realização de exames de egressos dos cursos de medicina, com caráter cogente, pelos

Leia mais

PARECER JURÍDICO. É o relatório. Opino.

PARECER JURÍDICO. É o relatório. Opino. PARECER JURÍDICO PROJETO DE LEI Nº 48/2014 EMENTA: OBRIGA CLINICAS GERIATRICAS, CASAS DE REPOUSO E DEMAIS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DESTINADAS AO ATENDIMENTO DE IDOSOS A INSTALAREM, EM SUAS DEPENDÊNCIAS INTERNAS,

Leia mais

RELATÓRIO. O apelado apresentou intempestivamente as suas. contrarrazões. Rio de Janeiro, 14 de julho de 2009.

RELATÓRIO. O apelado apresentou intempestivamente as suas. contrarrazões. Rio de Janeiro, 14 de julho de 2009. QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº 2009.001.38826 31ª Vara Cível da Comarca da Capital Apelante: Sérgio Levy Silva Apelado : Anderson dos Santos Coutinho Relator: DES. MILTON

Leia mais

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Vigésima Primeira Câmara Cível

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Vigésima Primeira Câmara Cível Agravo de instrumento nº: 0068684-21.2013.8.19.0000 Agravante: BANCO SANTANDER BRASIL S.A Advogado: Fabio Caon Pereira Agravado: MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS Relator: Desembargador ANDRÉ RIBEIRO AGRAVO

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ Certificado digitalmente por: LUCIANO CARRASCO FALAVINHA SOUZA da Comarca de São João Juízo Único. Apelante: Edemir de Fátima Vieira. Relator: Luciano Carrasco Falavinha Souza em substituição à Desembargadora

Leia mais

JORNADA PRÁTICAS DE JUSTIÇA E DIVERSIDADE CULTURAL (3ª Edição) 25, 26, 27 de abril de 2007 UFPEL/UFRGS, Pelotas, Rio Grande do Sul

JORNADA PRÁTICAS DE JUSTIÇA E DIVERSIDADE CULTURAL (3ª Edição) 25, 26, 27 de abril de 2007 UFPEL/UFRGS, Pelotas, Rio Grande do Sul JORNADA PRÁTICAS DE JUSTIÇA E DIVERSIDADE CULTURAL (3ª Edição) 25, 26, 27 de abril de 2007 UFPEL/UFRGS, Pelotas, Rio Grande do Sul GRUPO DE TRABALHO JURIDICIDADE, FAMÍLIA E CLASSES SOCIAIS Coordenadoras:

Leia mais

A ISENÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES PARA PESSOAS DEFICIENTES

A ISENÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES PARA PESSOAS DEFICIENTES A ISENÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES PARA PESSOAS DEFICIENTES Tawny Marteli MARQUES 1 Thainá Mayumi Carducci NABETA 2 RESUMO: Buscou-se demonstrar que quem deve tratar de isenções

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0035.09.159819-9/001 Númeração 0255279- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Cássio Salomé Des.(a) Cássio Salomé 26/06/2014 04/07/2014 EMENTA: AGRAVO

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 37/XI. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 37/XI. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 37/XI Exposição de Motivos O programa do XVIII Governo estabelece como uma prioridade «combater todas as discriminações e, em particular, envidar todos os esforços no sentido de proporcionar

Leia mais

APELAÇÃO CÍVEL Nº ( ) COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

APELAÇÃO CÍVEL Nº ( ) COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA APELAÇÃO CÍVEL Nº 176810-82.2011.8.09.0011(201191768104) COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA APELANTE: APELADO: SEGURO DPVAT S/A ANASTACIO GERMANO DE OLIVEIRA E OUTROS SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO RELATOR:

Leia mais

Identidade de gênero

Identidade de gênero RELATÓRIO SOBRE AS AÇÕES DE REQUALIFICAÇÃO CIVIL Diante da solicitação de mapeamento das ações de requalificação civil, realizada pelo Nudiversis (Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade

Leia mais

Estado do Pará Assembléia Legislativa Gabinete da Deputada Sandra Batista HOMOSSEXUAIS: RESPEITO AGORA É LEI

Estado do Pará Assembléia Legislativa Gabinete da Deputada Sandra Batista HOMOSSEXUAIS: RESPEITO AGORA É LEI Estado do Pará Assembléia Legislativa Gabinete da Deputada Sandra Batista HOMOSSEXUAIS: RESPEITO AGORA É LEI Os homossexuais do Pará já podem dizer que estão amparados pela constituição estadual em caso

Leia mais

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná Certificado digitalmente por: MARIO NINI AZZOLINI APELAÇÃO CÍVEL Nº 1579687-5 NOS AUTOS Nº 4406-06.2014.8.16.0179, DA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS E CORREGEDORIA DO FORO EXTRAJUDICIAL DE CURITIBA APELANTES:

Leia mais

Estado da Paraíba Poder Judiciário Tribunal de Justiça

Estado da Paraíba Poder Judiciário Tribunal de Justiça á Estado da Paraíba Poder Judiciário Tribunal de Justiça AGRAVO INTERNO N" 200.2009.036736-4/001 RELATOR : Juiz Miguel de Britto Lyra Filho, Juiz de Direito Convocado AGRAVANTE : Banco Real Leasing S/A

Leia mais

Vistos, relatados e discutidos esses autos de apelação cível nº , em que é apelante Camila Vitoria Oliveira Batista da Silva.

Vistos, relatados e discutidos esses autos de apelação cível nº , em que é apelante Camila Vitoria Oliveira Batista da Silva. Certificado digitalmente por: LUCIANO CARRASCO FALAVINHA SOUZA Comarca de Loanda Vara Cível, da Fazendas Publica, Acidentes de Trabalho, Registros Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudicial. Apelante:

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 662.799 - MG (2004/0051849-1) RELATOR : MINISTRO CASTRO FILHO EMENTA DIREITO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CASAMENTO. NOME CIVIL. SUPRESSÃO DE PATRONÍMICO. POSSIBILIDADE. DIREITO DA PERSONALIDADE.

Leia mais

Décima Sexta Câmara Cível Gabinete do Desembargador Marco Aurélio Bezerra De Melo

Décima Sexta Câmara Cível Gabinete do Desembargador Marco Aurélio Bezerra De Melo AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO AGRAVADA QUE DEFERE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA DETERMINAR AO MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGO A DISPONIBILIZAÇÃO DE CONSULTA MÉDICA DE NEUROLOGISTA. RECURSO DO RÉU. Direito à Saúde.

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO : Conselho Regional de Medicina do Estado de Sao Paulo CREMESP D.E. Publicado em 13/01/2012 EMENTA CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS AOS CONSELHOS PROFISSIONAIS

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.041.751 - DF (2008/0062175-8) RELATOR : MINISTRO SIDNEI BENETI RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS RECORRIDO : DANIELE MARANHAO COSTA ADVOGADO : LUÍS

Leia mais

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE fls. 218 Processo: 0620437-78.2017.8.06.0000 - Agravo de Instrumento Agravante: Sky Brasil Serviços de Banda Larga Ltda - Sky Banda Larga Agravado: Up Mídia Alternativa Ltda EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Diário da Justiça de 06/11/2006 10/10/2006 SEGUNDA TURMA RELATOR : MIN. EROS GRAU AGRAVANTE(S) : TRANSPORTES FÁTIMA LTDA ADVOGADO(A/S) : CELSO BOTELHO DE MORAES E OUTRO(A/S) AGRAVADO(A/S) : ESTADO DE MINAS

Leia mais

: MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES : FLÁVIO CÉSAR INNOCENTI E OUTRO(A/S)

: MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES : FLÁVIO CÉSAR INNOCENTI E OUTRO(A/S) RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 896.087 RIO GRANDE DO SUL RELATOR RECTE.(S) : MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES ADV.(A/S) :CLÁUDIO ROBERTO NUNES GOLGO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :BRADESCO

Leia mais

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A MANDADO DE SEGURANÇA. FALÊNCIA. ORDEM DE CITAÇÃO PARA DEFESA. ALTERAÇÃO DA SITUAÇÃO FÁTICA. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. CABÍVEL INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO. ARTIGO 5º, II, LEI 12.016/09. INICIAL INDEFERIDA.

Leia mais

Decisão - I - Alega ofensa ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. - II - No caso dos autos, verifico a presença dos dois requisitos. Vejamos.

Decisão - I - Alega ofensa ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. - II - No caso dos autos, verifico a presença dos dois requisitos. Vejamos. Processo nº. ) Classe Impetrante Impetrado : 2100 Mandado de Segurança Individual : : Secretario Geral do UNICEUB Decisão - I - Cuida-se de ação mandamental, com pedido de liminar, ajuizada por contra

Leia mais

A C Ó R D Ã O Nº COMARCA DE ALVORADA ROSALINA IRIA DA ROSA

A C Ó R D Ã O Nº COMARCA DE ALVORADA ROSALINA IRIA DA ROSA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO DE NASCIMENTO QUANTO AO NOME E SEXO DA AUTORA. TRANSEXUALISMO. AUSÊNCIA DE CIRURGIA DE REDESIGNAÇÃO SEXUAL. INVIABILIDADE DA ALTERAÇÃO DO REGISTRO, UMA VEZ

Leia mais

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Fls. Órgão : 4ª TURMA CÍVEL Classe : APELAÇÃO N. Processo : 20150110776460APC (0023324-25.2015.8.07.0001) Apelante(s)

Leia mais

DECRETO N.º 203/XIII. Direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa

DECRETO N.º 203/XIII. Direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa DECRETO N.º 203/XIII Direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE AS AÇÕES DE REQUALIFICAÇÃO CIVIL

RELATÓRIO SOBRE AS AÇÕES DE REQUALIFICAÇÃO CIVIL RELATÓRIO SOBRE AS AÇÕES DE REQUALIFICAÇÃO CIVIL Diante da solicitação de mapeamento das ações de requalificação civil, realizada pelo Nudiversis (Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade

Leia mais

Provimento nº 73 do CNJ regulamenta a alteração de nome e sexo no Registro Civil

Provimento nº 73 do CNJ regulamenta a alteração de nome e sexo no Registro Civil Provimento nº 73 do CNJ regulamenta a alteração de nome e sexo no Registro Civil Publicado em: 29/06/2018 PROVIMENTO N. 73, DE 28 DE JUNHO DE 2018. Dispõe sobre a averbação da alteração do prenome e do

Leia mais

A C Ó R D Ã O Nº (N CNJ: ) COMARCA DE SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA

A C Ó R D Ã O Nº (N CNJ: ) COMARCA DE SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA APELAÇÃO CÍVEL. RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL. INCLUSÃO DE LETRA NO NOME PARA EVITAR EQUÍVOCOS FONÉTICOS. CABIMENTO. Nos termos do art. 109 da Lei de Registros Públicos, não há impedimento legal para a

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO : MINISTRO RIBEIRO DANTAS : EMERSON SILVA RODRIGUES (PRESO) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA PROCESSUAL

Leia mais

VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA APELAÇÃO CÍVEL n.º 0029389-71.2013.8.19.0001-E Obrigação de Fazer 14ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital APELANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES AUTÔNOMOS,

Leia mais

RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº / DF

RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº / DF Procuradoria Geral da República Nº 6584 RJMB / pc RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 639.566 / DF RELATOR : Ministro LUIZ FUX RECORRENTE: Companhia Vale do Rio Santo Antônio de Minérios VALERISA RECORRIDA : União

Leia mais

TRANSEXUALISMO. Karla E. Racaneli MIYAI 1

TRANSEXUALISMO. Karla E. Racaneli MIYAI 1 TRANSEXUALISMO Karla E. Racaneli MIYAI 1 RESUMO: O presente artigo tem como objetivo o transexualismo em nosso país, sendo analisado as possibilidades e limites jurídicos da cirurgia de adequação de sexo

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 25.001 - MS (2007/0207775-2) RELATOR : MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA RECORRENTE : ANTÔNIO ROBERTO DOS SANTOS PEREIRA ADVOGADO : ANA HELENA BASTOS E SILVA CÂNDIA E OUTRO(S)

Leia mais

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB. DESEMB - JANETE VARGAS SIMÕES 31 de maio de 2016

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB. DESEMB - JANETE VARGAS SIMÕES 31 de maio de 2016 ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB. DESEMB - JANETE VARGAS SIMÕES 31 de maio de 2016 APELAÇÃO Nº 0006680-15.2013.8.08.0012 - CARIACICA - 1ª VARA CÍVEL, ÓRFÃOS E SUCESSÕES

Leia mais

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO Registro: 2019.0000075048 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0000929-02.2012.8.26.0523, da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO e é apelado

Leia mais

Resultado final dos julgamentos dos recursos do EXIN SESSÃO DE JULGAMENTO 18/05/ ª. Série

Resultado final dos julgamentos dos recursos do EXIN SESSÃO DE JULGAMENTO 18/05/ ª. Série 3ª. Série QUESTÃO RECORRIDA ALTERNATIVA DO GABARITO PRELIMINAR DISCIPLINA 15 B DIREITO CONSTITUCIONAL II 16 E TEORIA GERAL DO PROCESSO RESULTADO FUNDAMENTAÇÃO (desnecessária quando o resultado for anulada

Leia mais

APELAÇÃO CÍVEL Nº /001 - COMARCA DE PONTE NOVA - APELANTE (S): L. V. S.

APELAÇÃO CÍVEL Nº /001 - COMARCA DE PONTE NOVA - APELANTE (S): L. V. S. EMENTA: RETIFICAÇÃO DE ASSENTO DE NASCIMENTO. ALTERAÇÃO DO NOME E DO SEXO. TRANSEXUAL. INTERESSADO NÃO SUBMETIDO À CIRURGIA DE TRANSGENITALIZAÇÃO. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.

Leia mais

Registos e Notariado ª Edição. Atualização nº 4

Registos e Notariado ª Edição. Atualização nº 4 Registos e Notariado 2018 2ª Edição Atualização nº 4 Atualização nº 4 editor EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes Tomás, nºs 76, 78 e 80 3000-167 Coimbra Tel.: 239 851 904 Fax: 239 851 901 www.almedina.net

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 371 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. EDSON FACHIN REQTE.(S) :CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE - CNT ADV.(A/S) :FRANCISCO CARLOS MORAIS SILVA E OUTRO(A/S)

Leia mais

DIREITOS DA PERSONALIDADE II

DIREITOS DA PERSONALIDADE II 5/2/2017 DIREITOS DA PERSONALIDADE II Aula 7 DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA O direito à integridade física assegura a proteção do ser biológico e das suas diversas funções, nos casos em que não esteja em

Leia mais

DESPACHO SEJUR N.º 139/2016

DESPACHO SEJUR N.º 139/2016 DESPACHO SEJUR N.º 139/2016 (Aprovado em Reunião de Diretoria em 07/04/2016) Interessado: Conselho Federal de Medicina Expediente n.º 9860/2015 Assunto: Análise Jurídica. Portaria Ministério do Trabalho

Leia mais

DECISÃO. (Fundamentação legal: artigo 557, caput, do CPC)

DECISÃO. (Fundamentação legal: artigo 557, caput, do CPC) TRIBUNAL DE JUSTIÇA DÉCIMA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0048175-69.2013.8.19.0000 Agravante: DIBENS LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL (autora) Agravado: JOSÉ LUIS DA SILVA (réu) Relatora: Desembargadora

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO fls. 263 ACÓRDÃO Registro: 2015.0000917209 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2120654-60.2015.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante BANCO BRADESCO S/A,

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RELATOR : MIN. EROS GRAU PACIENTE(S) : ALFREDO ANTONIO CANEVER IMPETRANTE(S) : WALTER BORGES CARNEIRO COATOR(A/S)(ES) : TURMA RECURSAL ÚNICA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE CURITIBA EMENTA: HABEAS CORPUS.

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA N. 07

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA N. 07 AULA N. 07 1 Conceito de dano moral O dano moral consiste na lesão de direitos não patrimoniais, isto é, dignidade da pessoa humana e direitos da personalidade. Exemplos: vida privada, intimidade, honra,

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS

RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS AULA 16 RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS ERRO DE DIAGNÓSTICO 1. Conceito de diagnóstico 2. Conceito de prognóstico Diagnóstico é a palavra da área da medicina que significa a qualificação

Leia mais

Poder Judiciário Tribunal Regional Federal da 5ª Região Gabinete do Desembargador Federal Rogério Fialho Moreira

Poder Judiciário Tribunal Regional Federal da 5ª Região Gabinete do Desembargador Federal Rogério Fialho Moreira RELATÓRIO Trata-se de apelação interposta pelo Réu contra a sentença de fls. 176/185, integrada, por força de embargos de declaração, pela sentença de fls. 211/216, que, em ação civil pública proposta

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 25/04/2017 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.021.376 SÃO RELATOR AGTE.(S) PROC.(A/S)(ES) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 745.410 - SP (2005/0068599-2) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS PROCURADOR : LAÍS NUNES DE ABREU E OUTROS RECORRIDO : GIASSETTI

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo ACÓRDÃO Registro: 2015.0000609954 Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 1002892-13.2015.8.26.0009, da Comarca de, em que é apelante ITAÚ UNIBANCO S/A ( ATUAL DENOMINAÇÃO DE BANCO ITAÚ

Leia mais

11/03/2014 PRIMEIRA TURMA

11/03/2014 PRIMEIRA TURMA Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 11/03/2014 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.222 SÃO PAULO RELATOR AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) :

Leia mais

PARÂMETROS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DO ABANDONO AFETIVO

PARÂMETROS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DO ABANDONO AFETIVO PARÂMETROS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DO ABANDONO AFETIVO GT III Efetividade do Sistema de Proteção às Crianças e aos Adolescentes na América Latina. Tamires Cristina Feijó de Freitas

Leia mais

DA CONSULTA DO PARECER

DA CONSULTA DO PARECER PROCESSO-CONSULTA CFM nº 27/2016 PARECER CFM nº 32/2017 INTERESSADO: Dra. E. T. M. M. ASSUNTO: Divulgação em sítio eletrônico oficial de listagem de pacientes que aguardam por consulta, exames e intervenções

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 28/10/2016 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.607 PIAUÍ RELATOR AGTE.(S) AGDO.(A/S) : MIN. ROBERTO BARROSO :ESTADO

Leia mais

: MINISTRO PRESIDENTE

: MINISTRO PRESIDENTE SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA 800 RIO GRANDE DO SUL REGISTRADO REQTE.(S) PROC.(A/S)(ES) REQDO.(A/S) ADV.(A/S) INTDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MINISTRO PRESIDENTE :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL

Leia mais

MINORIAS NO SÉCULO XXI, UMA ANÁLISE SOBRE OS DIREITOS DOS TRANSEXUAIS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO

MINORIAS NO SÉCULO XXI, UMA ANÁLISE SOBRE OS DIREITOS DOS TRANSEXUAIS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO ISSN 2178-826X MINORIAS NO SÉCULO XXI, UMA ANÁLISE SOBRE OS DIREITOS DOS TRANSEXUAIS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO MINORITIES IN THE 21ST CENTURY, AN ANALYSIS OF THE RIGHTS OF TRANSSEXUALS IN BRAZILIAN TERRITORY

Leia mais

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL Professor Fábio Luz. Me curte aí: facebook.com/fabio.luz.10

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL Professor Fábio Luz. Me curte aí: facebook.com/fabio.luz.10 LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL Professor Fábio Luz Me curte aí: facebook.com/fabio.luz.10 CONTEXTO HISTÓRICO Constituição Federal Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Direitos Humanos no Ordenamento Nacional. Instrumentos Normativos de Proteção aos Direitos Humanos Parte 1. Profª.

DIREITOS HUMANOS. Direitos Humanos no Ordenamento Nacional. Instrumentos Normativos de Proteção aos Direitos Humanos Parte 1. Profª. DIREITOS HUMANOS Direitos Humanos no Ordenamento Nacional Instrumentos Normativos de Proteção aos Direitos Humanos Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - A Lei n. 7.716/89 define os crimes resultantes de preconceito

Leia mais

RELATÓRIO. 2. Duplo grau de jurisdição obrigatório. 3. É o relatório. VOTO

RELATÓRIO. 2. Duplo grau de jurisdição obrigatório. 3. É o relatório. VOTO 1 de 5 04/10/2016 08:32 PROCESSO Nº: 0800188-82.2015.4.05.8204 - REMESSA NECESSÁRIA PARTE AUTORA: CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUP 1 REG ADVOGADO: CARLOS ALBERTO LOPES DOS SANTOS PARTE

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROF. DR. LEANDRO REINALDO DA CUNHA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROF. DR. LEANDRO REINALDO DA CUNHA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROF. DR. LEANDRO REINALDO DA CUNHA PROJETO DE PESQUISA Direito e sexualidade Salvador 2017 1. DEFINIÇÃO DO TEMA

Leia mais

Essa é classificação da nossa Constituição Federal conferida pela doutrina.

Essa é classificação da nossa Constituição Federal conferida pela doutrina. Cargo: R01 - PRAÇA DA POLÍCIA MILITAR MASCULINO Disciplina: NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL Questão Gabarito por extenso Justificativa Essa é classificação da nossa Constituição Federal conferida pela

Leia mais

NOME SOCIAL NO SISTEMA DE ATENDIMENTO

NOME SOCIAL NO SISTEMA DE ATENDIMENTO NOME SOCIAL NO SISTEMA DE ATENDIMENTO Sumário Apresentação...05 Entendendo a temática de Gênero...08 Valdete Cordeiro Coordenadora do Nudis Thaisson Amaral Assessor do Nudis Priscilla Bezerra Estagiária

Leia mais

II - AÇÃO RESCISÓRIA

II - AÇÃO RESCISÓRIA RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO BARATA AUTOR : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL REU : GAIA SILVA ROLIM E ASSOCIADOS S/C ADVOCACIA E CONSULTORIA TRIBUTARIA E SOCIETARIA ADVOGADO : SEM ADVOGADO ORIGEM

Leia mais

(DES)FAZENDO A CLINICA: sobre a invenção de um cuidado compartilhado e os caminhos da despatologização da transexualidade

(DES)FAZENDO A CLINICA: sobre a invenção de um cuidado compartilhado e os caminhos da despatologização da transexualidade (DES)FAZENDO A CLINICA: sobre a invenção de um cuidado compartilhado e os caminhos da despatologização da transexualidade De onde falo? Por que falar em saúde integral trans-específica demarcando que não

Leia mais

REQUERIMENTO AJUIZAMENTO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.

REQUERIMENTO AJUIZAMENTO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EXCELENTÍSSIMA SENHORA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ. REQUERIMENTO AJUIZAMENTO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Ref.: Ofensa ao princípio da isonomia tributária (artigo 150, inciso

Leia mais

V - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ACR) :

V - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ACR) : Nº CNJ : 0007251-75.2001.4.02.5001 RELATOR : ANDRÉ FONTES EMBARGANTE : CELSO LUIZ COVRE ADVOGADO : HEGNER CASTELO BRANCO DE SANTANA EMBARGADO : JULGADO DE FL. 677 ORIGEM : 1ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE VITÓRIA/ES

Leia mais

O SISTEMA FEDERATIVO E A INTERVENÇÃO FEDERAL

O SISTEMA FEDERATIVO E A INTERVENÇÃO FEDERAL O SISTEMA FEDERATIVO E A INTERVENÇÃO FEDERAL GUSTAVO GUSMÃO O SISTEMA FEDERATIVO E A INTERVENÇÃO FEDERAL INTRODUÇÃO: O Brasil é uma República Federativa, isto é, uma Federação composta de Estados- membros

Leia mais