Toxoplasmose adquirida na gestação e toxoplasmose congênita: uma abordagem prática na notificação da doença* doi: /S

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Toxoplasmose adquirida na gestação e toxoplasmose congênita: uma abordagem prática na notificação da doença* doi: /S"

Transcrição

1 Relato de experiência Toxoplasmose adquirida na gestação e toxoplasmose congênita: uma abordagem prática na notificação da doença* doi: /S Gestational and congenital toxoplasmosis: a practical approach to disease notification Jaqueline Dario Capobiango 1 Regina Mitsuka Breganó 2 Fabiana Maria Ruiz Lopes Mori 3 Italmar Teodorico Navarro 4 Josemari Sawczuk de Arruda Campos 5 Linda Tsuiko Tatakihara 5 Thalita Bento Talizin 6 Monica dos Santos 6 Tayná Rolim Galvão Pereira 6 Simone Garani Narciso 7 Edna Maria Vissoci Reiche 8 1 Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Pediatria e Cirurgia Pediátrica, Londrina-PR, Brasil 2 Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Ciências Patológicas, Londrina-PR, Brasil 3 Centro Universitário Filadélfia, Curso de Biomedicina, Londrina-PR, Brasil 4 Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Londrina-PR, Brasil 5 Hospital Universitário de Londrina, Núcleo Hospitalar de Epidemiologia, Londrina-PR, Brasil 6 Universidade Estadual de Londrina, Faculdade de Medicina, Londrina-PR, Brasil 7 Secretaria Municipal de Saúde, Serviço de Vigilância Epidemiológica, Londrina-PR, Brasil 8 Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Patologia, Toxicologia e Análises Clínicas, Londrina-PR, Brasil Resumo Objetivo:relatar a experiência de implantação da notificação de toxoplasmose durante a gestação e toxoplasmose congênita em uma unidade sentinela (US) e descrever os casos notificados. Métodos: foi relatada a criação de um fluxo de notificação com utilização de ficha de notificação específica para os casos suspeitos de toxoplasmose na gestante e toxoplasmose congênita registrados em serviço de referência no estado do Paraná, Brasil, no período de agosto de 2013 a agosto de Resultados: todos os 64 casos suspeitos foram notificados e a investigação foi complementada pelo Núcleo de Epidemiologia da US; 63 desses casos realizaram pré-natal e 51 receberam tratamento durante a gestação; entre as crianças acompanhadas ambulatorialmente, 7 tiveram diagnóstico de toxoplasmose congênita confirmado. Conclusão: a implantação da notificação da toxoplasmose permitiu a obtenção de dados epidemiológicos, clínicos e de diagnóstico da doença, que contribuíram para a avaliação da evolução clínica das crianças expostas ao Toxoplasma gondii. Palavras-chave: Toxoplasmose Congênita; Notificação de Doenças; Serviços de Vigilância Epidemiológica; Vigilância em Saúde Pública. Abstract Objective: to demonstrate the experience of implanting toxoplasmosis notification during pregnancy and congenital toxoplasmosis in a Sentinel Unit (SU) and describe reported cases. Methods: this was a descriptive study of the implantation of a notification protocol using a specific notification form for suspected cases of toxoplasmosis in pregnant women and congenital toxoplasmosis in a reference center in Paraná State, Brazil, from August 2013 to August Results: all 64 suspected cases were notified and case investigation was completed by the SU Epidemiology Sector; 63 received prenatal care and 51 received treatment during pregnancy; 7 of the children being clinically monitored had confirmed diagnosis of congenital toxoplasmosis. Conclusion: implanting toxoplasmosis notification afforded epidemiological, clinical and diagnostic data on the disease that contributed to the assessment of the clinical evolution of children exposed to Toxoplasma gondii. Key words: Toxoplasmosis, Congenital; Disease Notification; Epidemiological Surveillance Services; Public Health Surveillance. * Artigo elaborado a partir de tese de Doutorado de Jaqueline Dario Capobiango, defendida junto ao Programa de Pós- Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Londrina, estado do Paraná, Brasil, em Endereço para correspondência: Jaqueline Dario Capobiango Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Pediatria e Cirurgia Pediátrica, Avenida Robert Koch, no 60, Vila Operária, Londrina-PR, Brasil. CEP: jaquedc@uel.br 187

2 Notificação de toxoplasmose na gestante e toxoplasmose congênita Introdução A toxoplasmose é uma zoonose cosmopolita causada pelo protozoário Toxoplasma gondii (T. gondii) e infectante para diversos mamíferos. 1,2 A soroprevalência da toxoplasmose em gestantes nas regiões Sul e Sudeste do Brasil varia entre 31,0 e 64,4%. 3-5,6 Em Londrina, cidade da região norte do estado do Paraná, região Sul, 50,8% das gestantes não apresentaram anticorpos da classe IgG para o T. gondii. 7 Por conseguinte, permanece elevada a frequência de gestantes susceptíveis a essa infecção no país. A toxoplasmose congênita pode-se apresentar com formas graves ou com sequelas graves tardias, mesmo em crianças assintomáticas ao nascimento. 8-9 O diagnóstico oportuno da infecção permite o tratamento adequado da gestante, capaz de reduzir a gravidade das sequelas da toxoplasmose no feto No período de 2000 a 2010, 31 casos de toxoplasmose congênita foram registrados no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU/ UEL) e somente 4 gestantes receberam tratamento, o que resultou em elevada frequência de crianças com toxoplasmose congênita sintomáticas (n=19) e com sequelas (n=20). 12 Em 2006, implantou-se o Programa de Vigilância em Saúde da Toxoplasmose Gestacional e Congênita na atenção primária de Londrina, com a investigação sorológica para toxoplasmose durante o atendimento pré-natal. 13 Nesse contexto, faz-se necessária a caracterização epidemiológica da toxoplasmose na gestação e congênita, por meio da notificação de todos os casos suspeitos. As Portarias do Ministério da Saúde GM/MS n o 2.472, de 31 de agosto de 2010, e GM/MS n o 104, de 25 de janeiro de 2011, tornaram a notificação de toxoplasmose gestacional e congênita obrigatória em unidades sentinelas As unidades sentinelas do Brasil utilizam uma ficha de Notificação Individual (NOTINDIV) para agravos previstos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) que não dispõem de ficha específica. É o caso da toxoplasmose na gestação e congênita, que todavia não conta com uma ficha de notificação padronizada para toxoplasmose. Até o momento da experiência relatada, portanto, não havia instrumentos nacionais padronizados e validados para a notificação de toxoplasmose na gestação e congênita, o que justifica a realização do presente estudo, cujo objetivo é relatar a experiência de implantação da notificação de toxoplasmose durante a gestação e toxoplasmose congênita em uma unidade sentinela do município de Londrina e descrever os casos notificados. Métodos O presente relato de notificações de toxoplasmose adquirida na gestação e congênita refere-se aos casos notificados no HU/UEL Hospital Sentinela para a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, referentes ao período de agosto de 2013 a agosto de O HU/UEL conta com um Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), responsável por identificar casos de notificação compulsória e de outros agravos, como a toxoplasmose gestacional e congênita. A toxoplasmose congênita pode apresentar-se com formas graves ou com sequelas graves tardias, mesmo em crianças assintomáticas ao nascimento. Além do encaminhamento ao NHE das fichas de gestantes suspeitas atendidas no ambulatório, o rastreamento específico para toxoplasmose adquirida na gestação recorreu ao sistema informatizado do Laboratório de Análises Clínicas do HU/UEL, buscando resultados reagentes de IgM anti-t. gondii em gestantes. Para cada gestante com IgM anti-t. gondii reagente, considerada como caso suspeito, foi aberta uma ficha específica de investigação. Inicialmente esboçado em 2006, o modelo dessa ficha específica foi concluído em 2013 (ver modelo da ficha no Anexo a este relato), dispondo de campos de registro de dados da mãe e da criança, criados segundo as recomendações de vigilância do Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos da América (CDC/USA). 16 O NHE também dispôs a ficha NOTINDIV para registro pela Vigilância Epidemiológica (VE) dos dados de identificação da gestante no Sinan. Os critérios de classificação diagnóstica dos casos suspeitos de toxoplasmose adquirida na gestação e de toxoplasmose congênita estão descritos na Figura 1. 9,17,18 As gestantes com reatividade para IgM anti-t gondii (exceto quando o teste de avidez para IgG demonstrasse forte avidez no 1º trimestre) iniciaram tratamento com espiramicina e foram encaminhadas ao Ambulatório de Alto Risco de Obstetrícia do HU/UEL, para definição diagnóstica e acompanhamento do tratamento, seguindo o protocolo do Programa de Vigilância em 188

3 Jaqueline Dario Capobiango e colaboradores Saúde da Toxoplasmose Gestacional e Congênita do HU/ UEL e da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, que recomenda o início do tratamento para os casos suspeitos até a definição diagnóstica. 19 Foi considerado como caso suspeito de toxoplasmose congênita toda criança menor de 12 meses de idade cuja mãe teve suspeita de toxoplasmose adquirida na gestação. A Figura 2 ilustra os fluxos de notificação dos casos suspeitos ou confirmados de toxoplasmose na gestação e toxoplasmose congênita, elaborados e implantados em 2013, no início da presente experiência. Após o recebimento da ficha específica do ambulatório e da maternidade, foram criadas agendas anuais de acompanhamento pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia NHE. Com base na data provável do parto, foram agendadas as datas para revisão dos casos após o nascimento da criança. O verso da ficha específica, direcionada à criança, foi preenchido em três momentos: 1) na maternidade do HU/UEL, pelo pediatra que encaminhou a ficha para o NHE; 2) completado um ano de idade da criança, pelo profissional do NHE que preencheu os dados a partir dos registros no prontuário de acompanhamento ambulatorial; e 3) completados dois anos de vida da criança, pelo profissional do NHE que encerrou o caso após avaliação por médico infectologista. Para as crianças provenientes de outras maternidades, a ficha foi preenchida pelo médico durante a primeira consulta de atendimento no Ambulatório de Infecções Congênitas do HU/UEL e logo encaminhada ao NHE. Para as crianças com toxoplasmose congênita confirmada, a partir de 24 meses de idade foi programado o agendamento anual Gestante com suspeita de toxoplasmose Classificação Definição Definição Comprovada Soroconversão ou detecção de DNA do T. gondii em líquido amniótico ou infecção congênita confirmada na criança Criança com toxoplasmose congênita IgM anti-t. gondii reagente antes dos 6 meses de vida Provável IgM (e/ou IgA) reagente e baixo índice de avidez de IgG ou aumento dos títulos de IgG e IgM ou IgM reagente e história clínica de toxoplasmose aguda ou altos títulos de IgG na segunda metade da gestação com IgM reagente (e/ou IgA) Persistência de positividade de IgG anti- T. gondii após 12 meses de vida Possível Improvável Infecção ausente IgM reagente e índice de avidez alto (após 12 semanas de idade gestacional) ou índice de avidez indeterminado ou uma única amostra de IgM reagente sem realização do teste de avidez ou altos títulos de IgG na primeira metade da gestação com IgM reagente IgM reagente ou não reagente com teste de avidez forte coletado antes de 12 semanas de idade gestacional ou títulos de IgG estáveis e baixos IgG e IgM não reagente, IgM reagente sem aparecimento de IgG e IgG reagente prévio à gestação Elevação dos títulos de IgG anti-t. gondii em amostras seriadas, durante os primeiros meses de vida Sinais e/ou sintomas sugestivos de toxoplasmose congênita, filhas de mães com IgG anti-t. gondii reagente, após exclusão de outras possíveis etiologias (sífilis, citomegalovirose, rubéola) Mães que apresentaram reação em cadeia de polimerase (PCR) positiva para toxoplasmose no líquido amniótico PCR positiva para toxoplasmose em sangue periférico coletado nos primeiros 6 meses de vida Fonte: Remington e cols.; 9 Brasil; 17 Lebech e cols. 18 Figura 1 Definição dos critérios diagnósticos para toxoplasmose adquirida na gestação e toxoplasmose congênita no município de Londrina, Paraná, agosto de 2013 a agosto de

4 Notificação de toxoplasmose na gestante e toxoplasmose congênita para acompanhamento pelo Ambulatório de Infecções Congênitas do HU/UEL e no NHE, visando a detecção de possíveis sequelas tardias da doença (Figura 2). Foi criado um banco de dados sobre a plataforma Microsoft Office Excel 2007, com registros de todos os casos suspeitos; para a análise dos dados, foi utilizado o programa SPSS versão As variáveis quantitativas foram expressas em medianas e variação interquartil (IQR 25%-75%), e as variáveis qualitativas, em números absolutos (n). O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina: Parecer n o 047/05. Resultados O preenchimento das fichas de notificação e a confirmação do diagnóstico de toxoplasmose na gestante e na criança ocorreram de acordo com os fluxogramas propostos (Figura 2), com o envolvimento de vários profissionais da saúde. O trabalho foi realizado por equipe multiprofissional, composta de docentes, residentes, plantonistas, enfermeiros e alunos de graduação da área da Saúde. Na fase de notificação, médicos obstetras e pediatras participaram no atendimento e preenchimento das fichas de notificação. A equipe de enfermagem encaminhou as fichas preenchidas para o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HU/UEL, responsável pelo registro de dados complementares, como os resultados sorológicos em amostras seriadas e as informações da evolução do caso referentes ao tratamento e efeitos adversos. Após este procedimento, a classificação final do diagnóstico de toxoplasmose na gestação foi realizada pelo médico infectologista. No período de agosto de 2013 a agosto de 2014, foram notificados 64 casos de toxoplasmose na gestação (Tabela 1). A idade mediana das gestantes notificadas foi de 24 anos (IRQ 25%-75% de 18,3 e 24,0). Destas, 63 realizaram pré-natal e 51 casos suspeitos receberam tratamento durante a gestação. O tratamento foi iniciado no primeiro trimestre em 23 gestantes, no 2º trimestre em 20 e no 3º trimestre em 8 gestantes. As 2 gestantes com o diagnóstico confirmado foram tratadas com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico; o tratamento das demais gestantes ocorreu conforme a classificação diagnóstica. Em uma gestante com diagnóstico possível, o tratamento foi suspenso pela presença de exantema. Os efeitos colaterais do tratamento foram relatados por 12 Gestante Criança Maternidades municipais Unidade Básica de Saúde Outros serviços Unidade Básica de Saúde Outros serviços Ficha específica Ambulatório de Patologia Obstetrica Rastreamento do Sistema Informatizado do Laboratório (HU) Ambulatório de infecções congênitas Ficha específica Ficha NOTINDIV Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) Notificação do caso para VE e acompanhamento Requerimento de prontuário Busca fonada Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) Notificação do caso para VE e acompanhamento Ficha NOTINDIV NHE - Encerramento do caso após definição do diagnóstico da criança Vigilância Epidemiológica (VE) NHE - Encerramento do caso após definição do diagnóstico da criança NHE - Seguimento anual de sequelas tardias Figura 2 Fluxo de notificação da gestante com toxoplasmose suspeita ou confirmada durante a gestação e da criança com toxoplasmose congênita suspeita ou confirmada no município de Londrina, Paraná, agosto de 2013 a agosto de

5 Jaqueline Dario Capobiango e colaboradores Tabela 1 Características demográficas, clínicas e laboratoriais das gestantes notificadas com suspeita de toxoplasmose aguda na cidade de Londrina, Paraná, agosto de 2013 a agosto de 2014 Variável n = 64 Procedência Londrina 32 Outras cidades 32 Localidade Zona urbana 57 Zona rural 5 Ignorada 2 Escolaridade (em anos de estudo) Analfabeta 1 a 8 23 >8 33 Ignorada 8 Sintomas Febre Exantema 1 Mialgia 9 Cefaleia 15 Adenomegalia 4 Ignorado 6 Ausentes 41 Hábitos associados à aquisição da toxoplasmose Limpou fezes de gato 9 Contato com terra ou areia 19 Bebeu água não fervida ou filtrada 46 Comeu vegetais crus 49 Comeu carne crua 24 Contato com gatos 27 Trimestre da gestação no diagnóstico a 1º trimestre 27 2º trimestre 21 3º trimestre 11 Ignorado 5 Teste de avidez de IgG b Fraca avidez 24 Avidez intermediária 5 Forte avidez 27 Teste não realizado 8 Classificação dos casos de toxoplasmose c Confirmado 2 Provável 29 Possível 17 Improvável 15 Susceptível 1 Tratamento dos casos conforme a classificação c Confirmado 2 Provável 26 Possível 14 Improvável 9 Susceptível a) Imunoensaio de micropartículas por quimioluminescência IgM anti-t. gondii (Architect, System Abbott, Wiesbaden, Alemanha) b) Teste de avidez da IgG por imunoensaio de micropartículas por quimioluminescência (Architect, System Abbott, Wiesbaden, Alemanha) c) Adaptação a partir do Ministério da Saúde 17 e de Lebech

6 Notificação de toxoplasmose na gestante e toxoplasmose congênita entre 41 gestantes que usaram sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico; entretanto, esses efeitos foram revertidos em todas elas. Nenhuma das 10 gestantes tratadas com espiramicina relatou efeitos colaterais. Entre as 14 gestantes notificadas que não foram tratadas, 1 não realizou pré-natal, 6 não tinham indicação de tratamento, pois o diagnóstico era improvável, 6 perderam a oportunidade de tratamento e 1 teve o tratamento suspenso. Entre as 29 gestantes com IgG anti-t. gondii com avidez fraca ou intermediária, 27 foram tratadas e 2 não receberam o tratamento, pois apresentaram soroconversão ao final da gestação. Dessas 29, 2 tiveram a classificação de diagnóstico confirmado, 23 provável e 4 possível. Entre as 8 gestantes com teste de avidez não realizado, 3 tiveram o diagnóstico provável, 2 possível, 2 improvável e 1 susceptível. Dos 64 nascidos vivos das gestantes acompanhadas, 46 permaneceram em acompanhamento por mais três meses após o término do estudo; as demais 18 crianças não retornaram ao serviço, para seguimento. O diagnóstico de toxoplasmose congênita foi confirmado em 7 crianças (4 sintomáticas ao nascimento) e descartado em 8. Entre as crianças infectadas, 4 apresentaram coriorretinite e 3 calcificação cerebral. As demais 34 crianças que permaneceram em acompanhamento não tiveram o diagnóstico concluído, nesse período. A idade gestacional mediana foi de 39 semanas (IRQ 25%-75% de 38 e 39 semanas), e a mediana de peso ao nascimento, de g (IRQ 25%-75% de 2.686,2 e 3.117,5 g). Discussão A implantação da notificação dos casos suspeitos de toxoplasmose adquirida durante a gestação e toxoplasmose congênita em Londrina, estado do Paraná, foi bem-sucedida. A experiência possibilitou a identificação de 64 casos suspeitos de toxoplasmose adquirida durante a gestação no período de um ano, uma melhor avaliação do perfil epidemiológico das gestantes infectadas, além da maior adesão das crianças expostas, para acompanhamento pelo serviço de referência. Observou-se mudança no acompanhamento dos casos de toxoplasmose adquirida na gestação e congênita atendidos no HU/UEL, ao se comparar os resultados do presente estudo com os de estudo anterior, realizado entre 2000 e 2010: 12 a maioria das gestantes sem diagnóstico durante o pré-natal pois a sorologia para toxoplasmose não era solicitada pela rotina dos serviços de saúde pública, e somente 4 tendo recebido tratamento específico. A adoção da ficha de notificação específica, portanto, contribuiu para a melhoria no diagnóstico e tratamento da doença na gestante, como resultado da implantação do Programa de Vigilância em Saúde da Toxoplasmose Gestacional e Congênita da Universidade Estadual de Londrina/Secretaria Municipal de Saúde de Londrina-PR. 13 São avanços que também refletem a boa adesão dos profissionais dedicados ao atendimento pré-natal pela rede pública, na investigação e condução dos casos suspeitos. O atual modelo de ficha de notificação foi testado em campo, pelos médicos, alunos e equipe do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia NHE. O instrumento teve boa aceitabilidade, desde que permitiu melhor definição dos casos, conforme as demais fichas do Sinan, 20 e seguiu as recomendações do CDC/USA, 16 demonstrando representatividade, simplicidade em seu preenchimento, fácil acesso aos dados e aos exames incluídos na rotina do pré-natal. Estima-se que 90% das mulheres que adquirem toxoplasmose durante a gestação são assintomáticas, reforçando a importância da realização de testes sorológicos para confirmação da infecção. Porém, há dificuldade de interpretação dos exames e, muitas vezes, o diagnóstico é inconclusivo ao final da gestação, o que torna necessário o fechamento do caso somente após a definição do diagnóstico na criança. Diferentemente das demais doenças de notificação obrigatória, o encerramento de um caso de toxoplasmose como confirmado ou descartado nem sempre se aplica à gestante com suspeita da doença. É importante o seguimento ambulatorial das crianças infectadas no longo prazo, haja vista a possibilidade de coriorretinite com dano visual, atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, hidrocefalia, convulsões e/ou surdez, no transcurso de anos após o nascimento. 11,23-26 No caso da experiência aqui relatada, para o fechamento do diagnóstico na criança, foi priorizado o seguimento até os dois anos de idade, mantendo-se um campo aberto ao final da ficha para anotação de sequelas mais tardias. Estudos futuros permitirão a conclusão do diagnóstico de todas as crianças em seguimento, com avaliação das possíveis sequelas. Na maioria dos países, a toxoplasmose congênita não é uma doença de notificação obrigatória. 27 Em 12 países da Europa, a toxoplasmose sintomática (congênita ou não) é objeto de notificação obrigatória, embora somente na França, Alemanha e Itália haja uma vigilância da toxoplasmose congênita. Contudo, o grupo de estudos europeu sobre prevenção da toxoplasmose ressalta a importância dessa vigilância para definir a tendência epidemiológica da doença

7 Jaqueline Dario Capobiango e colaboradores O presente estudo teve como referência a Portaria GM/MS nº 2.472, de 31/08/ Provavelmente, a falta de um modelo de ficha de notificação específica para toxoplasmose padronizado pelo Ministério da Saúde tenha contribuído para a não inclusão, nas Portarias GM/MS nº (12/09/14) e GM/MS nº (06/01/14), da toxoplasmose aguda gestacional e congênita entre as doenças de notificação compulsória em unidades sentinelas No interesse da vigilância, a notificação do caso suspeito é válida para (i) obtenção dos dados de incidência da toxoplasmose adquirida na gestação e congênita, (ii) cálculo da taxa de transmissão congênita, além de sua (iii) relevância para a avaliação da gravidade da doença no binômio mãe-criança e (iv) análise da eficácia do tratamento materno na prevenção da transmissão congênita e de suas sequelas na criança. Conclui-se que uma rotina de notificação da toxoplasmose na gestação e da toxoplasmose congênita, mediante a utilização de uma ficha específica, pode ser aplicada, inicialmente, pelas unidades sentinelas, e posteriormente, pelos diversos serviços de saúde, contribuindo para a coleta de dados, produção de informações epidemiológicas regionais e ampliação do conhecimento sobre a doença no país. Contribuição dos autores Capobiango JD participou de todas as etapas da pesquisa, na concepção, metodologia, pesquisa, análise e interpretação dos dados e redação do artigo. Mitsuka-Breganó R, Lopes-Mori FMR e Navarro IT participaram do delineamento do estudo, implantação do método e redação do artigo. Campos JSA, Tatakihara LT e Narciso SG participaram da coleta e interpretação de dados e implantação do método. Talizin TB, Santos M e Pereira TRG participaram da coleta e tabulação dos dados, implantação do método, pesquisa bibliográfica e redação do artigo. Reiche EMV participou na orientação do trabalho e revisão crítica. Todos os autores aprovaram a versão final do manuscrito e são responsáveis por todos os aspectos do trabalho, incluindo a garantia de sua precisão e integridade. Referências 1. Montoya JG, Boothroyd JC, Kovacs JA. Toxoplasma gondii. In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R. Principles and practice of infectious diseases. 7th ed. Philadelphia: Churchill Livingston- Elsevier; p Hill D, Dubey JP. Toxoplasma gondii: transmission, diagnosis and prevention. Clin Microbiol Infect Oct;8(10): Varella IS, Wagner MB, Darela AC, Nunes LM, Müller RW. Prevalência de soropositividade para toxoplasmose em gestantes. J Pediatr (Rio J) jan-fev; 79(1): Castilho-Pelloso MP, Falavigna DLM, Araújo SM, Falavigna-Guilherme AL. Monitoramento de gestantes com toxoplasmose em serviços públicos de saúde. Rev Soc Bras Med Trop nov-dez;38(6): Detanico L, Basso RMC. Toxoplasmose: perfil sorológico de mulheres em idade fértil e gestantes. RBAC. 2006; 38(1): Mattos CCB, Spegiorin LCJF, Meira CS, Silva TC, Ferreira AIC, Nakashima F, et al. Anti-Toxoplasma gondii antibodies in pregnant women and their newborn infants in the region of São José do Rio Preto, São Paulo, Brazil. Sao Paulo Med J. 2011; 129(4): Lopes FMR, Mitsuka-Breganó R, Gonçalves DD, Freire RL, Karigyo CJT, Wedy GF, et al. Factors associated with the seropositivity for anti-toxoplasma gondii antibodies in pregnant women of Londrina, Paraná, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz Mar;104(2): Petersen E, Pollack A, Reiter-Owona I. Recent trends in research on congenital toxoplasmosis. Int J Parasitol Feb;31(2): Remington JS, McLeod R, Wilson CB, Desmonts G. Toxoplasmosis. In: Remington JS, Klein JO. Infectious Disease of the Fetus and Newborn Infant. 7th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders; Galanakis E; Manoura A; Antoniou M; Sifakis S; Korakaki E; Hatzidaki E, et al. Outcome of toxoplasmosis acquired during pregnancy following treatment in both pregnancy and early infancy. Fetal Diagn Ther Jul; 22(6): Montoya JG, Remington JS. Management of Toxoplasma gondii infection during pregnancy. Clin Infect Dis Aug 47(4); Capobiango JD, Breganó RM, Navarro IT, Rezende Neto CP, Casella AMB, Lopes-Mori FMR, et al. 193

8 Notificação de toxoplasmose na gestante e toxoplasmose congênita Congenital toxoplasmosis in a reference center of Paraná, Southern Brazil. Braz J Infect Dis julago;18(4): Mitsuka-Breganó R. Programa de Vigilância em Saúde da Toxoplasmose Gestacional e Congênita: elaboração, implantação e avaliação no município de Londrina, Paraná [tese]. Londrina (PR): Universidade Estadual de Londrina; Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.472, de 31 de agosto de Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2010 set 1; Seção 1: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 104, de 25 de janeiro de Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2011 jan 25; Seção 1: Centers for Disease Control and Prevention. Updated guidelines for evaluating public health surveillance systems: recommendations from the guidelines working group. MMWR Morb Mortal Wkly Rep Jul;50(RR13): Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde: intervenções comuns, icterícia e infecções. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde; p (Série A. Normas e Manuais Técnicos). 18. Lebech M, Joynson DH, Seitz HM, Thulliez P, Gilbert RE, Dutton GN, et al. Classification system and case definitions of Toxoplasma infection in immunocompetent pregnant women and their congenitally infected offspring. Eur J Clin Microbiol Infect Dis Oct;15(10): Mitsuka-Breganó R, Lopes-Mori FMR, Navarro IT. Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita: vigilância em saúde, diagnóstico, tratamento e condutas. Londrina: Eduel; Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAM: normas e rotinas. Brasília: Ministério da Saúde; ed. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). 21. Montoya JG, Rosso F. Diagnosis and management of toxoplasmosis. Clin Perinatol Sep;32(3): Jones J, Lopez A, Wilson M. Congenital Toxoplasmosis. Am Fam Physician May;67(10): Sáfadi MAP, Berezin EN, Farhat CK, Carvalho ES. Clinical presentation and follow up of children with congenital toxoplasmosis in Brazil. Braz J Infect Dis Oct; 7(5): Mcleod R, Kieffer F, Sautter M, Hosten T, Pelloux H. Why prevent, diagnose and treat congenital toxoplasmosis? Mem Inst Oswaldo Cruz Mar;104(2): Vasconcelos-Santos DV, Azevedo DOM, Campos WR, Oréfice F, Queiroz-Andrade GM, Carellos EV, et al. Congenital toxoplasmosis in southeastern Brazil: results of early ophtalmologic examination of a large cohort of neonates. Ophthalmology Nov;116(11): Gilbert RE, Freeman K, Lago EG, Bahia-Oliveira LMG, Tan HK, Wallon M, et al. Ocular Sequelae of congenital toxoplasmosis in Brazil compared with Europe. PLoS Negl Trop Dis Aug;2(8): Bénard A, Petersen E, Salamon R, Chêne G, Gilbert R, Salmi LR. Survey of European Programmes for the Epidemiological Surveillance of Congenital Toxoplasmosis. Euro Surveill Apr;13(15): Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1984, de 12 de setembro de Define a lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória, na forma do Anexo, a serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em Unidades Sentinelas e suas diretrizes. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2014 set 15; Seção 1: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1271, de 6 de junho de Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2014 junho 9; Seção 1: Recebido em 12/06/2015 Aprovado em 14/10/

Toxoplasmose congênita: desafios de uma doença negligenciada

Toxoplasmose congênita: desafios de uma doença negligenciada Toxoplasmose congênita: desafios de uma doença negligenciada Dra. Jaqueline Dario Capobiango Universidade Estadual de Londrina 2018 = 110 anos de história Nos EUA a toxoplasmose é considerada uma das cinco

Leia mais

TOXOPLASMOSE. Gláucia Manzan Queiroz Andrade. Departamento de Pediatria, NUPAD, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais

TOXOPLASMOSE. Gláucia Manzan Queiroz Andrade. Departamento de Pediatria, NUPAD, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais TOXOPLASMOSE Controle da toxoplasmose congênita em Minas Gerais Gláucia Manzan Queiroz Andrade Departamento de Pediatria, NUPAD, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais Ericka Viana

Leia mais

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Soroprevalência

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Nos EUA,

Leia mais

LEVANTAMENTO DOS CASOS DE TOXOPLASMOSE AGUDA EM GESTANTES ACOMPANHADAS NO AMBULATÓRIO DE TOXOPLASMOSE DO HUM.

LEVANTAMENTO DOS CASOS DE TOXOPLASMOSE AGUDA EM GESTANTES ACOMPANHADAS NO AMBULATÓRIO DE TOXOPLASMOSE DO HUM. LEVANTAMENTO DOS CASOS DE TOXOPLASMOSE AGUDA EM GESTANTES ACOMPANHADAS NO AMBULATÓRIO DE TOXOPLASMOSE DO HUM. Camila Mariano Orathes (PIBIC/CNPq-UEM), Prof a Dra Ana Maria Silveira Machado de Moraes (Orientadora)

Leia mais

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical - 2014 Tuberculose Chagas, Malária Principais Doenças de Transmissão Vertical no Brasil Sífilis congênita HIV-AIDS Hepatites B e C Rubéola congênita

Leia mais

INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE TOXOPLASMOSE OCULAR NO NOROESTE DO PARANÁ

INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE TOXOPLASMOSE OCULAR NO NOROESTE DO PARANÁ INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE TOXOPLASMOSE OCULAR NO NOROESTE DO PARANÁ Carlos Alexandre Zanzin Manrique (PPSUS-FA/UEM), Ana Lúcia Falavigna- Guilherme (Orientador), e-mail: cazmanrique@gmail.com Universidade

Leia mais

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical 2016/2017

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical 2016/2017 Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical 2016/2017 Principais Doenças de Transmissão Vertical no Brasil Sífilis congênita HIV-AIDS Hepatites B e C Rubéola congênita Toxoplasmose congênita

Leia mais

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA Ana Beatriz Gondim (1), Gustavo Vasconcelos (1), Marcelo Italiano Peixoto (1) e Mariana Segundo Medeiros (1), Ezymar Gomes Cayana

Leia mais

Profa. Carolina G. P. Beyrodt

Profa. Carolina G. P. Beyrodt Profa. Carolina G. P. Beyrodt Agente etiológico: Toxoplasma gondii (Protozoário coccídeo do Filo Apicomplexa) Histórico Isolado em 1908 de um roedor do deserto: Ctenodactylus gondii 1923 descrição do primeiro

Leia mais

Vigilância no pré-natal, parto e puerpério 2018

Vigilância no pré-natal, parto e puerpério 2018 Vigilância no pré-natal, parto e puerpério 2018 Doenças de transmissão vertical Principais doenças e formas de transmissão vertical Outras DTV: HTLV Tuberculose Malária Chagas Dengue Chikungunya ZIKA Momento

Leia mais

Estratégias de Combate a Sífilis

Estratégias de Combate a Sífilis Estratégias de Combate a Sífilis Sífilis A prevenção da transmissão vertical da sífilis é uma prioridade das Instituições: SESAB Ministério da Saúde OMS OPAS E visa assegurar o direito à atenção humanizada

Leia mais

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical - 2015 Principais Doenças de Transmissão Vertical no Brasil Sífilis congênita HIV-AIDS Hepatites B e C Rubéola congênita Toxoplasmose congênita

Leia mais

Toxoplasmose na gestação: triagem pré-natal como estratégia de prevenção

Toxoplasmose na gestação: triagem pré-natal como estratégia de prevenção Revista Perquirere. Patos de Minas, 14(1):37-47, jan./abril. 2017 Centro Universitário de Patos de Minas Toxoplasmose na gestação: triagem pré-natal como estratégia de prevenção Toxoplasmosis in gestation:

Leia mais

TOXOPLASMOSE EM GESTANTES

TOXOPLASMOSE EM GESTANTES TOXOPLASMOSE EM GESTANTES Larissa Raquel Bilro de Almeida¹*; Hellen Fernanda Sousa da Costa 2 ; Ylanna Suimey Da Silva Bezerra Gomes Gadelha 3 ; Isabela Tatiana Sales de Arruda 4. 1. GRADUANDO EM MEDICINA

Leia mais

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM PALMAS - TOCANTINS.

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM PALMAS - TOCANTINS. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM PALMAS - TOCANTINS. Jonathas Santos Oliveira¹; Sandra Maria Botelho Mariano² ¹Aluno do Curso de medicina; Campus de Palmas; e-mail: jonathas.oliveira@uft.edu.br

Leia mais

ESTUDO CLÍNICO DA TOXOPLASMOSE NA GRAVIDEZ

ESTUDO CLÍNICO DA TOXOPLASMOSE NA GRAVIDEZ 1 Acadêmica de Biomedicina da Faculdade Mauricio de Nassau. marianabiomedica2016@gmail.com 2 Departamento de Farmácia. Universidade Estadual da Paraíba. Socorrorocha.1@hotmail.com 3 Doutora em Biotecnologia

Leia mais

NOTA INFORMATIVA Nº 92, DE 2017/SVS/MS

NOTA INFORMATIVA Nº 92, DE 2017/SVS/MS MINISTÉRIO DA SAÚDE NOTA INFORMATIVA Nº 92, DE 2017/SVS/MS Orientações sobre a distribuição e utilização do Teste Rápido de Dengue IgM/IgG, Chikungunya IgM e Zika IgM/IgG Combo BahiaFarma. I CONTEXTUALIZAÇÃO

Leia mais

Amanda Camilo Silva Lemos *

Amanda Camilo Silva Lemos * Relatos de Pesquisa INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA BAHIA: ESTUDO DESCRITIVO, DE 2007 A 2013 Amanda Camilo Silva Lemos * RESUMO A sífilis congênita (SC) é uma infecção causada pelo agente

Leia mais

Avaliação do conhecimento sobre a toxoplasmose em mulheres na região metropolitana de Goiânia, Goiás

Avaliação do conhecimento sobre a toxoplasmose em mulheres na região metropolitana de Goiânia, Goiás Avaliação do conhecimento sobre a toxoplasmose em mulheres na região metropolitana de Goiânia, Goiás Bárbara Maria de Oliveira ¹* (IC), Carlos Henrique Rodrigues Rocha ¹ (IC), Wignes Estácio Sousa da Silva¹

Leia mais

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01 B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS 2 012 ano I nº 01 2012. Ministério da Saúde É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Expediente Boletim Epidemiológico - Sífilis

Leia mais

Diagnóstico da infecção pelo Toxoplasma gondii em gestantes atendidas em unidade de saúde da família de Maceió-AL

Diagnóstico da infecção pelo Toxoplasma gondii em gestantes atendidas em unidade de saúde da família de Maceió-AL ARTIGO ORIGINAL Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo 2017;62(2):71-6. Diagnóstico da infecção pelo Toxoplasma gondii em gestantes atendidas em unidade de saúde da família de Maceió-AL Diagnosis

Leia mais

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS 27 de julho de 2016 Página 1/8 DEFINIÇÃO DE CASO Sífilis em gestante Caso suspeito: gestante que durante o pré-natal apresente evidencia clínica de sífilis, ou teste não treponêmico reagente com qualquer

Leia mais

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PRÉ-NATAL: PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PRÉ-NATAL: PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PRÉ-NATAL: PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL Ana Beatriz Gomes da Silva Chaves¹, Andréia Ravelli Guedes da Costa¹, Caroline Lopes Bezerra¹, Tavylla

Leia mais

Prevalência de soropositividade para toxoplasmose em gestantes atendidas em um laboratório de município do litoral do estado do Paraná

Prevalência de soropositividade para toxoplasmose em gestantes atendidas em um laboratório de município do litoral do estado do Paraná Comunicação Breve/Short Communication Prevalência de soropositividade para toxoplasmose em gestantes atendidas em um laboratório de município do litoral do estado do Paraná Seropositivity prevalence of

Leia mais

Vigilância no prénatal, puerpério 2017

Vigilância no prénatal, puerpério 2017 Vigilância no prénatal, parto e puerpério 2017 Doenças de transmissão vertical Outras: HTLV Tuberculose Malária Chagas Dengue Zika Chikungunya Principais Doenças de Transmissão Vertical no Brasil Sífilis

Leia mais

Vigilância no prénatal, puerpério 2017

Vigilância no prénatal, puerpério 2017 Vigilância no prénatal, parto e puerpério 2017 Doenças de transmissão vertical Outras: HTLV Tuberculose Malária Chagas Dengue Zika Chikungunya Principais Doenças de Transmissão Vertical no Brasil Sífilis

Leia mais

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS MORADORES DA COMUNIDADE DO FIO NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN SOBRE A TOXOPLASMOSE

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS MORADORES DA COMUNIDADE DO FIO NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN SOBRE A TOXOPLASMOSE AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS MORADORES DA COMUNIDADE DO FIO NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN SOBRE A TOXOPLASMOSE Knowledge evaluation of citizens in community of Fio in Mossoró/ RN about Toxoplasmosis Raphael

Leia mais

Vigilância no pré-natal, parto e puerpério 2018

Vigilância no pré-natal, parto e puerpério 2018 Vigilância no pré-natal, parto e puerpério 2018 Doenças de transmissão vertical Principais patógenos e formas de transmissão Outras: HTLV Tuberculose Malária Chagas Dengue Chikungunya ZIKA Gilbert, 2004

Leia mais

Zika Vírus Cobertura pelo ROL- ANS. Cobertura E Codificação

Zika Vírus Cobertura pelo ROL- ANS. Cobertura E Codificação Zika Vírus Cobertura pelo ROL- ANS Cobertura E Codificação A partir Resolução Normativa n 407/2016, vigente a partir de 06/07/2016, os exames diagnósticos para detecção de Zika Vírus passam a ter cobertura

Leia mais

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1. Perfil epidemiológico da sífilis gestacional em residentes de Ponta Grossa, 2010 a 2014

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1. Perfil epidemiológico da sífilis gestacional em residentes de Ponta Grossa, 2010 a 2014 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE (X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

TOXOPLASMOSE: DIAGNÓSTICO PREVENTIVO EM GESTANTES DE POSTOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PELOTAS-RS 1. INTRODUÇÃO

TOXOPLASMOSE: DIAGNÓSTICO PREVENTIVO EM GESTANTES DE POSTOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PELOTAS-RS 1. INTRODUÇÃO TOXOPLASMOSE: DIAGNÓSTICO PREVENTIVO EM GESTANTES DE POSTOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PELOTAS-RS CADEMARTORI, Beatris Gonzalez 1 ; RECUERO, Ana Lúcia Coelho 1 ; BERNE, Ana Cristina 1 ; FERNANDES, Cláudia

Leia mais

BENTO GONÇALVES RELATÓRIO EPIDEMIOLÓGICO TOXOPLASMOSE EM GESTANTES TOXOPLASMOSE CONGÊNITA SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO SINAN

BENTO GONÇALVES RELATÓRIO EPIDEMIOLÓGICO TOXOPLASMOSE EM GESTANTES TOXOPLASMOSE CONGÊNITA SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO SINAN 2 BENTO GONÇALVES RELATÓRIO EPIDEMIOLÓGICO TOXOPLASMOSE EM GESTANTES TOXOPLASMOSE CONGÊNITA SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO SINAN 2000 a 2015 Rio Grande do Sul Bento Gonçalves Secretaria

Leia mais

Universidade Estadual de Maringá / Centro de Ciências da Saúde/Maringá, PR.

Universidade Estadual de Maringá / Centro de Ciências da Saúde/Maringá, PR. HOSPITAL MACRORREGIONAL E REDE MÃE PARANAENSE: MONITORAMENTO DA IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE INFANTIL PARA NEONATOS E LACTENTES NO AMBIENTE HOSPITALAR E AMBULATORIAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Leia mais

Toxoplasmose em gestantes de Araraquara/SP: análise da utilização do teste de avidez de IgG anti- Toxoplasma na rotina do pré-natal

Toxoplasmose em gestantes de Araraquara/SP: análise da utilização do teste de avidez de IgG anti- Toxoplasma na rotina do pré-natal ARTIGO ORIGINAL Toxoplasmose em gestantes de Araraquara/SP: análise da utilização do teste de avidez de IgG anti- Toxoplasma na rotina do pré-natal Toxoplasmosis in pregnant women from Araraquara/SP: Analysis

Leia mais

ATUALIZAÇÃO DAS ABORDAGENS DIAGNÓSTICAS PARA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA

ATUALIZAÇÃO DAS ABORDAGENS DIAGNÓSTICAS PARA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA 45 ATUALIZAÇÃO DAS ABORDAGENS DIAGNÓSTICAS PARA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA Inarei José Paulini Júnior 1 1 Doutor, Professor da Faculdade Venda Nova do Imigrante, 29375-000, Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil,

Leia mais

LEVANTAMENTO DAS CAUSAS DE MORTE NEONATAL EM UM HOSPITAL DA REGIÃO DO VALE DO IVAÍ PR.

LEVANTAMENTO DAS CAUSAS DE MORTE NEONATAL EM UM HOSPITAL DA REGIÃO DO VALE DO IVAÍ PR. LEVANTAMENTO DAS CAUSAS DE MORTE NEONATAL EM UM HOSPITAL DA REGIÃO DO VALE DO IVAÍ PR. CAMPOS, Maiara Aparecida de 1 ; RAVELLI, Rita de Cassia Rosiney 2 RESUMO Objetivo: Levantar no período de 2015 a 2017,

Leia mais

TOXOPLASMOSE. Prof. Sérvio Túlio Stinghen

TOXOPLASMOSE. Prof. Sérvio Túlio Stinghen TOXOPLASMOSE Prof. Sérvio Túlio Stinghen 1 Toxoplasmose: histórico 1908: Charles Nicolle e Louis Hubert Manceaux Toxoplasma gondii em roedores 1932: doença infecciosa 1939: Wolf et al infecção congênita

Leia mais

A RECRUDESCÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA

A RECRUDESCÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA ARTIGO ORIGINAL A RECRUDESCÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA CONGENITAL SYPHILIS RECRUDESCENCE Mariane Kloppel Silva Toldo 1 Luiza Silva Menegazzo 2 Anelise Steglich Souto 3 RESUMO A Sífilis Congênita é uma doença

Leia mais

INCIDÊNCIA DE SOROPOSITIVIDADE PARA TOXOPLASMOSE EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DE MARIALVA (PR) NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2011 A JANEIRO DE 2012

INCIDÊNCIA DE SOROPOSITIVIDADE PARA TOXOPLASMOSE EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DE MARIALVA (PR) NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2011 A JANEIRO DE 2012 Vol.22,n.1,pp.05-09 (Abr - Jun 2015) Revista UNINGÁ Review INCIDÊNCIA DE SOROPOSITIVIDADE PARA TOXOPLASMOSE EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DE MARIALVA (PR) NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2011 A JANEIRO DE 2012 INCIDENCE

Leia mais

SÍFILIS CONGÊNITA EM MUNICÍPO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA 1 CONGENITAL SYPHILIS IN BRAZILIAN AMAZON CITY RESUMO

SÍFILIS CONGÊNITA EM MUNICÍPO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA 1 CONGENITAL SYPHILIS IN BRAZILIAN AMAZON CITY RESUMO ARTIGO ORIGINAL SÍFILIS CONGÊNITA EM MUNICÍPO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA CONGENITAL SYPHILIS IN BRAZILIAN AMAZON CITY Hildemar Dias FERNANDES, Rosa Maria DIAS, Ana Maria VENTURA, Vânia Lúcia NORONHA, Laelia

Leia mais

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE

Leia mais

AVALIAÇÃO DO VALOR PREDITIVO POSITIVO DA SUSPEITA CLÍNICA DE DENGUE DURANTE EPIDEMIAS, NO BRASIL, 2000 A 2006

AVALIAÇÃO DO VALOR PREDITIVO POSITIVO DA SUSPEITA CLÍNICA DE DENGUE DURANTE EPIDEMIAS, NO BRASIL, 2000 A 2006 AVALIAÇÃO DO VALOR PREDITIVO POSITIVO DA SUSPEITA CLÍNICA DE DENGUE DURANTE EPIDEMIAS, NO BRASIL, 2000 A 2006 1 Ana Laura de Sene Amâncio ZARA, 1 João Bosco SIQUEIRA JÚNIOR 1 Instituto de Patologia Tropical

Leia mais

DIÁRIO OFICIAL DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE ATOS DO SECRETÁRIO RESOLUÇÃO SMS Nº 1257 DE 12 DE FEVEREIRO DE 2007

DIÁRIO OFICIAL DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE ATOS DO SECRETÁRIO RESOLUÇÃO SMS Nº 1257 DE 12 DE FEVEREIRO DE 2007 DIÁRIO OFICIAL DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE ATOS DO SECRETÁRIO RESOLUÇÃO SMS Nº 1257 DE 12 DE FEVEREIRO DE 2007 Institui o Sistema Municipal de Vigilância Epidemiológica

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 35/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

Programas de controle da toxoplasmose congênita

Programas de controle da toxoplasmose congênita ARTIGO DE REVISÃO Programas de controle da toxoplasmose congênita Fabiana Maria Ruiz Lopes-Mori 1, Regina Mitsuka-Breganó 1, Jaqueline Dario Capobiango 2, Inácio Teruo Inoue 3, Edna Maria Vissoci Reiche

Leia mais

Infecções congênitas. Prof. Regia Lira

Infecções congênitas. Prof. Regia Lira Infecções congênitas Prof. Regia Lira 12 de maio de 2015 ADAPTAÇÃO IMUNOLÓGICA MATERNO-FETAL Interpretação de resultados dos imunoensaios: Feto ou necém-nascido: sistema imune em desenvolvimento (fora

Leia mais

IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS E DIAGNÓSTICO PRECOCE DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL

IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS E DIAGNÓSTICO PRECOCE DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS E DIAGNÓSTICO PRECOCE DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL Priscila Kelly da Silva Neto Graduanda em Enfermagem Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS Rosivane

Leia mais

TOXOPLASMOSE. Agente Toxoplasma gondii (protozoário) CID 10 B58 (ocular) e B58.2 (Neurológica)

TOXOPLASMOSE. Agente Toxoplasma gondii (protozoário) CID 10 B58 (ocular) e B58.2 (Neurológica) TOXOPLASMOSE Agente Toxoplasma gondii (protozoário) CID 10 B58 (ocular) e B58.2 (Neurológica) Contágio Contato com fezes de gato, alimentos de comida crua (inclui peixe cru, ostras, entre outros) ou mal

Leia mais

Vigilância em Saúde e Vigilância Epidemiológica

Vigilância em Saúde e Vigilância Epidemiológica Vigilância em Saúde e Vigilância Epidemiológica JACKELINE CHRISTIANE PINTO LOBATO VASCONCELOS Agosto 2018 AULA DE HOJE Objetivos: - Apresentar os principais aspectos relativos à vigilância em saúde e vigilância

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 33/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

Título da Dissertação: Fatores de risco e marcadores precoces no diagnóstico da toxoplasmose congênita.

Título da Dissertação: Fatores de risco e marcadores precoces no diagnóstico da toxoplasmose congênita. Autora da dissertação: Liú Campello Porto Título da Dissertação: Fatores de risco e marcadores precoces no diagnóstico da toxoplasmose congênita. Curso de Pós-Graduação em Ciências Médicas da da UnB. Data

Leia mais

FERRAMENTAS ONLINE NA PREVEÇÃO DA TOXOPLASMOSE

FERRAMENTAS ONLINE NA PREVEÇÃO DA TOXOPLASMOSE 1 FERRAMENTAS ONLINE NA PREVEÇÃO DA TOXOPLASMOSE Fernanda Ferreira Evangelista Keller Karla de Lima Francini Martini Mantello Amanda Hinobu de Souza Douglas Ferreira Delefrati Bruna Tiaki Tiyo Priscilla

Leia mais

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP Nº1 - Agosto de 2009 Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP O início da primeira pandemia do século XXI, desencadeada pela circulação entre os seres humanos de um novo vírus da influenza A (H1N1) foi

Leia mais

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo.

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo. NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017 Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo. Considerando a ocorrência de casos e óbitos suspeitos de Febre Amarela

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 34/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

RESP - Registro de Eventos em Saúde Pública

RESP - Registro de Eventos em Saúde Pública RESP - Registro de Eventos em Saúde Pública Monitoramento integrado de vigilância e atenção à saúde de condições relacionadas às infecções durante a gestação, identificadas no pré-natal, parto e puericultura.

Leia mais

Vigilância Integrada Epidemiológica

Vigilância Integrada Epidemiológica Vigilância Integrada Epidemiológica Respaldo Legal da VE Constituição Federal de 1988; Lei nº 8.080 de 16/09/1990 Lei Orgânica da Saúde; Lei nº 6.259 de 30/10/1975 - Dispõe sobre a organização das ações

Leia mais

Casos de FHD Óbitos e Taxa de letalidade

Casos de FHD Óbitos e Taxa de letalidade Casos de dengue Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 2003 20.471 23.612 - - - - - - - - - - 44.083 2002 94.447 188.522 237.906 128.667 60.646 23.350 12.769 10.149 6.682 7.138 9.246 9.052

Leia mais

Sífilis Congênita no Recife

Sífilis Congênita no Recife Secretaria de Saúde do Recife Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiológica Setor de Infecções Sexualmente Transmissíveis/HIV/AIDS e HV Boletim Epidemiológico N 1/ Jan

Leia mais

Comparação entre testes utilizados para pesquisa de anticorpos antitoxoplasma

Comparação entre testes utilizados para pesquisa de anticorpos antitoxoplasma Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 6, n. 1, p.13-18, 2005. 13 ISSN 1982-2111 Comparação entre testes utilizados para pesquisa de anticorpos antitoxoplasma em gestantes 1

Leia mais

Resumo. Palavras-Chave: Sífilis. Puérpera. Fatores de Risco. INTRODUÇÃO

Resumo. Palavras-Chave: Sífilis. Puérpera. Fatores de Risco. INTRODUÇÃO FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À INFECÇÃO POR T. PALLIDUM EM PUÉRPERAS ATENDIDAS EM MATERNIDADE PÚBLICA DO SUL DO MARANHÃO. Dailane Ferreira Sousa 1 ; Rita de Cássia Sousa Lima Neta 2 ; Janaina Miranda Bezerra

Leia mais

Vigilância de sarampo e rubéola

Vigilância de sarampo e rubéola Vigilância de sarampo e rubéola Períodos na investigação de doenças em eliminação 1. Período de exposição / incubação; 2. Período de transmissibilidade ; 3. Período de aparecimento de casos secundários;

Leia mais

Boletim semanal #2 Resposta da Representação da OPAS/OMS no Brasil para a epidemia do vírus da zika e suas consequências

Boletim semanal #2 Resposta da Representação da OPAS/OMS no Brasil para a epidemia do vírus da zika e suas consequências Boletim semanal #2 Resposta da Representação da OPAS/OMS no Brasil para a epidemia do vírus da zika e suas consequências 11 de março de 2016 Reunião do Comitê de Emergências discutiu zika, microcefalia

Leia mais

Análise do controle da toxoplasmose gestacional e ocular nos serviços de Atenção Primária da 15ª Regional de Saúde do Paraná

Análise do controle da toxoplasmose gestacional e ocular nos serviços de Atenção Primária da 15ª Regional de Saúde do Paraná DOI 10.5433/15177130-2017v18n1p39 ARTIGO Análise do controle da toxoplasmose gestacional e ocular nos serviços de Atenção Primária da 15ª Regional de Saúde do Paraná Control analysis of pregnancy and ocular

Leia mais

Assunto: Atualização dos casos notificados de microcefalia no estado da Bahia.

Assunto: Atualização dos casos notificados de microcefalia no estado da Bahia. NOTA INFORMATIVA Nº 01/2015 - DIVEP//SUVISA/SESAB Assunto: Atualização dos casos notificados de microcefalia no estado da Bahia. Situação epidemiológica atual Na Bahia, até 1º de dezembro de 2015, foram

Leia mais

ÍNDICE DE INFECÇÃO POR SÍFILIS EM MULHERES NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA M.G. Introdução

ÍNDICE DE INFECÇÃO POR SÍFILIS EM MULHERES NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA M.G. Introdução ANAIS IX SIMPAC 239 ÍNDICE DE INFECÇÃO POR SÍFILIS EM MULHERES NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA M.G Fernanda Maria Brandão 2, Carla Alcon Tranin 3 Resumo: Este estudo objetivou demonstrar os índices de sífilis em

Leia mais

CASO EM FOCO EDNA M. ALBUQUERQUE DINIZ 1 MÁRIO E. CAMARGO 2 FLÁVIOA.COSTAVAZ 3

CASO EM FOCO EDNA M. ALBUQUERQUE DINIZ 1 MÁRIO E. CAMARGO 2 FLÁVIOA.COSTAVAZ 3 CASO EM FOCO CASO EM FOCO EDNA M. ALBUQUERQUE DINIZ 1 MÁRIO E. CAMARGO 2 FLÁVIOA.COSTAVAZ 3 Instituto da Criança "Prof. Pedro de Alcântara" do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade

Leia mais

TOXOPLASMOSE EM ASPECTOS GERAIS: UMA REVISÃO. Toxoplasmosis in general aspects: a review

TOXOPLASMOSE EM ASPECTOS GERAIS: UMA REVISÃO. Toxoplasmosis in general aspects: a review RESUMO TOXOPLASMOSE EM ASPECTOS GERAIS: UMA REVISÃO Toxoplasmosis in general aspects: a review SANTOS, Adriele 1 ; SCHÜTZ, Cassiana 2 ;, Raquel L. 3 A toxoplasmose é uma doença geralmente assintomática,

Leia mais

Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ)

Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ) SECRETARIA DE SAÚDE DIRETORIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Semana Epidemiológica (SE) 01/2017 (01/01 a

Leia mais

Emergência do Zika vírus no Brasil: Consequências, Enfrentamento e Processo de Produção de Conhecimento

Emergência do Zika vírus no Brasil: Consequências, Enfrentamento e Processo de Produção de Conhecimento Emergência do Zika vírus no Brasil: Consequências, Enfrentamento e Processo de Produção de Conhecimento Junho 2017 Maria Glória Teixeira Roteiro Reconhecimento do ZIKV Consequências Epidemiológicas Enfrentamento

Leia mais

A Atenção Básica na Vigilância dos Óbitos Materno, Infantil e Fetal

A Atenção Básica na Vigilância dos Óbitos Materno, Infantil e Fetal A Atenção Básica na Vigilância dos Óbitos Materno, Infantil e Fetal Halei Cruz Coordenador da Área Técnica de Saúde da Criança e do Comitê Estadual de Prevenção dos Óbitos Maternos, Infantis e Fetais INTRODUÇÃO

Leia mais

Nota Técnica nº 13 LEISHIMANIOSE VICERAL

Nota Técnica nº 13 LEISHIMANIOSE VICERAL CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS E RESPOSTA EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Nota Técnica nº 13 LEISHIMANIOSE VICERAL Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Departamento de Epidemiologia/

Leia mais

Artigo TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: SOROPREVALÊNCIA, DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Artigo TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: SOROPREVALÊNCIA, DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: SOROPREVALÊNCIA, DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO CONGENITAL TOXOPLASMOSIS: SEROPREVALENCE, DIAGNOSIS, PREVENTION AND TREATMENT Lincoln Magnum de Lira Costa 1 Alysson Kenndey

Leia mais

INCIDÊNCIA DE TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CACOAL-RO 1

INCIDÊNCIA DE TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CACOAL-RO 1 Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA DOI: http://dx.doi.org/10.31072. ISSN: 2179-4200 Artigo Original (Enfermagem) INCIDÊNCIA DE TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO UM PROBLEMA DE SAÚDE

Leia mais

do Vale do Araguaia UNIVAR - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA HUMANA NO MUNICÍPIO DE GENERAL CARNEIRO MATO GROSSO

do Vale do Araguaia UNIVAR -   LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA HUMANA NO MUNICÍPIO DE GENERAL CARNEIRO MATO GROSSO 1 JORDANA BELOS DOS SANTOS 1, ANDRÉ LUIZ FERNANDES DA SILVA 2, PATRÍCIA GELLI FERES DE MARCHI 2, ISABELLA RODRIGUES DA SILVA CONDE 1 1 Acadêmicas do Curso de Medicina Veterinária das Faculdades Unidas

Leia mais

Toxoplasmose Cerebral em paciente portadora de Esclerose Múltipla sob tratamento com Natalizumabe

Toxoplasmose Cerebral em paciente portadora de Esclerose Múltipla sob tratamento com Natalizumabe Toxoplasmose Cerebral em paciente portadora de Esclerose Múltipla sob tratamento com Natalizumabe Autores: Castro R.S1; Quinan, T.D.L2; Protázio F.J3; Borges, F.E4 Instituição: 1- Médico Residente em Neurologia

Leia mais

Toxoplasmose. Zoonose causada por protozoário Toxoplasma gondii. Único agente causal da toxoplasmose. Distribuição geográfica: Mundial

Toxoplasmose. Zoonose causada por protozoário Toxoplasma gondii. Único agente causal da toxoplasmose. Distribuição geográfica: Mundial Toxoplasmose Zoonose causada por protozoário Toxoplasma gondii Único agente causal da toxoplasmose Distribuição geográfica: Mundial Hospedeiros: a) Hospedeiros finais ou definitivos: - felideos (gato doméstico

Leia mais

Soroepidemiologia da infecção por Toxoplasma gondii em gestantes atendidas em um hospital público do oeste do Paraná

Soroepidemiologia da infecção por Toxoplasma gondii em gestantes atendidas em um hospital público do oeste do Paraná 111 Soroepidemiologia da infecção por Toxoplasma gondii em gestantes atendidas em um hospital público do oeste do Paraná Vanessa Nesi 1 Mariano Felisberto 2 Laísa Gnutzmann 3 Alex Sandro Jorge 4 Rafael

Leia mais

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E ENFRENTAMENTO DA DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE BRASÍLIA, 26 DE JANEIRO DE 2017

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E ENFRENTAMENTO DA DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE BRASÍLIA, 26 DE JANEIRO DE 2017 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E ENFRENTAMENTO DA DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE BRASÍLIA, 26 DE JANEIRO DE 2017 Situação Epidemiológica da Dengue, Brasil, SE 1 a 3/2015 a 2017 2015:

Leia mais

Coordenação Geral: Marcelo Rodrigues Gonçalves Roberto Nunes Umpierre

Coordenação Geral: Marcelo Rodrigues Gonçalves Roberto Nunes Umpierre UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Faculdade de Medicina Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia TelessaúdeRS/UFRGS Rua Dona Laura, 320 11º andar Bairro Rio Branco CEP: 90430 090 Porto Alegre/RS

Leia mais

Presence and duration of anti-toxoplasma gondii immunoglobulin M in infants with congenital toxoplasmosis,

Presence and duration of anti-toxoplasma gondii immunoglobulin M in infants with congenital toxoplasmosis, J Pediatr (Rio J). 2014;90(4):363-369 www.jped.com.br ARTIGO ORIGINAL Presence and duration of anti-toxoplasma gondii immunoglobulin M in infants with congenital toxoplasmosis, Eleonor G. Lago a,, Anna

Leia mais

TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS Vol.29,n.1,pp.127-131 (Jan Mar 2017) Revista UNINGÁ Review TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS TOXOPLASMOSIS IN PREGNANCY CAUSE AND CONSEQUENCES VIVIAN APARECIDA DIAS 1, MARIANA APARECIDA LOPES-ORTIZ

Leia mais

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade B Apresentação de resultados de ações e/ou atividades

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade B Apresentação de resultados de ações e/ou atividades 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO PROJETO CONSULTA PUERPERAL DE ENFERMAGEM E

Leia mais

Guia de Serviços Atualizado em 02/05/2019

Guia de Serviços Atualizado em 02/05/2019 Guia de Serviços Atualizado em 02/05/2019 Solicitar diagnóstico de referência em hepatite B Atualizado em: 02/05/2019 Descrição O Laboratório de Hepatites Virais (LAHEP) atua como Laboratório de Referência

Leia mais

DESCRIÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL EM PELOTAS A INTRODUÇÃO

DESCRIÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL EM PELOTAS A INTRODUÇÃO DESCRIÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL EM PELOTAS - 2005 A 2008 SILVA, Vera Lucia Schmidt 1 ; MATIJASEVICH, Alícia 2 1 Programa de Pós- Graduação em Epidemiologia - Mestrado Profissional de Saúde Pública baseada

Leia mais

Doenças de Transmissão vertical no Brasil. Material de consulta em sala de aula Prof.ª Sandra Costa Fonseca

Doenças de Transmissão vertical no Brasil. Material de consulta em sala de aula Prof.ª Sandra Costa Fonseca Epidemiologia IV- Vigilância Epidemiológica Doenças de Transmissão vertical no Brasil Material de consulta em sala de aula - 2016 Prof.ª Sandra Costa Fonseca Sumário Infecções de transmissão vertical 1

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Epidemiologia Geral HEP 143 Cassia Maria Buchalla 2017 Sistemas de Informação Sistema: conjunto de partes que se articulam para uma finalidade comum Sistema de informações: conjunto

Leia mais

Sorologia para toxoplasmose em gestantes e. Serology for toxoplasmosis in pregnant women and. Artigo Original

Sorologia para toxoplasmose em gestantes e. Serology for toxoplasmosis in pregnant women and. Artigo Original Artigo Original http://dx.doi.org/10.4322/2357-9730.50329 Sorologia para toxoplasmose em gestantes e recém-nascidos em Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul Serology for toxoplasmosis in pregnant

Leia mais

Semana Epidemiológica (SE) 02/2017 (08/01 a 14/01) Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ)

Semana Epidemiológica (SE) 02/2017 (08/01 a 14/01) Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ) 9+- SECRETARIA DE SAÚDE DIRETORIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Semana Epidemiológica (SE) 02/2017 (08/01

Leia mais

Vacinas contra HPV: recomendações

Vacinas contra HPV: recomendações Vacinas contra HPV: recomendações Fábio Russomano Possíveis conflitos de interesses: Responsável por serviço público de Patologia Cervical (IFF/Fiocruz) Colaborador do INCA Responsável por clínica privada

Leia mais

Incidência de toxoplasmose congênita no período de 10 anos em um hospital universitário e frequência de sintomas nesta população

Incidência de toxoplasmose congênita no período de 10 anos em um hospital universitário e frequência de sintomas nesta população 2238-0450/15/04-02/38 Copyright by Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul Artigo Original Incidência de toxoplasmose congênita no período de 10 anos em um hospital universitário e frequência de sintomas

Leia mais

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE ANO:

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE ANO: PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE ANO: 2018 Gestão Eixo/Diretriz: PROGRAMAR MODELO DE GESTÃO COM CENTRALIDADE NA GARANTIA DE ACESSO, GESTÃO PARTICIPATIVA COM FOCO EM RESULTADOS, PARTICIPAÇÃO SOCIAL E FINANCIAMENTO.

Leia mais

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE 2007

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE 2007 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE 2007 Morgana Prá 1 Maria Helena Marin 2 RESUMO Vários fatores influenciam no progresso e no resultado

Leia mais

PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS IgG ANTI-TOXOPLASMOSE EM ALUNOS DE CURSO SUPERIOR ¹. Camila SILVA² e Luciano Lobo GATTI ³ RESUMO

PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS IgG ANTI-TOXOPLASMOSE EM ALUNOS DE CURSO SUPERIOR ¹. Camila SILVA² e Luciano Lobo GATTI ³ RESUMO ARTIGO ORIGINAL PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS IgG ANTI-TOXOPLASMOSE EM ALUNOS DE CURSO SUPERIOR ¹ PREVALENCE OF IgG ANTI-TOXOPLASMOSIS ANTIBODIES IN STUDENTS IN COLLEGE Camila SILVA² e Luciano Lobo GATTI ³

Leia mais

Distribuição espacial de casos suspeitos de microcefalia em Pernambuco ago / 15 a fev / 2016

Distribuição espacial de casos suspeitos de microcefalia em Pernambuco ago / 15 a fev / 2016 Distribuição espacial de casos suspeitos de microcefalia em Pernambuco ago / 15 a fev / 2016 2015 8 Proportion 0.04 Distribuição espacial de casos suspeitos de microcefalia

Leia mais

Vigilância = vigiar= olhar= observar= conhecer.

Vigilância = vigiar= olhar= observar= conhecer. Vigilância Epidemiológica Histórico: Antes da primeira metade da década de 60. Observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de Doenças Transmissíveis. Tratava-se da vigilância de pessoas,

Leia mais

Toxoplasmose gestacional: perfil epidemiológico e conhecimentos das gestantes atendidas na unidade básica de saúde de um município alagoano

Toxoplasmose gestacional: perfil epidemiológico e conhecimentos das gestantes atendidas na unidade básica de saúde de um município alagoano ARTIGO ORIGINAL Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo. 2018;63(2):69-76 https://doi.org/10.26432/1809-3019.2018.63.2.69 Toxoplasmose gestacional: perfil epidemiológico e conhecimentos das gestantes

Leia mais