Anais 5º Simpósio de Gestão Ambiental e Biodiversidade (21 a 23 de junho 2016)

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1 A EDUCAÇÃO E CONCEPÇÃO PRÉVIA SOBRE O TEMA AMBIENTAL POR MEIO DE JOGOS E MAPAS MENTAIS SOBRE O TEMA BACIAS HIDROGRÁFICAS PELOS ESTUDANTES DO 6º ANO EM DUAS ESCOLAS DO MUNICIPIO DE SÃO GONÇALO Rafaella César dos Santos Sousa; Cilene Daudt Vieira; Arthur Alves Bispo dos Santos; Ana Claudia Ramos Sacramento (Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ/FFP, R. Dr. Francisco Portela, 1470 Patronato CEP São Gonçalo/RJ, rafaellasousa288@gmail.com) RESUMO Com a intensificação do processo de urbanização, os recursos hídricos estão sendo cada vez mais poluídos, principalmente os rios. Esse processo vem ocorrendo no município de São Gonçalo, leste metropolitano do Rio de Janeiro, onde os rios da região encontram-se na maioria, em estado de degradação, devido sobretudo à ocupação desordenada. Uma das soluções viáveis a serem apresentadas nesse cenário, que pode amenizar essa problemática é a educação ambiental. Nesse sentido, o presente trabalho tem como pressuposto expressar a reflexão sobre este tema no âmbito educacional, através da concepção prévia ambiental dos alunos do 6º ano do ensino fundamental; no que concerne às bacias hidrográficas, visando à preservação das mesmas. Para isso, foi utilizado a metodologia de mapas mentais e jogos em duas escolas do município, nos bairros de Laranjal e de Luiz Caçador, inseridas dentro da bacia do rio Alcântara, visto que a mesma está em estado de degradação. Esse método busca a integração entre o conteúdo e a realidade dos discentes para associar os componentes naturais, sociais e políticos da bacia do município. Os resultados mostram que a concepção prévia ambiental dos estudantes é concebida de forma equivocada, por isso, a necessidade de atividades didáticas que promovam o conhecimento sobre essa temática. Palavras-chave: Bacia hidrográfica - rio Alcântara - escola concepção prévia ambiental. INTRODUÇÃO A cada ano percebemos o aumento dos problemas ambientais no mundo, ocasionados pela ação humana e pela necessidade constante, e de forma desenfreada, do uso dos recursos naturais, sem pensar nos impactos que podem causar na natureza. Dentre tantas, aqui será discutido sobre a questão dos recursos hídricos (rios e bacias hidrográficas). Apesar de reconhecer a sua importância para sua sobrevivência, a humanidade frequentemente se aproveitou dos benefícios gerados pela presença das águas fluviais sem a devida preocupação com a preservação da sua qualidade (Cunha 2003). Isso ocorre porque a sociedade desconhece a importância das bacias hidrográficas do seu próprio município, de acordo com Silva & Salgado (2009). Este comportamento está ligado ao sentimento de indiferença que aos poucos foi incorporado na concepção dos indivíduos, a partir da intensificação do processo de urbanização. Devido a isso, as bacias hidrográficas em regiões urbanizadas passaram a ser vista negativamente, não só por seu desagradável aspecto de poluição, mas pelos problemas que muitos rios causam à população, como os habituais eventos de enchentes. E essa problemática é muito comum no município, visto que o uso indevido do solo e as habitações em lugares de planícies de inundação dos rios aumentam gradativamente o risco de enchentes. E, isso ocorreu no município de São Gonçalo, leste metropolitano do Rio de Janeiro, (figura 1) que entre as décadas de 1960 a 1980 sofreu com uma intensa expansão urbana, devido à necessidade de adquirir novos espaços para grandes empreendimentos, como edificações e infraestruturas comerciais resultou em uma série de mudanças fisio-gráficas na paisagem. Isto é, a expansão das atividades antrópicas acabou acarretando diversas mudanças na dinâmica e configuração das bacias de drenagem, tais como o aumento das áreas impermeáveis, canalização e retilinização de canais, além do assoreamento e a poluição da água. E, com essa expansão urbana a qual o município sofreu, os rios em poucos anos foram degradados e perdendo sua função de alimentar a população. Por essa razão, as bacias hidrográficas do município apresentam condições de degradação assim como grande parte dos demais corpos hídricos da região metropolitana do Rio de Janeiro (Afonso et al. 2008). 453

2 Figura 1: Localização do município de São Gonçalo, RJ. Neste caso, uma solução viável a ser apresentada é um trabalho de educação ambiental com a população local, através da sua concepção prévia, para refletirem sobre os impactos que suas ações causam ao meio ambiente do município em questão. As questões ambientais estão cada vez mais presentes no dia-a-dia das pessoas. A educação ambiental, então, deve estabelecer a relação entre o homem e o meio ambiente, compreender os processos de conservação, preservação e utilização de forma correta dos recursos para que haja um equilíbrio. Já que a sociedade, mesmo não sendo o único fator de degradação do ambiente, é essencial neste processo. Se trabalhos como esse conseguirem desconstruir padrões estabelecidos erroneamente como, por exemplo, a ideia de que um rio poluído é um valão, as ações que geram poluição dos esgotos e resíduos sólidos serão pensadas antes de serem praticadas. Entretanto, fazer essa mudança na percepção da sociedade, é um exercício desafiador. E por este motivo, a educação ambiental é essencial neste processo, já que a escola é o local que age como instrumento de transformação social, e por isso, ela pode auxiliar na transformação de valores e atitudes ambientais. Nela, o professor pode desconstruir as concepções errôneas que os estudantes trazem consigo em relação aos problemas ambientais, bem como fazê-los compreender a importância de pensar criticamente sobre o meio ambiente. Diante disso, considerando a importância da escola nesse processo, é necessário pensar nos recursos didáticos, pois segundo Zabala (1998) e Fiscarelli (2008), esses materiais são as principais ferramentas para o desenvolvimento de uma aula, pois de acordo com os autores, esses recursos precisam ser pensados e utilizados de forma correta, visto que eles podem impactar negativamente ou positivamente na aula. Pode-se dizer que trabalhar com recursos didáticos como jogos e os mapas mentais, são importantes para a construção do conhecimento sobre a temática da educação ambiental, segundo Sacramento et al. (2009) e Silva & Salgado (2009), esses recursos tornam o processo de ensino-aprendizagem mais fácil e interessante, tanto para os alunos, quanto para os professores. Para os alunos, porque por se mostrarem mais interessados, conseguem absorver o conteúdo de forma mais prática, e para os professores, porque auxilia aqueles que têm dificuldade em ensinar. Nesse sentido, considerando que o desenvolvimento de práticas educativas na escola básica é essencial para a construção da consciência ambiental relativa aos recursos hídricos, este trabalho visa apresentar o resultado de oficinas de mapas mentais e jogos sobre bacias hidrográficas realizados em duas escolas distintas. O objetivo é mostrar como a educação ambiental é essencial na construção da concepção dos indivíduos e que isso reflete diretamente no impacto ao meio ambiente. Além 454

3 disso, buscou-se apresentar que a mesma pode ser trabalhada nas escolas através de metodologias diferentes, cujo torna o processo de ensino-aprendizagem interessante e com resultados mais satisfatórios. MATERIAL E MÉTODOS A metodologia de pesquisa qualitativa foi eleita para o desenvolvimento desse trabalho, pois é uma das principais referências para a realização de pesquisas na área da educação. Para a realização da pesquisa, inicialmente, foram realizadas análises e discussões bibliográficas para o entendimento das bacias hidrográficas com foco na hidrologia urbana, e a busca de dados e informações sobre a área de estudo. Além de pesquisas bibliográficas sobre os recursos hídricos, educação ambiental e o ensino da geografia. A pesquisa foi realizada em duas escolas do município de São Gonçalo (RJ) localizadas na bacia hidrográfica do Rio Alcântara (figura 2), que é a maior bacia do município. Figura 2: Localização das duas escolas inseridas na bacia do rio Alcântara. Fonte: Google Earth, acesso em A bacia abrange 53 bairros do município os quais se encontram em grande parte urbanizadas. As duas escolas encontram-se próximas aos afluentes deste rio, a primeira escola CIEP-439 Luiz Gonzaga Júnior (escola 1) está localizada entre os Rios Mutondo e Alcântara no bairro Luiz Caçador; a segunda o Colégio Municipal Estephânia de Carvalho (escola 2) localizada no bairro do Laranjal próximo ao Rio Camarões, ambos os rios completamente degradados. Além disso, são escolas de bairros em que grande parte dos alunos são moradores da bacia, possibilitando investigar qual a ligação que os mesmos têm com os rios próximos a sua realidade. O estudo sobre as bacias hidrográficas propicia um lugar sobre a educação ambiental, já que esta é um processo pelo qual o estudante obtém os conhecimentos sobre as questões ambientais, onde precisa ter uma concepção sobre o meio ambiente e ser um sujeito transformador sobre as conservações e preservações. Para o desenvolvimento desse trabalho, utilizou-se duas metodologias: aplicação de mapas mentais, a partir da discussão realizada por Silva & Salgado (2009) e Richter (2011), e 455

4 a utilização de jogos, a partir das leituras feitas por Sacramento et al. (2009) e Macedo (2005). Entretanto, vale ressaltar que cada uma foi utilizada em uma escola diferente. Na escola 1, a metodologia utilizada foi a aplicação do jogo quebra-cabeça hidrológico. Esse método é importante porque segundo Macedo (2005) muitas tarefas escolares, do modo como são propostas, são desagradáveis para as crianças, devido ao nível de dificuldade, a formulação das tarefas, ao tempo de realização, a repetição e etc. Em decorrência disso é necessário criar outros métodos, que sejam mais atraentes, isto é, métodos que deem sentido às tarefas e aos conteúdos, para que os alunos possam aprender com mais prazer (Macedo 2005). E o jogo, nesse caso, é uma excelente opção, pois possibilita outras formas de aprendizagem para os alunos. Nesse sentido, o quebra-cabeça hidrológico foi confeccionado pelos pesquisadores deste trabalho e consiste em um recurso didático muito simples. Isto é, o jogo foi montado com base em uma imagem de satélite (gerada através do Google Earth), com a localização da escola dentro da bacia do rio Alcântara. A partir disso, dividiu-se o material em oito partes, gerando assim um quebra-cabeça de oito peças. A aplicação do jogo funcionou da seguinte forma: após uma aula utilizando o recurso didático do power point sobre a temática das bacias hidrográficas, dividiu-se a turma em quatro grupos e distribuiu-se para cada quatro placas (escrito A, B, C e D ). Em seguida, foi colocado um questionário, de múltipla escolha, sobre esse respectivo tema, onde foi estipulado que a cada acerto de questões o grupo ganhava uma peça do jogo. O grupo que obtivesse o maior número de acertos montava o quebra-cabeça primeiro. O objetivo dessa atividade foi de obter uma compreensão dos alunos sobre o conteúdo base de bacias hidrográficas para que os mesmos consigam ter uma leitura mais diferenciada do seu cotidiano. Ou seja, relacionar o conteúdo com a bacia do Alcântara, visto que é a bacia que estão inseridos. Além disso, o jogo serviu como uma forma de aprendizado mais interessante, pois a possibilidade de uma atividade lúdica e ativa fez com que os alunos obtivessem um incentivo pela aula logo, fazendo-os fixar o conteúdo. Na escola 2, a metodologia utilizada foi os mapas mentais. Pois segundo Richter (2011) O aluno precisa estabelecer relações entre os saberes aprendidos na escola com a prática da vida cotidiana. Para alcançarmos esses ideais, consideramos imprescindível a inclusão da participação (ativa) dos mapas (...) (Richter, 2011, p. 124). Nesse sentido, com base no autor, a escolha dessa metodologia foi essencial nesse processo, visto que através dela foi possível obter a avaliação da concepção prévia ambiental dos alunos sobre as bacias hidrográficas de sua região. A atividade consistia na realização de desenhos pelos estudantes sobre a compreensão dos rios. Essa oficina foi realizada com uma turma de 7º ano do ensino fundamental. O objetivo foi de mostrar os pensamentos, sentimentos e atitudes dos alunos sobre a realidade, através da imaginação, pois a partir disso, pode-se fazer a associação da concepção prévia do indivíduo ao seu comportamento e sua ação (Silva & Salgado, 2009). Vale ressaltar também que a escolha por uma turma do 7ª ano para a realização dessa atividade, se deve ao fato de que o conteúdo sobre bacias hidrográficas faz parte do currículo do 7º ano, logo os alunos já tiveram aulas referente a esse tema. Distinguindo a interpretação dos desenhos da escola 2, juntamente com a aplicação do jogo da escola 1, buscou-se compreender a concepção prévia ambiental dos alunos subsidiando a construção da primeira fase da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Análises dos mapas mentais Baseado nos conceitos ambientais de rio e percepção ambiental, esse método de investigação foi de suma importância para mostrar a concepção prévia dos discentes sobre 456

5 esse conteúdo, tanto do espaço vivido quanto do concebido. E de acordo com Christofoletti (1974) o termo rio pode ser aplicado a qualquer fluxo canalizado ou de canais destituídos de água. Isto é, seja ele límpido ou poluído. Nesse sentido, fazendo a correlação entre os conceitos, o objetivo dessa atividade é deixar evidente a ideia dos alunos a respeito disso, para que através dos mapas mentais os mesmos atribuam significados aos rios. Para que assim possa-se avaliar a compreensão de cada um e consequentemente trabalhar a concepção prévia a respeito do meio ambiente com eles. Os resultados dessa pesquisa mostraram que grande parte dos alunos possuem visões naturalistas a respeito de bacias hidrográficas. De acordo com Silva & Salgado (2009), a percepção naturalista pode ser definida como aquela que nos remete a ideia de paisagem com bacias hidrográficas de características originais, isto é, sem a influência humana. É possível observar isso na figura 3, em que todos os desenhos foram feitos de acordo com essa definição: Figura 3: Mapas mentais de categoria naturalistas dos estudantes do 6º ano da escola 2 Essa visão dos alunos pode ser explicada pela influência do livro didático. Isso porque, os mesmos apresentam sempre imagens de rios limpos, diferentemente da realidade dos rios de São Gonçalo. Além disso, quando foi pedida a atividade, os alunos pesquisaram uma paisagem nos seus livros, pois disseram ter dificuldade em desenhar sem alguma referência. Quando entregaram os desenhos, uma discussão foi iniciada com eles questionando sobre o porquê eles não desenharam rios poluídos, como por exemplo, o rio Alcântara que é a bacia a qual estão inseridos. Nesse momento, uma aluna se manifestou e disse que o Alcântara não é um rio, mas sim um valão onde é o lugar em que vê seus familiares e conhecidos sempre jogando lixo. De acordo com os mapas mentais e a discussão feita com eles, percebeu-se que possuem visões seletivas de rios e bacias hidrográficas, em que acreditam que os rios degradados são valões e que rios de verdade são apenas aqueles limpos. Isso está atrelado ao conhecimento escolar, pois pelo o que foi evidenciado, articula pouco esse tema com o cotidiano dos discentes. Entretanto, mesmo sendo uma visão pouco difundida nos discentes, essa é uma discussão importante a ser feita, pois mudar essa visão errônea pode levá-los a uma consciência ambiental, o que consequentemente gera uma mudança de ações. Dessa forma, no futuro, diminuindo os problemas ambientais que o município sofre como, por exemplo, as 457

6 enchentes que são muito comuns ocorrerem na bacia do rio Alcântara, visto que é a maior de São Gonçalo e se encontra bastante urbanizada. (Figura 4) Figura 4: Fotos ao longo do curso do Rio Alcântara. Nesse sentido, percebe-se que a concepção do indivíduo está ligada ao que ele aprende o que não significa que seja o correto. Por esse motivo, é comum que ele não considere os rios de seu bairro como rios e por isso não se sinta responsável por impactá-lo. É necessário pensar nessa questão, porque atrelado a outros motivos, pode ser um fator essencial no processo de degradação ambiental. Aplicação do jogo Os jogos e a resolução de problemas podem ser atividades extremamente importantes dentro do contexto escolar, pois se pensados de maneira correta, levam os alunos a pensar em diferentes soluções de problemas que lhes são apresentados, para que assim, assimilem conceitos científicos. Nesse sentido, dando segmento ao trabalho com os conceitos de rios e concepção prévia ambiental, elaborou-se uma metodologia distinta da outra escola, isto é, confeccionou-se um jogo de tabuleiro (figura 5), que é, ao mesmo tempo, um jogo e uma resolução de problemas, visto que para montá-lo é necessário responder ao questionário sobre bacias hidrográficas. Figura 5: O quebra-cabeça hidrológico. 458

7 O jogo foi feito com base em nas categorias estabelecidas por Sacramento et al. (2009), sobre os aspectos necessários na elaboração de jogos e resoluções de problemas. Isto é, leitura das regras, levantamento de dados, posição de cada aluno ao ser exposto ao problema, maneira de execução, e etc. são fatores fundamentais nesse processo e que foram considerados na elaboração do quebra-cabeça hidrológico. No entanto, no início da aula a turma mostrou certa resistência aos pesquisadores, pois diziam não gostar da matéria de geografia. Entretanto, quando se iniciou a aplicação do jogo (Figura 6), este quadro foi revertido, pois os mesmos mostraram interesse, visto além da ideia de competição, acertar as questões propostas sobre o conteúdo pareceu agradá-los. Figura 6: Realização das atividades e momento do jogo. O jogo despertou a curiosidade dos discentes e fez com que ficassem à vontade para entender os conceitos e conteúdos sobre bacias hidrográficas, pois, através do questionário e do material didático, eles tiveram que refletir sobre o tema contextualizado com a sua realidade, já que o quebra-cabeça é constituído pela imagem da escola inserida na bacia do Alcântara. Entretanto, mesmo aplicando outra metodologia, em outra escola, a concepção prévia dos alunos da escola 2, não se distingue muito da escola 1. Pois assim como a primeira turma, esta também mostrou uma visão errônea, visto que quando os pesquisadores discutiram sobre a proximidade da escola com o rio e que essa é a razão de muitas vezes ocorrer enchentes na região, os mesmos mostraram-se surpresos, alegando não saber dessa associação. Isto é, através do jogo conseguiu-se atingir o objetivo do trabalho que é a compreensão dos alunos a respeito do conteúdo de bacias hidrográficas associado ao seu cotidiano. Isso porque por meio da imagem montada trabalhou-se o sentido de localização com eles, para obter assim uma leitura mais aguçada a respeito da bacia de sua região. Além disso, foi uma atividade diferente com os mesmos, em que trabalhou-se com materiais e modos didáticos distintos. Vale ressaltar que as dificuldades são diversas e sempre vão existir, entretanto o importante é a tentativa de criar metodologias diferentes que fizesse relação com a realidade do aluno. 459

8 CONCLUSÃO Trabalhar com um tema bastante inovador e ainda pouco explorado no contexto escolar foi muito desafiador, pois é uma pesquisa que ainda está em desenvolvimento. Entretanto, essas metodologias foram muito bem sucedidas no processo de educação ambiental porque tanto os mapas mentais quanto a aplicação do jogo, além de auxiliarem na assimilação de alguns conceitos ambientais, ajudaram também no pensamento crítico das crianças, fazendo a desconstrução de alguns paradigmas. Essas questões são importantes porque contribuem para o crescimento e difusão da educação ambiental, e assim, permite-nos dar melhores condições de vida às futuras gerações visto que o indivíduo, que é um dos principais propulsores da problemática ambiental, ao obter sua consciência -através da educação e percepção ambiental escolar, colaborará consequentemente, para que essa problemática possa ser diminuída. Nesse sentido, propõe-se que o professor se reconheça como fator determinante na formação do indivíduo e realize mais metodologias como essas, isto é, jogos e mapas mentais no tema da educação ambiental. Pois, como evidenciado nesta pesquisa são metodologias que se encaixam muito bem neste tema e em sala de aula. REFERÊNCIAS Afonso, A.; Rodrigues, F.; Armond, N.; Brandão, R. & Morelli, R Análise da dinâmica fluvial do rio imboacú (São Gonçalo, RJ): um enfoque a partir da consciência ambiental. II Rio de Janeiro: Simpósio de Recursos Hídricos do Sul- Sudeste, p Cunha, S.B. Canais fluviais e a questão ambiental. In: A questão ambiental: diferentes abordagens. Org. por Guerra, A. J.T e Cunha, S.B. Ed. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro. 248p. Christofoletti, A Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher Ltda. 185p. Fiscarelli, R Material didático: discursos e saberes. São Paulo: Junqueira &Marin. 187p. Macedo, L.; Passos, N. C. Os Jogos e Lúdico na Aprendizagem Escolar. Porto Alegre: Editora Artmed, v p. Richter, D O mapa mental no ensino de geografia: concepções e propostas para o trabalho docente. São Paulo: Cultura Acadêmica. 270p. Sacramento, A.C.R.; Castellar, S. & Moraes, J Jogos e Resoluções de problemas no Ensino de Geografia. Ribeirão Preto: Plures. Humanidades, V. 11, p Santos, C.R; Gois, D. & Carvalho, M Geografia e Recursos Hídricos: Uma cartilha Educativa. In: VI Encontro de Recursos Hídricos em Sergipe, 2013, Aracaju. Anais do VI encontro de recursos Hídricos em Sergipe. Brasília: Embrapa, V.1 p Selles, I A revitalização de bacias hidrográficas e sua influência na mitigação de inundações e na gestão sustentável de recursos hídricos. Dissertação de Mestrado. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 141p. Silva, E & Salgado, C A percepção ambiental por meio de mapas mentais - Metodologia aplicada a estudantes do Ensino Fundamental em São Gonçalo referente ao tema: Bacias Hidrográficas. In: XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Viçosa: Depto. Geografia- UFV. v. 1, s/p. Zabala, A A prática educativa como ensinar. Artmed: Porto Alegre. 224p. 460