IX Transcrição da Teleconferência Nacional

Transcrição

1 IX Transcrição da Teleconferência Nacional Local Conference Call TUPY S.A Resultados do ano de 2011 e das Aquisições do México 25 de Abril de AM - Horário Local Operadora: Bom dia. Obrigada por aguardarem. Esta é a teleconferência da S.A. Todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes e mais tarde será aberta a sessão de perguntas e respostas, quando serão dadas as instruções para os senhores participarem. Caso seja necessária a ajuda de um operador durante a teleconferência, basta teclar asterisco zero. Esta teleconferência está sendo gravada. Agora, passo a palavra para Silvia Pinheiro, da FIRB - Financial Investor Relations Brasil. Sra. Silvia, pode prosseguir. Sra. Silvia Pinheira: Bom dia. Bem vindos à teleconferência da S.A. em que serão discutidos os resultados do ano de 2011 e a recente aquisição de duas fábricas no México. Esclareço que eventuais declarações feitas durante esta teleconferência sobre as perspectivas, projeções ou metas operacionais e financeiras, relativas aos negócios da, são previsões baseadas nas expectativas da administração em relação ao futuro da empresa. Estas expectativas são altamente dependentes das condições dos mercados nacional e internacional, do desempenho econômico geral do país e do setor, portanto, estão sujeitas a mudanças. Conosco estão os senhores Luiz Tarquínio Sardinha Ferro diretor-presidente, Sr. Roberto Heeren - vice-presidente de finanças e controles e Sr. Thiago Struminski - gerente de relações com investidores. O Sr. Thiago iniciará a apresentação. Thiago, por favor, pode prosseguir. Sr. Thiago Struminski: Bom dia a todos. Eu gostaria de agradecer a participação e o interesse por esta teleconferência. A agenda de hoje está dividida em três áreas, primeiro nós vamos abordar rapidamente o perfil da companhia, em seguida os destaques 14/25

2 financeiros e operacionais, principalmente de 2011, e por fim as recentes aquisições de ativos no México. Para aqueles que não conhecem a empresa, a foi fundada em 1938 com o objetivo de fabricar conexões de ferro, produto o qual nós fazemos até hoje. Em 1957 fomos convidados pela Volkswagen para entrar no setor automotivo. Iniciamos a produção de blocos e cabeçotes internos em 1975, o que é hoje o nosso principal negócio. Em 1991 a empresa decidiu profissionalizar a gestão e quatro anos depois investidores institucionais adquirem o controle acionário da companhia. Como primeira iniciativa desse grupo de controle houve a aquisição de uma fábrica da Mercedes-Benz em 1995, e logo depois a aquisição de uma planta em Mauá focada em grandes blocos e cabeçotes. Em 2002, em função de uma concentração de vencimentos e uma trajetória do dólar de desvalorização frente ao real, houve uma série crise financeira da empresa. Diante disso, de 2003 em diante o esforço foi no sentido de reconstruir o fôlego financeiro da companhia, elaborar uma nova agenda estratégica e por fim implementar a internacionalização da manufatura, que também é objeto do call que nós estamos fazendo hoje. O próximo slide indica alguns dos grandes números da companhia, ela faturou R$ 2,2 bilhões em A nossa capacidade pré-transação é de 540 mil toneladas/ano distribuídas dentre as nossas 14 linhas de produção. Temos aproximadamente cerca de 10 mil funcionários, exportamos para mais de 40 países. O próximo slide indica o fato de que ainda que 50% da nossa produção seja exportada, até o presente momento a base de produção era essencialmente no Brasil, ou seja, entre as nossas plantas de Joinville e Mauá. Os outros mercados eram basicamente atendidos por escritórios regionais na Europa, nos EUA, na Argentina, no Japão e na China. Dentro do nosso parque industrial nós destacamos a fábrica de Joinville com cerca de 440 mil toneladas/ano de capacidade produtiva, cerca de 8.5 mil colaboradores, e um dos maiores centros de usinagem do país. A fábrica de Mauá, focada em grandes blocos e cabeçotes, tem capacidade produtiva de aproximadamente 100 mil toneladas/ano e cerca de 1.5 mil colaboradores. Em termos de participação nos nossos negócios, o setor automotivo é preponderante, ou seja, 89% das nossas receitas estão centradas nesse segmento. Em produtos industriais cerca de 11%. Se nós olharmos individualmente o segmento de blocos e cabeçotes, 15/25

3 representa 63% do faturamento, seguido pelas autopeças, 26%, depois conexões de ferro fundido, 7, e por fim perfis e granalhas, que montam a 4%. O próximo slide indica a aplicação dos nossos produtos automotivos, sejam eles blocos e cabeçotes ou autopeças. Esses produtos são aplicados essencialmente em veículos de passeio, veículos comerciais, máquinas agrícolas, máquinas de construção. Tem como principais clientes sistemistas, ou seja, fornecedores que equipam montadoras de veículos, ou as próprias montadoras de veículos. No slide seguinte indica a nossa segmentação de produtos industriais, no qual a gente destaca as conexões de ferro fundido. Nós temos 80% deste mercado hoje, e a aplicação deste produto basicamente são em sistemas de água, gás e incêndio. Além das conexões, a gente pode destacar a fábrica de perfis, que tem aplicação principalmente na construção civil. Por fim granalhas, dos quais nós usamos no consumo interno e também para o jateamento de mármore. Vamos abordar rapidamente a questão da governança corporativa na empresa. O slide 10 indica hoje a base acionária da companhia. O grupo de controle é composto pelo BNDES e pela Previ, com mais de 70% de participação. A atende grande parte dos requisitos necessários para migrar para outros níveis de governança, com exceção feita ao nosso percentual de ações em free float que ainda é baixo, ou seja, 7%, se comparado a melhor prática da indústria, que é de 25%. No slide 11 nós apresentamos a diretoria executiva da empresa, ela é liderada pelo nosso Diretor-Presidente, Luiz Tarquínio, que foi nomeado para o cargo em Ele foi Diretor- Presidente da Previ, também presidente do Conselho de Administração da Vale do Rio Doce, com carreira principalmente na administração pública. O nosso Vice-Presidente de Finanças e Controles, Roberto Heeren, foi nomeado para o cargo em 2006, foi Diretor Financeiro e CFO em algumas empresas, inclusive com carreira executiva na Xerox, sendo nesta mesma empresa CFO na Venezuela e na Turquia. Os dois outros vice-presidentes de vendas e investimento de capitais são executivos praticamente da casa, com muito tempo de experiência em fundição e de. Eu vou abordar rapidamente agora os destaques financeiros e operacionais pelo ponto de vista da gestão do turnaround da companhia. O slide 13 indica na sua barra azul a evolução da dívida líquida da empresa. A linha vermelha representa a dívida líquida sobre o Ebitda. O que a gente pode observar é o efeito em 2002 da alta do dólar com a concentração de vencimentos, isso colocou a companhia em uma situação bastante complicada. 16/25

4 De 2003 em diante o esforço foi focar na estabilidade financeira da companhia - houve uma emissão de debêntures, e essas debêntures foram capitalizadas em De 2007 em diante a alavancagem estava bastante consistente com a natureza dos negócios, e no momento a gente pode até dizer que em 2011 a gente estava abaixo do peers em termos de alavancagem na estrutura de capital. Essa mesma história, no próximo slide, pode ser contada pela ótica do lucro líquido, na barra azul, e da evolução do resultado financeiro, na linha vermelha. A gente tem o mesmo efeito em 2002, ou seja, da desvalorização agressiva do dólar refletindo principalmente no resultado financeiro e no lucro líquido. De 2007 em diante o retorno dos resultados para níveis mais gerenciáveis. Vamos entrar agora nos resultados de 2011 no slide 16. As vendas evoluíram 8% em função principalmente das vendas de mercados de caminhões no Brasil, também da retomada de alguns mercados na Europa. A receita líquida, por sua vez, também teve esses mesmos efeitos, no entanto houveram alguns outros aspectos de preço, mix, câmbio e assim por diante. Em termos de Ebitda a empresa cresceu 5%, ficou dentro de um patamar relativamente histórico de margem, próximo de 16%. O lucro líquido por sua vez evoluiu 32%, com ajuda do nosso resultado financeiro da companhia. O slide 18 indica os investimentos às adições ao ativo imobilizado dos últimos anos. Desde 2008 a gente pode observar, principalmente pela barra azul escura, o crescimento dos investimentos em expansão da companhia. O pico dessa barra em 2011 justamente refletindo o fato da inauguração (que deve ser agora em 2012) da nossa nova fábrica de blocos e cabeçotes aqui mesmo em Joinville, que deve adicionar mais 70 mil toneladas à nossa capacidade industrial. A expectativa de inauguração dessa fábrica é agora no final de abril. Vamos passar agora para a última parte das recentes aquisições de ativo no México. O slide 20 faz um resumo, um sumário da transação. Foram duas empresas adquiridas, 100% da Cifunsa Diesel, que é uma empresa pertencente ao Grupo Industrial Saltillo. E 100% da Technocast, que é uma joint venture do Grupo Industrial Saltillo com 66%, e da Caterpillar com 33%, ambas as empresas fabricam blocos e cabeçotes de ferro - que é hoje o nosso principal negócio. Todas as empresas são localizadas no norte do México, a Cifunsa na cidade de Saltillo, a Technocast na cidade de Ramos Arizpe. O racional da transação envolve principalmente a internacionalização da manufatura da companhia, o fortalecimento da participação do 17/25

5 setor off road - para o off road nós nos denominamos aqui a máquinas industriais e agrícolas. E a proximidade do mercado norte americano, essa tem sido uma exigência muito forte dos nossos clientes de transferir a nossa base de produção para outros países, e essa é uma primeira iniciativa. O valor da transação monta a US$ 439 milhões, parte deste pagamento foi destinada a liquidação de obrigações dos antigos controladores e das empresas adquiridas, ou seja, não houve assunção de dívidas. Em termos funding, a aquisição foi feita através de um composto de financiamentos da empresa representadas por um custo médio da dívida total em dezembro de 2011 equivalente a 5,10%aa. O slide 21 demonstra esses novos parques fabris que estão incorporados à companhia. Em Saltillo a capacidade produtiva é de 2016 mil toneladas/ano, com cerca de 2.7 mil colaboradores. Em Ramos Arizpe a capacidade produtiva é de 92 mil toneladas/ano, com cerca de 900 colaboradores. Em termos de expansão operacional representado pelo slide 22, a gente pode observar que a adição de 308 mil toneladas de blocos e cabeçotes por ano credencia a como a maior fundição de blocos e cabeçotes do mundo. Ainda do ponto de vista de capacidade total nós chegamos a 848 mil toneladas de capacidade ano. Em termos de segmentos de atuação, representado pelo slide 23, a gente pode ver o efeito transformador da carteira da. O que antes da transação era uma carteira essencialmente focada em produtos para veículos comerciais, ou seja, 48% das vendas eram destinadas a caminhões principalmente e só 18% eram dedicados a produtos off road, sofre uma transformação pós-transação, deixando a carteira bastante equilibrada como a inclusão desses novos segmentos, principalmente de máquinas agrícolas e construção (que por sinal são setores com perspectivas muito fortes de crescimento). Mineração também está incluso na carteira da Caterpillar e deve ser destacado. Em termos da carteira de cliente nós sofremos uma pulverização da carteira. Essas duas empresas, a (ininteligível X 14:00) no caso da Cifunsa, e a Caterpillar no caso da Technocast, entram para o nosso top 5 de clientes em volume, e a gente ganha relevância na demanda desses parceiros globais que tem fortes índices de crescimento projetado para os próximos anos. Em termos de participação do mercado a, representado pelo slide 25, que já era líder nas Américas com 22% de participação, chega a 38% pós-transação. Em termos de Américas e Europa, ou seja, o mercado que nós chamamos como proxy de global, a 18/25

6 que antes era número 2, com 17% do atrás da Teksid, consolida a liderança com 22% após a aquisição das duas empresas - Cifunsa e Technocast. O slide 26 demonstra as adições de receita líquida da companhia, ou seja, os 807 milhões, usando números proforma de 2011, estão adicionas a receita líquida da companhia, o que acaba consolidando uma receita total do grupo muito próxima de 3 bilhões, sendo 27 provenientes de manufatura no exterior. Em termos de lucro líquido a adição é na casa de 33 milhões, consolidando um número próximo de 236 do grupo. Em termos de Ebitda vale ainda a ressalva que os números são de 2011 proforma, ou seja, não foram consolidados, existe a adição de R$ 113 milhões, e o Ebitda consolidado chega a R$ 455 milhões, uma margem global consolidada de 15%. Em termos de endividamento, no slide 29, a gente pode ver na barra da esquerda em azul a dívida bruta hoje da companhia de 1,8 bi. Do lado direito a relação dívida líquida Ebitda, em 2011 esta relação era de 1,1, o que nós consideramos, se comparado com os peers, ainda pouco alavancada. Pós-transação, considerando o Ebitda de 2011 para os adquiridos, nós chegamos ao montante de 2,5. Vale ressaltar que além do fato de que nós acreditamos no potencial de geração de caixa nos próximos anos das adquiridas, os investimentos que foram feitos nos últimos anos, principalmente na nova fábrica de blocos e cabeçotes, deve começar a gerar caixa já no curto prazo, o que deve baixar este número de 2,5. Por fim, nós acreditamos que esta é uma transação bastante sinérgica, as empresas são bastante complementares. O nosso grupo de sinergias passa pelas melhorias operacionais, ou seja, a estratégia de curto prazo está bastante focada principalmente na gestão da manutenção, transferências de melhores práticas e redução das diferenças de performance operacional entre as três companhias. Ainda do ponto de vista de compras, a estrutura de compras global vai propiciar oportunidades de arbitragem em uma série de insumos. Em termos de otimização de capacidade a gente vai aproveitar a vocação industrial de cada uma dessas plantas, podendo alocar de acordo com o melhor caso em diferentes linhas. Vale destacar o fato dos custos de produção do México ainda serem bastante inferiores. Esses são os principais pontos que a gente gostaria de apresentar antes do Q&A. Eu vou passar a palavra agora para o Luiz Tarquínio, nosso Presidente, para fazer o encerramento antes das perguntas e respostas. 19/25

7 Sr. Luiz Tarquínio: Bom dia a todos. Na verdade eu vou fazer uma rápida intervenção com o objetivo principal de agradecer a participação de vocês e antecipar que nós gostaríamos muito de ter vocês nos próximos eventos da. Esta teleconferência é a primeira de uma série de outras que virão, e marca uma fase nova de relacionamentos da com o mercado de capitais. O Thiago falou antes do free float da companhia que é muito baixo, a liquidez das ações é baixa, mas em paralelo com esses projetos de crescimento nós naturalmente queremos recuperar o mercado de capitais como uma fonte de recursos e parceria para os projetos que nós temos. É o principal deles este projeto que acabou de ser descrito, nós acabamos de reforçar ou criar uma área de relações com investidores - o Thiago Struminski vai liderar - e que tem por missão a implantação de um programa moderno de relações com investidores e condução de todos os contatos com a comunidade interessada. Nós gostaríamos de enfatizar o nosso propósito de ter o mercado como um parceiro e no futuro a como uma empresa líquida, acompanhada por muitos e um ativo, sem dúvida, atraente para o mercado por intermédio desses projetos de crescimento que eu acabei de fazer referência. Enfim, é uma oportunidade de agradecer a vocês e também posteriormente gostaríamos de ter de vocês feedbacks, sugestões, comentários que possam nos ensejar uma melhor condição de ter êxito no projeto de implantação desse ramo de RI. É isso e mais uma vez muito obrigado. 20/25

8 Sessão de Perguntas e Respostas Operadora: Com licença, senhoras e senhores, iniciaremos agora a sessão de perguntas e respostas. Para fazer uma pergunta, por favor, digitem asterisco um (*1). Para retirar a pergunta da lista, digitem asterisco dois (*2). Nossa primeira pergunta vem da Sra. Juliana Chu, Votorantim Corretora. Sra. Juliana Chu: Bom dia a todos. Primeiramente eu gostaria de agradecer pelo call, eu tenho duas perguntas. Eu gostaria de saber, considerando a a base sem aquisição ainda, o que seria a expectativa de desempenho e crescimento para 2012? E pensando um pouquinho na aquisição, quer dizer, além da questão de internacionalização, eu queria saber que ganhos, seja de sinergia, seja de ganhos estratégicos, que vocês imaginam com esta aquisição até pensando, por exemplo, da margem Ebitda que vocês sinalizaram, vocês acreditam que dá para elevar a margem para o patamar de e crescimento de market share? Alguma nesse sentido que vocês estão vendo? Obrigada. Sr. Thiago Struminski: Bom dia Juliana, obrigado pela pergunta. Aqui é o Thiago quem está respondendo. A gente não trabalha com guidance, no entanto eu acredito que todo mundo está observando os movimentos, principalmente no mercado de caminhões em O ano passado houve um movimento forte de antecipação de compra que refletiu no maior número de volume de vendas de caminhões, a gente entende e até esperava que o primeiro trimestre poderia sofrer este impacto. Em termos de sinergias estamos assumindo a nova companhia agora, na semana passada, então existe um grande esforço para deglutinar essa grande aquisição, ou seja, estamos lançando as grandes linhas da integração, a gente espera que isso comece a gerar frutos no médio prazo - em 2012 talvez não tanto os efeitos, mas em 2013 com certeza deve refletir nas nossas projeções. Sra. Juliana: Aproveitando só uma pergunta com relação a mercado, que seria o Mercado Novo, vocês veem muita diferença entre o comportamento de mercado lá no México comparado com a operação Brasil? Sr. Thiago: Na verdade, Juliana, este é um mercado no qual nós já somos líderes mesmo sem aquisição. Então o que essa aquisição nos trás na verdade é uma base produtiva que nos aproxima dos clientes, os quais hoje a gente já entrega os produtos. O mercado para nós não é novo, o que é novo é o fato de produzir fora para atingir esses clientes. Sra. Juliana: Ok, muito obrigada. Sr. Luiz Tarquínio: Juliana, é o Tarquínio de novo, eu vou acrescentar um ponto, você observa que nós tivemos uma margem no Brasil o ano passado, e quando nós fazemos, mesmo que de uma maneira proforma a consolidação com os nossos resultados aqui no Brasil, a margem cai um pouco. Uma das fontes de sinergia que nós apontamos na apresentação no campo de melhorias operacionais um dos nossos propósitos é reduzir as diferenças de performance operacional. Indo um pouco ao ponto que você levantou, nós esperamos no futuro que a performance do negócio como um todo melhore tanto aqui como lá fora. 21/25

9 Sra. Juliana: Perfeito, muito obrigada. Operadora: Nossa próxima pergunta vem do Sr. Bruno Vargens, Fama Investimentos. Sr. Bruno Vargens: Alô Thiago, Tarquínio, parabéns pela iniciativa. Vocês podiam falar um pouquinho mais da estrutura de financiamento para aquisição? Eu não entendi exatamente esse pool de banco, se foi aqui, se foi lá fora... contar um pouquinho dos prazos para pagamento e se vocês estão vendo a estrutura se mantendo ou se foi uma estrutura temporária e vocês pretendem refinanciar isso de alguma forma? O que vocês estão vendo de nível de alavancagem confortável para frente, se estão confortáveis com este nível ou se pretendem fazer algum outro tipo de operação para reduzir essa alavancagem? Sr. Luiz: O financiamento da operação na realidade foi feito não estruturado, nós tomamos um capital de giro o ano passado e não necessariamente ligado a isso. Então a gente diz que foi um composto de empréstimos. A nossa dívida está bem distribuída no tempo, este ano a gente não pretende fazer nenhum tipo de operação. No ano que vem é que a gente vai olhar para algumas renovações, mas a alavancagem deve reduzir. Sr. Bruno: Mas com o crescimento orgânico do negócio? Sr. Luiz: Do negócio... Sr. Bruno: Tá bom, obrigado. Operadora: Nossa próxima pergunta vem da webcast, Sr. De Noronha, da empresa Tempo Capital. Parabéns pela apresentação. Tendências para o mercado brasileiro em 2012 e 2013, expectativa da companhia. Qual seria o timing e processo necessário para que a migre-se para o Novo Mercado? Quais aprovações seriam necessárias e o timing das mesmas? Qual é a expectativa de vendas da Ebitda, lucro para a expansão orgânica feita? Aquele Capex de 140 milhões mais ou menos? Obrigado. Sr. Thiago: Obrigado pela pergunta. Em termos de tendências do mercado brasileiro, eu até falei rapidamente na pergunta anterior, a gente sente principalmente nesse primeiro trimestre uma desaceleração do mercado doméstico de caminhões (que hoje é o nosso principal negócio), isso em função da antecipação de compra que houve o ano passado, essa antecipação foi liderada por uma legislação de emissão que encarece o preço do motor. O que acontece é que quem precisa comprar caminhão corre para comprar antes de maneira a pagar um preço mais barato. Esse fluxo ocorreu principalmente no final do ano passado. A gente esperava que 2012, principalmente nos primeiros trimestres, haveria essa desaceleração. Agora, o mercado de caminhões sofreu incrementos muito sólidos ao longo dos últimos anos, é um mercado que tem um volume muito adequado para o mercado interno, então a gente tem boas perspectivas nele - principalmente se considerado mais no longo prazo toda a dinâmica de investimento de infraestrutura que o Brasil está esperando. 22/25

10 Em termos de migração para o novo mercado, o que existe... não existe um compromisso formal, os nossos acionistas assinaram um acordo de intenção, no entanto não é nada certo ainda e definido na nossa estratégia. Não tem uma programação para colocar isso em prática no curto prazo. Sr. Luiz: Tarquínio de novo. Isso, só para esclarecer um pouco o que o Thiago está dizendo, existe um acordo de acionistas da companhia e existe uma cláusula deste acordo que menciona a intenção de fazer uma pulverização do capital da companhia, mas isto é um compromisso entre os acionistas da companhia e não da companhia. Então em que pese o nosso trabalho e a nossa intenção de dar os passos necessários para que isso possa acontecer segundo a decisão dos acionistas, a companhia não tem um compromisso efetivo de fazer, não é uma obrigação da companhia para com o mundo. É preciso entender que se não fosse um propósito firme nessa direção, nós também não estaríamos aqui trabalhando e dando os passos iniciais no reforço da nossa função de relações com investidores. É algo que eu acho que faz parte da agenda dos acionistas da companhia, mas precisa ser compreendido com o devido cuidado, vamos dizer, em relação a esta questão. Estamos trabalhando firmes nessa direção, mas entendam, por gentileza, esta ressalva que eu estou apresentando aqui a vocês. Sr. Thiago: Para abordar a última pergunta com relação ao investimento feito na nossa fábrica de blocos e cabeçotes, por política nós não indicamos aqui a projeção de Ebitda e lucro adicional dessa fábrica. O que a gente pode adiantar é que a não faz investimento com um comprometimento das companhias de colocar volume nessas linhas, ou seja, existe o comprometimento de encher esta linha muito próxima de sua capacidade já no curto e médio prazo, ela deve começar a funcionar agora no final de abril. Operadora: Com licença, lembrando que para fazer perguntas basta digitar asterisco um (*1). Nossa próxima pergunta vem da Sra. Juliana Chu, Votorantim Corretora. Sra. Juliana Chu: Bom dia. Só uma pergunta complementar em relação ao financeiro de vocês, endividamento. Vocês apontaram uma dívida líquida Ebitda de 2,5 vezes póstransação e uma sinalização de que esse número deve cair. Só para ter uma ideia se vocês têm algum número que seja uma dívida líquida Ebitda meta de vocês que vocês estão buscando? Obrigada. Sr. Luiz: A gente acha que a dívida deve ficar como política abaixo de 2. Sra. Juliana: Ok, obrigada. Sr. Luiz: Considerando também o perfil da dívida, que é tão importante quanto o indicador - a dívida deveria estar bem distribuída no tempo. Sra. Juliana: Ok, muito obrigada. Operadora: Nossa próxima pergunta vem da Sra. Danielle Beteshe, Telos Fundo de Pensão. Sra. Danielle Beteshe: Bom dia. 23/25

11 Sr. Thiago: Bom dia. Sra. Danielle: Eu gostaria de saber qual é a expectativa de distribuição de vendas? Em 2011 foi quase a metade para o mercado interno e mercado externo. Sr. Thiago: Isso... na verdade a porcentagem exata foi 53% para o mercado interno e 47 para mercado externo. Sra. Danielle: Exato. E qual é expectativa com essas aquisições? Sr. Luiz: A no Brasil a distribuição vai ficar mais ou menos a mesma - com a incorporação da operação no exterior obviamente a parcela... toda a parcela das vendas das companhias no México são basicamente no exterior. Sra. Danielle: Sim. Sr. Thiago: Principalmente no mercado norte americano. Sra. Danielle: Ok, obrigada. Sr. Thiago: Nada. Operadora: Nossa próxima pergunta vem da Sra. Domenica Noronha, Tempo Capital. Sra. Domenica Noronha: Bom dia a todos. Duas perguntas só para fazer um follow-up. Primeira, dado que a aquisição no México vai gerar provavelmente receitas adicionais em dólar, se vocês têm a perspectiva de balançar de alguma maneira o seu profile de dívida com mais dívidas em dólar? Esta é a primeira pergunta. E a segunda se você pudesse elaborar e expandir como é que funciona a relação com Caterpillar? Eu sei que é um acionista minoritário daquela operação no México, mas como funciona em termos de contratos comerciais, existe algum interesse... vocês vão continuar só sendo minoritários lá embaixo? Como é que funcionaria o relacionamento com vocês no futuro? Sr. Luiz: Com relação a balanceamento da dívida em moeda estrangeira, a gente tem como política uma exposição limitada a quatro meses de exportação, este é o máximo que a gente vai. A gente gerencia a exposição tomando em conta todos os ativos e todos os passivos em moeda estrangeira dentro deste limite. Sra. Domenica: Mas você já está hoje neste limite ou teria espaço para mais dívida em dólar ou fazer um rebalanceamento? Sr. Luiz: Hoje a gente teria mais espaço para isso, estamos quase próximo deste limite, teria algum espaço pouco. Sr. Thiago: Em termos da Caterpillar, respondendo a sua segunda pergunta, Domenica, hoje nós estamos comprando 100% da Technocast, ou seja, a participação da Caterpillar vem junto. O que acontece é a manutenção dos contratos existentes, ou seja, continua o relacionamento comercial, esse cortejo entre ambas as partes já estava sendo desenvolvido há algum tempo, eles nos convidaram a participar de alguns projetos, finalmente este acabou se consolidando. A tendência é que a gente continue buscando oportunidades com eles. 24/25

12 Sr. Luiz: Eu acrescentaria o fato de que a Caterpillar é uma empresa que nós temos contratos de longo prazo renovados periodicamente com eles, e a Caterpillar fez... tomou algumas decisões recentes na direção de concentrar a produção que tinha em diversas plantas nos EUA em um lugar só, observando o desejo de manter uma relação de longo prazo com a Technocast. Nós já temos uma relação com o grupo Caterpillar, principalmente através de uma de suas subsidiárias chamada Perkins, que é um produtor de motores, e agora nós estamos ampliando o relacionamento com a Caterpillar por intermédio dos negócios mantidos entre a Technocast e essas operações que foram recentemente centralizadas no sul dos EUA. Então tem uma parcela significativa de motores utilizados pela Caterpillar cujos blocos e cabeçotes são produzidos nesta operação que nós acabamos de adquirir, a concentração das operações da Caterpillar em um ponto só, como eu acabei de dizer, foi já contando com o suprimento da... a gente continua chamando pelo nome antigo, mas é da para a Caterpillar. Sra. Domenica: Obrigada. Operadora: Novamente, para fazer uma pergunta, favor digite asterisco um (*1). Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Gostaria de passar a palavra ao Sr. Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, para as considerações finais. Por favor, Sr. Tarquínio, pode prosseguir. Sr. Luis Tarquínio Sardinha Ferro: Obrigado. Novamente, eu agradeço a vocês a participação. Nós gostaríamos de receber de vocês, por intermédio do nosso canal de relações com investidores, comentários e sugestões, já que é a nossa primeira experiência, para que nós fôssemos capazes de melhorar a nossa prestação de serviço e a qualidade das informações em outras oportunidades que virão pela frente. Podem contar novamente com o nosso compromisso de estar sempre em contato com vocês discutindo a companhia com vocês, oferecendo a vocês informações que gerem interesse das instituições que defendem, de fundos de investimento e de outros investidores com que tenham um relacionamento para que nós sejamos exitosos no projeto de, vamos dizer assim, relançar a no mercado de capitais. Muito obrigado e uma ótima semana para todos vocês Operadora: A audioconferência da está encerrada. Agradecemos a participação de todos, tenham uma boa tarde e obrigada. 25/25