AVALIAÇÃO DO USO DE SMARTPHONES NA INCIDÊNCIA DA NEUROPATIA COMPRESSIVA: SÍNDROME DO TUNEL DO CARPO

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1 AVALIAÇÃO DO USO DE SMARTPHONES NA INCIDÊNCIA DA NEUROPATIA COMPRESSIVA: SÍNDROME DO TUNEL DO CARPO Juliana Fernandes Pereira (1); Luis Carlos Paschoarelli (2); Fausto Orsi Medola (3) (1) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Graduada em Design (2) PPGDesign - Unesp, Livre Docente em Design lcpascho@faac.unesp.br (3) PPGDesign Unesp, Doutor em Bioengenharia fausto.medola@faac.unesp.br RESUMO O Smartphone tem se tornado na ultima década objeto de uso contínuo e considerado uma extensão do homem em suas relações sistêmicas de uso. Este acréscimo repentino sobre a quantidade de usuários e o vasto tempo em que desenvolvem suas atividades repetitivas, pode acarretar no surgimento ou desenvolvimento de neuropatias compressivas como a síndrome do túnel do carpo. Deste modo, é necessário realizar um estudo sobre a relação entre usuárioobjeto e o aumento na incidência alarmante desta síndrome do mundo moderno. ABSTRACT The Smartphone has become in the last decade an object of continuous use and considered an extension of man in their systemic relations of use. This sudden increase about the number of users and the vast time they develop their repetitive activities, may result in the emergence or development of compressive neuropathies such as carpal tunnel syndrome. Thus, it is necessary to conduct a study on the relationship between user-object and the increase in alarming incidence of this syndrome in modern world." 1. INTRODUÇÃO Devido às facilidades e múltiplas funções proporcionadas pelo avanço das tecnologias nos aparelhos telefônicos inteligentes, os Smartphones, tem-se percebido um

2 espantoso acréscimo no número de usuários, principalmente no decorrer da última década. Por se tratar de um instrumento de uso contínuo, de âmbito pessoal, profissional e lazer, o Smartphone tornou-se objeto de extensão do homem em suas relações sistêmicas de uso, e neste são perceptíveis certas inadequações de caráter ergonômico. De aspecto físico pouco voltado aos padrões ergonômicos, vem sendo associado o surgimento ou possível agravamento de condições neuropáticas nos músculos e tendões relacionados principalmente às extremidades dos membros superiores, como inflamações, a síndrome do túnel do carpo, sinovites, artrites, infecções, entre outras neuropatias. Sendo a patologia neurocompressiva mais comum, a síndrome do túnel do carpo se destaca nas relações entre usuário e objetos que proporcionam esforços físicos manuais e atividades repetitivas A Síndrome do Tunel do Carpo O termo síndrome é derivado do termo grego (syndromé = reunião) e comumente utilizado na área médica como o conjunto de sinais e sintomas associados a uma condição fisiopatológica podendo resultar de mais de uma causa (Lopez e Laurentis, 1998). Desta forma, uma síndrome não é uma doença em si, mas sim uma condição clínica/médica. Neste sentido, a síndrome do túnel do carpo (STC), é a neuropatia compressiva mais frequente, descrita pela primeira vez no ano de 1854 por James Paget, como sendo uma neuropatia do nervo mediano detectada no nível do túnel do carpo na altura do punho. A inflamação do nervo mediano pode levar à hipertrofia ou inchaço da membrana sinovial do tendão flexor, causando sensações de queimação, dor, formigamento, agulhadas, hiper e hipoestesias e em alguns casos, anestesia (Severo, 2001). Conforme estudos aplicados de Verdugo et al. (2002), os sintomas consistem na parestesia (queimação, dormência) hipoestesia (diminuição ou perda da sensibilidade), fraqueza muscular e dor na região que é suprida pelo nervo mediano: polegar, dedo indicador, dedo médio e metade radial do dedo anular Biomecânica e Anatomia do Complexo do Punho e da Mão De acordo com Kapandji (2000) a mão é a extremidade do membro superior que permite adotar e realizar posições favoráveis para determinadas ações, de ponto de vista fisiológico é uma estrutura adaptável e lógica para suas diferentes funções. O túnel do carpo é um espaço fechado que possui origem nos ossos escafóide e trapézio em direção aos ossos psiforme e hamato. O ligamento transverso do carpo é a cobertura deste espaço. Dentro deste túnel é encontrado o ramo palmar do nervo mediano (o mais acometido pela síndrome do túnel do carpo), ramo dorsal do nervo ulnar (mediano e ulnar sendo os nervos mais calibrosos), nervo cutâneo lateral do antebraço, nervo interósseo anterior, ramo profundo do nervo ulnar, baínha dos

3 retináculos dos flexores, os tendões dos músculos flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos e flexor longo do polegar. Sobre os músculos cujos tendões passam pelo túnel do carpo de acordo com a elucidação de Kendall (1995) são: a) flexor profundo dos dedos cuja função é flexionar as articulações interfalângicas distais dos dedos indicador, médio, anular e mínimo ajudando a flexão das articulações interfalângicas proximais e metacarpofalângicas; e do punho; b) flexor superficial dos dedos cuja função é flexionar as articulações interfalângicas proximais do segundo até o quinto dedo, a flexão das articulações metacarpofalângicas e do punho; c) flexor longo do polegar cuja função é flexionar a articulação interfalângica do polegar, auxiliar a flexão da articulação metacarpofalângica e carpometacárpica e do punho. Além dos músculos, é encontrado no túnel o nervo mediano. O nervo mediano é um nervo periférico, do tipo polifascicular, possuindo um tecido forte e elástico, revestido por endoneuro, perineuro e epineuro. Ele se origina a partir do plexo braquial, atravessando todo o membro superior, até chegar ao nível do punho, atravessando profundamente pelo ligamento carpal transverso e depois percorre no interior do túnel do carpo, se bifurcando em vários ramos distribuídos na mão e dedos. No nível da mão, o nervo mediano é o responsável pela inervação motora dos músculos lumbricais e músculos tenares, com exceção da cabeça profunda do flexor curto do polegar e adutor do polegar, ambos inervados pelo nervo ulnar. A sua distribuição sensitiva inclui porções dos dedos polegar, indicador, médio, face lateral do dedo anelar e porção radial da palma da mão.(moore; DALLEY, 2007) A formação do nervo mediano, segundo elucidação de Dângelo e Fattini (1995), se dá pela união das raízes medial e lateral, provinda dos fascículos e fibras das raízes nervosas que partem das vértebras cervicais a nível de C5, C6, C7, C8 e da torácica T1. Na altura do braço está lateralmente à artéria braquial e posteriormente à borda medial do músculo bíceps braquial. Em tal segmento não é ramificado, mas à medida que corre distalmente, cruza anteriormente a artéria braquial para situar-se medialmente a ela na fossa do cotovelo. Os pacientes que possuem a síndrome do túnel do carpo são classificados, segundos os estudos de Dawson (1993) em três distintas categorias: 1. Sintomatologia leve intermitente: Possuem dormência, dor e formigamento na área do nervo mediano, predominantemente no período da noite; sintomas diurnos posicionais na realização de trabalhos e atividades. O regresso à normalidade é rápido, devendo adotar uma mudança na postura das mãos; os exames neurológicos terão resultados normais e os testes de Tinel e Phalen podem estar positivos. 2. Sintomatologia persistente: Perda da habilidade manual e na sensibilidade; a dor relacionada à queimação, dormência acentuada, sensação de edemas na mão. A melhora

4 se dá de forma lenta mesmo com mudança na postura das mãos. O exame neurológico revela deficiência sensitiva e motora, os testes de Tinel e Phalen positivos e às vezes a atrofia tênar. 3. Síndrome do túnel do carpo grave: Grande perda na sensibilidade, inclusive discriminação de dois pontos, com deficiência funcional grave e acentuada atrofia tenar. Segundo os autores Werner e Andary (2002) a compressão do nervo pode ser dada por diversos modos, como uma pequena força aplicada por longo período; aplicação aguda em um ponto ou aplicação repetitiva das forças Incidência de casos De acordo com Portillo, 2004, esta condição patológica atinge a população em geral, variando de 9,2 a 10% ao longo da vida e é mais comum entre mulheres, podendo atingir uma média de 57% a 80% no total da população de gênero feminino, com proporções de sua incidência de casos 7: 1 homem. A mesma ocorre principalmente entre a quinta e sexta década de vida, podendo ser diagnosticada também antes dos 40 anos, relacionada à prática profissional do indivíduo. Para Tatagiba e colaboradores (2003) a STC pode ser desenvolvida por qualquer indivíduo, sendo comumente detectada em mulheres, trabalhadores industriais e indivíduos com trabalhos ou atividades de lazer que incluem esforços ou movimentos repetitivos tanto da mão quanto punho ou até mesmo instrumentos vibração. Alguns estudos sugerem que a STC seja uma síndrome decorrente dos esforços repetitivos relacionados ao trabalho, porém não foi estabelecida uma relação direta entre a quantidade e/ou severidade de atividades e a gravidade da mesma. O autor Mattar Jr. et al (1996) acredita que outros fatores podem influenciar no surgimento da STC como a herança genética autossômica dominante, diabete mellitus, artrite reumatoide, hipotireodismo, gestação e menopausa podem influenciar na incidência de casos deste tipo de neuropatia compressiva devido a retenção hídrica e alterações hormonais, deste modo, compreendendo que há a maior probabilidade de acometer-se em pessoas do gênero feminino. Na síndrome do túnel do carpo o comprometimento unilateral é mais frequente, sendo a mão dominante mais afetada correspondendo a 51% dos casos. A mão nãodominante equivale a 15%, e 35% afetam ambas as mãos (PIRES e ANDRADE et al PARDINI, 1990). É de extrema importância para a investigação da patologia referida, verificar a história clínica do paciente, seus relatos sobre os sinais e sintomas, além de realizar exames físicos como a manobra de Phalen, manobra de Phalen invertida (conhecida como teste da reza), ultrassonografias como eletroneuromiografias, entre outros. 1.2 Objetivo e Justificativa Havendo nos dias atuais, a excessiva utilização dos dispositivos Smartphones e do tempo de utilização contínuo do objeto entre jovens e adultos, a atenção para

5 possíveis casos no surgimento de neuropatias compressivas deve também ser acrescida. O futuro do trabalho aplicado nos seres humanos, depende dos estudos elaborados sobre as causas e possíveis soluções dos problemas observados nos dias atuais. Em virtude da gravidade do desenvolvimento de sinais e sintomas e do desconforto músculoesquelético causado pela má postura em relação ao uso objeto x usuário e o aumento na incidência do acometimento das neuropatias entre jovens e adultos, temse como objetivo a realização de estudos avaliativos sobre o uso contínuo dos Smartphones em sua relação com usuário em um possível desenvolvimento progressivo ou surgimento da neuropatia compressiva mais comum: a síndrome do túnel do carpo. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizado um estudo de caráter exploratório e descritivo sobre o desconforto na usabilidade entre objeto e usuários de smartphones. Para a coleta de informações, nesta pesquisa de cunho hipotético-dedutivo, a partir dos resultados em método quantitativo, foi elaborado um protocolo baseado nas questões abordadas com auxílio de fisioterapeutas na identificação dos sintomas básicos da neuropatia compressiva Síndrome do Tunel do Carpo. Tais questões abordadas foram aplicadas através da plataforma online Google Formulários tendo retorno de respostas aplicadas a 100 pessoas, baseando-se em suas experiências anteriores com o uso de seus smartphones e pontos estratégicos das possíveis áreas em que a síndrome do túnel do carpo afeta no manuseio repetitivo do instrumento. Para a aplicação do questionário, foi apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido a fim de que fosse feito seu preenchimento anterior às perguntas. Tais perguntas faziam referência às percepções dos usuários sobre suas experiências físicas-táteis com Smartphones, tendo como finalidade identificar a ocorrência de possível desenvolvimento progressivo da patologia musculoesquelética nas extremidades superiores como punho e mão, através da autoavaliação em grau de desconforto entre usuário e objeto. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a abordagem da pesquisa aplicada, sobre as variáveis das percepções do desconforto na utilização dos Smartphones, em método quantitativo, foi realizado o levantamento dos dados e dispostos da forma com que possam ser organizadas as ideias de possíveis referências sobre a incidência da patologia musculoesquelética síndrome do túnel do carpo relacionada ao uso contínuo do objeto referido.

6 As informações foram colhidas com 100 participantes de idade entre 12 a 70 anos. Do total, confirma-se que 91% dos participantes sejam destros, 5% canhotos e 4% ambidestros, e dentre os mesmos 97% fazem o uso contínuo de Smartphones. Para ter uma base concisa sobre a crescente demanda no número de usuários dos aparelhos telefônicos inteligentes, foi questionado o tempo e frequência de sua utilização. Sobre o retorno quanto este item, pode-se perceber que os 95% fazem uso entre 1 a 5 anos ou mais e dentre tais, metade utilizam há mais de cinco anos, e os 5% restantes estão categorizados nos itens menos de 1 ano e não utilizo. Sobre a problemática do tempo em frequência na utilização do objeto por seus usuários, torna-se claro a tendência na utilização contínua do aparelho. Onde 59% dos usuários fazem uso frequente na maior parte do dia, 34% utilizam diariamente, porém em menor grau. Contabilizando a quantidade total sobre o uso diário em 93%. Tendo como base, no retorno das respostas, sobre o uso contínuo dos aparelhos Smartphones, torna-se de suma importância avaliar a postura do usuário em relação ao manuseio do objeto, levando em conta os modos de manipulação com suas extremidades dos membros superiores (mãos e punhos), pois de acordo com Assunção et. al (1995), a repetição de movimentos, a manutenção de posturas inadequadas, esforços físicos, impactos e vibrações e pressão mecânica sobre determinado segmento do corpo, concorrem para a ocorrência de lesões ou distúrbios osteomusculares, bem como a STC. De acordo com os resultados, a maioria dos participantes faz uso do dedo polegar para manusear as funções do aparelho telefônico, como no ato de deslizar a tela, digitar e pressionar, contabilizado 68% de todos os participantes, seguido do indicador com 42% do total. Lembrando que o nervo mediano, nervo afetado pela síndrome do túnel do carpo possui suas ramificações e distribuição sensitiva nos dedos do polegar e indicador (além do dedo médio e metade do dedo anelar). É percebido também que ao levar em consideração o uso excessivo do objeto pelos usuários em relação às respostas sobre o tempo e frequência, há a ideia de que são realizados movimentos repetitivos por maior quantidade de tempo com os mesmos dedos. Para confirmar esta ideia, foi questionada a sensibilidade e desconforto do usuário associando aos sintomas apresentados pela síndrome do túnel do carpo, como a dor, dormência, formigamento ou choque. Por meio dos dados recolhidos com esta questão, foi percebido que 47% dos usuários possuem dor no punho e 41% dor na mão. O sintoma de dormência também chama atenção pelo fato de ser uma característica comumente associada à síndrome do túnel do carpo, o que não poderia ser considerado uma verdade absoluta devido à ausência da realização de exames físicos neurológicos, eletroneuromiografias e outras ultrassonografias específicas para a comprovação da patologia em questão. Esta questão do estudo hipotético dedutivo apenas fornece a ideia de serem sintomas similares aos sinais e sintomas apresentados na síndrome do túnel do carpo, não

7 investigando outras possíveis causas como a retenção hídrica pelas diversas patologias que podem influenciar na incidência de casos deste tipo de neuropatia compressiva. A dor nos dedos atinge 1/4 dos entrevistados, bem como a dormência nos dedos em 12%. Também fora questionado quanto à localidade nas extremidades dos membros superiores sobre as percepções de desconforto. Para tal, foi inserida uma imagem referente aos pontos principais passíveis de sensibilidade. Figura 1 Pontos de sensibilidade A figura 1 é uma representação ilustrada para clarificar as áreas apontadas pelos participantes da pesquisa. Áreas com seus respectivos números: (1) dedo mínimo; (2) dedo anelar; (3) dedo médio; (4) dedo indicador; 5) dedo polegar; (6 7 e 8) áreas da região ventral da mão, onde na 6 e 7 ocorre a origem dos lumbricais e o tendão flexor é envolto por tecido e 8 próximo à zona do túnel do carpo; (9) região do punho, proximal ao túnel do carpo; (10) dorso da mão. A partir dos pontos de referência à sensibilidade, o usuário pode apontar quais áreas são mais afetadas sobre o desconforto sentido.o punho (9) se destaca como ponto principal da sensibilidade da dor ou desconforto entre os participantes, acometendo 52% dentre os mesmos, seguido da região dorsal da mão com 38% e área do polegar com 28%. O ponto próximo ao túnel do carpo (8) apontado em 24% dos participantes, o dedo indicador com 20% e dedo médio 7%. De acordo com Dawson (1993) com a compressão do nervo mediano de modo severo o indivíduo poderá apresentar uma perda sensorial sob alguns ou todos os dedos inervados pelo nervo mediano e fraqueza no dedo polegar.

8 Após esta questão sobre a região afetada pelo incômodo das extremidades dos membros superiores, foi questionado sobre a hora da sensação do incômodo para aqueles que o sentem. Segundo Verdugo ET AL (2002) os sintomas podem piorar em repouso no período noturno ou durante esforços, e foi percebido com a pesquisa que 34% alegam sentir qualquer desconforto durante as atividades manuais, 22% durante atividades ou em estado de repouso e 7% durante o repouso, os demais raramente sentem. Sobre a mão ou punho dominante ou não dominante, pode-se perceber que 54% queixam sentir na mão dominante, 11% nos dois punhos ou mãos, 8% no punho ou mão que não é dominante, tendo como resposta dos demais, nenhum dos lados. O grau de desconforto em relação ao manuseio do Smartphone também foi levado em consideração no questionário. Figura 2 Grau de desconforto ao manusear o Smartphone. Com a demonstração sobre a figura 2, percebe-se que 20% dos participantes relatam não possuir grande desconforto ao manusear o Smartphone, seguido de 15% que relatam possuir um desconforto médio no manuseio. Quanto ao retorno sobre a usabilidade do Smartphone, a maioria não sente grandes problemas no ato de manusear o objeto. Porém, levando em consideração que existem usuários que sentem qualquer grau de incômodo, também foi levantada a pergunta sobre a dor ou desconforto e correlação à sua utilização do aparelho telefônico. Sinto dores no punho/mão devido o uso de Smartphones. A resposta foi positiva quanto à possível relação entre objeto e dor. 67% acreditam que o Smartphone foi agente causador ou responsável pelo aumento das dores ou patologia sofrida pelo usuário, 13% não concordam nem discordam, e 20% discordam da afirmação. Para complementar o questionário, compreendeu-se que nesta pesquisa 90% não utilizam medicamentos para mãos ou punho, 20% fazem uso de órteses como tipóias, munhequeiras, talas, etc., apenas 5% fazem sessões de fisioterapia devido patologias nas extremidades dos membros superiores e 58% não realizam pausas ou alongamentos durante as atividades manuais.

9 4. CONCLUSÃO A síndrome do túnel do carpo, neuropatia compressiva mais frequente nas extremidades dos membros superiores, é passível de ser desenvolvida por qualquer indivíduo (comumente detectada em pessoas do gênero feminino) e se destaca nas relações entre usuário e objetos que proporcionam esforços físicos manuais e atividades repetitivas. O Smartphone, por sua vez, é frequentemente utilizado nos domínios pessoais, profissionais e de lazer, e disponibiliza aos usuários diversas funções e praticidades tornando-se instrumento de uso contínuo e de modo repetitivo, como uma extensão do homem em suas relações sistêmicas de uso. O estudo em questão trouxe como resultado, por meio da descrição básica da fisiopatologia da síndrome do túnel do carpo, considerando a incidência e manifestações sobre sintomas, a possível relação entre o uso excessivo dos aparelhos Smartphones e o desenvolvimento da neuropatia compressiva em questão. Através de um protocolo de pesquisa de abordagem quantitativa, foi realizada a coleta de informações sobre a auto avaliação com os sintomas, posturas manuais e opiniões em relação às percepções do desconforto na usabilidade do objeto. Conclui-se que, por meio dos relatos obtidos, os usuários de Smartphone, em geral, manuseiam o objeto em grau excessivo quanto ao tempo e frequência, manipulando com os dedos do polegar e indicador, dois dedos enervados pelas ramificações do nervo mediano, principal nervo acometido pela síndrome do túnel do carpo. Quanto à sensibilidade questionada no protocolo, foi percebido que existe uma quantidade significativa de indivíduos que relatam dor nas mãos e punhos e principalmente a dormência, sintoma importante a ser levado em consideração na relação sintomapatologia, por ser comumente associada à síndrome do túnel do carpo. Porém, não há afirmação sobre a ocorrência certeira desta neuropatia em específico nos usuários abordados, devido ao fato de haverem outras causas não pesquisadas, como gravidez ou patologias possivelmente relacionadas: retenção hídrica, alterações hormonais, diabete mellitus, etc. que poderiam acarretar na percepção dos mesmos sintomas na investigação do quadro clínico. Apenas com a realização de exames físicos e neurológicos, poderiam confirmar esta síndrome. Esta questão do estudo hipotético dedutivo, desta forma, fornece a ideia de que há grande incidência no surgimento de sintomas similares aos sinais e sintomas apresentados na síndrome do túnel do carpo e o acréscimo nos casos de desconforto devido a utilização contínua do Smartphone. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSUNÇÃO, A A, ALMEIDA IM. In: MENDES R. Patologia do trabalho. 2ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2002.

10 DAWSON, D. M. Current concepts: entrapment neuropathies of the upper extremities. The New England journal of medicine. Boston DANGELO J.G. Anatomia Humana sistémica e segmentar, 2ª edição. Atheneu, KAPANDJI, A. I. Fisiologia articular. 5 ed. São Paulo: Panamericana, 2000 KENDALL, F. P.; McCREARY, A. K.; PROVANCE, P. G. Músculos provas e funções com postura e dor. 4 ed. São Paulo: Manole, López, M., Laurentis, J.M.; Semiologia Médica, livraria Atheneu, Livraria Interminas, MATTAR Jr., R.; STARCK, R.; AZZE, R. J.; CAMILLO, A. C. Liberação endoscópica do canal do carpo por acesso único: estudo comparativo com a técnica aberta convencional. Revista brasileira de ortopedia. v. 31, n. 04, p , abr. 1996, CDROM. MOORE, K. L.; DALLEY, A. Membro superior: Anatomia orientada para a clínica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, PAGET, J. Lectures on surgical pathology. 2 ed. Philadelphia: Lindsay and Blakiston, 1854; p PORTILLO, R. Síndrome do túnel do carpo. Correlação clínica e neurofisiológica. Revista da Faculdade de Medicina San Fernando, Vol.65, 2004 SEVERO, Antonio; AYZEMBERGUE, Henrique; PITAGORAS, Tatiana; NICOLODI, Daniel; MENTZ, Liege; LECH, Osvandre. Síndrome do túnel carpal: análise de 146 casos operados pela mini-incisão. Revista Brasileira de Ortopedia: TATAGIBA, Marcos; MAZZER, Nilton; AGUIAR, Paulo H. P.; PEREIRA, Carlos U. Nervos periféricos. 1 ed. Rio de Janeiro: Revinter, VERDUGO, R. J.; SALINAS, R. S.; CASTILLO, J.; CEA, J. G. Surgical versus nonsurgical treatment for carpal tunnel syndrome (Cochrane Review). The Cochrane library. Oxford, v. 03, 12 p VILLA MARTINEZ, S. Los smartphones y su incidencia en el síndrome del túnel carpiano. Ciencias Administrativas, Económicas y Contables USB Cartagena, Cartagena, WERNER, R. A.; ANDARY, M. Carpal tunnel syndrome: pathophysiology and clinical neurophysiology. Clinical Neurophysiology. v. 113, n. 09, p , sep

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