N/Referência: PROC.: RP 101/2013 STJ-CC Data de homologação:

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1 N.º 18/ CC /2014 N/Referência: PROC.: RP 101/2013 STJ-CC Data de homologação: Recorrente: António C, Administrador Judicial Recorrido: Conservatória do Registo Predial de. Assunto: Palavras-chave: Pedido de registo de declaração de insolvência remissão na requisição de registo para a declaração de insolvência efetuada no registo civil recusa por falta de título consulta da página informática do tribunal. Declaração de insolvência Título Artigo 43.º do CRP - Suprimento de deficiências Artigo 73.º do CRP Administração Pública Documentos arquivados Compropriedade Registo provisório. PARECER Relatório 1. Em 2013/11/21 foi anotado no diário da Conservatória do Registo Predial de., sob a AP. 2., o pedido de registo de declaração de insolvência sobre o prédio n.º 1 237, CO, freguesia e concelho de., expedido por correio pelo administrador judicial. Utilizando o modelo de requisição aprovado 1 o referido administrador manifestou o pedido, seguinte à rubrica Outros registos, nestes termos: «Registo da Declaração de Insolvência da titular inscrita, Vera L, com morada fixada na Rua do C.., nº, Casa, M. NIF 24.. e BI 12. que corre no Tribunal Judicial de, com o n.º 6 /13.6TBMTS, (Art. 2º/1 n) DL 116/2008)». Entregou como documentos o auto de apreensão 2 e fotocópia do bilhete de identidade, e declarou: «Remissão para a apresentação da declaração de insolvência, efetuada pelo Tribunal em sede de Registo Civil» A referida fração autónoma CO tem inscrita a AP... de 2004/09/14 Aquisição em que são sujeitos ativos, PAULO A, solteiro, maior, e VERA L., solteira, maior; a AP... de 2004/09/14 e a AP. de 2004/09/14 - Hipotecas Voluntárias 1 Como é previsto e sabido, de acordo com o artigo 2.º, nºs 2 e 3, da Portaria n.º 621/2008, de 18-07, alterada pela Portaria n.º 283/2013, de 30-08, o pedido de registo por via postal é efetuado pela forma escrita, de acordo com modelos aprovados, mas os pedidos de registo efetuados por escrito pelos administradores judiciais, quer sejam apresentados presencialmente ou por correio, não carecem de utilizar o modelo de requisição aprovado. 2 No auto é apenas arrolado e descrito, como verba número um, a «fração autónoma designada pela letra CO, [ ] descrito na Conservatória do Registo Predial de, sob o n.º 1237», objeto mediato do presente registo. 1/14

2 em que é sujeito ativo UNION SA ESTABELECIMIENTO FINANCIERO DE CREDITO (SOCIEDAD INIPERSONAL). 2. Em 2013/11/22, por correio eletrónico, a Sr.ª Conservadora comunica ao apresentante que «terá que juntar a certidão judicial onde conste a sentença com o trânsito em julgado [ ] sob pena de o registo ser recusado». No dia 2013/11/26 o Sr. Administrador Judicial responde ao correio eletrónico no sentido de comunicar que a falta de trânsito em julgado da decisão não é motivo para recusar o registo, mas por razões processuais (que explicita) o registo (da declaração de insolvência) terá que ser provisório (artigo 92.º, n.º 1, n) do CRP) e que a seu tempo será removida a provisoriedade. Informa ainda que confirmou junto da secção de processos que a sentença de declaração de insolvência foi objeto de registo civil, que o que foi requerido foi o «averbamento em predial da insolvência da co-titular de um prédio», e que «a Conservatória do Registo Predial de pode (e deve porque a Administração Pública está de posse da informação [ ]) fazer o seu trabalho». 3. Em 2013/12/03 foi exarado despacho de qualificação que consignou a recusa do registo da declaração de insolvência, nos termos do artigo 69.º, nº 1, al. b), do CRP, por falta de título. Expressou a Sr.ª Conservadora no referido despacho: - Que «o registo da declaração de insolvência é feito com base na certidão da sentença na qual foi decretada a insolvência»; - Que «o registo é lavrado definitivamente se da certidão constar o trânsito em julgado da decisão, ou provisoriamente por natureza nos termos do artigo 92º nº 1 al. n) do citado Código se a decisão ainda não tiver transitado, mas o pedido tem sempre que ser instruído com a certidão judicial e não remetendo para o registo civil, pois o averbamento ao assento de nascimento não é título para o registo da declaração de insolvência no registo predial.» - Advertiu por último que «ainda que o registo não tivesse sido recusado, o mesmo também não poderia ser lavrado definitivamente na totalidade, pois a insolvente é apenas titular de metade do imóvel». 4. A decisão de recusa foi impugnada através da interposição do presente recurso hierárquico e no requerimento foram expostos os fundamentos que se dão por integralmente reproduzidos, distinguindo-se, porém, os que se seguem: - Que o recurso, por parte do impugnante, àquela fórmula de remissão de documentos que inscreve nas requisições de registo predial sustenta-se no princípio enunciado no preâmbulo do DL 116/2008 de 4 de julho, onde se lê: «Também no sentido da simplificação, elimina -se a necessidade de apresentação junto dos serviços 2/14

3 de registo de certidões e outros documentos que já se encontrem noutras conservatórias ou serviços de registo, passando estas a ter de verificar a informação que já está disponível no sector dos registos, em vez de a exigir ao interessado. Caso o documento a obter se encontre junto de outro serviço da Administração Pública, o cidadão passa a ter o direito de exigir que seja a conservatória a obter esse documento.» - Que mal andou a Sr.ª Conservadora em recusar o registo ofendendo o princípio estatuído, pois de facto a ausência de título, [ ] existiria se em nenhum setor dos registos constasse a inscrição da declaração de insolvência. 5. Foi proferido despacho de sustentação no qual se expressou a convicção de que era de manter o despacho de recusa com base nos fundamentos que aqui se dão, de igual modo, por integralmente reproduzidos, sem prejuízo de se destacarem os que revelam maior pertinência para o caso. - Que «a petição de recurso não identifica o prédio/fração sobre o qual o mesmo incide nem a apresentação que deu origem ao despacho de recusa ora impugnado». - Que «relativamente à comunicação por parte do Tribunal não se refere, nem em sede de recurso, nem de apresentação qual a conservatória do registo civil à qual foi comunicada a declaração de insolvência». - Que a passagem do preâmbulo do DL 116/2008 de 4 de julho tem de ser conjugada com o artigo 73.º do Código do Registo Predial, que é o artigo referente ao suprimento de deficiências. - Que o n.º 1 do artigo 73.º referido não tem aplicação ao caso, pois a certidão judicial não se encontra na base de dados do SIRP e as conservatórias do registo civil não digitalizam estes documentos, apenas os arquivam em suporte de papel, «sendo ainda de referir que o Sr. Administrador Judicial nunca referiu qual a conservatória detentora da certidão judicial nem o número do assento de nascimento da insolvente». - Que «nos termos do artigo 38.º, nºs 6 e 8 do CIRE fez-se a busca da sentença no CITIUS e nada foi localizado». - Que os nºs 2 e 3 do artigo 73.º citado também não se aplicam, «pois não houve qualquer declaração expressa no sentido de ser requerida a certidão, nem onde a mesma devia ser requerida, pois, e, tal como foi referido nunca foi referida qual a conservatória do registo civil detentora da declaração nem o número do assento do [Sic] nascimento da insolvente». 6. O processo é o próprio, as partes têm legitimidade e o recurso é tempestivo, pelo que cumpre apreciar. APRECIAÇÃO 3/14

4 1. São duas as questões a colocar cujas respostas combinadas, no nosso entendimento, nos darão a solução para o caso 3. i) Como se manifestou e se revela na atualidade (normativamente) no Código do Registo Predial (CRP) o princípio consignado no preâmbulo do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de julho, de acordo com o qual a) é desnecessário aos interessados a apresentação de documentos que já se encontrem noutras conservatórias ou serviços de registo, incumbindo ao qualificador consultar a informação disponível, ao invés de a exigir aos apresentantes e, b) caso o documento se encontre em serviço da Administração Pública, o cidadão pode exigir que seja a conservatória a obter esse documento? ii) O registo de declaração de insolvência é feito com base em que documento? 1.1. Para a resposta à primeira questão avançamos, sem uma pretensão exaustiva, que poderão ser, entre outros, reflexo daquele princípio, os artigos 26.º, 31.º, n.º 2, 43.º, nºs 5 e 6 (na redação do DL 116/2008), 43.º-B, 50.º, 58.º, n.º 1, 73.º, 78.º, n.º 2, 90.º, n.º 1, a), e 117.º-F. Para o que ora nos interessa detenhamo-nos nos artigos 43.º e 73.º. Na verdade, considerando a primeira parte da norma do artigo 38.º, n.º 3, do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE) e a revogação dos nºs 5 e 6 do artigo 43, para responder certeiramente à questão a solucionar, a análise destas normas tem, inevitavelmente, que desdobrar-se em duas fases: a primeira com a redação do Decreto-Lei nº 116/2008, de 4 de julho, e a segunda já com o Decreto-Lei n.º 125/2013, de 30 de agosto Para começar, na primeira fase, com a entrada em vigor do primeiro dos citados decretos, por força do n.º 5 do artigo 43.º 4, os documentos arquivados nos serviços da Administração Pública passaram a poder ser utilizados para a realização de registos, devendo os mesmos ser referenciados no pedido. Com efeito, só podem ser registados os factos constantes de documentos que legalmente os comprovem (artigo 43.º, n.º 1), mas para se considerar um processo de registo instruído não há forçosamente que entregar documentos com o pedido de registo. Uma vez que o documento já tenha sido apresentado no serviço de registo para instruir outro processo, pode ser utilizado, desde de que referenciado no pedido (artigo 43.º, n.º 2). 3 Relativamente à afirmação da Sr.ª Conservadora que «a petição de recurso não identifica o prédio/fração sobre o qual o mesmo incide nem a apresentação que deu origem ao despacho de recusa ora impugnado», em jeito de questão prévia, reproduz-se o que ficou dito no Proc. R.P. 101/2009 SJC-CT in que o recorrente não tem de especificar no requerimento de recurso os prédios que são abrangidos pela decisão recorrida, porquanto nem o artigo 142.º/1 do CRP o determina nem o tipo de ato o exige, a não ser que se pretenda restringir o âmbito do recurso, e remete-se para a fundamentação aí exarada. A conclusão análoga se deve chegar acerca da falta da apresentação, pois também essa omissão não impediu o conhecimento da decisão objeto de recurso, em face dos outros elementos constantes do respetivo requerimento. 4 Entretanto revogado pelo Decreto-Lei n.º 125/2013, de 30 de agosto, como dissemos. 4/14

5 E decorria do n.º 5 do artigo 43.º que no caso de o documento comprovativo do facto a registar já se encontrar arquivado noutro serviço da Administração Pública, para a sua utilização, deveria ser referenciado na requisição de registo (ou documento escrito) 5. Mas, mesmo que o apresentante não tivesse feito a referência devida no pedido de registo, de acordo com o n.º 1 do artigo 73.º, as deficiências do procedimento de registo deviam ser supridas oficiosamente com base nos documentos já existentes no serviço de registo competente, ou por acesso direto à informação constante de bases de dados das entidades ou serviços da Administração Pública. E decorria ainda dos nºs 3 e 4 que o registo não seria efetuado como provisório ou não seria recusado se a deficiência consistisse na falta de apresentação de documento a emitir pelas entidades ou serviços da Administração Pública, competindo ao serviço de registo solicitar diretamente esses documentos a essas entidades ou serviços, a expensas dos interessados 6. Confrontados nas normas com a enunciação serviços da Administração Pública foi importante determinar quais eram esses serviços. O contributo da doutrina foi fundamental. Segundo FREITAS DO AMARAL quando se fala em Administração Pública, tem-se presente todo um conjunto de necessidades coletivas cuja satisfação é assumida como tarefa fundamental pela coletividade, através de serviços por esta organizados e mantidos 7. Para o que ora nos preocupa são serviços da Administração Pública os serviços públicos 8. Para concluir que com base naquelas normas era possível a remissão, na requisição de registo (ou no documento escrito), para documento arquivado, por exemplo, em serviço de registo, em serviço de finanças, em serviço (e. g., com as atribuições do ordenamento do território e urbanismo) de determinado município; e, bem assim, o serviço de registo podia solicitar diretamente esses documentos a essas entidades ou serviços. 5 Por sua vez, o n.º 6 dizia: Para efeitos do disposto no número anterior, o serviço de registo é reembolsado pelo apresentante das despesas resultantes dos pagamentos devidos às entidades referidas naquele mesmo número. 6 Notemos que, em face da locução existente no n.º 6 do artigo 73.º (atualmente n.º 7) «com observância dos números anteriores», podia tratar-se da falta de título principal para o registo. Naturalmente que, nestes casos, não se poria o problema de o facto sujeito a registo não ser anterior à data da apresentação, pois para o documento estar arquivado em serviço da Administração Pública, já seria prévio. 7 V. DIOGO FREITAS DO AMARAL, Curso de Direito Administrativo, Vol. I, 3.ª ed., Coimbra: Almedina, 2012, p. 25 e seg. Expõe o Autor, entre muitos outros exemplos de serviços da Administração Pública que asseguram a satisfação de necessidades coletivas, que «a identificação pública dos cidadãos e das sociedades em que eles se agrupam para fins económicos, bem como do património imobiliário de uns e de outros, é assegurada pelos serviços do registo civil, do registo comercial e do registo predial». A expressão Administração Pública utiliza-se em dois principais sentidos: em sentido orgânico, como organização administrativa, e em sentido material, como sinónimo de atividade administrativa. A Administração Pública, em sentido orgânico, define-se então como o sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas colectivas públicas que asseguram em nome da colectividade a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas de segurança, cultura e bem-estar (ob. cit., p ). 8 Para FREITAS DO AMARAL, os serviços públicos são as organizações humanas criadas no seio de cada pessoa coletiva pública com o fim de desempenhar as atribuições desta, sob a direção dos respetivos órgãos - Curso de Direito Administrativo, cit., p /14

6 Numa segunda fase, o Decreto-Lei n.º 125/2013, de 30 de agosto (que está em vigor). No preâmbulo do diploma pode ler-se: «[ ] era também incontornável a necessidade de rever diversos aspetos do regime de registo predial. Com efeito, em 2008, o registo predial foi objeto de uma profunda revisão, essencialmente destinada à eliminação de formalidades, à simplificação de procedimentos e à disponibilização de novos serviços através da Internet. Reponderado o seu conteúdo normativo à luz dos princípios e do escopo do registo predial, e testadas na prática as medidas então implementadas, impõe-se agora a eliminação dos constrangimentos detetados e a densificação de certas normas, para que os objetivos de simplificação que presidiram à reforma possam ser efetivamente alcançados.» Nesse contexto, foram revogados os nºs 5 e 6 do artigo 43.º, tendo sido apartada a possibilidade de instrução inicial do pedido pelo serviço de registo, cabendo agora ao interessado a junção da prova documental de documentos arquivados nos serviços da Administração Pública, exceto se o documento estiver arquivado no serviço de registo competente (43.º, n.º 2). O diploma manteve ainda a redação do n.º 1 do artigo 73.º. De acordo com esta norma as deficiências do procedimento de registo devem ser supridas oficiosamente: a) com base nos documentos apresentados; b) com base nos documentos já existentes no serviço de registo competente; e c) por acesso direto à informação constante de bases de dados das entidades ou serviços da Administração Pública. Mas, densificou o regime do processo de suprimento de deficiências, quanto à possibilidade de pedido de emissão dos documentos junto das entidades ou serviços da Administração Pública, nos nºs 3, 4 e 6 do artigo 73.º, pelo que, o registo não é efetuado como provisório ou recusado, se i) a deficiência resultar da falta de apresentação de documento a emitir pelas entidades ou serviços da Administração Pública, ii) não for possível aceder diretamente às bases de dados dessas entidades ou serviços, e iii) o interessado tenha expressamente solicitado ao serviço de registo, no prazo de 5 dias, que diligencie pela sua obtenção diretamente esses documentos a essas entidades ou serviços, devendo o serviço ser reembolsado pelo interessado das despesas resultantes dos pagamentos às mesmas entidades Cremos que o escopo do legislador foi efetivamente o de consagrar que é ao interessado que cabe a instrução do processo (junção de prova documental), a não ser que o documento já se encontre arquivado no serviço de registo competente, «de forma a não comprometer a celeridade processual que a finalidade do registo predial impõe». Já em sede de suprimento de deficiências, estas podem ser desfeitas com base nos documentos aí existentes ou por acesso às bases de dados das entidades ou serviços da Administração Pública (artigo 73.º, n.º 1). Ou, com entrega do emolumento devido, o registo não deve ser efetuado como provisório ou recusado se o documento necessário para o registo se encontrar em serviço de registo ou outro serviço da Administração 6/14

7 Pública, cabendo agora à conservatória competente diligenciar pela sua obtenção, mas com prazo para o recebimento dos documentos (n.º 6 do artigo 73.º) e, porque o serviço de registo deve ser reembolsado das despesas com a emissão dos documentos (n.º 4 do artigo 73.º), deve ser o interessado a solicitá-lo expressamente Voltando à (segunda) questão de partida e essencial: com base em que documento ou documentos pode ser feito o registo de declaração de insolvência definitivo ou provisório por natureza (artigo 92.º, n.º 1, alínea n), do CRP)? Por força do artigo 2.º, n.º 1, alínea n), do CRP a declaração de insolvência é facto sujeito a registo predial 9 e de acordo com o artigo 8.º-B, n.º 3, alínea c), do CRP o administrador judicial deve promover o seu registo. O artigo 95.º, n.º 1, m), do CRP refere quais as menções que deve conter a inscrição, mas não há um preceito no CRP (como os que existem na Secção II do Capítulo III) que expresse com base em que documento se realiza o registo da declaração de insolvência. Na verdade, a Publicidade e Registo resultam indicadas no artigo 38.º do CIRE que consigna as entidades a quem é comunicada a insolvência e o registo da declaração de insolvência nos diferentes serviços de registo público, e preceitua: Artigo 38.º - Publicidade e registo 1 - (Revogado.) 2 - A declaração de insolvência e a nomeação de um administrador da insolvência são registadas oficiosamente, com base na respectiva certidão, para o efeito remetida pela secretaria: a) Na conservatória do registo civil, se o devedor for uma pessoa singular; b) Na conservatória do registo comercial, se houver quaisquer factos relativos ao devedor insolvente sujeitos a esse registo; c) Na entidade encarregada de outro registo público a que o devedor esteja eventualmente sujeito. 9 Como sabemos, foi o Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de julho, que ao modificar os artigos 2.º, n), 92.º, n.º 1, n) e n.º 2 e 95.º, m), do CRP e a redação dos artigos 38.º e 81.º, n.º 6, do CIRE e ao revogar a norma do artigo 152.º do CIRE (que previa o registo da apreensão dos bens), passou a sujeitar a registo a própria declaração de insolvência. Para CATARINA SERRA, «A modificação merece uma apreciação irrestritamente positiva, na medida em que o (único) facto agora sujeito a registo predial é aquele que sempre foi o (único) facto relevante: a declaração de insolvência.» Para além disso, por força do artigo 81.º, n.º 6, do CIRE, «o (único) facto relevante para a disciplina da (in)eficácia dos actos é a declaração de insolvência (rectius: o seu registo)». Assim, serão (excepcionalmente) eficazes os actos onerosos praticados com terceiros de boa fé antes do registo da declaração de insolvência (posto que não sejam actos de algum dos tipos sujeitos a resolução condicional Cfr. Insolvência e registo predial (a propósito das alterações do DL n.º 116/2008, de 4/7, in Scientia Ivridica (Revista de Direito Comparado), 2009, n.º 317, p Pretendemos, com o exposto, salientar a importância do registo predial da declaração de insolvência. Por isso também é que o artigo 9.º, n.º 5 do CIRE expressa o caráter urgente dos registos (apesar de, incompreensivelmente, ainda fazer referência ao registo da apreensão dos bens). Sobre o alcance substantivo da modificação, Pº C. Co. 82/2009 SJC-CT, in 7/14

8 3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 43.º do Código de Registo Predial, a declaração de insolvência é ainda inscrita no registo predial, relativamente aos bens que integrem a massa insolvente, com base em certidão judicial da declaração de insolvência transitada em julgado, se o serviço de registo não conseguir aceder à informação necessária por meios electrónicos, e em declaração do administrador da insolvência que identifique os bens. 4 - O registo previsto no número anterior, quando efectuado provisoriamente por natureza, é feito com base nas informações incluídas na página informática do tribunal, nos termos da alínea b) do n.º 6, e na declaração do administrador da insolvência que identifique os bens. 5 - Se no registo existir sobre os bens que integram a massa insolvente qualquer inscrição de aquisição ou reconhecimento do direito de propriedade ou de mera posse a favor de pessoa diversa do insolvente, deve o administrador da insolvência juntar ao processo certidão das respectivas inscrições. 6 - A secretaria: a) Regista oficiosamente a declaração de insolvência e a nomeação do administrador da insolvência no registo informático de execuções estabelecido pelo Código de Processo Civil; b) Promove a inclusão dessas informações, e ainda do prazo concedido para as reclamações, na página informática do tribunal; c) Comunica a declaração de insolvência ao Banco de Portugal para que este proceda à sua inscrição na central de riscos de crédito. 7 - Dos registos da nomeação do administrador da insolvência deve constar o seu domicílio profissional. 8 - Todas as diligências destinadas à publicidade e registo da sentença devem ser realizadas no prazo de cinco dias A declaração de insolvência é objeto de registo oficioso 10 no registo civil 11 (quando o devedor é uma pessoa singular) e no registo comercial (quando houver factos relativos ao devedor insolvente sujeitos a registo). 10 O n.º 2 do artigo 38.º estabelece a oficiosidade do registo. No entanto, qualquer interessado pode promover aqueles registos, aplicando, por analogia, o disposto no n.º 3 do artigo 9.º do CIRE Cfr. LUÍS A. CARVALHO FERNANDES e JOÃO LABAREDA, Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas Anotado (Reimpressão, com notas de actualização dos diplomas publicados até Agosto de 2009), Lisboa: Quid Juris, 2009, p. 201 (10). Sustentam ainda os autores que «De resto, não fora a existência deste preceito, dir-se-ia que funcionavam sem qualquer condicionalismo as regras que, em cada caso, estabelecem a legitimidade para a promoção do registo e que, normalmente, contemplam a possibilidade dele ser solicitado por qualquer interessado.» 11 Desde logo, o artigo 1.º do Código do Registo Civil (CRC) estabelece que o registo civil tem por objeto também os seguintes factos: alínea l) A declaração de insolvência, o indeferimento do respetivo pedido, nos casos de designação prévia de administrador judicial provisório, e o encerramento do processo de insolvência; alínea m) A nomeação e cessação de funções do administrador judicial e do administrador judicial provisório da insolvência, a atribuição ao devedor da administração da massa insolvente, assim como a proibição da prática de certos atos sem o consentimento do administrador da insolvência e a cessação dessa administração; alínea n) A inabilitação e a inibição do insolvente para o exercício do comércio e de determinados cargos; e alínea o) A exoneração do passivo restante, assim como o início e cessação antecipada do respetivo procedimento e a revogação da exoneração. Por sua vez, o artigo 69.º do CRC estabelece que são especialmente averbados ao assento de nascimento: alínea i) A declaração de insolvência, o indeferimento do respetivo pedido e o encerramento do processo de insolvência; alínea j) A nomeação e cessação de funções do administrador judicial e do administrador judicial provisório da insolvência, a atribuição ao devedor da administração da massa insolvente, bem como a proibição da prática de certos atos sem o consentimento do administrador da insolvência e a cessação dessa 8/14

9 A declaração de insolvência é também inscrita no registo predial sobre os bens que integram a massa insolvente. A secretaria deve registar oficiosamente a declaração de insolvência no registo informático de execuções 12, promover a sua inclusão na página informática do tribunal e comunicá-la ao Banco de Portugal para inscrição na central de riscos de crédito Viremos a nossa atenção para os documentos relevantes para o registo predial e, logicamente, examinemos os referidos nºs 3 e 4 do artigo 38.º do CIRE (redação do Decreto-Lei n.º 185/2009, de 12 de agosto) A norma do n.º 3 principia assim: Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 43.º do Código de Registo Predial. Como vimos, esse número do artigo 43.º já não está em vigor, mas tal ressalva não poderia deixar de significar que para se efetuar o registo da declaração de insolvência, podia-se, desde logo, utilizar documento arquivado (sentença de declaração de insolvência) em serviços da Administração Pública, referenciando-o no respetivo pedido de registo 14. Sustentámos, porém, que a ressalva não era imprescindível pois inexistindo na norma do n.º 3 do artigo 38.º do CIRE, em face do bloco normativo anterior do CRP, sempre se poderiam utilizar documentos arquivados em serviços da Administração Pública para a realização do registo predial da declaração de insolvência. Mas, a norma foi revogada, pelo que, de acordo com o que expressamos, cabe agora ao interessado a junção da prova documental. administração; alínea l) A inabilitação e a inibição do insolvente para o exercício do comércio e de determinados cargos; e alínea m) O início, cessação antecipada e decisão final do procedimento de exoneração do passivo restante e a revogação desta. Em comentário sobre o âmbito subjetivo de aplicabilidade do CIRE, CATARINA SERRA (O Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas e o Direito Registal, in Nos 20 anos do Código das Sociedades Comerciais: Homenagem aos Profs. Doutores A. Ferrer Correia, Orlando de Carvalho e Vasco Lobo Xavier, Vol. II, Coimbra: Coimbra Editora, 2007, p. 506 e 507), salientou que sendo o registo efetuado por averbamento ao assento de nascimento, são numerosos os atos da vida civil do sujeito que serão realizados sob a sombra do processo de insolvência, concluindo que nalguns aspetos tal registo é mais marcante que o próprio registo criminal. Sugeriu, enfim, que se poderia ter criado um cadastro autónomo, de tipo económico, com efeitos circunscritos a atos de natureza patrimonial. Apesar de o legislador ter introduzido no CRC, pelo artigo 2 do Decreto-Lei n.º 324/2007, de 28 de setembro, o artigo 81.º-A (eliminação de averbamentos de factos respeitantes ao processo de insolvência), a autora mantém a mesma opinião Cfr. CATARINA SERRA, O Regime Português da Insolvência, 5.ª ed., Coimbra: Almedina, 2012, p Cfr. Decreto-Lei 201/2003 de 10 de setembro e artigo 707.º, n.º 2, al. c), do CPC. 13 Cfr. CATARINA SERRA, O Regime Português da Insolvência, cit., p No mesmo sentido, V. LUÍS A. CARVALHO FERNANDES e JOÃO LABAREDA, Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas Anotado, cit., nota de atualização, p. II. 9/14

10 Depois, a norma refere: a declaração de insolvência é ainda inscrita no registo predial [ ], com base em certidão judicial da declaração de insolvência transitada em julgado, se o serviço de registo não conseguir aceder à informação necessária por meios electrónicos, e em declaração do administrador da insolvência que identifique os bens Portanto, por enquanto, a inscrição definitiva da declaração de insolvência é sempre efetuada com certidão da sentença de declaração de insolvência (artigo 36.º do CIRE) transitada em julgado 16 e em declaração que identifique os bens, mas é nossa convicção (em face do que exprimimos nos dois pontos anteriores) que a certidão da sentença pode chegar por duas vias possíveis: a) utilização pelo serviço de registo competente da certidão de sentença, transitada em julgado, aí arquivada, por ter sido referenciada pelo apresentante; b) junção da certidão da sentença transitada em julgado com o pedido de registo Por sua vez, o n.º 4 do artigo em análise menciona: O registo previsto no número anterior, quando efectuado provisoriamente por natureza, é feito com base nas informações incluídas na página informática do tribunal, nos termos da alínea b) do n.º 6, e na declaração do administrador da insolvência que identifique os bens. Logo, no seguimento de todo o exposto, concluímos que a inscrição provisória [por natureza, nos termos da alínea n) do n.º 1 do artigo 92.º do CRP] da declaração de insolvência pode ser efetuada: a) utilização pelo serviço de registo competente da certidão de sentença, ainda não transitada em julgado, aí arquivada, por ter sido referenciada pelo apresentante, ou b) por consulta na página informática do tribunal da declaração de insolvência e da nomeação do administrador da insolvência Em qualquer dos casos a inscrição pode também ser provisória por natureza se sobre o bem (que integre a massa insolvente) existir registo de aquisição ou reconhecimento do direito de propriedade ou de mera posse a favor de pessoa diversa do insolvente Cfr. artigos 92.º, n.º 2, a), do CRP e 38.º, n.º 5 do CIRE. 15 E o acesso direto e por meios eletrónicos pela conservatória à sentença de declaração de insolvência, não é ainda possível. 16 Uma decisão considera-se transitada em julgado assim que não admita reclamação ou recurso ordinário (artigo 628.º do CPC e 17.º do CIRE). A sentença de declaração de insolvência transita em julgado se não forem deduzidos reclamação, oposição ou recurso (artigos 40.º a 43.º do CIRE), ou, então, mais tarde, quando estes tenham sido julgados definitivamente improcedentes Cfr. MARIA DO ROSÁRIO EPIFÂNIO, Manual de Direito da Insolvência, 5.ª ed., Coimbra: Almedina, 2013, p A lei não prevê qualquer prazo para a interposição de recurso. Por força do artigo 17.º do CIRE aplicar-se-á o 638.º do CPC e dado tratarse de um processo urgente o prazo será de 15 dias Embora referindo-se ao CPC antigo e ao artigo 691, n.º 5, cfr. MARIA DO ROSÁRIO EPIFÂNIO, cit., p. 57, nota /14

11 2. Que ilação retirar para o nosso caso? O Sr. Administrador Judicial, quanto ao documento principal, remeteu para comunicação da declaração de insolvência efetuada pela secretaria à conservatória do registo civil [artigo 38.º, n.º 2, a), do CIRE], identificou o prédio, e apresentou o «auto de apreensão» 17. Acresce a isso que ao responder ao correio eletrónico em sede de suprimento de deficiências informou que o registo da declaração de insolvência teria que ser provisório [artigo 92.º, n.º 1, n) do CRP] e que a seu tempo seria removida a provisoriedade Em face do pedido, declaração de insolvência (definitiva), constata-se que efetivamente não foi junto o documento que legalmente comprovava o facto. Com efeito, teve que se encetar o procedimento de suprimento de deficiências. Ora, confirmou-se que a sentença de declaração de insolvência não estava nas bases de dados 18, pelo que não foi possível o suprimento por recurso à norma constante do n.º 1 do artigo 73.º. Procedeu-se então à comunicação com o interessado (artigo 73.º, n.º 2). Da sua resposta concluiu-se que o interessado pretendia um registo provisório por natureza [artigo 92.º, n.º 1, n), do CRP] e que não desejava pagar qualquer certidão, o que afastou a aplicação dos nºs 3 e 4 do artigo 73.º No entanto, no nosso modo de ver, outro documento poderia ter servido para o registo provisório. O registo provisório por natureza da declaração de insolvência pode também ser efetuado com base na consulta na página informática do tribunal da declaração de insolvência e da nomeação do administrador da insolvência. Ora, tendo comunicado o apresentante que o registo pretendido era o provisório por natureza [artigo 92.º, n.º 1, n), do CRP] e portanto, o consignado no n.º 4 do artigo 38.º, bastaria aceder à página informática do tribunal através do portal Citius 19 para se possuir o documento principal para o registo provisório. 17 Cfr. Acórdão de do Tribunal da Relação de Lisboa (RUI VOUGA): O Auto de Apreensão lavrado no âmbito de um processo de insolvência, pelo respectivo administrador, é um documento autêntico. O administrador da insolvência, ao proceder à apreensão, actua como um oficial público ou como uma autoridade pública. Consequentemente, os autos de arrolamento de bens por ele lavrados, nos quais se descrevem os bens objecto de apreensão, em verbas numeradas, como se de um inventário se tratasse, constituem, inequivocamente, documentos autênticos, na acepção do cit. art. 363º, nº 2, do Código Civil. 18 Através do SIRIC/Geral/Pesquisar/Assento/Nascimento/Nacional/Nome/Pesquisar/Ver Assento. Como cuidamos de fazer e obtivemos no instante o Assento de Nascimento n.º 17.. do ano de 20.. da CRC de.. e confirmamos que do Averbamento n.º 3, de , consta: Declarada insolvente, nos termos da sentença proferida em 01 de Novembro de 2013, às 10,30 horas, pelo Tribunal Judicial de., 5º Juízo Cível e não transitada em julgado, e nomeado administrador de insolvência António C, com domicílio profissional na Rua C, 9, 2º D, C... Documento arquivado sob o nº no maço nº 2 do ano de 2013 da Conservatória do Registo Civil de. Porém, ao selecionar Ver Capa/Assentos e Documentos/ confirmamos que se trata de um documento externo, pelo que não está digitalizado e acessível. 19 Admite-se que a Sr.ª Conservadora fez a busca da sentença no CITIUS e nada localizou, mas por acesso (em , às 10:45) a selecionando Pessoas e Empresas Insolventes, ou diretamente introduzindo o NIF da insolvente (constante da requisição de registo), selecionando Todos, clicando em Pesquisar e Descarregar Ficheiro, obteve-se a seguinte: 11/14

12 2.3. Em suma, pensamos que o registo da declaração de insolvência deveria ter sido efetuado e não recusado e qualificado como provisório por natureza [artigo 92.º, n.º 1, n), do CRP]. 3. O último aspeto a analisar é o relativo à subsidiária qualificação do registo como provisório por natureza, mas nos termos da alínea a), do n.º 2, do artigo 92.º, quanto a ½. De facto, no despacho em que recusou o registo da declaração de insolvência a Sr.ª Conservadora menciona: «ainda que o registo não tivesse sido recusado, o mesmo também não poderia ser lavrado definitivamente na totalidade, pois a insolvente é apenas titular de metade do imóvel» Pensamos, no entanto, que a titularidade existente no prédio [compropriedade a favor de Paulo A, solteiro, maior, e Vera L.., solteira, maior, na proporção de ½ para cada um] não poderá deixar de conduzir à provisoriedade, mas por dúvidas e não nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 92.º do CRP O registo deverá ser efetuado como provisório por dúvidas por incumprimento do trato sucessivo na modalidade da continuidade das inscrições (artigo 34.º, n.º 4, do CRP) e será convertido em definitivo quando o direito integrado na massa insolvente coincidir com o que está representado no registo (1/2) Isto porque o artigo 119.º do CRP é um meio de suprimento tendente ao reatamento do trato sucessivo e quando o titular inscrito nada diz, ou diz que o bem não lhe pertence, ficciona-se que pertence ao executado [ou que integra a massa Informação (Artº 38º nº 3 b) do CIRE) Processo:./13.6TBMTS Referência: Insolvente: Vera L., estado civil: divorciada, nascido(a) em , nacional de Portugal, NIF 24., BI 12.., Endereço: Rua do C, Nº..,Casa A, Administrador da insolvência: Dr. António C., Endereço: Rua C., Nº 9, 2º D, C.., C. Fiduciário: Publicidade de sentença nos autos de Insolvência acima identificados No Tribunal Judicial de.., 5º Juízo Cível de., no dia , pelas 10 h 30m, foi proferida sentença de declaração de insolvência do(s) devedor(es):vera L.., estado civil: divorciada, nascido(a) em , nacional de Portugal, NIF 24.., BI 12, Endereço: Rua do C.., Nº,Casa A, com sede na morada indicada. Para Administrador da Insolvência é nomeado(a): Dr. António C., Endereço: Rua C., Nº 9, 2º D, C, C. O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 15 dias. Os prazos são contínuos, não se suspendendo durante as férias judiciais (nº 1 do artº 9º do CIRE). Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte. 20 Conforme se decidiu no Processo R. P. 42/2013 STJ-CC, in 12/14

13 insolvente], ou seja, ficciona-se que o titular inscrito terá transmitido o seu direito para o agora executado [insolvente] e este não requereu o registo a seu favor Pois, como ficou dito no Processo R. P. 42/2013 STJ-CC «pressuposto de concretização do princípio do trato sucessivo, na modalidade da continuidade das inscrições, é que o direito em função do qual a penhora, o arresto ou a integração do bem na massa insolvente se realiza coincida com o que está representado no registo (artigo 7.º do CRP) e se encontre registado a favor do executado, requerido ou insolvente, sendo que só o incumprimento do trato sucessivo na sua dimensão subjetiva (inscrição do bem penhorado, arrestado ou integrado em massa insolvente a favor de pessoa diversa do executado, do requerido ou do insolvente) determina a provisoriedade por natureza (92.º/2/a) do CRP), em vez da provisoriedade por dúvidas (artigo 70.º do CRP), e pode ser superado através do mecanismo previsto no artigo 119.º do CRP.» 3.5. De acordo com o exposto, o registo da declaração de insolvência deve ser efetuado também como provisório por dúvidas. Em conformidade, propomos a procedência parcial do recurso e formulamos as seguintes, CONCLUSÕES I O registo de declaração de insolvência é feito com base em certidão judicial da declaração de insolvência transitada em julgado e em declaração do administrador da insolvência que identifique os bens (artigos 2.º, n.º 1, n) do CRP e 38.º, n.º 3, do CIRE). II O registo provisório de declaração de insolvência é feito com base nas informações incluídas na página informática do tribunal, nos termos da alínea b) do n.º 6 do artigo 38.º do CIRE, e em declaração do administrador da insolvência que identifique os bens (artigos 2.º, n.º 1, n) e 92.º, n.º 1, n) do CRP e 38.º, n.º 4, do CIRE). III O registo (definitivo ou provisório) de declaração de insolvência pode ser feito com base em certidão de sentença (transitada ou ainda não transitada em julgado), emitida por serviço da Administração Pública, na sequência de procedimento de suprimento de deficiências e com entrega do emolumento devido pelo mesmo, por expressa solicitação do interessado, no prazo de 5 dias, obtida diretamente pelo serviço de registo, com reembolso do interessado das despesas realizadas com a emissão da certidão (artigo 73.º, nºs 3, 4, 6 e 9, do CRP). 21 Cfr. Mónica Jardim, Efeitos decorrentes do registo da penhora convertido em definitivo nos termos do artigo 119.º do Código do Registo Predial, Cadernos de Direito Privado, n.º 9, Janeiro/Março 2005, p. 35). 13/14

14 IV Deve ser qualificado como provisório por dúvidas por incumprimento do trato sucessivo na modalidade da continuidade das inscrições (artigo 34.º, n.º 4, do CRP) o registo de declaração de insolvência que tem por objeto imóvel registado em propriedade singular quando de acordo com o registo o bem se encontra em compropriedade. Parecer aprovado em sessão do Conselho Consultivo de 27 de março de Blandina Maria da Silva Soares, relatora, António Manuel Fernandes Lopes, Luís Manuel Nunes Martins, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, Maria Madalena Rodrigues Teixeira. Este parecer foi homologado pelo Senhor Presidente do Conselho Diretivo em /14

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