SERLIBRAS: ESPAÇO DE FORMAÇÃO CONTINUADA. PALAVRAS - CHAVE: SERLIBRAS, surdos e formação de professores.

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1 SERLIBRAS: ESPAÇO DE FORMAÇÃO CONTINUADA Larissa Mota de Cerqueira 1 Maria Caroline Mota de Cerqueira 2 Maria de Jesus Oliveira 3 Universidade Estadual da Bahia- Campus XIV Eixo temático: Formação de professores na perspectiva inclusiva PALAVRAS - CHAVE: SERLIBRAS, surdos e formação de professores. Este trabalho consiste em apresentar a importância dos grupos de pesquisa oferecidos nas universidades ao longo do processo de graduação, sendo considerados espaços de formação inicial e continuada para graduandos e professores. Por isso, consideramos relevante demonstramos a contribuição do grupo SERLIBRAS e sua atuação como agente mediador entre universidade/escola/comunidade. O SERLIBRAS é o grupo de pesquisa criado em 2014 na Universidade do Estado da Bahia Campus XIV - Conceição do Coité, cidade localizada no interior da Bahia, a 210 km da capital baiana. O grupo é formado atualmente por quatro pesquisadoras, três de licenciatura nas áreas de história e português e uma graduanda em pedagogia, tendo como coordenadora e orientadora

2 professora Anna Karyna Torres Côrtes. Os encontros acontecem quinzenalmente para discursões teóricas e metodológicas e aulas práticas do idioma. O objetivo do SERLIBRAS é Promover o incentivo e suporte educacional no processo de letramento aos alunos surdos das escolas municipais e a secretaria municipal de educação visando melhorias significativas na aquisição e a aprendizagem dos conteúdos da escola regular utilizando a Libras como intermediaria neste processo. (CÔRTES, 2014, p.3) O grupo vem desenvolvendo pesquisas de campo nas escolas da sede do município de Conceição do Coité, cidade que tem um número significativos de surdos, conforme último censo do IBGE. No entanto, há um número muito inferior de matriculados que frequentam as escolas. No ano de 2014, a partir das discussões teóricas sobre surdos, educação inclusiva e educação bilíngue cada participante delimitou sua linha de pesquisa, que são: Ensino de história para surdos; Alfabetização de criança surda em Conceição do Coité; Educação bilíngue; O ensino de história no ensino médio. No ano de 2015, as reuniões foram pautadas em discussões teóricas e aulas práticas. Neste mesmo ano o SERLIBRAS promoveu a realização de minicursos para a comunidade acadêmica e a comunidade externa procurando conscientizá-los da importância da Libras na formação de professores e nas escolas. Neste ano de 2016, desenvolveremos pesquisas com a temát onde os membros delimitaram sua linha de pesquisa a partir dela, tendo por base científica teóricos que tratam sobre o assunto. A pesquisa ocorrerá numa escola localizada a 6 km da sede município, que é o Colégio Estadual de Bandiaçú (CEB), pois a escola matriculou uma quantidade considerável de surdos e oferece intérprete. Como afirmam Lara Santos e Mariana Campos (2010), na maioria dos municípios brasileiros a não criação de escolas bilíngues é justificada pela pouca demanda de alunos surdos. No entanto, os surdos que estão nas escolas regulares enfrentam sérios problemas de exclusão, onde, a instituição não está adaptada para recebê-lo e somente a presença do intérprete não supre as necessidades especificas do alunado. O SERLIBRAS tem contribuído para a aproximação entre as discussões acadêmicas e a realidade dos surdos na comunidade de Conceição do Coité. Ratificamos a relevância deste grupo ou de qualquer outro grupo de pesquisa que trabalhe para a formação de futuros

3 professores e desenvolva a importância de entender o surdo como cidadão brasileiro e como tal, possui os mesmos direitos relativos à língua e cultura que os ouvintes. É necessário que haja a formação inicial e continuada dos professores para que as demandas escolares e suas diversidades sejam atendidas, afim de que o ensino e aprendizagem sejam assegurados a todos.

4 Referências Artigos online ALBRES, Aquino de Neiva; NEVES, Grespan Lia Sylvia. Libras em estudo: política educacional. São Paulo: FENEIS, Disponível em: o9.pdf. Acesso em 17 de março de BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de Disponível em: < Acesso em: 12 de agosto de Lei nº , de 24 de abril de 2002.Disponível em: < Acesso em: 12 de agosto de SANTOS, dos Ferreira Lara; CAMPOS, Leandro Isaac Lima de Mariana. Educação especial e educação bilíngue para surdos: As contradições da inclusão. Disponível em: o9.pdf. Acesso em: 20 de março de MARTINS, Oliveira de Regina Vanessa; AGRELLA, Pinheiro Regiane. Libras, identidade e surdez Disponível em: o9.pdf. Acesso em 20 de março de MARTINS, Carmo Maria do. Currículo e formação de professores de História: uma alegoria. Educação em Revista. Disponível em: Acesso em: 29. de Dezembro de Relatório sobre a Política Linguística de Educação Bilíngue Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa. Net Disponível em: file:///d:/users/user/downloads/relat%c3%b3riomec_secadi%20(3).pdf Acesso em 13 de agosto de YOKOYAMA, Lia Cazuni. Reflexões sobre o ensino de história para alunos surdos ANPUH. Net. Disponível em: Acesso em 30 de Dez. de 2014.

5 Livros CARMOZINE, MICHELE M. Surdez e Libras: conhecimento em suas mãos. São Paulo. Ed Hub Editorial, CARNEIRO, Moaci Alves. O acesso de alunos com deficiência ás escolas e classes comuns: Possibilidades e limitações. 3. Ed. Petrópoles, RJ: Vozes, GESSER, Audrei. Libras? : Que língua é essa? : crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. Audrei Gesser; [ prefácio de Pedro M. Garcez]. São Paulo: Parábola editorial, Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia / Secretaria de Educação Fundamental. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, PEREIRA, Alex Sandrelanio dos Santos. Cultura e educação sóciocomunitária: uma perspectiva para o ensino de história e surdez. São Paulo. América, SKLIAR, Carlos. A surdez: Um olhar sobre as diferenças. 4. Ed. Porto Alegre. Mediação, 2010.