O que é vida? TANATOLOGIA. Definição de morte. Formas de Morte. Divisão didática de Morte. Critérios atuais para diagnóstico de morte
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- Gabriella Beretta Minho
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1 TANATOLOGIA Estuda a morte e seus fatores associados. Demonstra o que acontece com o corpo humano após a morte O que é vida? Há funcionamento orgânico ideal, equilíbrio, homeostasia da funções vitais Quando essas funções param, inicia-se o processo de morte Definição de morte É a parada de todos os fenômenos vitais de modo definitivo, total e permanente A morte não é um instante, um momento, mas um verdadeiro processo em que há um progressivo desmantelamento Organismo sistemas órgãos tecidos até chegar ao nível celular Critérios atuais para diagnóstico de morte A morte atualmente é definida por critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina(Resolução 1480/97) que a considera como sendo a parada total e irreversível das atividades encefálicas Morte Encefálica comprometimento de forma irreversível Divisão didática de Morte MORTE APARENTE MORTE RELATIVA MORTE ABSOLUTA Formas de Morte MORTE APARENTE: provocada por estados patológicos que simulam a morte o indivíduo se mantém vivo por tênues ou débeis sinais de circulação ocorre nas intoxicações graves produzidas por alguns produtos, soníferos, congelamentos, epilepsias 1
2 Formas de Morte MORTE RELATIVA é um estado temporário de morte parada cárdio-respiratória parada de outras funções vitais Este estado pode ser modificado e o indivíduo ser recuperado por manobras artificiais O cérebro pode sobreviver por até seis minutos após o coração parar de bater Formas de Morte MORTE REAL ou ABSOLUTA é a verdadeira morte, ocorrendo paralisação total, definitiva, permanente e irreversível de todos os fenômenos e atividades vitais TANATOGNOSE É o diagnóstico da morte Momento da morte Enfermeiros devem notificar a existência de um potencial doador Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO) Após concordância dos familiares, o médico realiza alguns exames para confirmar morte cerebral: Parada cárdio-respiratória irreversível Morte cerebral ou encefálica 1. Lei nº 8489/94 Lei dos transplantes e retirada de órgãos para fins terapêuticos ou científicos 2. Lei nº 9434/97 art. 4º: caracterização do doador presumido 3. Lei nº /01 Altera a Lei nº 9434/97 e condiciona a retirada de órgãos à autorização do cônjuge ou parente Avaliação do padrão pupilar (midríase) Avaliação da ausência de reflexo córneo-palpebral Avaliação da ausência de reflexo oculocefálico Avaliação da ausência de resposta a prova óculovestibular Avaliação da ausência de reflexo de tosse Coma X morte cerebral Enfermeiros devem notificar a existência de um potencial doador Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO) São precisos alguns exames neurológicos e toxicológicos complementares Enfermeiros devem auxiliar a manutenção das condições fisiológicas dos órgãos para transplantes Após confirmação do estado de morte encefálica é preciso manter-se Eletroencefalograma Mede a voltagem do cérebro em microvolts Estudo do fluxo sanguíneo cerebral Injeção de um isótopo radioativo fraco na corrente sanguínea Não há fluxo normal de sangue Padrão hemodinâmico Padrão renal Padrão ventilatório Padrão metabólico Padrão hematológico Temperatura corporal Fluxo normal 2
3 CRONOTANATOGNOSE É o diagnóstico do tempo da morte pela observação de sinais não vitais positivos: Sinais recentes Sinais consecutivos Sinais tardios Destrutivos Conservativos SINAIS RECENTES OU IMEDIATOS Aspecto do corpo: Fácies Hipocrática (cadavérica) Ausência de consciência Ausência de sensibilidade Imobilidade perda do tônus muscular Arreflexia Relaxamento dos esfíncteres - eliminação de fezes e urina Perda do reflexo a luz, olhos semi-abertos Queda do maxilar inferior Ausência de batimentos cardíacos e circulação SINAIS RECENTES OU IMEDIATOS FENÔMENOS OCULARES: midríase Parada respiratória: Cessação da respiração prova da vela, prova do espelho Silêncio de aparelhos: eletrocardiograma eletroencefalograma - cessação de atividade cerebral Fenômenos oculares: Opacificação do cristalino Pálpebras semi-cerradas Midríase 1. Desidratação: Desidratação e esfriamento Desidratação cutânea e do globo ocular Diminuição do volume Decréscimo de massa (peso) Pergaminhamento da pele Dessecamento das mucosas dos lábios Rigidez cadavérica A partir da 3ª hora (completa: 12 h) Inicia-se pela pálpebra e maxilar inferior, seguindo-se a nuca e membros superiores e, por último, inferiores Pode durar de 1 a 2 dias para depois desaparecer na mesma ordem em que apareceu 2. Esfriamento do corpo: Lento nas 3 primeiras horas (0,5ºC/ hora) Rápido nas 6 horas seguintes (1ºC ou +/ hora) Nas últimas horas volta a ser lento Temperatura do ambiente 3
4 Explicação Bioquímica para a Rigidez Cadavérica Ocorre devido a hidrólise do ATP no tecido A miosina na ausência de ATP adere aos filamentos da actina formando um complexo actomiosina ocasionando a rigidez A presença de cálcio livre no citoplasma (falência da bomba de cálcio dependente de ATP) mantém o complexo actomiosina e assim a rigidez permanece Posteriormente há liberação das enzimas lisossomais Hipóstases (manchas) Cessadas as contrações cardíacas, o sangue do cadáver começa a se concentrar nas partes mais baixas Início: imediato Evidente: 2 a 3 h Fixação: 6 a 8 h Resumo dos Algor mortis ou esfriamento cadavérico Rigor mortis ou rigidez cadavérica Livor mortis ou manchas de hipóstase ou livor cadavérico (Tríade da Morte) SINAIS TARDIOS Autólise fenômenos anaeróbicos da célula Putrefação - decomposição fermentativa da matéria orgânica por ação de diversos microrganismos - mancha verde abdominal acúmulo de sulfametahemoglobina - cadáver incha - tecidos se liquefazem 4
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