FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS
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- Margarida Alcântara Casqueira
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1 FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRSNTAÇÃO D PROJTOS Título do projeto: Avanços e limitações do sistema eleitoral brasileiro Título do projeto: Ciência Política Comportamento Político studos leitorais e Partidos Políticos Justificativa: Contextualização e estado da arte Nas últimas décadas, o sistema eleitoral brasileiro sofreu mudanças administrativas significativas. stas mudanças, se observadas em um panorama histórico, podem ser vistas como a continuação de um processo que se iniciou há quase cinco séculos, em 1532, quando se realizaram as primeiras eleições: o chamado Voto D'Além Mar, que, segundo Bicalho (1998, p. 20), "era realizado dentro de uma sociedade corporativa e conforme a economia moral do dom. Naquele momento, o sufrágio ainda não era universal. De lá para cá, a democracia representativa no Brasil passou por uma série de melhoramentos jurídicos, logísticos e administrativos, com destaque para as modernizações tecnológicas implementadas nas últimas décadas, por meio das quais os eleitores passaram a utilizar as urnas eletrônicas para eleger seus representantes (SANTIAGO, 2012). Contudo, a gestão do sistema eleitoral, desde o ano 2000, tem passado por outra onda de inovações, com o intuito de aperfeiçoar o sistema e melhorar as leis que o regulam. Uma dessas inovações é a urna eletrônica com identificação biométrica, que garante a identidade do eleitor por meio das impressões digitais; outra delas é o voto impresso, regulado pelo Art. 1º da Lei nº , de Janeiro de 2002: a urna eletrônica disporá de mecanismos que permitam a impressão do voto, sua conferência visual e depósito automático, sem contato manual, em local previamente lacrado, após conferência pelo eleitor. sta última inovação vem a ser uma segunda
2 garantia ao eleitor, para o caso de perda ou manipulação eletrônica dos dados. ntretanto, tais inovações não ficaram livres de polêmicas sobre sua confiabilidade e sobre os reais ganhos que isso trará ao processo democrático (cf. CASTILHO, 2006; NISSR, 2016). Além disso, atualmente vemos uma grande pressão da sociedade civil para aumentar os canais de participação direta em democracias representativas como a nossa e para aperfeiçoar aqueles já consolidados e constitucionalizados, como o voto. mbora haja bons estudos, como os de Rodrigues (2001) e Maciel (2010), que tentaram avaliar o desenvolvimento do sistema eleitoral brasileiro sob os pontos de vista histórico e legal respectivamente, a área dos estudos eleitorais ainda carece de pesquisas cujo propósito seja avaliar cientificamente os avanços do nosso sufrágio, recorrendo a estratégias metodológicas alternativas à pesquisa documental. Por isso, cremos que uma pesquisa que venha a somar esforços nesse sentido, explorando outras perspectivas avaliativas, recorrendo por exemplo à empiria de forma complementar à teoria sufragística doutrinária, seja oportuna diante do atual contexto. Problema de pesquisa m que medida as recentes inovações no sistema eleitoral brasileiro representa avanços ao processo democrático? Importância para a ciência, o mercado e a sociedade A pesquisa aqui projetada pretende oferecer contribuições para a ciência política, particularmente para a subárea de estudos eleitorais, na medida em que visa avaliar e apontar perspectivas de melhoria em um modelo de sufrágio. Da mesma forma, terá relevância mercadológica, pois seus resultados podem interferir diretamente no mercado ligado à logística eleitoral, que inclui, por exemplo, empresas fornecedoras de insumos informáticos, servidores públicos e terceirizados envolvidos nas atividades eleitorais, entre outros. Por fim, a pesquisa é explicitamente comprometida com sua contraparte social, pois seu objeto é um requisito indispensável para a saúde da democracia: as eleições. Objetivos: Geral: Avaliar as recentes inovações por que o sistema eleitoral passou nos âmbitos jurídico, administrativo e logístico, em termos de benefícios efetivos ao processo democrático.
3 specíficos: Mapear as principais mudanças implementadas no sistema eleitoral brasileiro nas últimas quatro décadas. Levantar justificativas e críticas às recentes inovações (implementadas ou previstas legalmente) do nosso processo eleitoral, a partir da perspectiva de: o eleitores; o gestores do TS; o cientistas políticos; o candidatos a cargos políticos; o especialistas em informática; o especialistas em logística. Analisar pontos falhos remanescentes no processo apesar das inovações. laborar um dossiê, com uma agenda de desafios a serem superados, pontos críticos e propostas de solução. Metodologia Natureza da pesquisa A pesquisa aqui projetada se caracteriza como uma pesquisa do tipo exploratória, que tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o objeto de estudo e é utilizada quando o pesquisador não encontrou na literatura um grande acúmulo de conhecimentos gerados sobre o objeto de estudo eleito. População de estudo A população de estudo desta pesquisa envolverá 60 participantes selecionados na comunidade onde reside a pesquisadora (Brasília-DF). sta população será composta de 10 eleitores; 10 gestores do TS; 10 cientistas políticos; 10 candidatos a cargos políticos; 10 especialistas em informática; e 10 especialistas em logística. Abordagem do problema e coleta dos dados A abordagem do problema será predominantemente qualitativa.
4 Quanto aos procedimentos usados, em um primeiro momento será feita uma pesquisa bibliográfica, para aprofundamento da revisão de literatura, e uma pesquisa documental, para aprofundamento sobre a legislação, a fim de mapear as inovações ocorridas no sistema eleitoral nas últimas quatro décadas. m um segundo momento, por meio de um questionário, procederemos entrevistas com os sujeitos acima caracterizados, a fim de auferir críticas e aprovações em relação ao atual sistema eleitoral brasileiro, especialmente em relação ao voto eletrônico, à identificação digital e ao voto impresso. Considerações éticas A identidade dos participantes será preservada, evitando assim qualquer exposição que possa infligir seus direitos da personalidade. m tempo, o projeto (e o eventual questionário) será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul (CP-Unisul). Resultados esperados Além do relatório obrigatório, este projeto de pesquisa resultará na produção de, ao menos, um banner, a ser apresentado em eventos de divulgação científica, e um artigo científico, a ser publicado em revistas especializadas. ste projeto também pretende gerar, conforme indicado nos objetivos específicos, um dossiê, com uma agenda de desafios a serem superados, pontos críticos e propostas de solução. Por fim, a pesquisa prevê em respeito aos compromissos de extensão universitária um retorno à comunidade que terá provido os dados de análise conselhos comunitários onde residem os eleitores entrevistados, tribunais do TS onde trabalham os técnicos entrevistados, instituições educacionais e/ou órgãos de pesquisa onde trabalham os pesquisadores entrevistados etc. sse retorno ocorrerá na forma visitas e comunicações informativas.
5 Cronograma Legenda: = estudante; O = orientador Ação Aprofundamento da revisão bibliográfica Definição dos sujeitos e aplicação dos questionários Análise qualitativa dos resultados obtidos com as entrevistas Redação da primeira versão do relatório final com os resultados da pesquisa Redação do dossiê com a agenda de desafios a serem superados Versão final do relatório, elaboração do banner e do artigo Divulgação dos resultados em eventos científicos e nas comunidades que participaram da pesquisa Mês /O /O /O /O /O /O /O /O Infraestrutura Infraestrutura já existente na UNISUL Dada a natureza e as necessidades imediatas da pesquisa projetada aqui, é necessário: computadores com editores de planilhas e análise estatística, editores de texto e acesso à internet (tanto o orientador quanto o estudante dispõem desses recursos nas instalações da Unisul).
6 Infraestrutura não existente na UNISUL Não se aplica. Referências bibliográficas BRASIL. Lei no , de 10 de janeiro de Disponível em: < Acesso em: 7 out CASTILHO, Carlos. Imprensa ignora polêmica sobre confiabilidade do voto eletrônico. Observatório da Imprensa, 6, out Disponível em: <observatoriodaimprensa.com.br/codigo-aberto/imprensa-ignora-polemicasobre-confiabilidade-do-voto-eletronico/>. FRRIRA, Manoel Rodrigues. A evolução do sistema eleitoral brasileiro. Brasília: Senado Federal, Conselho ditorial, Disponível em: < e=8>. MACIL, Ana Rosa Reis. Brasil: do voto de cabresto ao voto eletrônico. Portal Boletim Jurídico, 06 jan Disponível em: < Acesso em: 7 out NISSR, Fernando. O voto impresso e a falsa sensação de segurança. Os eleitoralistas, 21 jun Disponível em: < OLIVIRA, Patrícia. Voto impresso começa a valer em 2018, mas já é alvo de críticas. Portal do Senado, 23 fev Disponível em: < SANTIAGO, Daniela Andrade. A evolução da urna eletrônica. Revista letrônica da J, ano II, n. 6, out./nov <
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