Of. Circ. nº 277/2012 Porto Alegre, 03 de julho de Prezado(a) Colega:

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1 Of. Circ. nº 277/2012 Porto Alegre, 03 de julho de Prezado(a) Colega: A Associação dos Servidores do Ministério Público APROJUS, tendo em vista as demandas apresentadas pelos associados que questionam a convocação, por parte da Administração Superior do Ministério Público estadual, para que os servidores da instituição atuem em matéria de competência eleitoral, vem informar sobre as providências adotadas em defesa dos interesses dos servidores, bem como sobre os resultados obtidos: 1) Em relação à convocação para desempenho de atribuições eleitorais neste ano, consubstanciada no Provimento 30/2012, sobre a questão, igualmente, após vários requerimentos, junto à Administração Superior do Ministério Público e também junto ao Tribunal Superior Eleitoral, até o momento nenhuma solução foi apontada, nem no sentido de reconhecer ilegal a medida, nem no sentido de alcançar uma gratificação eleitoral aos servidores que desempenham funções para o Ministério Público Eleitoral. 2) Desta forma, a APROJUS protocolou, no mês de junho de 2012, requerimento junto ao Conselho Nacional do Ministério Público processo nº / , com pedido de liminar para que se suspendessem os efeitos do referido provimento, que restou indeferido em razão de que sobre a matéria encontra-se, segundo informações prestadas pelo Procurador-Geral de Justiça do Rio Grande do Sul, tramitando feito na Justiça Estadual, sob o nº 001/ ª Vara da Fazenda Pública, o que

2 fatalmente inviabiliza apreciação desta questão pelo Conselho Nacional do Ministério Público. 3) O QUE SIGINIFICA ISSO? Em virtude de decisão do Supremo Tribunal Federal, que consolidou entendimento de que o Órgão de Controle deve de abster de apreciar questões que estejam sob o crivo judicial, a fim de evitar contradições entre decisões administrativas e judiciais, A MATÉRIA ENVOLVENDO DECISÃO SOBRE ATRIBUIÇÕES ELEITORAIS DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL NÃO PODERÁ SER DECIDIDA NO ÂMBITO DO CONSELHO NACIONAL. 4) QUE MEDIDAS A APROJUS JÁ INTENTOU CONTRA A IMPOSIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DE NATUREZA ELEITORAL AOS SERVIDORES? Apresentamos um breve histórico da atuação da APROJUS na tentativa de demonstrar a arbitrariedade que entendemos caracterizada na imposição, aos servidores do Ministério Público estadual, das atribuições de natureza eleitoral: 1 REQUERIMENTO PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA PR / DATA: Dezembro/ OBJETO: Requerimento para criação de gratificação por desempenho de atribuições em matéria eleitoral para servidores. 1.3 RESULTADO: Determinada consulta acerca do tema ao Procurador Regional Eleitoral para que se manifeste sobre o pedido dos servidores. Expedido Of. Gab. 047/2008 da PGJ à Procuradoria-Regional da

3 República (a Procuradoria-Regional Eleitoral é exercida pela Procuradoria Regional da República) que encaminhou o pleito ao Procurador-Geral Eleitoral, em razão da ausência de disponibilidade financeira própria. 2. PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA N : 2.1 DATA: 1º/07/ OBJETO: pleiteia estudo destinado à instituição de gratificação pelo exercício de atividades decorrentes das atribuições eleitorais. 2.3 RESULTADO: 3. REQUERIMENTO PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA PR /2008-7: 3.1 DATA: 1º/07/ OBJETO: Requerimento solicitando manifestação formal do Ministério Público do Rio Grande do Sul ao pleito dos servidores junto à Procuradoria Regional Eleitoral. 3.3 RESULTADO: Determinada remessa de cópias do Of. Gab. 047/2008 informando que não há resposta da Procuradoria-Geral da República. 4. REQUERIMENTO AO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO 4.1 DATA: 1º/07/ OBJETO: Requerimento solicitando manifestação formal do Conselho Nacional do Ministério Público em apoio ao pleito dos servidores junto à Procuradoria Regional Eleitoral.

4 4.3 RESULTADO: Expedido ofício n.º 52/2008 do Gabinete do Doutor Cláudio Barros Silva encaminhando cópias do pleito dos servidores ao Procurador-Geral da República, então Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público. 5. REQUERIMENTO AO CONSELHO NACIONAL DE PROCURADORES-GERAIS 5.1 DATA: Julho/Agosto OBJETO: Requerimento ao Órgão para reconhecimento do direito à gratificação eleitoral pelos servidores. 5.3 RESULTADO: o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais enviou ao Tribunal Superior Eleitoral extrato da decisão que defende o reconhecimento de gratificação eleitoral aos servidores. Além de reconhecer formalmente a reivindicação, o CNPG sugeriu ao TSE a iniciativa de proposta legislativa sobre o tema. 6. PRONUNCIAMENTO EM REUNIÃO DO CONSELHO NACIONAL DE PROCURADORES-GERAIS 6.1 DATA; 04 de agosto de OBJETO: Explanar aos Procuradores-Gerais sobre a importância da criação de gratificação eleitoral aos servidores dos Ministérios Públicos 6.3 RESULTADO: Manifestação formal do Presidente do CNPG reafirmando posicionamento daquele órgão em apoio à solicitação dos servidores. 7. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA PR / DATA: 22/07/2010

5 7.2 OBJETO: Requerimento para alterações no Provimento 04/2010, dentre elas que seja permitido aos servidores optar entre despensa e pagamento em pecúnia pelo desempenho de atividades eleitorais. 7.3 RESULTADO: Indeferimento 8. REQUERIMENTO AO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL PROTOCOLO / DATA: 27/07/ OBJETO: fixação de pro labore aos servidores do Ministério Público estadual formalmente designados para auxílio nas atribuições eleitorais; verba indenizatória aos servidores do Ministério Público estadual formalmente designados para executarem diligências externas em auxílio ao Promotor Eleitoral; encaminhamento de emenda ao PL 6.613/2009 ou projeto de lei específico criando as verbas requeridas. 8.3 RESULTADO: Parecer 625/2010 ASJUR do TSE : Para pagamento de gratificação aos servidores daquela entidade, necessário o correspondente permissivo legal. Como bem destacado pela SGP, não é competência do TSE o encaminhamento de projeto de lei nesse sentido, muito menos a inserção de emenda ao PL 6.613/2009, já em tramitação no Congresso Nacional tendo em vista que não se extrai da lei a possibilidade de pagamento de gratificação aos servidores do Ministério Público, mesmo que mediante pro labore e a título precário, assim como não se pode conceber indenização por diligências e/ou cumprimento de mandatos, e, ainda, porque inexistente a configuração como acréscimo de trabalho o desempenho de atividades inerentes ao exercício de cargo efetivo. Diante do exposto, ressaltada a incompetência desta Corte para encaminhamento do requerido projeto de lei, esta Assessoria opina pelo indeferimento dos pedidos formulados pela entidade em epígrafe.

6 Pelo exposto, a APROJUS apresenta sucinto relatório de sua atuação no que diz respeito à imposição de atribuições de natureza eleitoral aos servidores do Ministério Público estadual. Manteremos nossa atuação e tomaremos todas as medidas que estiverem ao nosso alcance para impedir essa situação que, na verdade, representa a tentativa de atribuir aos servidores atividades que não são de sua competência. Nesse intuito buscaremos não só atuar, mas dar apoio às medidas intentadas por qualquer outra entidade que tenham por objetivo legítimo impedir o que entendemos por injusto e incompatível com nossas atribuições definidas em lei. Desde já, orientamos aos colegas que guardem cópias de todas as determinações, despachos, mandados e quaisquer outras peças que possam demonstrar o desempenho de atribuições em matéria eleitoral. Isso será de grande valia quando, por qualquer medida, houver o reconhecimento de que as atribuições desempenhadas em matéria eleitoral devem ser indenizadas. Atenciosamente, Cristiano Linhares de M. Borba, Presidente da APROJUS. Lembre-se!!! prêmio literário aprojus Inscrições até 30/08 Maiores informações em