PIBID - UM DESAFIO NO ENSINO DE MATEMÁTICA
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- Natan Santiago Cipriano
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1 PIBID - UM DESAFIO NO ENSINO DE MATEMÁTICA Andressa Miranda Esteves Martinez, bolsista Bruno Moreira Teixeira Luiz, bolsista João Volmar Machado da Silva, bolsista Lidiane Schimitz Lopes, bolsista Maria Cláudia Barcelos Avila, bolsista EIXO TEMÁTICO: Relatos de experiências em oficinas e salas de aula. Palavras Chave: experiências, atividades, matemática. I. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo compartilhar experiências vivenciadas por bolsistas durante o desenvolvimento do projeto PIBID na UNIPAMPA/Bagé, na subárea de matemática, em sala de aula com turmas de ensino médio de duas escolas estaduais do município de Bagé / RS, a Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Maria Ferraz e a Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Filho. Em primeiro momento foi feito um reconhecimento do ambiente escolar. Foram elaborados questionários como avaliação socioeconômica e cultural, avaliação diagnóstica de conteúdo e também avaliação estrutural. Feito isso, foram organizadas diferentes atividades distribuídas em modalidades como oficinas, jogos, lista de exercícios com monitoria, aulas de reforço, utilização de softwares, observações em sala de aula com monitoria e aulas de xadrez. II. JUSTIFICATIVA Para muitos alunos a Matemática é uma matéria sem atrativos. Utilizar estes métodos diferenciados a favor do ensino da Matemática torna a matéria mais interessante e perto da realidade vivenciada no dia a dia. O fato de a maioria dos alunos terem dificuldades com conteúdos de ensino fundamental e serem conservadores e acomodados nos levou a construir aulas de reforço diversificadas conciliando métodos inovadores com o método tradicional. III. OBJETIVOS
2 Este projeto visa elaborar atividades e recursos didáticos a partir dos diversos métodos inovadores de ensino como: novas tecnologias, resolução de problemas, jogos, história da matemática e atividades de investigação, proporcionando aos alunos uma aproximação da teoria com a prática assim motivando-os a aprender de uma forma diferente e de fácil entendimento, muitas vezes ajudando os alunos a resgatar lacunas de aprendizagem do conteúdo de matemática em anos anteriores. IV. METODOLOGIA Em um primeiro momento foi feito um reconhecimento do ambiente escolar. Foram elaborados questionários com o propósito de conhecer a realidade socioeconômica e cultural do corpo discente, avaliação diagnóstica de conteúdo e também avaliação estrutural. Com a avaliação estrutural notamos a primeira realidade do ensino na nossa cidade. Diferenças e desigualdades entre as escolas sem dúvida foram às primeiras dificuldades encontradas por nós bolsistas, uma das escolas tinha melhor acesso e estrutura, o que deveríamos levar em consideração na hora de elaborar atividades, por exemplo, atividades no pátio e atividades em laboratórios (Anexo I). A avaliação socioeconômico e cultural nos mostrou a composição do corpo discente das escolas. Os alunos do ensino médio são na maioria mulheres. A idade destes varia de 14 a 20 anos, alunos com mais de 20 anos idades aparecem nesta avaliação pelo fato das escolas oferecerem curso noturno e também a EJA, como é o caso da escola José Gomes Filho. Essa avaliação serviu também, para nos mostrar outras dificuldades que enfrentaríamos, porém agora comum as duas escolas. O índice de reprovação na 1ª série do ensino médio é de aproximadamente 37%, ou seja, 134 dos 356 entrevistados reprovaram nesta série (Anexo II). Estimadamente, 60% dos trezentos e cinqüenta e seis cursaram o ensino fundamental em escolas municipais e mais de 53% já reprovaram em Matemática. Na avaliação diagnóstica de conteúdos uma das maiores dificuldades encontrada foi a deficiência de conhecimento de conteúdos básicos do ensino fundamental e também de conteúdos abordados em séries anteriores. (Anexo III) Os conteúdos que mais apresentaram dificuldades foram: divisão, porcentagem, sistema linear, produto notável, geometria plana, equação do segundo grau, interpretação, potenciação e radiciação, lógica, estatística, conjunto, funções, matrizes, análise combinatória, trigonometria, PA e PG. De fato, estes diagnósticos nos ajudaram a planejar as aulas e atividades diferenciadas para suprir as necessidades apresentadas pelos alunos nessas escolas. As atividades, distribuídas em diferentes modalidades e séries, foram oficinas, com a construção de materiais concretos e experiências (Anexo IV), lista de exercícios com monitoria, estas contendo exercícios de fixação, questões do ENEM e questões de vestibulares (Anexo V), observações em sala de aula com monitoria, aulas de reforço, onde a partir de exercícios trabalhados previamente em sala de aula foi feito uma revitalização de conhecimentos com intenção de esclarecer algumas dúvidas sobre o conteúdo (Anexo VI), utilização do laboratório de informática e softwares (Anexo VII), jogos que foram criados pelos bolsistas e alguns confeccionados pelos
3 alunos cujos objetivos eram trabalhar esses conceitos básicos e conteúdos dados em aula ao mesmo tempo (Anexo VIII) e também o clube de xadrez. Foram feitas observações em sala de aula e à medida que fosse necessário e solicitado auxiliávamos os alunos e também as professoras. Algumas atividades tiveram que ser aplicadas em horário de aula devido a pouca procura no inicio do projeto. As outras foram oferecidas no turno oposto ao das aulas, neste caso a tarde, em dias da semana e horários que melhor atendesse os alunos, podendo estes solicitar horários diferenciados de acordo com sua disponibilidade, pois muitos trabalham. Dependendo da época do ano e da situação de cada turma e aluno a procura por nós (bolsistas) varia muito, pois às vezes as salas lotavam em especial véspera de avaliações, outras vezes ninguém comparecia, o que podemos constatar com o depoimento de uns alunos (Anexo IX). Nas escolas em que somos bolsistas todos nós temos uma boa relação com os professores e equipe diretiva, pois sempre estamos em convívio com eles ou quando precisamos de alguma coisa as professoras supervisoras procuram conversar com eles já que elas os conhecem mais. V. DIFICULDADES E RESULTADOS Um dos obstáculos encontrados foi à dificuldade apresentada pelos alunos em conceitos básicos de Matemática como: regra de sinais, potenciação, raiz quadrada, operação com números decimais, entre outros. O outro empecilho é o desinteresse da maioria dos alunos e que nos faz acreditar que eles preferem o tradicional por mais que nós nos esforcemos para fazer algo diferente, para eles não interessa nada além do necessário para passar de ano. Neste período obtivemos alguns resultados positivos. Houve uma melhora no entrosamento entre alunos e bolsistas, entre alunos e professores, os próprios alunos se entrosaram mais, devido às atividades em grupo. O reconhecimento por parte deles das oportunidades que estão lhe sendo oferecidas sendo comprovadas em suas notas. Umas das atividades que teve maior aceitação dos alunos em uma das escolas foi à aula no Laboratório de Informática, o contato deles com o software Winplot foi bem interessante, onde a participação e a interação ocorreu todo o tempo. Conversando com eles sobre o que eles acharam da aula, obtivemos respostas como: Achamos a aula muito interessante, bem construtiva e diferente das aulas convencionais, dá mais vontade de aprender ; falaram que adoraram e que tinha que ser repetida mais vezes. Também já colhemos alguns frutos com o clube de xadrez que criamos, pois duas alunas que frequentam o clube já obtiveram premiação em um torneio que disputaram. VI. CONCLUSÃO
4 De acordo com a recepção que tivemos inicialmente e com o desenvolvimento das atividades, percebemos a dificuldade em melhorar o ensino nas escolas citadas anteriormente, devido à maioria das vezes, ao desinteresse dos alunos. Nossa expectativa para este ano é que haja maior procura dos alunos, pois iniciaremos os trabalhos diretamente com os alunos já no começo do ano letivo diferente do ano anterior que tivemos que fazer o diagnóstico primeiro, o que tomou certo tempo e também, os alunos e toda equipe da escola já estarão mais acostumados conosco. VII. ANEXOS Anexo I E.E.E.M. José Gomes Filho Anexo I.a E.E.E.M. Luíz Maria Ferraz (1) (2) Anexo II Gráficos representando as séries de reprovações (1) E.E.E.M. Luíz Maria Ferraz, 196 entrevistados, (2) E.E.E.M. José Gomes Filho, 160 entrevistados. SÉRIE CIEP JOSÉ GOMES FILHO 1ª SÉRIE 2,90 3,10 2ª SÉRIE 3,40 2,50 3ª SÉRIE 3,20 2,90
5 MÉDIA GERAL 3,20 2,90 Anexo III Tabela com a média da avaliação diagnóstica de conteúdos Anexo IV Experiência com bolas de gude Funções (1ª série) Anexo IV.a Construção de teodolito Trigonometria (2ª série) Anexo IV.b - Construção de sólidos Anexo V Listas de exercícios. Confecção de Geometria (3ª série) materiais para melhor compreensão e resolução de exercícios Anexo VI Aulas de reforço Anexo VI.a Aulas de reforço
6 Anexo VII Atividade no laboratório de informática Anexo VIII Jogo trilha das funções Anexo IX Depoimento de aluna Anexo IX.a Depoimento de aluna
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