A inserção do Brasil nas cadeias globais. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 1
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1 A inserção do Brasil nas cadeias globais 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 1
2 Aumento de complexidade dos produtos Os novos produtos disponibilizados pela tecnologia aos consumidores são cada vez mais complexos, envolvendo dezenas de componentes, milhares de peças, algumas microscópicas. A tecnologia da informação permite que cada peça seja especificada e produzida rigorosamente, integrando-se com precisão às demais, formando conjuntos que vão formar o produto final. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 2
3 A diversidade territorial Acompanhando a diversidade de composição, a indústria de transformação promoveu a diversificação territorial, com a distribuição da produção das partes por diversos lugares do mundo. O fluxo de produção passou a ser global. A nova organização mundial do trabalho passou a abranger efetivamente o mundo todo. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 3
4 iphone 5 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 4
5 A incorporação dos subdesenvolvidos Uma das principais mudanças dessa nova organização foi a incorporação dos países subdesenvolvidos no fluxo de produção. O objetivo era aproveitar a mão-de-obra mais barata e as condições abertas para a instalação de fábricas para produção em grande escala greenfield, ou seja, começando do zero. A grande indústria migrou para os países subdesenvolvidos que se tornaram emergentes. Com isso a país industrializado deixou de ser sinônimo de país desenvolvido. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 5
6 Boeing /02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 6
7 Organização e gerenciamento A empresa organizadora da cadeia tem como foco inicial e principal a marca do produto. O seu principal ativo é a marca; Desenha o produto que pretende vender, com a sua marca; Estabelece os locais de fabricação; e Busca a cadeia de fornecimento. Pode organizar a cadeia de fornecimento com fornecedores externos certificados ou por unidades próprias 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 7
8 Estratégias de instalação A multinacional ao buscar um mercado local ou nacional, estabelece uma unidade produtiva (uma fábrica), em geral, com duas partes: Uma para a produção do produto final a ser oferecido aos consumidores, utilizando insumos internos, complementados por importações; Outra para envasamento ou partilhamento de produtos acabados, importados de outras unidades do próprio grupo em outros locais no mundo. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 8
9 A inserção pela importação O elevado volume de importações realizadas pelas próprias multinacionais, instaladas no pais caracteriza o elevado grau de inserção do Brasil nas cadeias produtivas global. As cadeias produtivas global são organizadas pelas multinacionais e elas estão todas presentes no país. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 9
10 A presença da cadeia produtiva no Brasil A presença das cadeias produtivas global no Brasil é dada pela instalação de unidades produtivas das multinacionais no país. Praticamente não há nenhuma grande multinacional que não esteja instalada no Brasil, com uma fábrica. É falsa a impressão de que o Brasil não está inserido nas cadeias produtivas global. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 10
11 Etapas e territorialidade A venda e pós venda dos produtos no mercado nacional era feita, integralmente por unidades físicas localizadas no pais: O vendedores eram trabalhadores instalados no Brasil Com a internet, passa a haver a possibilidade de compra no Brasil, de produtos no exterior: Amazon, Alibaba e outros. A logística abrange operações nacionais e internacionais: Há sempre uma perna nacional, mesmo quando comprado no exterior pela internet. A transformação industrial pode ser feita em qualquer local do mundo que ofereça condições satisfatórias. Os insumos cultivados ou extraídos podem estar em diversos países. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 11
12 A inserção interrompida O Brasil está amplamente inserido nas cadeias globalizadas, com um grande conjunto de multinacionais instaladas no país: Que trazem insumos, partes ou produtos de suas outras unidades no mundo para serem completadas e comercializadas no mercado brasileiro. Dado o tamanho do mercado brasileiro todas as multinacionais tem interesse em estar presente nesse mercado. Os produto são destinados predominantemente para o mercado interno, com exportações para o Mercosul e outros paises da América do Sul. Não são exportados para o resto do mundo, o que limita a escala de produção. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 12
13 Baixa participação na cadeia de suprimento O Brasil está fortementer inserido nas cadeias produtivas global, mas está fracamente inserido nas cadeias de suprimento global. Está na ponta final das cadeias produtivas e não é supridor para outras unidades no mundo. Não estaria porque o produto fabricado no Brasil perderia em competitividade com o mesmo produto fabricado pela mesma multinacional. A competição não é entre empresas, produtos ou marcas, mas entre unidades mundiais da mesma empresa multinacional. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 13
14 As restrições genéricas A principal restrição é de natureza ideológica. Segmentos importantes da sociedade aceitam a presença das multinacionais no Brasil para abastecer o mercado brasileiro. São contra o estabelecimento delas como plataformas de exportação. Essa posição é esposada pelo Governo Brasileiro, que incentiva a presença e o conteúdo nacional, para reduzir as importações, mas não cria condições favoráveis para as exportações dessas mesmas multinacionais. Outra importante restrição é o custo Brasil. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 14
15 OS DADOS 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 15
16 A corrente de comércio Uma forma de avaliar a inserção do Brasil nas cadeias globais é pelo volume da corrente de comércio: A avaliação é dificultada pelas categorias adotadas para caracterizar os setores, com a adoção de especificações técnicas, pouco compreensiveis para os leigos. Tomando os dados de 2014 encontramos três situações setoriais: os altamente exportadores e pouco importadores; Os altamente importadores e pouco exportadores; Os com significativos volumes de exportação e importação. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 16
17 Os principais setores pela corrente de comercio 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 17
18 Os setores predominantemente exportadores Os setores predominantemente exportadores são de commodities agrícolas ou minerais, ou de semimanufaturados. Participam das cadeias globais de fornecimento como supridores independentes, em geral, através de tradings companies, não se inserindo em cadeias produtivas estruturadas, como tal. Duas seriam as exceções, caracterizando cadeias globais comandadas por empresas brasileiras: A exportação de carnes, com processamento no exterior por subsidiárias ou contratadas pelo exportador, que controla as marcas: JBF e BRF (Sadia e Perdigão) seriam os principais casos; A exportação de insumos siderúrgicos, para o acabamento do produto no exterior, sendo a Gerdau o principal caso. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 18
19 Principais setores por saldo cambial 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 19
20 Os setores importadores 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 20
21 Máquinas e equipamentos O principal setor industrial, com o maior valor da corrente de comércio, ou seja, exportações mais importações, são de máquinas e equipamentos, desborados em dois segmentos (capitulos na nomenclatura oficial) difíceis de caracterizar com base nos dados globais: As máquinas e equipamentos importados prontos pelas indústrias usuárias, não caracterizando a compradora como integrante de uma cadeia produtiva estruturada; Os comercializados para serem integrados na montagem de um produto final, dentro ou fora do país. Com uma corrente comercial da ordem de US$ 76 bilhões, produziram um déficit cambial de US$ 42 bilhões. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 21
22 A cadeia automobilística A cadeia automobilística aparece como um dos principais setores, segundo o valor da corrente de comércio, com predominância das importações, gerando em 2014 um déficit cambial da ordem de US$ 10 bilhões. Os pneus e outros artefatos de borracha estão em outra seção, mas apresentaram, também, em 2014 um déficit da ordem de US$ 2 bilhões. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 22
23 A cadeia produtiva A indústria automobilística no Brasil é um caso exemplar de inserção do país nas cadeias produtivas, com a quase totalidade das tradicionais montadoras mundiais presentes com fábricas no Brasil. Faltavam algumas montadoras de carro de luxo, mas até essas estão se instalando no Brasil; As montadoras asiáticas, com presença mais recente, também estão se instalando no país, para conquistar posições dentro desse mercado. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 23
24 Etapa terminal As fábricas no Brasil, das montadoras, estão voltadas, predominante ou totalmente para o mercado nacional e paises vizinhos, não se inserindo nas cadeias globais de suprimento. Ou seja, as fábricas não foram instaladas para suprimento mundial. A exceção ficaria por conta da nova fábrica da Fiat em Goiana, em Pernambuco, que está dimensionada para suprimento mundial, mas ainda não está em funcionamento pleno. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 24
25 Comprovação em 2014 Os dados sobre o destino das exportações dos produtos da cadeia automobilística, em 2014, comprovam a condição do Brasil, como a etapa terminal da cadeia produtiva. Além do suprimento interno, as poucas exportações são dirigidas, preponderantemene para os paises vizinhos: O Mercosul absorve 61% das que somadas às principais exportações aos paises da ALADI, somam 77% do total; O México recebe 7% das exportações, e os EUA, 4%. Entre os paises desenvolvidos apenas a Alemanha, tem participação acima de 1%. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 25
26 Destino das exportações 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 26
27 As importações Mesmo com a produção local o mercado nacional é fortemente suprido por veículos prontos, parte dos quais são oriundos do Mercosul e do México, em função dos acordos comerciais. Porém há um grande peso da importação de autopeças que completam a produção nacional. 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 27
28 Composição das importações 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 28
29 Distribuição das importações 21/02/2015 A inserção do Brasil nas cadeias globais2 29
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