Sugestões de avaliação. Português 8 o ano Unidade 7

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1 Sugestões de avaliação Português 8 o ano Unidade 7

2 Nome: Unidade 7 Data: Poema 1 A rua das rimas A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino é uma rua de poeta, reta, quieta, discreta, direita, estreita, bem-feita, perfeita, com pregões matinais de jornais, aventais nos portais, animais e varais nos quintais; e acácias paralelas, todas elas belas, singelas, amarelas, douradas, descabeladas, debruçadas como namoradas para as calçadas; e um passo, de espaço a espaço, no mormaço de aço baço e lasso; e algum piano provinciano, quotidiano, desumano, mas brando e brando, soltando, de vez em quando, na luz rara de opala de uma sala uma escala clara que embala; e, no ar de uma tarde que arde, o alarme das crianças do arrabalde; e de noite, no ócio capadócio, junto aos lampiões espiões, os bordões dos violões; e a serenata ao luar de prata (Mulata ingrata que mata ); e depois o silêncio, o denso, o intenso, o imenso silêncio A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino é uma rua qualquer onde desfolha um malmequer uma mulher que bem me quer; é uma rua, como todas as ruas, com suas duas calçadas nuas, correndo paralelamente, como a sorte diferente de toda gente, para a frente, para o infinito; mas uma rua que tem escrito um nome bonito, bendito, que sempre repito e que rima com mocidade, liberdade, tranquilidade: RUA DA FELICIDADE ALMEIDA, Guilherme de. Os melhores poemas de Guilherme de Almeida. 3. ed. São Paulo: Global, p. 60. O poeta Guilherme de Almeida nasceu em Campinas, São Paulo, em 24 de julho de 1890, e faleceu na cidade de São Paulo, em 11 de julho de Glossário Arrabalde: vizinhança. Baço: sem brilho. Capadócio: trapaceiro. Lasso: cansado. Ócio: preguiça. Opala: pedra que, ao refl etir a luz, apresenta cores vivas e variadas. Pregões: anúncios em voz alta. Provinciano: que não é da capital. 1

3 Poema 2 A rua dos cataventos II Dorme, ruazinha... É tudo escuro... E os meus passos, quem é que pode ouvi-los? Dorme o teu sono sossegado e puro, Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos... Dorme... Não há ladrões, eu te asseguro... Nem guardas para acaso persegui-los... Na noite alta, como sobre um muro, As estrelinhas cantam como grilos... O vento está dormindo na calçada, O vento enovelou-se como um cão... Dorme ruazinha... Não há nada... Só os meus passos... Mas tão leves são Que até parecem, pela madrugada, Os da minha futura assombração... QUINTANA, Mario. Para gostar de ler. v ed. São Paulo: Ática, p O poeta Mario Quintana nasceu em 30 de julho de 1906, em Alegrete, Rio Grande do Sul, e faleceu em Porto Alegre, em 5 de maio de Com base nos poemas apresentados, responda às questões a seguir. a) Com quem o eu lírico está falando em cada um dos poemas? b) O que os dois poemas têm em comum? 2

4 c) Os poemas são iguais na forma? Explique. 2. O poema 2 tem forma fixa e é classificado como soneto. Com base nessa informação, complete as lacunas a seguir: O soneto sempre será escrito com estrofes e versos. As duas primeiras estrofes chamam-se quartetos, porque são formadas por nome de tercetos e são compostas de versos. As seguintes recebem o versos. 3. Explique como é a rima usada pelos autores em seus poemas. 4. Em qual dos poemas é possível notar maior expressividade e musicalidade? Justifique. 3

5 5. No poema 1, Guilherme de Almeida utiliza o verso livre. O que poderia justificar a divisão em duas estrofes? 6. Em A rua das rimas, o autor remete o leitor a quais períodos do dia? 7. No poema 2, Mario Quintana descreve uma paisagem. Imagine essa paisagem e desenhe-a, utilizando as cores mais adequadas. 4

6 8. Explique por que Guilherme de Almeida dá ao seu poema o título de Rua das rimas, embora termine dizendo que o nome que deseja para a sua rua é rua da felicidade. 9. Leia os versos a seguir, que Mario Quintana usa para terminar seu soneto. Na sua opinião, qual o significado desses versos? Justifique. Que até parecem, pela madrugada, Os da minha futura assombração Nas orações a seguir, sublinhe os pronomes relativos e circule a palavra a qual se referem. a) A ponte, sob cujas estruturas se abrigavam os mendigos, foi derrubada pela força da chuva que caiu durante a semana. b) As ideias com as quais ela nos convenceu parecem inovadoras. c) O jardineiro que cuidou das flores do vizinho comprou o carro dele. d) Trouxeram tudo quanto haviam prometido. 11. Preencha as lacunas com um pronome relativo, precedido ou não de preposição. a) Não lemos o livro resumo foi pedido pelo professor. b) Esses são os livros dispomos. c) Meus tios são pessoas confio. 5

7 d) Na minha classe tem vários colegas idades eu desconheço. e) Ontem, encontrei na internet a igreja devo ir no domingo. f) Vai ser difícil sair da encrenca você se meteu. 12. Leia atentamente as orações a seguir e observe as palavras em destaque. Circule aquelas que são pronomes relativos. Percebi que Madalena era uma boa menina. O caderno que comprei tem muitas folhas coloridas. Sempre vou me lembrar do que você me disse. Nunca poderia imaginar que o André era seu primo. Escutei o canto do sabiá que habitava a árvore da frente de casa. 13. Transcreva as orações subordinadas adjetivas e classifique-as em explicativas ou restritivas. a) Ofereceu-me o refresco que ela mesma, que o preparava tão bem, fizera com o limão do seu pomar. b) Ele tem muito amor às árvores, que cultiva com carinho. c) Paulo, que sempre entendeu de informática, encontrou logo o problema. d) Era muito educado o rapaz com quem fui jantar. 6

8 14. Leia estes períodos e sublinhe as orações reduzidas. Em seguida, desenvolva-as e classifique-as. a) Essas são as peças tão valorizadas pelo vendedor. b) Vi um menino pedindo moedas no farol. c) Percebemos nitidamente as estrelas a saírem das cortinas do palco. 15. Passe as seguintes frases para o plural. a) Ele vem sempre aqui e tem muita história para contar. b) A menina crê que o pai tem miopia. c) O cachorro vê o dono e vem correndo na direção dele. d) Tomara que ele dê a caneta ao professor. 7