A URBANIZAÇÃO DE SANTARÉM E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DO LAGO MAPIRI: um estudo de caso
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- Ana Lívia Bergler Ribas
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL-IPPUR A URBANIZAÇÃO DE SANTARÉM E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DO LAGO MAPIRI: um estudo de caso DISSERTAÇÃO DE MESTRADO JOSÉ ROBERTO BRANCO RAMOS ORIENTADORA: Profa. Dra. TAMARA TÂNIA COHEN EGLER RIO DE JANEIRO - RJ Fevereiro 2004
2 JOSÉ ROBERTO BRANCO RAMOS A URBANIZAÇÃO DE SANTARÉM E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DO LAGO MAPIRI: um estudo de caso Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, IPPUR, como parte dos requisitos à obtenção do grau de Mestre em Planejamento Regional Urbano. Orientadora: Profa. Doutora Tamara Egler RIO DE JANEIRO - RJ Fevereiro-2004
3 JOSÉ ROBERTO BRANCO RAMOS A URBANIZAÇÃO DE SANTARÉM E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DO LAGO MAPIRI: um estudo de caso Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Pesquisas Públicas Urbanas, IPPUR, objetivando a obtenção do grau de Mestre em Planejamento Regional Urbano. Aprovada em: de Fevereiro de 2004 COMISSÃO EXAMINADORA Profa. Dra. Tâmara Tânia Cohen Egler Prof. Dr. José Júlio Lima RIO DE JANEIRO - RJ Fevereiro-2004
4 À Vera Branco, querida esposa, incansável companheira. À Beto, Rodrigo e Felipe, meus filhos, pelo valioso incentivo. À Lurdes Branco, minha mãe, por acreditar que com saber tudo é possível.
5 AGRADECIMENTOS Aos professores do IPPUR, pelas horas dedicadas. A professora Tâmara Egler, minha incansável e dedicada orientadora. Ao professor José Julio Lima, coordenador do curso, sempre solícito e disponível no trato das questões do curso. Ao professor Rodrigo Peixoto, pelo esforço enquanto coordenador. Ao Joaquim de Lira Maia, por acreditar que o conhecimento gera progresso e desenvolvimento. Ao Alexandre Von, pela capacidade de Visão no futuro desta terra. Ao Raul, parceiro de fé. Ao Francisco Palheta, pelas brigas em favor da turma. Ao Euler pelo incentivo e apoio. A D. Renê, pelas suas orações e incontáveis horas de dedicação. Ao Sr. Tota, in memoram, por disponibilizar seu carrinho e incentivar. A Vera Branco, minha querida esposa, pela sua presença constante em minha vida, a qual facilitou muito esta minha trajetória. Aos meus amados filhos, que acreditaram e incentivaram esta conquista. A Vânia e Geraldo, pela presença de espírito e apoio incondicional. Ao Arnoldo, meu irmão, através de quem tudo começou. A Fátima, minha secretaria que tudo resolve. A todos que de uma forma ou de outra, com um gesto, uma palavra me incentivaram nesta conquista.
6 ...não se tratava de um aglomerado de vadios, mas de trabalhadores pobres Suzana P. Taschner Diário de São Paulo, 06/08/1950
7 RESUMO O presente trabalho de pesquisa teórica-empírica foi orientado no sentido de procurar conhecer como se deu o desenvolvimento urbano do município de Santarém a partir de um estudo da área do Lago Mapiri e seu entorno. Esta pesquisa caracteriza-se por um estudo de caso do conflito homem x natureza, na área de expansão urbana da cidade de Santarém, onde involuntariamente um santuário ecológico - o Lago do Mapiri - ficou inserido dentro da malha urbana da cidade e tem sofrido imensa pressão das invasões de suas margens. O estudo mostra como através da relação poder público x comunidade, quando trabalhado em harmonia, é tudo possível. Relata como a Prefeitura Municipal de Santarém, através da Coordenadoria de Desenvolvimento Urbano, CDU, tratou da questão da invasão nesta área e iniciou um trabalho de preservação/salvação do espaço. Através de investigação empírica procurou-se determinar o perfil sócio econômico e a procedência dos moradores do Bairro do Mapiri, especialmente porque o bairro e o Lago representa uma pequena amostra do que ocorre em boa parte da cidade, onde o mesmo conflito se repete. O estudo ainda investigou as áreas de invasão que formam a maioria dos bairros da cidade e como os planos e os ciclos de desenvolvimento e ciclos migratórios da Amazônia, influenciaram no desenvolvimento urbano nesse contexto. Palavras chave: urbanização, preservação ambiental.
8 ABSTRACT The current theoretical-empirical research was aimed to trying to get to know how the development of the city of Santarém happened based on the study of the Mapiri Lake area and it s surroundings. This research is characterized by a man x nature conflict case, on the growing area of the city of Santarém, where an ecological sanctuary the Mapiri Lake - was caught by the city growth and has suffered enormous pressure on its borders. The research shows how things become possible through the harmonic work between government and community. Reports how the Santarém City Hall, through it s Urban Development Office, CDU (Coordenadoria de Desenvolvimento Urbano), has handled the invasions in that area and had began a work to preserve/rescue the ecological sanctuary. Through empirical investigation, the study intended to trace a social economic profile and the origins of the dwellers of the Mapiri Neighborhood, specially regarding that the neighborhood is a small sample of what happens in other parts of the city, where the same kind of conflict is found. Also, the research investigated the invasion areas that form the majority of the neighborhoods in the city, and how the development plans and cycles, associated with the migratory cycles of the Amazon Rainforest area, influenciated the urban development in that background. Key-words: urbanization, environment preservation
9 SUMÁRIO RELAÇÃO DE FIGURAS RELAÇÃO DE TABELAS RELAÇÃO DE GRÁFICOS RELAÇÃO DE FOTOS ABREVIATURAS E SIGLAS CAPÍTULO 1 AS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO URBANO POLÍTICA URBANA ATUAL NO BRASIL AS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA 32 CAPÍTULO 2 POLÍTICAS URBANAS EM SANTARÉM ASPECTOS HISTÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO DE SANTARÉM POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO URBANO EM SANTARÉM O CICLO DA BORRACHA O CICLO DO OURO O CICLO M ILITAR O CICLO DA SOJA 62 CAPÍTULO 3 O DESENVOLVIMENTO URBANO DA CIDADE A CONSTRUÇÃO DO SOLO NO LAGO MAPIRI O LAGO DO MAPIRI BREVE HISTÓRICO O IGARAPÉ IRURÁ AS AGRESSÕES AO MEIO AMBIENTE O POVO DO LAGO 78
10 3.1.5 PERFIL SOCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE DO LAGO A QUESTÃO FUNDIÁRIA DO MUNICÍPIO A LEI DA ENFITEUSE LEI DO DIREITO DE SUPERFÍCIE A QUESTÃO FUNDIÁRIA LOCAL O PROCESSO DE INVASÃO A MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE DO LAGO AS AÇÕES DO ESTADO 107 CONCLUSÃO 108 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 113 APÊNDICES 117
11 RELAÇÃO DE FIGURAS FIGURA 1 - CORREDORES DE EXPORTAÇÃO DE GRÃOS 64 FIGURA 2 - MAPA DA EVOLUÇÃO URBANA FIGURA 3 - MAPA DE LOCALIZAÇÀO DE INVASÕES 102 FIGURA 4 - PROJETO DE INTERVENÇÃO NO LAGO DO MAPIRI 105
12 RELAÇÃO DE TABELAS TABELA 1- DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DO PROGRAMA DE EMERGÊNCIA DA SPEVEA POR SETORES DE ATIVIDADES (EM MILHARES DE CRUZEIROS) TABELA 2 - PRODUÇÃO DE CEREAIS NA REGIÃO DE SANTARÉM 76 TABELA 3 - HISTÓRICO POPULACIONAL DE SANTARÉM 71 TABELA 4 - ESCOLARIDADE 82 TABELA 5 PROCEDÊNCIA DAS FAMÍLIAS 83 TABELA 6 MOTIVO DA VINDA PARA SANTARÉM 84 TABELA 7 OCUPAÇÃO DO CHEFE DA FAMÍLIA 85 TABELA 8 ESTADO CIVIL 86 TABELA 9 RENDA FAMILIAR 87 TABELA 10 FAIXA ETÁRIA DOS MEMBROS DA FAMÍLIA 87 TABELA 11 FAIXA ETÁRIA DO CHEFE DE FAMILIA 88 TABELA 12 SITUAÇAO DE MORADIA 88 TABELA 13 TEMPO DE MORADIA 88 TABELA 14 CARACTERÍSTICAS DA ESTRUTURA DA MORADIA 90 TABELA 15 CARACTERÍSTICAS DA COBERTURA 91 TABELA 16 CARACTERÍSTICAS DO PISO 91 TABELA 17 NÚMERO DE DEPENDÊNCIAS 91
13 TABELA 18 - OUTRAS DEPENDÊNCIAS 92 TABELA 19 ELETRODOMÉSTICOS 92 TABELA 20 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 92 TABELA 21 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 93 TABELA 22 ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA 93 TABELA 23 COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS 93
14 RELAÇÃO DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 EVOLUÇÃO URBANA DE SANTARÉM 18 GRÁFICO 2 EXPORTAÇÃO DA BORRACHA NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM 50 GRÁFICO 3 CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
15 RELAÇÃO DE FOTOS FOTO 1 MORADIA TÍPICA DO LAGO 23 FOTO 2 ASPECTO DAS MORADIAS DO LAGO 23 FOTO 3 PORTO GRANELEIRO CARGILL 66 FOTO 4 - VISTA GERAL DAS INVASÕES DO ENTORNO DO LAGO 72 FOTO 5 VISTA AÉREA DA SERRA PIROCA 74 FOTO 6 ATERRO PRATICADO NA ÁREA DO LAGO 76 FOTO 7 MORADIAS EM SITUAÇÃO DE RISCO I 77 FOTO 8 MORADIAS EM SITUAÇÃO DE RISCO II 77
16 ABREVIATURAS E SIGLAS ADA - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA APA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BASA BANCO DA AMAZÔNIA S/A BEC BATALHÃO DEV ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CNI - CONSELHO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS FUNDEF - FUNDO NACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA FUNDAMENTAL IDESP - INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO PARÁ PDAm - PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA PIN PLANO DE INTEGRAÇÃO DA AMAZÔNIA PL - PLANO DE EMERGÊNCIA PMS - PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM, PND PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO POLAMAZÔNIA - PROGRAMA DE PÓLOS AGROPECUÁRIOS DA AMAZÔNIA POLONOROESTE - PROGRAMA INTEGRADO DA REGIÃO NOROESTE PQD - PLANO QUINQUENAL DE DESENVOLVIMENTO SERPHAU - SERVIÇO FEDERAL DE HABITAÇÃO E URBANISMO SPVEA - SUPERINTENDÊNCIA DO PLANO DE VALORIZAÇÃO ECONÔMICA DA AMAZÔNIA SUDAM SUPERNTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA SUDECO - SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO CENTRO OESTE SUDENE SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE SUFRAMA SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS
17 17 A URBANIZAÇÃO DE SANTARÉM E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DO LAGO MAPIRI INTRODUÇÃO A urbanização das cidades da Amazônia esteve sempre como conseqüência dos resultados de ciclos migratórios de desenvolvimento e de investimentos públicos. A noção de sistema de povoamento permite entender o processo de urbanização regional como um sistema de povoamento de base urbana. Nesta perspectiva, a disposição geográfica do urbano se desenvolve a partir de duas ordens que acontecem simultaneamente: a intencional e a espontânea (Machado, 2003). A primeira deriva do planejamento e investimentos feitos pela ação combinada de capitais estrangeiros, privados nacionais e públicos federais. O segundo conceito, conforme Machado, é o de adensamento urbano, e assevera que grupamentos de cidades surgem em diversas regiões de um sistema de povoamento cujas interações (entre si e com o externo) criam semelhanças em sua evolução urbana (populacional, hierárquica, funcional, etc.). Os adensamentos permitem que economias externas locais apareçam, ou seja, a geração de vantagens advindas da concentração de fatores de produção de riqueza (trabalho, energia, informação), e são reforçadas pela atração de fluxos de investimentos e/ou imigratórios.
18 18 Machado (2003), afirma ainda, que a ordem espontânea se refere aos elementos não controláveis, como a diferenciação evolutiva dos núcleos urbanos e o comportamento do mercado de trabalho e de terras. Embora relacionados à ordem intencional, são em geral considerados como elementos perturbadores da mesma. Podemos acompanhar a evolução do desenvolvimento urbano da cidade, no período de 1950 a 2000, no Gráfico 1. GRÁFICO 1 - EVOLUÇÃO URBANA DE SANTARÉM Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM, Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Santarém Fase I Diagnóstico. Santarém Pa, 2003, p A exemplo das demais cidades brasileiras, Santarém teve nos últimos cinqüenta anos um expressivo crescimento populacional que correspondeu a 1.277,43% (IBGE ) de 1950 ao ano de O desenvolvimento urbano da cidade, extremamente acelerado e desordenado, mas com características e temporalidade dos ciclos econômicos e dos planos de desenvolvimento projetados e 1 PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM, Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Santarém Fase I Diagnóstico. Santarém Pa, 2003.
19 19 aplicados na Amazônia, segue o modelo desenvolvido no Brasil, conforme expressa Kleiman (2002) 2. O processo urbano no Brasil acompanha marcos de desenvolvimento econômico. O fenômeno urbano na América Latina não deve ser restrito ao crescimento geométrico. O processo urbano brasileiro tem marca do capitalismo. Está ligada a atuação do estado. Cidades crescem sem terem condições. Por ser uma cidade de médio porte com posição geográfica estratégica na Amazônia, ficando eqüidistante das duas grandes metrópoles da região norte do Brasil, Manaus e Belém. Situada às margens de dois rios gigantes, o Amazonas e o Tapajós, a cidade de Santarém é referência para vários outros municípios da região do médio amazonas, exercendo influência política, comercial, educacional e na saúde a uma população estimada de de pessoas que compõe a região (IBGE 2000). A cidade constitui-se no porto fluvial de maior relevância econômica para uma imensa região do norte brasileiro, possui sete instituições de ensino superior, sendo três públicas, com uma população de 6000 alunos matriculados, possui os principais hospitais e a única UTI da região, o que lhe confere o título de segunda cidade mais importante do estado. A cidade teve sua urbanização calcada e muito influenciada pelos diversos planos de desenvolvimento de projetados para a Amazônia e pelos vários ciclos 2 Informe fornecido por Mauro Kleiman na Disciplina Planejamento Urbano II. Belém, Pará, 2002
20 20 econômicos que a região foi submetida como borracha, ouro, etc. Esses ciclos influenciaram grandemente as imigrações. Os imigrantes da região são predominantemente oriundos do nordeste, que fugindo da seca começaram a chegar na região no século XIX, mais precisamente em 1877, quando aportou na cidade os primeiros colonos que foram assentados a 12 km da cidade, na colônia Bom Gosto. Importante ressaltar que a colônia nordestina trouxe para região muita disposição para o trabalho, na agricultura principalmente (AMORIM, 2001). Quando Ford chegou à Santarém, a colônia Bom Gosto já possuía plantado pés de seringueira.teve também muita influencia no desenvolvimento urbano da cidade, os investimentos públicos federais, especialmente no governo militar. A cidade tem hoje na maioria de seus bairros periféricos a origem de ocupações ilegais, através de invasões de terras públicas ou particulares, um problema de ordem nacional. O fato dessas famílias não terem trabalho fixo e morarem em situação de risco, em áreas alagáveis os torna ainda mais excluídos dos benefícios sociais e urbanísticos, exatamente como afirma Maricato (2000), quando refere que a exclusão urbanística concebida pela expressiva ocupação ilegal do solo urbano, é ignorada na representação da cidade oficial. Pretende-se, portanto, com este trabalho, identificar os principais fatos que contribuíram para o desenvolvimento urbano da cidade de Santarém. O estudo se
21 21 propõe a traçar um perfil sócio econômico e histórico do desenvolvimento urbano da cidade de Santarém, identificando a origem das populações que ocupam esses bairros; quais as relações, influência e contribuição das intervenções diretas do Estado no seu desenvolvimento urbano; a influência dos diversos ciclos econômicos na ocupação do espaço, bem como, demonstrar que é o descaso do Estado, no trato da questão social, do planejamento urbano e das políticas habitacionais competentes, que resulta em um conflito Homem X Natureza e ameaça o meio ambiente. Esse ponto de vista, por meio da observação da realidade, é de fundamental importância para a compreensão dos processos de urbanização. Para entender a complexidade desses processos devemos caminhar no sentido de identificar as relações entre Estado, sociedade e natureza. Esses fatos expressam com precisão os conflitos que ocorrem entre responsabilidades estatais, direitos sociais e preservação da natureza. Quando o Estado não cumpre com a sua responsabilidade de produzir políticas públicas de habitação e de preservação da natureza, só restam para as populações pobres a alternativa de invasão ou a produção de aterros sobre áreas alagáveis de preservação ambiental ou de risco para suprir as suas necessidades de habitação. Observa-se que para avançar na solução desses conflitos, as políticas de Estado poderiam ter por ponto de partida, a formulação de um espaço de decisão que contemple a participação da comunidade local. Por que toda ação de transformação do espaço urbano está associada à ação das pessoas que habitam o lugar, tratar-se de valorizar um olhar que sinaliza e aponta no sentido de que nas
22 22 decisões de convivência social e urbana é essencial a participação e o envolvimento da comunidade local, pois qualquer ação só obterá resultados favoráveis, com o comprometimento das pessoas que habitam o lugar, nas suas comunidades. A ocupação do lago, a construção da terra, é, a forma como a sociedade resiste e produz as condições de sua própria existência, sendo que são destruídas as condições de preservação da natureza. Mas existe uma questão social que proíbe ao uso da terra e resulta numa forma de resistência social. (EGLER, 2003) 3. Será utilizado, como estudo de caso, o exemplo da ocupação desordenada dos bairros do entorno do Lago do Mapiri. O local expressa com clareza essa situação, pois, foram bairros formados através de invasão de áreas particulares, as quais foram urbanizadas pela própria população, e existe um conflito entre a comunidade e a natureza. O lago Mapiri, que há anos resiste às agressões sofridas e permanece ainda com uma beleza exuberante e uma diversidade enorme da flora e fauna, como podemos observar nas fotos 1 e 2, na página seguinte. Acreditamos que o presente trabalho possa vir a contribuir e apoiar cientificamente o esforço da Prefeitura Municipal e da sociedade santarena, no processo de preservação da área em estudo, e de outros espaços que possam vir a ser afetado pelo crescimento urbano da cidade. 3 Informe fornecido por Tamara Egler na disciplina Estado e Planejamento II. Belém, Pará: IPPUR, 2002.
23 23 FOTO 1 - MORADIA TÍPICA DO LAGO FOTO 2 - ASPECTO DAS MORADIAS DO LAGO forma: Estruturada em 3 capítulos, esta dissertação desenvolve-se da seguinte
24 24 No primeiro capítulo, intitulado As Políticas de Desenvolvimento Urbano, foi abordado como relata, as políticas de desenvolvimento nos últimos 50 anos até os dias atuais, para o Brasil, descrevendo um relato histórico do caminho da modernização da sociedade brasileira e os aspectos de sua urbanização, e para a Amazônia, demonstrando o tratamento que a Amazônia mereceu por parte das políticas governamentais, no momento em que a região ainda não se transformara em motivo de calorosos debates internacionais. Examinaremos o processo de criação da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), seus objetivos e as motivações que levaram os técnicos do governo da época a propor solução de tamanha envergadura. No segundo capítulo, As Políticas Urbanas em Santarém, descreve o processo de desenvolvimento urbano da cidade, a partir de sua fundação até os dias atuais. E apresenta uma ampla visão de como os diversos ciclos econômicos e de desenvolvimento sofridos pela Amazônia, influenciaram neste processo. No terceiro capítulo, O Desenvolvimento Urbano em Santarém, descreve o foco da problemática local, e destaca o caso do lago do Mapiri e os bairros de seu entorno, o Salé, Liberdade, Mapiri, Caranazal e Maracanã que se caracterizam por bairros formados através de invasões de áreas públicas e particulares e detém uma população com características semelhantes a outros bairros periféricos da cidade. Apresentam ainda, uma pesquisa sócio-econômica no bairro do Mapiri, com objetivo de investigar a origem migratória, condições de vida e social da população e que caracterizam inúmeros problemas de ordem social, urbana e ambiental.
25 25 CAPÍTULO 1 AS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO URBANO 1.1 POLÍTICA URBANA ATUAL NO BRASIL Duas preocupações primordiais estão presentes em todos os debates sobre a cidade: O desenvolvimento urbano e a fragmentação social. A primeira preocupação resulta, dependendo dos países e das cidades, seja da escalada do desemprego e da obrigação hegemônica para os responsáveis das coletividades locais de agir no sentido de conte-la, seja da pressão dos meios empresariais num contexto de concorrência exarcebada, seja de combinações variáveis desses dois fatores. A segunda resulta das tensões sociais, quase sempre explosivas, ligadas ao aumento da pobreza e da exclusão social, bem como o crescente sentimento de insegurança (PRÉTECEILE CSU p.65). O crescimento acelerado da população urbana no Brasil, provocada por êxodo rural descomunal, produziu uma urbanização predatória, desigual e exerceu forte pressão sobre a infra-estrutura das cidades, exigindo a superação de inúmeros desafios importantes nas áreas de habitação, abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo, transporte urbano e especialmente preservação do meio ambiente. A partir de meados dos anos 50, mais intensamente após os anos 60, o processo de urbanização assume papel importante no processo de desenvolvimento nacional. Passou a ser vital ao modelo adotado à medida que tinha que acolher os enormes contingentes rural-urbano. Manifestação que já se apresentava e teve efetivamente seu inicio no período populista de Getulio Vargas, que através da
26 26 criação da legislação trabalhista e dos institutos básicos de previdência social. Eles estabeleceram as normas e as estruturas de regulamentação do fator trabalho no Brasil. Sem essa regulamentação não seria possível funcionar o sistema produtivo industrial e comercial no país. Além disto, foi iniciada uma política habitacional de fato, cuja incumbência era dos institutos de Aposentadoria e Pensão, das várias categorias de trabalhadores. Todavia essa regulamentação atingiu somente os segmentos urbanos da população (SCHMIDT e FARRET, 1986). O que se conclui que isso propiciou um incremento importante no êxodo rural. As pessoas procurando trabalho, saúde, segurança social e estudo nas cidades. Schmidt e Farret, afirmam ainda, que a urbanização brasileira apresenta pelo menos duas peculiaridades em relação a outros países. A primeira diz respeito a sua vinculação com o processo de industrialização, a outra marcante peculiaridade diz respeito ao importante desempenho do estado na estruturação do território brasileiro. A presença do estado brasileiro na estruturação do território brasileiro confunde-se com a própria história do país. É marcante a presença do estado no redimensionamento dos fluxos migratórios, como exemplo a saga nordestina na borracha da Amazônia, os soldados da borracha 4, também na implantação da colonização dirigida ou subsidiada, sendo como exemplo as agrovilas da 4 Palavra de uso regional que designava os nordestinos que foram recrutados na 2 a.guerra para colher látex nos seringais da Amazônia.
27 27 Transamazônica e cidades como Sinop, no Mato Grosso e, ainda na construção de novos núcleos urbanos, como exemplo Brasília, Palmas e outras importantes metrópoles brasileiras. A partir da segunda metade dos anos cinqüenta, as desigualdades regionais e os problemas decorrentes do incipiente processo de urbanização acelerada, principalmente nas grandes metrópoles nacionais e regionais, levaram a questão territorial urbana como um problema de relevância nacional, portanto objeto de política pública. Com isto ampliava-se a agenda do sistema político brasileiro, de modo que a incluir praticas de planejamento regional, urbano, habitação popular, transporte urbano, etc. (SCHMIDT e FARRET, 1986). Definitivamente confirmada como lócus e condição necessária à acumulação, a cidade vai concentrando os reflexos do processo de desenvolvimento implantado. O resultado seria a polarização da política urbana: de um lado, a cidade legal de que fala Davidovich (1984), representada pela qualidade de seus serviços urbanos e ocupadas pelas antigas classes dominantes e novos grupos ascendentes; de outro, a cidade ilegal, o vale tudo urbanístico e jurídico muito propício à expansão de favelas e loteamentos periféricos ( SANTOS, 1984, p. 105). A política urbana tem papel estratégico. O espaço urbano concentra as principais questões sociais, tanto as disparidades históricas, agravadas pelo processo de urbanização acelerada, como problemas emergentes e urgentes associados à globalização da economia e à reestruturação produtiva. Os desafios, no campo da política urbana, não se limitam apenas à mobilização dos recursos
28 28 para os investimentos necessários à ampliação da oferta de equipamentos e serviços às comunidades 5. A definição, de políticas inovadoras para o setor, integrando visões e interesses de estados e municípios e das comunidades, assim como a modernização do aparato regulatório para viabilizar parcerias entre as diferentes esferas do setor público e setor privado, são elementos de vital importância para tomar possíveis as soluções demandadas pela comunidade urbana em franco crescimento. O estado usa a cidade de forma contraditória. De um lado, a ênfase da cidade como lugar de produção: escassos recursos para investimentos urbanos são aplicados de modo facilitar o acesso de bens, matérias primas e mão de obra, caracterizando, assim, as áreas urbanas como maquinas produtiva. De outro lado, reduzindo os investimentos na produção da força de trabalho a níveis muito aquém do mínimo necessário, o estado virtualmente abandona a cidade à sua própria sorte, deixando-a na incerteza do jogo de mercado.isto resulta num processo diferenciado de acesso à qualidade de vida urbana: de um lado o padrão para os segmentos mais favorecidos da população de outro, a degradação das condições de vida dos extratos mais baixos da população. Como refere Singer citado por Schmidt e Farret (1986), em uma economia de Mercado o acesso aos serviços urbanos tem um preço que é anterior às taxas pagas 5 PDF, CAIXA, Desenvolvimento Urbano. 237 p. Urbano, 2002.
29 29 pela utilização deles. Esse preço se concretiza sob a forma de aluguel ou do valor assumido pelos imóveis localizados dentro de certos padrões de segregação sócioespacial urbana. O caso de Cubatão, o quebra-quebra dos sistemas de transporte coletivo e as invasões nas grandes (e médias) cidades são apenas as questões mais visíveis da questão urbana. Sabe-se que durante o período autoritário os movimentos sociais e reivindicatórios foram tremendamente reprimidos, sob a desculpa de subversão. Ficando as demandas urbanas submetidas à tecnocracia do estado, onde a comunidade não participava e as decisões partiam dos gabinetes. Porém a tentativa de despolitização nem sempre surtiu efeito, mas gerou dificuldades para identificação das legítimas articulações populares. Esses movimentos com suas características, porém, sobreviveram ao longo do tempo são reivindicatórios e funcionam em torno das demandas das comunidades, sendo através de pressão por bens e serviços comunitários que conseguem benefícios para suas comunidades e ainda tem composição social e política. É verdade que o país avançou nos últimos vinte anos, com relação a instrumentos de intervenção na gestão urbana. Os urbanistas já ensaiavam gritas no sentido de mudanças no trato da questão urbana. Antiga reivindicação dos movimentos populares, para a justa distribuição dos benefícios e dos ônus decorrentes do processo de urbanização em que se reivindicava a obrigatoriedade do poder público de agir em prol do interesse coletivo.
30 30 Após estudos desenvolvidos, ainda em 1977, no âmbito da Comissão Nacional de Desenvolvimento Urbano (CNDU), órgãos do Ministério do Interior, foram estudados uma versão do ante projeto de lei ainda em elaboração. Porém somente em 1983 apareceu atrelada à candidatura de Mário Andreazza à Presidência da República, que após muita polemica foi apresentada ao Congresso Nacional como projeto de lei n. (PL) 775/83 (CARDOSO, 2000, p. 1). Esses estudos após intensos debates tiveram como resultado os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, que impõe uma limitação ao exercício do direito de propriedade, através da primazia da sua função social, e estabelecem os instrumentos ao seu exercício: o plano diretor, como quadro geral que permite a instituição e a determinação da edificação compulsória, do IPTU progressivo e da desapropriação, utilizados sobre terrenos não ou subutilizados. Finalmente o usucapião especial urbano vem complementar a função social da propriedade da cidade, ao estender direitos já estabelecidos para as populações rurais aos setores urbanos. Os resultados dos intensos esforços, poucas leis na história nacional foram construídas com tanto esforço coletivo e legitimidade social. A articulação desenvolvida pelo Governo Federal as comunidades e estudiosos, com o propósito de modernizar a legislação aplicável ao desenvolvimento urbano, começam pouco a pouco a aparecer. A Lei n 9.785, de 1999, alterou a Lei de Desapropriações do Parcelamento do Solo Urbano, tomando mais ágil o processo de expropriação e permitindo que as prefeituras promovam o registro de parcelamentos com a titulação da terra por meio da cessão da posse aos beneficiários. A lei n de 10 de julho de Estatuto da Cidade - vem regulamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988 que conformam
31 31 o capitulo relativo à política urbana. O artigo 182 estabeleceu que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, definindo que o instrumento básico é o Plano Diretor. O artigo 183, por sua vez, fixou que todo aquele que possuir, como sua, área urbana até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a como moradia ou de sua família, adquirirá o seu domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Este artigo abriu a possibilidade de regularização de extensas áreas de nossas cidades ocupadas por favelas e vilas, alagadas ou invasões, bem como loteamentos clandestinos espalhados pelas periferias urbanas, transpondo estas moradias para a cidade chamada formal. O Estatuto da cidade ao regulamentar as exigências constitucionais reúne normas relativas à ação do poder publico na regulamentação do uso da propriedade urbana em prol do interesse publico, da segurança e do bem estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. Além disso, fixa importantes princípios básicos que irão nortear essas ações. Porém é importante saber, e é o que se espera, é que todo este esforço não seja em vão, e que realmente este novo instrumento não seja novamente engavetado e esquecido. O mais importante avanço na questão urbana brasileira deve cumprir com seus objetivos, o de realmente trazer para a convivência urbana a
32 32 justiça social e a preservação do meio ambiente, isso só acontecerá se as forças sociais que o constituíram o tornem realidade e façam valer as importantes conquistas e que este instrumento não seja como inúmeros outros que jazem por ai nas gavetas. Conforme Maricato (2000, p.124): Não é por falta de planos Urbanísticos que as cidades brasileiras apresentam problemas graves. Não é também necessariamente devido à má qualidade desses planos, mas porque seu crescimento se faz ao largo dos planos aprovados nas câmaras Municipais, que seguem interesse da política local e grupos específicos ligados ao governo de plantão. O planodiscurso cumpre um papel ideológico... Como convém a um país onde as leis são aplicadas de acordo com as circunstâncias; o chamado Plano Diretor está desvinculado da gestão urbana. Discurso pleno de boas intenções, mas distante da pratica. Conceitos retificados, reafirmados em seminários internacionais, ignoram a maioria da população. A habitação social o transporte publico, o saneamento básico e a drenagem não tem status de temas importantes (ou centrais, como deveriam ser) para o tal urbanismo. O resultado é: planejamento urbano para alguns, mercado para alguns, leis para alguns, modernidade para alguns, cidadania para alguns AS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA As políticas de desenvolvimento incrementadas durante os últimos 50 anos para a Amazônia, embora tenha sido à luz de modernas técnicas - A Amazônia foi, a segunda grande experiência de planejamento regional moderno no Brasil - As medidas tomadas em relação à ocupação e ao desenvolvimento da região tenham mudado no decorrer dos anos, a percepção que se tem sobre a necessidade de integrar e desenvolver a região, bem como sobre as estratégias a serem adotadas, sofreu pouca ou quase nenhuma alteração. Mais que isso, mudaram-se as regras segundo as quais essa interferência deveria ser feita, é fato que do ponto de vista
33 33 dos objetivos básicos do governo poucas alterações se verificam. A criação da SPEVEA é um exemplo claro dessa afirmação (D ARAÚJO, 1992, p. 40). Forjado numa economia de fronteira - entendida esta como progresso a ser alcançado mediante um processo de crescimento linear infinito, através da incorporação crescente de recursos naturais percebidos igualmente como infinitos o Brasil teve, na política do território ou geopolítica um dos elementos centrais de sua formação desde os tempos coloniais, através de estratégias diversas (BECKER, 1999). As questões amazônicas, sempre foram tratadas como um espaço vazio, alheio ao outro Brasil, sem levar em conta os interesses e as características locais. Para Léna e Oliveir (1991, p. 9): O fato de se tratar de região de um país, e não de um país, confere à problemática do desenvolvimento características particulares; entre outras, a quase inexistência de freios à ação do estado ou da empresa privada, bem como o fato das atividades econômicas serem implantadas em função de interesses nacionais e não prioritariamente regionais. A idéia de desenvolvimento planejado foi parte constitutiva dos projetos do governo brasileiro desde os anos trinta, e veio ganhar fôlego após a segunda guerra mundial. Já em 1946 os constituintes resolveram, no artigo 199 da constituição, destinar para a Amazônia uma renda da união e dos Estados da região, durante vinte anos, para recuperação do grande vale amazônico. Dizia o artigo, do autor citado acima:
34 34 Na execução do plano de valorização econômica da Amazônia, a união aplicará, durante pelo menos vinte anos consecutivos, quantia não inferior a três por cento de sua renda tributária. Parágrafo único: Os estados e os territórios daquela região, bem como os respectivos municípios, reservarão para o mesmo fim, anualmente, três por cento de suas rendas tributarias. Os recursos de que se trata este parágrafo serão aplicados através do governo federal. Em virtude deste artigo foi criada na câmara federal a comissão especial do Plano de Valorização Econômica da Amazônia. Porém, tal artigo só foi regulamentado sete anos mais tarde, quando o senado aprovou um substitutivo do senador Álvaro Adolpho da Silveira, que dava um formato final ao projeto de criação de um órgão de desenvolvimento, que foi aprovado na câmara e logo depois sancionado pelo presidente Getulio Vargas, em A lei de n determinava a Amazônia Legal e criava a SPVEA o primeiro organismo de planejamento e de execução regional do país, que tinha normas mais rígidas a seguir através dos planos qüinqüenais, produzidos pela Comissão de Planejamento e aprovados pelo congresso nacional. Até que o primeiro desses planos fosse elaborado, a execução do PVEA dar-se-ia mediante um programa de emergência (PE), aprovado no inicio de A SPVEA Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, nunca conseguiu trazer os 3% constitucionais, recebia frações do
35 35 orçamento, aplicava uma parte do recurso no que tinha planejado e o restante começou a ser desviado, em proporção crescente, para obras e empreendimentos de interesse político. As primeiras propostas da equipe técnica da SPVEA eram surpreendentes, pois propunham ações tão esdrúxulas como, por exemplo, intervir no Rio Amazonas, que deveria ser objeto de grande intervenção humana, visava a canalização e a colmatagem (aterragem), tentando impedir o rio de roubar sedimentos para jogalos no mar, de modo criar condições de cultivar alimentos na bacia do Rio, Isto demonstra um total e irresponsável desconhecimento da força deste majestoso e riquíssimo rio, tanto em peixes como em sedimentos, pois é um rio em formação, que todo ano inunda as imensas áreas de várzea, renovando a vida dessa imensa e maravilhosa região. Euclides da Cunha em suas andanças pela Amazônia, classificou-o em um relatório é o menos brasileiro de todos os rios. O que é mais surpreendente nesse plano, era o incentivo ao desmatamento da floresta, sem nenhuma preocupação com o meio ambiente, ou mesmo com o homem amazônida muito menos com a população indígena, que foram simplesmente ignoradas. Esse PE estabelecia taxativamente que o sucesso civilizador nessa região exige baseá-la sobre a agricultura, via colonização, nucleada por toda a região, na proporção de sua população e de suas possibilidades de consumo e exportação (ARIMATÉIA, 2001, p. 1).
36 36 A idéia era promover as imigrações e atrair novos habitantes não por meio de trabalhos assalariados, mas por venda de grandes extensões de terra a serem pagos sem juros e em longo prazo. Para tanto, o governo Federal liberou em 1954, para fins de custeio, a quantia de 330 milhões de cruzeiros, conforme especificação orçamentária estipulada pela SPVEA. A distribuição desses recursos demonstra claramente quais eram as prioridades do órgão, pois a educação, objetivo central das ações, ficou com a metade do valor dos recursos destinados à burocracia conforme a tabela 1. TABELA 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DO PROGRAMA DE EMERGÊNCIA DA SPEVEA POR SETORES DE ATIVIDADES (EM MILHARES DE CRUZEIROS) 1954 SETOR VALOR % Burocracia Agropecuária agricultura e colonização Transportes, comunicações e energia Educação e cultura Pesquisa e extração de recursos naturais Saúde TOTAL Fonte: Valorização econômica da Amazônia, 1954;FGV,1955 O primeiro plano qüinqüenal ( ) produzido pela SPVEA tinha poucas variações em relação ao programa de emergência. O plano arrolou sete setores básicos e tinha como premissas fundamentais: desenvolvimento da economia e da sociedade amazônica, mediante a conversão da população rural a uma economia de base agrícola, concentradas em zonas selecionadas; industrialização das cidades; aproveitamento dos recursos florestais e minerais; e aperfeiçoamento e diversificação da produção extrativista, como forma de melhorar as condições de
37 37 vida do trabalhador florestal (ARIMATÉIA, 2001 p.1). Os recursos orçados para o qüinqüênio foram na ordem de 8,2 bilhões de cruzeiros. A SPVEA foi, desde o inicio fonte de controvérsias. Em 1960, findo o primeiro plano qüinqüenal o órgão executou um balanço das próprias ações e reconheceu através de dados o fracasso total de todas as suas metas, em quase todos os níveis. O estudo revela que a participação da região a nível nacional, no período de 1948 a 1958, caíra de 4,6 para 4.4%. Não houvera aumentos significativos na produção agrícola, praticamente nada fora realizado com referência à colonização e foi nula a ação de fixar as colônias agrícolas existentes. Na área de transporte o inicio da construção da Belém-Brasília foi uma ação importante, e na área de energia um dos setores mais contemplados com verbas, foram catalogados a construção de cinco usinas térmicas e duas hidroelétricas, que, no entanto atendia as necessidades do resto do Brasil, não a região. Em outros setores que a organização se propunha agir fora igualmente insatisfatória, como as pesquisas sobre solos, climas, recursos naturais. De 1964 a 1980 a presença do Estado na região consolidou-se, através de diversos planos nacionais e regionais. Em 1966 foi lançada a operação Amazônia que preconizava um conjunto de medidas para solucionar, na ótica do regime vigente Dos militares os graves e seculares problemas da região, alem de pretender atingir um objetivo econômico, e outro geopolítico, sob a égide do binômio segurança e desenvolvimento.
38 38 Os principais instrumentos para dar seqüência à operação Amazônia foram: a redefinição do PVEA (Plano de Valorização Econômica da Amazônia), adoção de uma política de incentivos fiscais, a criação da SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), criação do BASA (Banco da Amazônia S/A) e implantação da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA Superintendência da Zona Franca de Manaus). A SUDAM, depois de estabelecida logo elaborou seu primeiro plano, o I Plano Qüinqüenal de desenvolvimento (I PQD), para o período de , e o Plano Diretor, direcionador do PQD. Neste plano no seu encaminhamento básico constavam entre outros, o levantamento dos recursos naturais e a diversificação do extrativismo. Após esses dois planos seguiu-se com o Plano de desenvolvimento da Amazônia (PDAm), para compor o triênio de 1972 a Neste plano foram priorizados os projetos calcados na agricultura e a Pecuária, foi nesta fase dada o inicio à destruição da selva Amazônica, onde entre outros itens um dos mais significativos era o financiamento e o incentivo para o desmatamento da floresta. O PDAm, reforçava, a exemplo do I plano qüinqüenal da SPVEA e do I plano qüinqüenal da SUDAM, a necessidade dos levantamentos e mapeamentos dos recursos naturais da Amazônia. Este plano reforçava e reiterava o planejado no I PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), onde se propunha a integração da Amazônia com o sudeste do Brasil, onde a Amazônia forneceria matérias-primas para as indústrias do Sudeste (ARIMATÉIA, 2001).
39 39 Em 1973, poucos anos após o lançamento do PIN (Plano de Integração Nacional), o superintendente da SUDAM já divulgava: A Amazônia é uma região feita para a pecuária, com excelentes pastagens naturais e espaço amplo para a expansão do setor e por isso mesmo terá na pecuária a linha mestra de sua integração econômica (CARVALHO, 1987, p. 183). Em 1974, com a finalidade de promover o aproveitamento integrado das potencialidades agropecuárias, agro-industriais, florestais e minerais, em áreas prioritárias da Amazônia, foi criado o Programa de Pólos Agropecuários da Amazônia (POLAMAZÔNIA), o qual deveria ser implementado pela SUDAM, SUDECO (Superintendência do Desenvolvimento do Centro Oeste) e BASA. Este plano abrangia quinze regiões, delimitadas previamente, e foram estabelecidas dotações orçamentárias para os anos de 1974 a Na década de 1980 foi criado o Programa Integrado da Região Noroeste (POLONOROESTE), financiado pelo Banco Mundial, destinado a atender os estados de Rondônia e Mato Grosso e que perdurou entre 1981 e Seus objetivos básicos eram: Asfaltamento da rodovia BR 364, no trecho Cuiabá Porto Velho; garantir um conjunto de investimentos básicos para atingir o desenvolvimento da região Noroeste, na área de influencia da rodovia; e assegurar preservação do meio ambiente físico e das comunidades indígenas da região. Fato que, por falta de um plano de ocupação ordenada com um uma fiscalização eficiente, desencadeou uma enorme devastação das matas naturais do Estado de Rondônia.
40 40 No final de 1988, foi instituído, com a finalidade de estabelecer condições para a utilização e a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis na Amazônia Legal, o Programa de Defesa do Complexo de Ecossistemas da Amazônia Legal (PROGRAMA NOSSA NATUREZA). De todos os programas, este foi o que propiciou o maior incremento da área de unidades de conservação. O Estado foi pressionado a agir, pela comunidade nacional e internacional e pelo freqüente noticiário sobre devastação florestal, conflitos pela posse da terra e ameaças de desaparecimento das comunidades indígenas, dentre outras questões (ARIMATÉIA, 2001 p.2). O que aconteceu é reforçado por Pinto, que diz: Em 1966 a SPVEA já não se enquadrava nos objetivos dos militares, foi extinta, e foi criada a SUDAM Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia - Dos três objetivos da SPVEA, um se tornaria comum a SUDAM, assegurar a ocupação territorial da Amazônia em um sentido brasileiro. Estima-se que a SUDAM tenha investido na Amazônia entre 1966 e 2000, quando foi extinta para a criação da inodora ADA, cerca de seis bilhões de dólares, em mais de dois mil projetos da iniciativa privada, concebidos pelos seus donos e incentivados pelo Governo Federal para desenvolver a maior fronteira de recursos naturais do Brasil. Faz parte desta intencionalidade os projetos de colonização e integração, a abertura de estradas, a implantação de núcleos urbanos, etc. Onde se conclui que os inúmeros planos de desenvolvimento planejados para a região, surtiram pouco ou nenhum efeito sobre os principais objetivos a que se propunham, os desenvolvimentos da região. Os bilhões de dólares investidos, beneficiaram muito pouca gente, entre estes as grandes empresas do sul/sudeste, políticos e alguns poucos locais, observa-se que 1/3 do povo paraense ganha até
41 41 meio salário mínimo. Em 1991 eram famílias e em 2000 este universo saltou para famílias (senso IBGE-2000), o que demonstra que as riquezas da Amazônia paraense não estão chegando as pessoas mais pobres. E, foi o ponto de partida para a grande destruição da floresta com o incentivo do governo e o dinheiro do contribuinte. Problemas que atualmente nos debatemos para evitar a destruição total da floresta, gastando bilhões para tentar salvá-la.
42 42 CAPÍTULO 2 POLÍTICAS URBANAS EM SANTARÉM 2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO DE SANTARÉM A cidade de Santarém, localizada à margem direita do Rio Amazonas no encontro com o Rio Tapajós, a 780 km via aérea da capital do estado, 1876 km via terrestre e 955 km via fluvial, (Amorim, Antonia Terezinha,) região do médio Amazonas é a segunda cidade do Estado do Pará, a principal cidade do oeste Paraense e conta hoje, com uma população de habitantes urbanos e habitantes na totalidade do município (IBGE/SENSO 2000). Francisco Orellana, local-tenente, componente de uma expedição espanhola que partiu de Quito no Peru em 1539, comandada por Gonzalo Pizarro, relata que com muita garra e determinação eles reagiram ao saque feito por ele e seus companheiros às plantações de milho no ano de 1542, tornando-se o primeiro Europeu a fazer contato com a tribo Tupaiu.. (SUSSUARANA apud AMORIM, 1998, p. 28). O que se afirma com convicção é que a ocupação da Amazônia só se deu em janeiro de 1616, quando aporta na Baia do Guajará, Francisco Caldeira Castelo Branco, que saíra do Maranhão, com o objetivo de tomar posse da região em nome da coroa Portuguesa, para edificar o Forte Presépio, hoje Belém, e também o
43 43 objetivo de explorar a vasta região, suas riquezas naturais vegetais conhecidas como drogas do sertão, apreciadas muito valiosas no mercado Europeu e marcar presença, construindo fortificações ao longo do grande rio. Segundo afirma Ferolla (2003): A partir dessa fortificação, sucederam-se repetidas explorações fluviais em direção ao interior, tendo os portugueses a chance de avançar pela grande malha hidroviária, povoando pontos estratégicos com militares e organizações religiosas, os quais, recebendo topônimos portugueses, iam cimentando a lusitanidade naquelas remotas paragens. Esses sítios transformaram-se em cidades homônimas de portuguesas, tais como Soure, Bragança, Santarém, Alenquer, Óbidos, Alter do Chão e muitas outras. Paralelamente consolidaram os limites fronteiriços do território conquistado, implantando um cinturão de fortificações militares, sediadas em Macapá, Santarém, Obidos, São Joaquim, São José, São Gabriel, Tabatinga e Príncipe da Beira, entre outras. Para se ter uma idéia da grandiosidade dessa empreitada, basta exemplificar que o Forte Príncipe da Beira, na fronteira com a Bolívia, foi todo edificado em pedra, não constando haver qualquer jazida desse material em um raio de 300 Km. Na região do médio Amazonas o marco histórico oficial de colonização foi com a chegada da expedição de Pedro Teixeira, em A fundação da cidade de. Santarém é oficialmente reconhecida quando aqui chegou para Padre Missionário Jesuíta João Felipe Bettendorf, S.J; de origem Luxemburguês, a mando do seu superior, Padre Antonio Vieira, em 22 de Junho de 1661, fundando a Missão de Nossa Senhora da Conceição do Tapajós, tornando-se o Padre Bettendorf o primeiro jesuíta a compartilhar diretamente do cotidiano dos Tupaius. Aqui nesta data embora ainda existisse a tribo dos Tapajós e o seu estado de governo ainda continuasse subliminal por baixo do novo poder que o submetia, deixou de existir a nação dos Tapajós para dar lugar ao comum dos Tapajós, que os Jesuítas seguintes, a partir da materialização dada pelo Padre Manoel Pires, fizeram crescer até vila, elevada à condição de cidade a 24 de outubro de 1848 (SUSSUARANA, 2000, p ). A chegada dos jesuítas no Tapajós, com sua ação missionária, causou profundas alterações nas atividades sociais, econômicas, políticas e culturais dos
44 44 nativos que influenciados pelo colonizador, tornaram-se vitimas do novo processo que se instalou na região. Novos hábitos e praticas que ate então, eram ignorados, começaram a ser impostas e passam a ser absorvida pelos indígenas e seus descendentes (AMORIM, 1998) Foi um processo de doutrinação que segundo Arendt (1993), impõe a outros seu pensamento obrigando-os a compreenderem e pensem como o doutrinador. Conta a historia que Padre Bettendorf prendia as índias em currais, com a desculpa de doutriná-las, porém o real motivo era para evitar o assédio dos colonizadores. Foi o inicio do desenvolvimento urbano da cidade de Santarém, com as mesmas características que persistiram por séculos depois, como em toda a Amazônia, a intervenção externa impondo culturas, costumes e planos, ditando o que, como e onde fazê-lo. A Amazônia já conheceu diversos ciclos de prosperidade e estagnação. Os habitantes mais antigos da floresta - e os mais integrados a ela - são os índios, cuja presença remonta a pelo menos oito mil anos. Com a chegada dos europeus, que trouxeram doenças até então desconhecidas dos nativos e os submeteram a trabalhos forçados, a região sofreu grave queda demográfica. A população predominante passou a ser a cabocla, uma mistura de índio com europeu e africano.
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