DEPOIMENTOS NO ORKUT: CONFIGURAÇÃO INTERLOCUTIVA E POLIDEZ

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1 4052 DEPOIMENTOS NO ORKUT: CONFIGURAÇÃO INTERLOCUTIVA E POLIDEZ Maria Eulália Sobral Toscano (UFPA) INTRODUÇÃO A popularização do computador e a facilidade de acesso à Internet têm favorecido o surgimento de diversas práticas sociodiscursivas no mundo virtual. Entre essas práticas, está o Orkut, a maior comunidade online de relacionamento social. Navegar por mares nunca dantes navegados em busca do outro é o mote do Orkut, e estreitar os vínculos sociais entre os usuários, sua função. O estreitamento dos laços de amizade entre os membros dessa comunidade textualiza-se na forma de recados e depoimentos. Os depoimentos são provas da estima e deferência dos amigos de Orkut, pelo do dono do perfil (página inicial do usuário), sendo, dessa maneira, realizados basicamente por atos enaltecedores de face (KERBRAT-ORECCHIONI, 1997). Para declarar seu apreço pelo outro, o enunciador se utiliza de estratagemas (referidos por KERBRAT-ORECCHIONI (1990) como tropo comunicacional e tropo ilocucional) que lhe permitem subverter a hierarquia dos destinatários e deslocar o sentido dos atos de linguagem. Essa troca cortês instaura, assim, uma estrutura de participação cujo formato de recepção é complexo, tanto na dimensão da relação de alocução, quanto na dimensão do valor pragmático do enunciado. O objetivo deste trabalho, portanto, é determinar, na constituição dos depoimentos, o status de participação (GOFFMAN, 1979/1998) dos sujeitos em interação e verificar em que medida os arranjos interlocutivos que se apresentam estão em função do jogo da polidez (cortesia). É uma investigação de cunho empírico-indutivo, construída na confluência da Pragmática, da Análise do Discurso em Interação e da Sociolingüística Interacional. 1 ORKUT O Orkut é a maior rede de relacionamento social atualmente existente no ciberespaço. Desenvolvido pelo engenheiro turco que lhe emprestou o nome, Orkut Büyükkokten, e lançado no mercado em 19 de janeiro de 2004, o Orkut, hospedado no servidor do Google, possui hoje mais de quarenta milhões de usuários cadastrados ( em 20/03/2007), dos quais 56,10% dizem ser brasileiros. Segundo dados estatíticos, a faixa etária das pessoas que mais se interessam pelo Orkut varia de 18 a 25 anos de idade (56,60%) e, entre as motivações desse interesse, estão o desejo de fazer amigos, encontrar antigos amigos (67,28%) e buscar por contatos profissionais (21,54%). No que diz respeito ao relacionamento pessoal dos usuários, 39,73% deles não informam o tipo de relação pessoal que mantêm, e, entre os que informam, 37,36% afirmam ser solteiros. Segue-se a quantificação dessas informações 1. 1 Todos esses dados foram coletados do próprio site do Orkut ( Acesso em: 20 mar

2 4053 Enquanto sistema operacional, o Orkut se estrutura em rede cujo conjunto resultante se assemelha a uma uma malha de múltiplos fios, que pode se espalhar indefinidamente para todos os lados, sem que nenhum dos seus nós possa ser considerado principal ou central, nem representante dos demais (WHITAKER). De sua organização, deriva a natureza móvel e caleidoscópica desse mundo social desterritorializado que enreda o internauta à procura de seus pares. Para se circular nesse mundo social, é preciso ter uma conta no servidor do Google. Uma vez inserido nesta intrincada rede de relacionamento, o usuário precisa observar as normas de comportamento previstas pelo Estatuto da Comunidade 2, descritas como os valores compartilhados pela comunidade do orkut.com.. Esse documento tem por finalidade ajudar a promover um ambiente positivo, para que os usuários possam expressar suas crenças e valores. A página inicial do Orkut tem a seguinte configuração: Nela, o enunciador age sobre seu enunciatário por meio de seqüências injuntivas e seleções lexicais que incitam um fazer-fazer (participar da comunidade) e constroem uma imagem de confiabilidade e segurança do site, já que amigos e familiares circulam e medeiam as relações dos usuários nesse espaço virtual. As possibilidades de interação no Orkut são inimagináveis, uma vez que o usuário pode entrar nas páginas dos amigos, dos amigos dos amigos, nas comunidades (em seus tópicos de discussão e eventos), nos perfis dos membros dessas comunidades, tecendo assim uma rede social sem limites e sem fronteiras. E, à medida que ele se aventura pelos caminhos que o sistema lhe permite trilhar, os 2 Cf. Acesso em: 20 mar

3 4054 enquadres interativos modificam-se, encaixam-se, justapõem-se, e as estruturas de participação tornam-se mais complexas. 2 O Quadro Participativo A estrutura de participação, nos depoimentos publicizados no perfil do usuário do Orkut, é bastante complexa, pois, além dos participantes ratificados, que são oficiais e em cujo eixo circula a palavra, há ainda aqueles que, embora não-oficiais, acompanham a conversa. Goffman (1979/1998) refere estes como circunstantes (espectadores) e os subcategoriza em ouvintes por acaso e em intrometidos (a exemplo das pessoas que escutam às escondidas as conversas alheias). Nos encontros do mundo off-line, os circunstantes não passam despercebidos e, por isso, são levados em conta pelos participantes do evento comunicativo, de forma que alguns indivíduos alteram seu modo de falar, quando não o que estão dizendo, pelo fato de conduzirem sua fala dentro do limite auditivo e visual de não-participantes (GOFFMAN, 1979/1998, p. 81). Nas formas de interação no Orkut, esses sujeitos integram o quadro de participação e tudo o que ocorre, ocorre sob o olhar avaliativo deles. E, à semelhança das situações sociais do mundo offline, a presença deles tem implicações no que as pessoas dizem e no como elas organizam esse dizer. 3 A POLIDEZ As ações de linguagem indicam que os indivíduos, no mais das vezes, mostram-se atentos às imagens que circulam no momento da interação e empenham-se para fazer circular algumas e negar outras. Essas imagens, positivas ou negativas 3, podem ser confirmadas ou modificadas ao longo da interação e funcionam como atributos tanto de sujeitos quanto de discursos. Desse modo, os interactantes administram e regulam as impressões projetadas por meio das opções que fazem durante o evento comunicativo, mais precisamente, pelas estratégias discursivas que utilizam. Entre essas estratégias estão as de polidez (cortesia), vistas como o trabalho calculado e intencional do enunciador para construir imagens favoráveis de si e do outro. A construção de imagens desfavoráveis cujo objetivo seja causar danos à face do interlocutor constitui manifestação de impolidez (descortesia). Um dos marcos nos estudos sobre polidez é o livro de Brown e Levinson (1987), intitulado Politeness. Nele, os Autores retomam e ressignificam as noções de face e território de Goffman (1967), relacionando-as ao que nomeiam como face positiva - desejo de reconhecimento e apreciação -, e face negativa - desejo de liberdade de ação. Segundo eles, esses dois tipos de desejos são complementares e estão em constante ameaça pela maioria dos atos verbais e/ou não-verbais (atos ameaçadores de face 4 - AAF). Para neutralizar as ameaças (reais ou potenciais) a suas faces, ou para restaurar-lhe as faces (face-work), o falante se vale de procedimentos reparadores de face. O modelo de Brown e Levinson foi criticado por ser etnocêntrico e por apresentar uma visão perversa e paranóica da interação social, representando os indivíduos como seres vivos sob a ameaça permanente de FTAs de todo gênero, e passando seu tempo a montar guarda em torno de seu território e de sua face (KERBRAT-ORECCHIONI, 2006, p. 81). Entre os pesquisadores que contraditaram essa percepção das relações humanas, está Kerbrat- Orecchioni (1997). Para a linguista, assim como há atos que ameaçam, há atos que enaltecem as faces dos locutores, sendo considerados, portanto, mais polidos; daí a expressão ato enaltecedor de face (AEF) como correlata de ato ameaçador de face. Desse modo, ser polido em uma interação significa produzir AEFs e atenuar a expressão de AAFs, porém, o valor em potencial do ato para se tornar real precisa de condições contextuais adequadas. Senão, vejamos: um pedido de desculpas fora de lugar pode perder seu valor da mesma maneira como a mais ríspida ordem, quando proferida em certas situações (treinamento militar, por exemplo), pode perder seu efeito de impolidez, ainda que não se caracterize como manifestação de comportamento polido. Neste particular, o ato de linguagem não é 3 Positivas e negativas, no sentido de serem favoráveis ou não, ao que é representado e não no sentido que esses termos têm na Teoria da Polidez de Brown e Levinson (1987). 4 Em inglês, Face Threatening Acts (FTAs).

4 4055 intrinsecamente polido ou impolido, são as condições sob as quais ele é proferido que lhe determinam o efeito de sentido. Em outros termos, ser polido ou ser impolido são comportamentos intencionais no âmbito das relações interpessoais que geram imagens favoráveis ou desfavoráveis de si e de outros, em função do contexto de onde emergem tais ações. E, embora existam atos que em relação a outros, possam ser mais (im)polidos, a (im)polidez não é propriedade do ato em si mas efeito de sentido de sua enunciação dadas certas condições contextuais. A polidez é um fenômeno universal por estar fundada no princípio de racionalidade - é mais razoável favorecer a viabilidade da troca que se empenhar na precipitação de sua morte -, e pela importância que todos os seres humanos atribuem ao território e à face, [tanto] nas relações interpessoais como nas relações entre os países (KERBRAT-ORECCHIONI, 2006, p. 102). Neste sentido, os indivíduos em interação procuram satisfazer dois desejos contraditórios (double bind), o de ser diferente e o de ser semelhante e qualquer coisa que digamos em honra de nossa semelhança viola nossa diferença, e qualquer coisa que digamos em honra de nossa diferença viola nossa semelhança (TANNEN, 1994, p. 29). 4 OS DEPOIMENTOS 5 NO ORKUT: ESQUEMAS INTERLOCUTIVOS E POLIDEZ O espaço dos depoimentos no Orkut é reservado a ações de linguagem que têm em vista a demonstração de deferência e apreço pelo dono do perfil. É o lugar, por excelência, do jogo da cortesia, de uma feita que o enunciador enaltece a face do amigo a quem dirige o depoimento, e, ao fazer isso, enaltece sua própria face também. Dessa forma, o comportamento polido é marcado e consciente (há intencionalidade de ser comunicado), cuida da projeção de imagens positivas e opera sobre a dimensão afetiva das relações interpessoais (manipulação do sentimento do outro por parte de um dos participantes da situação de enunciação (MURO, 2005)). Como, nessas situações de interação, a troca é bilateral (de um para um) ou multilateral (de um para muitos), entretanto, sempre sob o olhar de muitos, a polidez pode ser comunicada ora de forma direta, ora de forma indireta, sendo efeito de sentido de estratagemas enunciativos em que os participantes fingem estar falando entre si quando, na realidade, é a outros que se dirigem. Encontramos, nos depoimentos, um esquema interlocutivo que instaura o dono do perfil como o destinatário direto das manifestações de estima pelo outro, a exemplo das que seguem. (1) 6 (2) 7 5 Referimo-nos aqui aos textos tornados públicos pelo dono do perfil e não, às mensagens secretas,trocadas no espaço dos depoimentos, justamente porque podem ficar longe dos olhos curiosos dos visitantes da página pessoal do usuário. 6 Disponível em: Acesso em: 12 maio Disponível em: Acesso em: 12 maio 2008.

5 4056 Mas, esse endereçamento explícito, desde o início da mensagem, não é a regra geral, pois, na maioria dos depoimentos, o dono do perfil é objeto-de-discurso, constituindo-se enquanto pessoa do discurso no decurso ou no fechamento da mensagem quando, então, lhe é endereçada a palavra. Esse redirecionamento interlocutivo causa uma transgressão pragmática, atestada nos textos a seguir. (3) 8 (4) 9 São bastante comuns também os casos em que o dono do perfil não é endereçado em momento algum, o que institui os visitantes como os interlocutores privilegiados da mensagem, como é o caso do exemplo (5). (5) 10 8 Disponível em: Acesso em: 12 maio Disponível em: Acesso em: 12 maio Disponível em: Acesso em: 12 maio 2008.

6 4057 A pergunta que ora se coloca é a seguinte: por que o internauta se vale de diferentes arranjos de estrutura de participação se seu objetivo é o mesmo, qual seja, declarar sua estima e seu reconhecimento pelo outro? Pensamos que, no imaginário do usuário, ele lida com duas situações distintas: a primeira, que está ali para dizer ao amigo sobre a amizade que nutre por ele; e a segunda, que está ali para dizer sobre essa amizade não somente ao amigo, mas a todos os que visitam o perfil do amigo. Daí resulta que, em se inserindo na primeira situação, ele se endereça diretamente ao outro e faz parecer que a interação é bilateral e reservada somente aos dois, o que confere aos que por ali passam o estatuto de testemunhas da troca. Em se considerando a segunda situação, invertem-se os papéis, e a testemunha do dizer do produtor do texto passa a ser o dono do perfil. Com base nos pressupostos contextuais, verificamos que, independentemente dos índices de alocução, os depoimentos têm sempre como destinatário principal, o visitante do perfil, a despeito de os usuários afirmarem que é ao dono da página pessoal que se dirigem. Nos casos em que há endereçamento explícito ao dono do perfil, ocorre o que Kerbrat-Orecchioni (1990) chama de tropo comunicacional, isto é, um estratagema enunciativo que subverte a hierarquia dos destinatários sob a pressão do contexto. E, sob essa ótica, o esquema interlocutivo tem a seguinte configuração: - aparentemente destinatário direto = dono do perfil / destinatário indireto = visitantes do perfil; - na realidade destinatário principal = visitantes do perfil / destinatário secundário = dono do perfil. Inclusive, alguns orkuteiros têm esse entendimento, conforme atestam as seguintes respostas dadas à pergunta 11 : em sua opinião, para quem são escritos os textos tornados públicos no espaço depoimentos? Dinah: Para o visitante, o orkut é um verdadeiro truman show...kkkkkk Edinaldo: Não costumo escrever depoimentos, mas os que recebo me dão a impressão de que a intenção de quem envia é se construir diante de uma platéia comum. Percebo que o dono do perfil é o alvo do depoimento, mas os efeitos buscados são para com os contatos. Felipe: eh um cartão de visita, pois quem entra no seu perfil com certeza lê as "milhoes de coisas belas que você é"! e isso com certeza reforça o outdoor pessoal!! Os pressupostos contextuais autorizam-nos ainda a asseverar que, no espaço dedicado aos depoimentos, tudo o que for dito é para ser compreendido como ações enaltecedoras de face e promotoras de imagens positivas tanto do enunciador quando do enunciatário, mesmo que as seleções verbais pareçam querer dizer o contrário, como é o caso do exemplo (6). (6) Pergunta enviada a 165 usuários do Orkut. Embora alguns admitissem em suas respostas que os depoimentos são endereçados ao amigo, servindo para dizermos algo a alguém que devido ao corre-corre do dia-a-dia não podemos expressar pessoalmente, a maioria deles afirmou que os depoimentos são elogios que se fazem ao dono do perfil para serem lidos pelos visitantes. Para estes últimos, a função dos textos é gerar uma imagem positiva do dono do perfil.

7 4058 Consideramos que ações como estas, no contexto dos depoimentos, são demonstrações de intimidade e têm a função de distinguir o autor da mensagem pelos vínculos que mantém com o dono do perfil. Trata-se, portanto, de atos ritualísticos, muito comuns entre jovens, que não comprometem a imagem do interlocutor, nem têm a intenção de ser ofensivos e, tampouco, de causar ruptura na interação (MURO, 2005). Ocorre, nesse caso, um deslocamento no valor pragmático do enunciado, fenômeno registrado por Kerbrat-Orecchioni (1990) como tropo ilocucional: - na relação interlocutiva Clezer Gisandro: demonstrar apreciação por Gisandro. - na relação interlocutiva Clezer visitantes do perfil de Gisandro: demonstrar laços estreitos de amizade com Gisandro. Se o locutor diz o que diz da forma como o diz é porque o outro o autoriza a assim o fazer, já que antes de o depoimento passar a fazer parte da página pessoal do orkuteiro, é preciso que este o aceite. E se o dono do perfil o aceita é porque não se sente insultado ou ameaçado com enunciados como os do exemplo (6). Faz parte, portanto, das relações entre esses sujeitos esse tipo de tratamento quando jogam o jogo da cortesia no espaço dedicado aos depoimentos. O que, em outros contextos, pode assumir ares de agressividade, assume aqui a feição de demonstrações de afeto e vínculos estreitos de amizade, pois somente aos que são próximos é permitida tal liberdade de expressão sem que isso implique rompimento nas relações interpessoais. Essa percepção é atestada pelo próprio usuário, conforme se pode verificar na seguinte mensagem. (7) 13 Os depoimentos são, portanto, o espaço de manifestação de atos enaltecedores de face e geradores de imagens positivas tanto do enunciador quanto do enunciatário. Nesse sentido, eles são valorizantes: o dono do perfil é valorizado pelos atributos que lhe são conferidos, e o enunciador, por ter seu depoimento aceito pelo amigo. Essa aceitação é prova de reconhecimento e deferência. E o conhecimento disso faz parte da competência do usuário do Orkut, que enquadra os depoimentos como expressões de troca de cortesia, uma cortesia que se concretiza inclusive na retribuição do depoimento, já que faz parte da etiqueta netiana, nesse site, retribuir o depoimento feito pelo amigo. A maioria dessas manifestações de apreço é feita de forma indireta justamente para tentar equacionar nossos desejos contraditórios de respeito à privacidade e interesse pelo outro. No caso dos elogios, quanto mais valorizamos a face positiva de nosso parceiro, mais ameaçamos correlativamente sua face negativa [território] (KERBRAT-ORECCHIONI, 2006, p. 98), e uma 12 Disponível em: Acesso em: 12 maio Disponível em: Acesso em: 12 maio 2008.

8 4059 forma de solucionar esse impasse é transformar a pessoa elogiada em objeto-de-discurso, e reservarlhe, no quadro participativo, o papel de destinatário secundário. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os índices de alocução, nos depoimentos no Orkut, distinguem como interlocutor direto das expressões de deferência ora o dono, ora os visitantes do perfil. Registra-se ainda uma situação de instabilidade estrutural em que o produtor da mensagem dirige-se, inicialmente, a todos os que por ali possam passar, mas, depois, institui o dono do perfil como pessoa do discurso. Essa fluidez e dinamicidade nos arranjos interlocutivos colocam à mostra o esforço do produtor da mensagem para lidar com o desejo de dizer ao outro sobre sua estima e consideração sem parecer, entretanto, falso e bajulador. Mais ainda, demonstram o cuidado do enunciador para não avançar demasiadamente nos assuntos do outro, isto é, para não invadir excessivamente a privacidade desse outro. Lançar mão de estratagemas que operam tanto sobre o status de participação 14 dos sujeitos em interação quanto sobre o valor pragmático dos enunciados é então uma das alternativas de solução que o autor do depoimento encontra para resolver esse conflito. REFERÊNCIAS BROWN, P.; LEVINSON, S. Politeness - some universals in language usage. Cambridge: Cambridge University Press, GOFFMAN, E. Footing. In: RIBEIRO, B. T.; GARCEZ, P. M. Sociolingüística Interacional: Antropologia, Lingüística e Sociologia em análise do discurso. Porto Alegre: Editora Age, 1979/ Interaction Ritual: essays on face-to-face behavior. New York: Pantheon Books, KERBRAT-ORECCHIONI, C. Análise da Conversação: princípios e métodos. São Paulo: Parábola Editorial, A multilevel approach in the study of talk-in-interaction. Pragmatics 7(1), Les interacions verbales: l Approche interacionnelle et structure des conversations. Tome I. Paris, Armand Colin, MURO, A. A. Cortesía y descortesía: teoria y praxis de un sistema de significación. Mérida, Venezuela: Universidad de Los Andes, Consejo de Desarrollo Científico, Humanístico y Tecnológico, TANNEN, D. Gender & discourse. New York: Oxford University Press WHITAKER, Francisco. Rede: uma estrutura alternativa de organização. Disponível em: Acesso em: 18 mar. de A relação de cada um dos participantes de uma situação social com dada elocução (GOFFMAN, 1979/1998).

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